segunda-feira, março 15, 2004
As eleições espanholas
Evidentemente que nestas eleições espanholas o mais importante para o mundo foi a derrota de Bush, e para a Espanha a derrota de Aznar. Embora as consequências exactas ainda estejam para se ver; aguardemos as evoluções.
Todavia, dada a natureza deste blogue, não queria deixar sem uma palavra o desempenho do conjunto das forças de extrema-direita, ou de direita revolucionária, falangistas, social-patriotas, nacional-revolucionários, tradicionalistas, etc. etc.
Se não fosse uma tragédia, seria uma comédia: a floresta de siglas transformou-se numa proliferação de candidaturas, de tal modo que em muitos círculos havia mais candidaturas desta área do que das outras todas somadas. Algumas dessas listas tinham tantas potencialidades que nem os próprios assistentes aos seus comícios terão votado nelas. Num eleitorado que excede muito os trinta e quatro milhões de votantes o maior desses anões (DN) alcançou menos de 15.000 votos. E o mais pequeno (PNT) conseguiu quase 350 votos (um espanto!). Entre um e outro situaram-se sete ou oito voluntariosos agrupamentos.
Em resumo: o eleitorado borrifou-se muito justamente para tão extraordinária multiplicação de salvadores. Nunca se tinha atingido este supremo ridículo na afirmação do sectarismo, do fraccionismo, dos protagonismos megalómanos, do individualismo, da cegueira de grupo.
Não há dúvida que às vezes as vanguardas caminham tão à frente que se esquecem totalmente do povo de que falam...
Lições? Parece evidente que haveria que tirar lições e consequências dos factos. Mas já há análises inteligentes de gurus de alguns desses grupinhos a concluir que "no contexto" os seus resultados foram positivos!....
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Evidentemente que nestas eleições espanholas o mais importante para o mundo foi a derrota de Bush, e para a Espanha a derrota de Aznar. Embora as consequências exactas ainda estejam para se ver; aguardemos as evoluções.
Todavia, dada a natureza deste blogue, não queria deixar sem uma palavra o desempenho do conjunto das forças de extrema-direita, ou de direita revolucionária, falangistas, social-patriotas, nacional-revolucionários, tradicionalistas, etc. etc.
Se não fosse uma tragédia, seria uma comédia: a floresta de siglas transformou-se numa proliferação de candidaturas, de tal modo que em muitos círculos havia mais candidaturas desta área do que das outras todas somadas. Algumas dessas listas tinham tantas potencialidades que nem os próprios assistentes aos seus comícios terão votado nelas. Num eleitorado que excede muito os trinta e quatro milhões de votantes o maior desses anões (DN) alcançou menos de 15.000 votos. E o mais pequeno (PNT) conseguiu quase 350 votos (um espanto!). Entre um e outro situaram-se sete ou oito voluntariosos agrupamentos.
Em resumo: o eleitorado borrifou-se muito justamente para tão extraordinária multiplicação de salvadores. Nunca se tinha atingido este supremo ridículo na afirmação do sectarismo, do fraccionismo, dos protagonismos megalómanos, do individualismo, da cegueira de grupo.
Não há dúvida que às vezes as vanguardas caminham tão à frente que se esquecem totalmente do povo de que falam...
Lições? Parece evidente que haveria que tirar lições e consequências dos factos. Mas já há análises inteligentes de gurus de alguns desses grupinhos a concluir que "no contexto" os seus resultados foram positivos!....
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