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quinta-feira, abril 29, 2004

Os desafios do futuro
O futuro próximo traz uma fase de testes cruciais aos grupos que aqui e ali mantêm viva uma posição de tipo nacionalista-revolucionário.
Pode dizer-se que representa para alguns deles verdadeiras provas de vida. Se não ultrapassarem com êxito esses desafios fica em causa a sua própria sobrevivência. Mas pode acrescentar-se que para todos representa a entrada numa série de provas de maturidade. Ou as ultrapassam, demonstrando que souberam ascender a um plano real e efectivamente político da sua actividade e organização, devidamente ancorados na sociedade em que se inserem, ou permanecerão com o estatuto de franjas marginais, mais semelhantes a claques de futebol ou gangues de bairro do que a realidades verdadeiramente políticas.
Importa ter presente que frequentemente os movimentos de inspiração nacionalista, ou neofascista, ou lá o que se lhes queira chamar, não obstante momentos de inegável activismo e notoriedade, desaparecem de súbito sem que aparentemente deixem qualquer rasto - como se representassem tão só um fenómeno temporário do crescimento de uns grupos de jovens unidos mais por instintos gregários e excessos hormonais do que propriamente por qualquer ideia política estruturada. Passada a altura dos impulsos gregários, como as borbulhas, a rapaziada entra na vida a sério e esquece essas aventuras ainda meio adolescentes.
Esta a questão que queria colocar com a referência a provas de maturidade. Elas virão, estão aí à porta. Os que as enfrentam devem reflectir, porque só o pensamento, a análise fria e o auto-conhecimento podem fazer a diferença ente os que vieram para ficar e a agitação estéril dos que só duram a idade das borbulhas, como uma espécie de brotoeja passageira.

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quarta-feira, abril 28, 2004

Não pode ser!
Então a Aliança Nacional esqueceu o aniversário do Presidente Salazar? Não posso crer. Devem ter ido todos para Santa Comba.

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As Nações e a Europa
"Não é na destruição das forças nacionais que nos elevaremos".
"Ao contrário, temos de recorrer à conjugação das forças nacionais existentes se quisermos que se refaça uma Europa, para uma política de desenvolvimento, de colaboração e de apoio das autonomias nacionais viáveis, tal como aos interesses naturais e às afinidades comuns."
"Em vez de se condenar as Nações mais antigas a uma dissolução, renunciando às reservas de energia latentes, que são mesmo a substância do seu ser nacional, não seria melhor usar as forças construtivas que nelas se contêm e que correm o risco de se dispersarem, confundidas no vasto conglomerado onde poderão ser concentradas?"
"A organização do mundo, interessada na manutenção das bases da civilização, não se pode fazer no plano supranacional, mas somente no plano da harmonia, do entendimento entre soberanias nacionais. E, menos ainda que as outras, a parte europeia deste aglomerado não poderá continuar a ignorar as realidades existentes e a embaraçar-se em criações políticas que, sobre o plano teórico, podem parecer mais coerentes, mas que não tardarão a revelar, na prática, a fragilidade ou o artifício da sua construção. A ideia de uma Europa Federal parece-me situada fora de toda a possibilidade por vários motivos (...)"
"As boas amizades, os bons tratados, as boas alianças entre nações unidas por afinidades reais, para salvaguardar a sua independência, serão mais capazes de refazer a Europa do que torná-la num amontoado amorfo e privado de toda a vida profunda, na qual se acabarão por sacrificar as nações que a compõem".
"Pretender confundir as suas nacionalidades e os seus interesses não será mais que, no fundo, preparar um novo caos de onde não poderá sair, frente a um adversário comum, senão uma resistência anárquica. Decapitar as soberanias nacionais será, à hora do conflito, expor-se a não dispor de mais do que um pedaço sem personalidade e quase sem nome, que carecerá de todas as razões para se defender que as nações possuem na sua história. Querendo elevar uma muralha não se faria mais que uma decoração ilusória. A vã aparência de força, que assim teria estabilizado, não teria outro resultado que o de aproximar o perigo. Porque, não somente é improvável a sua eficácia na guerra, mas é certo que é impotente na regulamentação de um só dos problemas da paz..."

SALAZAR, em entrevista a Henri Massis

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terça-feira, abril 27, 2004


SALAZAR: 28 de Abril de 1889-28 de Abril de 2004
"Raros serão os intelectuais do nosso tempo que não se tenham sentido atraídos algum dia pela tentação de analisar, compreender, esclarecer a figura mental e política de Salazar.
Figura desconcertante e complexa para muitos — para a maioria, talvez. E porquê? Já tentei explicá-lo em tempos. O Chefe do Governo Português apareceu numa altura da vida europeia em que os sistemas ditatoriais constituíam figurino dominante. Desde a instauração na Rússia, em 1917, da Ditadura Comunista; ao advento do Fascismo, em 1922, na Itália; a subida do Nacional-Socialismo ao poder, em 1933, na Alemanha; ao triunfo, após três anos de luta, do Generalíssimo Franco, em 1939 — o panorama estava cheio de regimes de poder pessoal, incarnados em chefes prestigiosos e espectaculares. Contemporâneo de todos eles, Salazar era bem diferente. Sereno, reflexivo, avesso à exibição, metódico e sóbrio, sem uniforme e sem aparato — o Estadista português formava contraste com os outros estadistas do modelo então em voga. Amigos e inimigos estranhavam a sua frieza e os seus silêncios; o seu isolamento discreto; a sua reserva habitual. Por outro lado, não podiam deixar de admirar a rapidez e segurança do seu êxito, a clarividência da sua acção governativa, a nitidez com que traçava e executava um piano de restauração e de engrandecimento — e, também, a fidelidade que sempre mantinha a certos princípios fundamentais e o prudente cuidado com que sabia evitar erros e excessos temerários.
Daí, a extraordinária curiosidade erguida à sua volta, a numerosíssima bibliografia que depressa surgiu a interpretar o fenómeno, as expressivas reacções que o seu caso inconfundível despertou. Talvez nenhum homem público fosse — e continue a ser — mais estudado e examinado por observadores de todas as origens, de todas as espécies e de todas as tendências. Chegou mesmo a falar-se num autêntico mistério — e cada qual vinha propor, ante esse mistério, a sua tentativa de decifração.
Quanto a mim, longe de ser mistério, Salazar é um vulto de singular clareza, de linhas fortes e luminosas. Porque se estava habituado ao político oportunista, variável, inconsistente, mascarado, a viver de transformações, evasivas ou estratagemas — surpreendia o aparecimento de um governante tão leal e tão simples.
Homem de fé e de estudo; capaz de se dedicar às empresas mais árduas com aplicação, isenção e escrúpulo; inteligência fiel à Verdade; asceta no viver; recto no pensamento e na conduta; fleumático na aparência; seguro dos seus rumos; previdente nos empreendimentos a longo prazo; entregue ao espírito de missão — poucos o entenderam, porque não correspondia à pequenez dos seus juízos e à medida dos seus preconceitos."
(João Ameal)

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Perante o Futuro
"A época de transformação que o mundo atravessa é não particularmente para nós mas para todos prenhe de problemas e de riscos. Isso causa apreensões e obriga a cuidados, vigilância e esforços especiais mas não tem fatalmente que conduzir ao pessimismo. Aos ânimos fortes os maus tempos não destroem, antes redobram as energias; e como tanto para as nações como para os indivíduos a vida é luta, os que desistem de lutar são indignos de viver. Mas isto não se dirá de nós."
SALAZAR

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Rodrigo Emílio
Amanhã dia 28 de Abril pelas 19 horas na Igreja de Nossa Senhora de Fátima, em Lisboa, será rezada a missa do 30º dia por alma do falecido poeta Rodrigo Emílio.
No mesmo dia completam-se 115 anos sobre o nascimento do Presidente Salazar, que o Rodrigo nunca deixava de ir religiosamente homenagear a Santa Comba Dão em cada 28 de Abril. Que os vivos os saibam honrar.

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segunda-feira, abril 26, 2004

Assim é que é!
Cresce a olhos vistos o FORUM NACIONAL... ora ainda bem; muitos é que eram precisos. E quem quiser ter um que o faça!

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Já agora, porque não desenvolver uma campanha crucial para o nosso futuro?

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Em pequeno o camisa negra foi também camisa verde; não porque costume mudar de camisa, senão as vezes que a higiene determina, mas sim porque era essa a nossa particular forma de participar de um movimento que sendo universal era nacional e sendo universal era nacional. Ontem como hoje: quanto mais autêntico, com as raízes bem mergulhadas no chão e na história, mais universal no seu superior significado.
Ao alto, a nossa bandeira.

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28 de Abril: honra a Salazar!
Passando quarta-feira mais um aniversário do Presidente Salazar, ficam aqui para leitura geral algumas palavras com que ele traçou o seu auto-retrato.
Não haverá ninguém para colocar em linha textos escolhidos e uma boa fotobiografia de Salazar?

"Devo à Providência a graça de ser pobre; sem bens que valham, por muito pouco estou preso à roda da fortuna, nem falta me fizeram nunca lugares rendosos, riquezas, sustentações. E para ganhar, na modéstia a que me habituei e em que posso viver, o pão de cada dia, não tenho de enredar-me na trama dos negócios ou em comprometedoras solidariedades. Sou um homem independente.
Nunca tive os olhos postos em clientelas políticas nem procurei formar partido que me apoiasse mas em paga do seu apoio me definisse a orientação e os limites da acção governativa. Nunca lisonjeei os homens ou as massas, diante de quem tantos se curvam no mundo de hoje, em subserviências que são uma hipocrisia ou uma abjecção. Se lhes defendo tenazmente os interesses, se me ocupo das reivindicações dos humildes, é pelo mérito próprio e imposição da minha consciência de governante, não pelas ligações partidárias ou compromissos eleitorais que me estorvem. Sou, tanto quanto se pode ser, um homem livre.
Jamais empreguei o insulto ou a agressão de modo que homens dignos se considerassem impossibilitados de colaborar. No exame dos tristes períodos que nos antecederam, esforcei-me sempre por demonstrar como de pouco valiam as qualidades dos homens contra a força implacável dos erros que se viam obrigados a servir. E não é minha a culpa se, passados vinte anos de uma experiência luminosa eles próprios continuam a apresentar-se como inteiramente responsáveis do anterior descalabro, visto teimarem em proclamar a bondade dos princípios e a sua correcta aplicação à Nação Portuguesa. Fui humano.
Penso ter ganho, graças a um trabalho sério, os meus graus académicos e o direito a desempenhar as minhas funções universitárias. Obrigado a perder o contacto com as ciências que cultivava, mas não com os métodos de trabalho, posso dizer que as reencontrei sob o ângulo da sua aplicação prática; e folheando menos os livros, esforcei-me em anos de estudo, de meditação, de acção intensa, por compreender melhor os homens e a vida. Pude esclarecer-me.
Não tenho ambições, não desejo subir mais alto e entendo que no momento oportuno deve outrem vir ocupar o meu lugar, para oferecer ao serviço da Nação maior capacidade de trabalho, rasgar novos horizontes e experimentar novas ideias ou métodos. Não posso envaidecer-me, pois que não realizei tudo o que desejava; mas realizei o suficiente para não poder dizer que falhei na minha missão. Não sinto por isso a amargura dos que merecida ou imerecidamente não viram coroados os seus esforços e maldizem dos homens e da sorte. Nem sequer me lembro de ter recebido ofensas que em desagravo me induzam a ser menos justo ou imparcial. Pelo contrário, neste país, onde tão ligeiramente se apreciam e depreciam os homens públicos, gozo do raro privilégio do respeito geral. Pude servir."

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Fogo!
Podiam ser fascistas mas ter bom feitio...

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domingo, abril 25, 2004

Comemorações
Quando ouço as usuais glorificações da sinistra cambada militaresca que há trinta anos obrou o que se sabe, e sabendo eu muito bem o que lhes fez mover as tripas, recordo-me sempre do Rodrigo Emílio:

"Ai como dói como dói
Ver tanto filho da puta
A proclamar que é herói
Todo aquele que foge à luta!"

Ao vê-los por aí, "de cravo piroso ao peito e com os dedos em vê", só me apetece tornar realidade o que o Rodrigo via na sua imaginação de poeta:

"Em tom de viva bravata
Soa um grito formidando:
- Ó capitão-democrata,
Vai pro mato, meu malandro!"

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Portugal é grande

Portugal é grande,
cai co'a alma doída,
mas a mudança pedida avança,
e renasce a terra caída
- da lembrança havida
cria-se, ainda criança,
a lusitana, antiga verdade.
Cai, co'a alma dorida,
mas cresce e avança, sentida,
a perdida esperança.

José Valle de Figueiredo

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Soneto

Fizeram tudo sem vergonha e sem pudor.
Também deixaram à Pátria um resto? Mais do que isso:
Enlamearam de excremento a alma e o amor,
com a carícia alvar de certo riso...

São monstros sem qualquer virilidade,
mais que rafeiros, pobres deles, são hienas
que esperam a putrefacção, como saudade
por quanto lhes mingua de voos e de penas.

São asas depenadas, são asas
dum mistério ignóbil e podre,
arrasam tudo e há só planícies rasas.

Mas quando um dia o dobre
de finados se ouvir pelos leprosos - então
comerão o sentimento que lhes resta no próprio coração.

ANTÓNIO DE NAVARRO

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Cantar dos cegos na Feira da Ladra

Pela Praça do Império,
Desfilam soldados verdes,
Com fantasmas graduados;
Os 'standartes são fugidos,
Desertados e vencidos,
Pois ficaram aos bocados.

Quem 'scuta o seu toque de armas,
Nessa marcação de passo
Na lata duma corneta...
Ó Portugal d'Além-mar!
O que te resta é chorar
Nesta nação de opereta.

Sou povo e olho indiferente,
Pela guerrilha entre eles
Quando vão muito entretidos...
Dão vivas, morras e ais,
E nós, os menos e os mais,
'Stamos de braços caídos.

AZINHAL ABELHO

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sábado, abril 24, 2004

José António
Faz hoje 101 anos que nasceu em Madrid o fundador da Falange. O ano que passou comemorou-se o seu centenário: vejam na Plataforma2003.
Entretanto, aproveito para informar que também em Madrid este próximo primeiro de Maio será dia de manifestação: informem-se na Falange.

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José António Primo de Rivera y Saenz de Herédia: PRESENTE!

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O Livro de Josué
Segundo informa o próprio, Mel Gibson estaria a pensar em usar o dinheiro obtido com "A Paixão" para realizar um outro filme de inspiração bíblica. Diz que lhe agradaria muito fazer um filme que tome como guião o "Livro dos Macabeus", essa saga heróica que os judeus festejam no "hanukah".
Por mim recomendava-lhe antes o "Livro de Josué". Este sim, parece-me de extraordinária pertinência e actualidade. Ao ler o "Livro de Josué" entende-se muito melhor o que está na base dos acontecimentos da Palestina. Aliás o filósofo Roger Garaudy, no seu livro "Les Mythes fondateurs de la politique israélienne", deu-se bem conta disso e sublinhou o facto. Como resultado o infeliz Roger Garaudy passou do lugar de sábio idolatrado e incensado que tinha sido dele durante muitas décadas para o índice dos escritores malditos. Um nome proibido.
(Quem não entendeu, trate de ler o "Livro de Josué" - a Bíblia ainda se vai encontrando com facilidade- e se puder leia também "Les Mythes fondateurs de la politique israélienne" - este já será mais complicado de encontrar. Mas vale a pena).

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sexta-feira, abril 23, 2004


O Primeiro de Maio em Paris, a desfilar sob o signo de Santa Joana d'Arc

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Homenagem aos Caídos pela Pátria
Um grupo de patriotas portugueses organiza no próximo domingo, 25 de Abril, frente ao Monumento aos Combatentes, em Pedrouços, uma “Homenagem a quantos lutaram e morreram pela Pátria”. A homenagem, marcada para as 10.30 horas, consta de uma deposição de flores no Monumento, seguida de uma missa na Igreja da Memória.
Esta iniciativa é partilhada por várias associações de ex-combatentes do Ultramar e outras associações patrióticas, como o Movimento 10 de Junho, e ainda espoliados de Angola e de Moçambique.

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Está de regresso o Forum Nacional. Remeto para lá todos os leitores interessados no debate de ideias e na formação cultural. Todos não somos demais! Que abram muitos, genéricos, temáticos, fechados, abertos, mais azuis, mais avermelhados, como quiserem - mas construam uma grande e diversificada rede, um vasto universo, um verdadeiro movimento em rede...
Lembrem-se: quod non est in net non est in mundo.

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quinta-feira, abril 22, 2004


Esta fotografia foi tirada no aeroporto internacional do Kuwait por uma trabalhadora da empresa encarregada do transporte. Mostra o interior de um avião de carga americano, com caixões em trânsito do Iraque para a América. Tami Silicio já foi despedida: nos Estados Unidos é rigorosamente proibida a publicação de tais imagens. Só a internet permitiu a sua divulgação.

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O "Gramsci colectivo"
Se a História revela as leis gerais das lutas políticas, não pode fornecer receitas aplicáveis a uma situação inteiramente nova. Os militantes devem procurar eles mesmos as respostas às questões postas pela sua acção. É a partir desse estudo, individual e colectivo, que se vão acumulando sobre os que já existem os elementos necessários a uma perfeita compreensão dos mais profundos mecanismos que regem a sociedade moderna. É a partir desse entendimento que, tomando-se em conta todas as constantes e variáveis da sociedade, se delimita a estratégia a usar no ataque global ou parcial à sociedade tecnocrática e burguesa. Assim tudo o que há disperso deve ser estruturado e junto num todo coerente. A Revolução é menos a tomada de poder que a sua utilização para a construção da nova sociedade. Esta tarefa imensa não pode ser levada a cabo na desordem dos espíritos e actos. Ela necessita de um vasto trabalho de preparação. É sempre possível agir, é mais difícil triunfar. Sobretudo numa luta contra um inimigo todo-poderoso, maduro, experimentado, que é preciso combater pelas ideias e pela astúcia, que não pela força.

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Eis a camarada Mussolini!

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quarta-feira, abril 21, 2004

Os outros
Se te mantens fiel aos princípios, se te guias por norma baseadas na Justiça e na Verdade, verás como alguns te chamam reaccionário e outros exaltado e revolucionário. Umas vezes fascista, e outras comunista. Esses, uns e outros, guiam-se por padrões muito diferentes do nosso. Louvar-nos-ão ou insultar-nos-ão conforme algumas das nossas teses coincidirem com algumas das suas. Não importa.

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Feed Back
Nos últimos dias o nosso blogue teve amáveis referências, que saibamos, no "Ma-Schamba" e no "Blogame Mucho" e ainda no "Os cães ladram e a caravana passa".
Ficamos gratos, pois claro. Desejamos a esses visitantes toda a felicidade do mundo. E regressem sempre!

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Mais versalhada
Continuando no mesmo rumo, visto que podemos ser fascistas mas não temos que ser mal humorados, vou reproduzir agora um postal que dirigi ao nosso primeiro.

Postal a Durão

A gente de cá é mansa
Haja o que haja no bote
Não se ergue nem avança
Mesmo que aperte o garrote

E enquanto houver pitança
Ir andando é que é o mote.
Vamos em passo de dança
E de calote em calote.

A refalsada pujança
O prometido fartote
Vão mantendo a confiança
Embalada a fox-trote.

Quando me acode à lembrança
Este país hotentote
Perco logo a temperança
E não resisto a um dichote:

(Sou assim desde criança
Mesmo cansado e velhote
Nunca largo a minha lança
Qual moderno D. Quixote).

Essa vossa governança
Não tem tino nem tem porte.
Quando vier a mudança,
Não vai ter um que a suporte.

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terça-feira, abril 20, 2004

Conservadores?
Da subversão do que está, ninguém sabe o que poderá resultar. Existe ao menos a possibilidade de criação, de construção, de elevação. Por vezes até do caos pode nascer a Ordem. Ao contrário, da conservação do que está, sabe-se bem o que resulta: sempre e só a manutenção do que aí está a apodrecer o mundo.
Por isso nada temos com os conservadores; por isso a Ideia hoje se apresenta mais que todas subversiva, como um escândalo para os instalados e situacionistas de todos os matizes. O "Mal Absoluto"...

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Última hora
Um numeroso grupo de patriotas portugueses (de origem), entre eles alguns nacionalistas, requereu já na respectiva embaixada que lhes fosse concedida a nacionalidade americana.
Um deles, entrevistado pela imprensa, declarou entusiasmado, vibrando de orgulho patriótico: "-Eu não mudei, nem nunca mudarei! Fui sempre fiel à Pátria! A Pátria é que já é outra!"

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Um caso de sucesso
O presidente Bush continua a deslumbrar o mundo.
Os seus compatriotas estão extasiados.
Em "Bush or Chimp" dedicam-se ao estudo etológico da espécie, em "Bush's Brain" promovem a busca da matéria cinzenta do exemplar ("still missing!" - é o último relatório), em "Smirking Chimp" estudam-lhe o cadastro, em "Bush Lies" analisam-lhe a personalidade.... é um fartote!
Entretanto, não resisto a confidenciar a última instrução transmitida pela Casa Branca aos jornalistas americanos (sempre "embedded", como se sabe): passa a ser interdito o uso da expressão "serial-killer".
Sharon tinha protestado contra essa agressão verbal, achando-se pessoalmente ofendido e declarando que era uma provocação anti-semita.

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segunda-feira, abril 19, 2004

Mais poesia
Como já notaram, este vosso amigo blogueiro é um fascista muito dado às belas letras. Como estamos na época própria resolvi então inspirar-me nas comemorações aprilinas (obrigadinho, BOS!) e eis o que a funçanata habitual gerou na minha alma de poeta.

Avenida da Liberdade

Para gáudio da ralé
Lá vai passando a cegada
Uns a quatro outros a pé
Em marcha desalinhada

Berram vivas zurram bravos
Resmas de cavalgaduras
Levam cravos e mais cravos
Pra prender as ferraduras

Cantam todos a ventura
Que a todos nós desconsola
Ter um país à pendura
Reduzido a pedir esmola

Os militares militantes
Lá vão também pela trela
Vão felizes os tratantes
Trotando pela gamela

Vista de frente ou de lado
É uma triste bambochata
Anda o país encravado
Com tanto filho da pata

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Convite
Já agora que aqui chegaram, não se inibam: não fiquem só pelos últimos postais, vão mais atrás, explorem o blogue, abram os arquivos, leiam tudo, tudo, absorvam a boa doutrina com a alma aberta e sequiosa....
O Espírito também se alimenta!

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Finalmente!
Este blogue começa a estar como eu o queria: vivo, participado, polémico, irreverente, dinâmico, rompendo as conveniências e as convenções, abanando os instalados e os satisfeitos, indignando os apoderados das verdades oficiais, confundindo os condicionados pela cartilha, incomodando os poderosos, os estúpidos, os porquesim, os adoradores do que está... desfazendo as teias e ameaçando as aranhas...
Um pouco mais e eleva-se às alturas do Fascismo!

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Bem achado
Um dos meus leitores, creio que para corroborar a razão do meu postal anterior com um bom exemplo, colocou nos comentários a lista dos chamados presos políticos libertados a 25 de Abril de 1974 das cadeias de Caxias e de Peniche.
É realmente bem achado: se quisesse colocar ali a lista de todos os que para lá entraram nos dias que se seguiram a esse seria de todo impossível. Por um lado porque o seu número, uns três ou quatro milhares, em breves dias, não permite meter tal lista na caixa de comentários; depois porque na verdade muitos destes não constavam de lista nenhuma, era a arbitrariedade total, cada um tinha o seu fascista e havia sempre lugar para mais um...
Se o leitor o tivesse conhecido, veria este quadro: a 24 de Abril de 1974 os quarenta ou quarenta e um presos da enorme prisão de Caxias aborreciam-se sonolentamente por ali no silêncio daquelas alas vazias, jogando xadrez ou lendo os jornais; dois ou três dias depois, todas as celas, as deixadas vagas por esses e as outras que estavam desocupadas, fervilhavam de gente arrebanhada por aí à pressa, alguns levados até em pijama, e todos depositados a monte, sem qualquer registo nem formalidade legal, em celas onde tinham que dormir atravessados no chão para caberem estendidos os sete ou oito dentro dessa cela... individual.
Acresce que os tais quarenta que estavam presos e foram soltos estavam nessa situação ao abrigo de determinações judiciais, tinham um processo que lhes respeitava e onde podiam verificar o bom ou mau fundamento das suas prisões; a maior parte cumpriam penas por crimes graves (caso de Palma Inácio, assalto a um banco, desvio de um avião; casos de Rui d'Épinay e Pulido Valente, culpados de homicídio; casos de outros que refere, condenados por bombas que vitimaram até crianças). Os milhares postos na cadeia por imposição dos poderes de facto então reinantes nunca tiveram direito a um processo, ou a um juiz, sequer a um mandado de captura, nem dos tais que poucos meses depois seriam distribuídos assinados em branco por certas unidades e forças políticas... Era a pura violência intimidatória contra potenciais adversários políticos. A negação total e completa de todos os direitos fundamentais que passaram a ser proclamados como sendo para todos.
Agradeço ao leitor que de tal se lembrou.

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Liberdade
Os amigos da liberdade como ideologia apresentam sempre este paradoxo curioso, já apontado num trecho célebre sobre a revolução francesa: quando gritam viva a liberdade é sempre para reclamar que vá alguém preso... e geralmente vai.
Merece reflexão. A liberdade é uma virtude moral. Há quem seja livre, e há quem nunca passe de um verme rastejante. Seja qual for a ideologia justificante que utilize.

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Coisas de liberais
O Buíça informa solícito que Salazar não era fascista, admirado com o destaque que dei a esse vulto da nossa história. Tem razão, Buíça: o homem nunca foi fascista. Mas como já devia ter notado este blogue é de todo avesso a sectarismos mesquinhos, de funil e vistas curtas...
Somos assim. A exclusão apriorística e preconceituosa é coisa própria de liberais.

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domingo, abril 18, 2004

Quem se lembra de Salazar?
No próximo dia 28 de Abril completam-se 115 anos sobre o nascimento de António de Oliveira Salazar, o único verdadeiro homem de Estado que o século XX português produziu.
Com o distanciamento que a passagem do tempo já permite, é chegada a altura de olhar numa perspectiva histórica a figura e a obra de um dos quatro ou cinco governantes que mais marcaram a História de Portugal, desde os primórdios até ao presente.
Poucos, uns porque são de esquerda e se julgam no dever de o ignorar, outros porque são de direita e temem encarar a sua real grandeza, tão ingrata é a comparação, se atrevem ainda agora a falar dele colocando-o no lugar que por direito próprio lhe compete.
Quem o recordará no próximo dia 28 de Abril, quarta-feira, em Santa Comba e no Mundo?

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Coimbra, menina e moça....
Na verdade o nome de Américo Cortez Pinto, tal como a sua obra literária, estão de há muito sepultados no esquecimento. Ninguém saberá de "Lágrimas e Sorrisos", ou de "A Alma e o Deserto", e mesmo o "Dyonisos", esse magnífico trabalho sobre El-Rei D. Dinis, passou despercebido nas praças literárias.
E todavia... lembrei-me depois de publicar o postal anterior: quem haverá aí que não tenha já cantado "Coimbra, menina e moça/ rouxinol de Bernardim/ não há terra como a nossa/ não há no mundo outra assim..."
A canção, lançada para o grande público por Edmundo Bettencourt, cantor maior que também foi poeta dos maiores, e posteriormente cantada por quase todos os cantores de Coimbra, tem uma história simples: nasceu do trabalho de composição musical de Fausto Frazão, ajudado pelo guitarrista Américo, quando da preparação da récita do quinto ano de Medicina de 1919/1920, em que o primeiro cantou e encantou, acompanhado pelo segundo.
Assim mesmo: a música é de Fausto Frazão, as quadras são de Américo Cortez Pinto. O primeiro veio a fazer vida em Angola, onde chegou a ser Presidente da Câmara de Benguela. Morreu muito cedo, em 1946. Era portanto também um colonialista infame, segundo os cânones vigentes. No dizer de Cortez Pinto, Fausto Frazão foi a melhor voz do seu tempo, a par de António Menano.
Deixo aqui estas curiosidades, até para que algum jovem romântico de agora, se ainda os há, possa lembrar-se ao entoar a canção de Coimbra ("a sorrir de madrugada/ de mãos postas à tardinha/ és Inês a bem amada/ e Santa como a Rainha") que está a cantar versos de um fascista já esquecido.

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O último poema de Américo Cortez Pinto?
No ano de 1974 já o poeta e erudito Américo Cortez Pinto contava 78 anos, e estava há muito retirado dos meios literários. Só seria conhecido talvez entre a sua gente, na bela região entre Leiria e as Cortes, com São Pedro de Muel, onde permanecia ele e a lembrança do amigo Afonso Lopes Vieira.
Toda a poesia conhecida de Américo Cortez Pinto datava de muito antes; basta dizer que o livro que representa a sua obra máxima, “A Alma e o Deserto”, foi editado em 1941 (recebeu então o Prémio Antero de Quental).
Mas os acontecimentos de 1974 inspiraram a Cortez Pinto sentidos versos: estes, que não sei se serão os derradeiros, uma vez que o autor ainda viveu alguns anos, porém o certo é que do seu labor final só lhe conheço obra de outro género (“Dyónisos, poeta e rey"), editada já por seu filho João Manuel Cortez Pinto.

Cravos de Abril

Tropas na rua! E o povo à solta
Inebriado, cheirando a revolta
Canta e blasfema! Prazeres dilectos:
E pra amanhã traça projectos
De revinditas, de desagravos...

Entretanto enfeita com rubros cravos
Armas e ódios escondidos
Numa ansiedade febril!

E os cravos rubros, todos floridos,
Cantavam notas de alegria
Na inquieta e equívoca harmonia
Do alegre dia
Primaveril!

Então corria
O mês de Abril.

Hordas ignaras, ululantes,
Gritando e uivando, vociferantes,
Atordoam terra e Céus!

Também um dia os Judeus
Falando em Pátria, aos cem e aos mil,
Cegos com ódio à Verdade e à Luz
(Era também no mês de Abril!)
Mataram Cristo Jesus!

Cravos vermelhos, cantiga em flor!
Idade núbil, beijos de amor!
Paixão ardente, Luz e Poesia!
Graça e lirismo!
Perfume cálido e subtil!...

Porém eu cismo
Naquele dia
Em que entre as vascas duma agonia
Cravos também de duro hastil
Tintos de sangue, sangrando Luz
(Era também no mês de Abril!)
Cravaram Cristo numa cruz.

Dobre a finados, dia de Paixão!
Os Judeus ganharam! De novo cá estão!
Mas a grande Pátria, a Pátria de meus Pais,
Morreu em Abril e não ressurge mais....

Américo Cortez Pinto

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Os Campos Cataláunicos
O Buíça ficou atrapalhado com aquela dos "campos cataláunicos". Por aqui se constata como é essencial o estudo da História... sem a memória não há identidade que persista... como explicar hoje até que ponto foi crucial para o Ocidente essa batalha em que o nosso avô Teodorico e o grande Aécio, o último dos Romanos, afastaram o espectro do domínio dos Hunos sobre a Europa, começando a repelir Átila para as estepes...
Foi nos últimos dias de Junho do ano de 1204 "ab urbe condita" (o ano 451 da nossa Era)..... os Hunos devastavam toda a Gália e parecia que nada havia já a fazer, que toda a resistência era inútil e vã....
No fim, o Ocidente, ali unido nos seus filhos godos, galos e romanos, tinha vencido... Átila retirava... e os guerreiros visigodos aclamaram um novo rei: o jovem Turismundo, que no rescaldo da refrega encontrara seu pai, Teodorico I, jazendo entre os mortos....
Jovem Buíça, por que não lês tu estas coisas em vez dessas vulgaridades bárbaras com que perdes o tempo?

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sábado, abril 17, 2004

Marcham firmes

Estes que vão aqui, porque não param?
Porque é que a sua marcha continua?
Porque não ficam com os que ficaram
E congregam as almas, rua a rua?

Sabedores do sentido e da certeza
Anunciam a pátria, hoje encoberta:
E a face que os modela é portuguesa!
E o braço ao alto estende a mão aberta!

Lá vão cantando um canto moço e ardente
Nos campos cataláunicos cantado.
E a voz, vibrante, aviva no presente
O futuro vivido no passado.

A cercar-lhes o ímpeto dos passos
Rasteja a raiva, o ódio, a cobardia.
Mas só aceitam luta nos espaços
E só um capitão (de Deus) os guia.

António Manuel Couto Viana

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Promessa
Estou consternado. Vim a saber que o Dr. Carlos Abreu Amorim ficou seriamente traumatizado perante a desfaçatez das minhas críticas. Eu não tinha tal intenção. Se eu soubesse que magoava o promissor ensaísta nem tinha escrito nada. Se eu sonhasse que os meus reparos o levavam a retirar-nos o fruto da sua inspiração relegava-me ao silêncio mais profundo.
Vá lá, Dr. Amorim, não se amofine; não ligue, e continue a deslumbrar-nos com a luz do seu pensamento!
Eu prometo que nunca mais digo ou escrevo uma palavra que seja... fico aqui a rir-me mais caladinho que um rato.

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Retrato do poeta a estas horas

Privo bem mais com Camões
do que com quantos poetas
chamam hoje as atenções
de salões e de selectas.

No olhar, trago o sol-posto;
no peito, um sino a rebate;
no meu rosto, este desgosto
e esta réstea de resgate
com que tento guarnecer o meu posto
de combate.

(-...País o meu, que se quis
país
de raiz
corroída!...)

Agora, aqui me perfilo
entre eunucos e anões.
-Quem dirá que sou da pátria de Camilo
e de Camões?...

(Trespassado de traições
cercado de renegados...
-... Vai-se a ver: tenho, em Camões,
um dos meus antepassados
mais chegados. Mais chegados!)

Eis quase só o que resta
- entre ouropéis
e troféus... -
de uma pátria, como esta,
que foi de reis
e é de réus!
--------------

Abril, Abril foi o mês...
À hora mais desabrida...
- Que silêncio que se fez,
desde então, na minha vida!...

(Quanto ao silêncio, suponho,
foi a razão por que vim
com este sonho: este sonho
aos gritos dentro de mim!)
----------------------------

Pelos cálculos que fiz,
'stá na hora prometida.

-... Assim haja cicatriz
que suture, sare e cure
tanta ferida.... Tanta ferida!...


Rodrigo Emílio

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sexta-feira, abril 16, 2004

Post-scriptum
Caríssimos leitores, eu juro que no momento em que escrevi o comentário antecedente e estabeleci o link respectivo o artigo comentado estava realmente lá, no sítio indicado...

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Querem ver que sou da extrema-esquerda?!
O Dr. Carlos Abreu Amorim, ilustre doutrinador e estratega da "Nova Democracia", publicou logo no primeiro número do seu jornal digital um ousado editorial onde se propõe definir "o que é ser de extrema-direita".
Estive a ler, e fiquei um tanto confuso. Com efeito, o teórico citado enuncia um elenco de dez características que encontradas cumulativamente permitiriam reconhecer alguém de extrema-direita. Ora analisando o tal decálogo, ainda por cima de exigência cumulativa, acontece que eu, fascista impenitente, e praticante sistemático da introspecção analítica, não me reconheço em nada daquilo que ele diz ser marca da extrema-direita.
E garanto que não é falha minha, também quem me conheça não seria capaz de identificar-me nos traços dados. Serei eu de extrema-esquerda?
Mas o problema é mais grave: é que dos fascistas vivos ou mortos que eu me lembro não haverá nenhum que reuna aqueles requisitos... um ou outro destes ainda vá lá, conforme a extraordinária diversidade que se encontra entre os fascistas sempre se encontraria alguém a ter como sua alguma daquelas características - mas aquilo tudo cumulativamente (aplicação conjunta e indissociável destes pressupostos, diz o autor) é certo e seguro que está bem longe de permitir a algum fascista caber no retrato.
Mas então a quem calha o decálogo? Boa pergunta. Intrigante pergunta.
Desconfio que há ali marosca. Provavelmente aquilo não serve a ninguém.
Reparem bem só nisto: a questão primordial, segundo o autor, seria "a refutação do princípio da igualdade". O homem de extrema-direita rejeita a igualdade entre os seres humanos. Esta posição seria "o ponto de partida" para definir um pensamento de extrema-direita. Mas logo depois outro ponto essencial é "a recusa, por princípio, da diferença. As pessoas de extrema-direita adoram a homogeneização, a massificação da pessoa".
Ou seja, para ser de extrema-direita é preciso rejeitar a igualdade e recusar a diferença entre os seres humanos.
Fica assim muito difícil ser de extrema-direita. Mesmo muito difícil. Será preciso evidentemente defender a "desigualdade homogénea", ou a "homogeneidade desigual", uma vez que a extrema-direita desadora a igualdade mas adora a homogeneidade. Na perspectiva da extrema-direita, versão Amorim, os homens nem são iguais nem podem ser diferentes.
É complicado. Mas deve ser assim mesmo - o Dr. Amorim é um génio, e o princípio da não contradição é um ferro de madeira.

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Viva o Fascismo Redentor!
A última vez que gritei isto em público nem calculam o gozo que foi: três caíram logo com ataque cardíaco, outros dois finaram-se de apoplexia, e umas dezenas passaram muito mal com arritmias diversas...

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É tão giro!
Vale a pena a gente ser fascista só para observar as reacções que isto dá...

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Feios, porcos e maus?
Costumam ser sempre os fascistas... mas não, são estes bloguistas daqui.
Juro que não os conheço! Também não percebo porque é que havia de saber tudo...

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Primeiro de Maio
Este próximo Dia do Trabalhador vai ser fortemente assinalado em toda a Europa pelas direitas nacionais.
Só para ter uma ideia verifiquem em Front National, British National Party, Democracia Nacional e Nationaldemokratische Partei Deutschlands.
Se passarem por Paris, Londres, Madrid ou Berlim não esqueçam: bandeiras ao vento!

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quinta-feira, abril 15, 2004

Aforismos
Pareceu-me luminoso, a merecer destaque especial, este comentário deixado pelo leitor Herzog von Lafões:
"O anti-fascismo é a ideologia que faz do fascismo espantalho para não pôr em causa o que realmente existe".

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Abrilada

Para desgraça do povo,
Depois da revolução,
Um país em Estado Novo,
Ficou em segunda mão.

Os portugueses dispunham
De ouro em barra sem contar
E agora apenas cunham
Moedas de cupro-ar.

E para sairmos desta,
Atentem nisto que eu digo:
Se a democracia não presta,
É bom que esteja em perigo.

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BUSH

Já concorda toda a gente
Que foi ideia ruim
Ter eleito presidente
Um asno tão burro assim.

Não vejo quem não enjeite
Tão flagrantes desatinos
Que superam Watergate
E a Baía dos Suínos.

E o que mais me amofina
Porque não lhe vejo jeito
É como ele inda imagina
Que pode ser reeleito.

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Doutrina
O fascismo é um universalismo - nessa construção intelectual convergem todos os filósofos que o teorizaram desde os anos vinte ou trinta.
E essa ideia tem mais do que nunca que estar presente em todos os momentos, porque só como uma cosmovisão, uma alternativa global às filosofias que rejeita e combate, também elas verdadeiras concepções gerais do mundo e da vida, é que o fascismo tem sentido e viabilidade teórica ou prática.
Não nos deixemos prender nos erros que já noutros tempos e lugares nos deitaram a perder.

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Julius Evola
Para quem cultive os prazeres do espírito, e queira conhecer o pensamento do mestre, recomendo os "Cadernos Evolianos".
Já andavam a dizer que só recomendava sítios estrangeiros, não é? Pois aí têm - um blogue português dedicado à evocação do autor da "Revolta Contra o Mundo Moderno", da "Metafísica do Sexo", do "Mistério do Graal", e de tantas outras obras que são outros tantos marcos do pensamento tradicionalista do século XX.
Vão lá ler, SFF...

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Ossos do ofício
O velho antifascismo raivoso, sempre igual a si mesmo na cegueira, no ódio e na rejeição primária do que é diferente, descobriu finalmente o "Fascismo em Rede".
Não nos incomoda nada: são os cães de guarda do sistema, condicionados para atacar tudo o que se mexa fora das margens do politicamente correcto. Assim que vislumbram uma ideia que se afaste do conformismo rotineiro e predefinido das ideologias estabelecidas começam logo a salivar.
Nem sequer são inimigos temíveis; muito maior dano nos faz a estupidez ou a boçalidade ou o primitivismo quando assenta praça nas nossas fileiras.

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quarta-feira, abril 14, 2004

Breve nota
A propósito de uns que se lamentam por "o 25 de Abril ter sido uma revolução sem sangue": quem tem sede de sangue é vampiro...

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Homens e ideias
Um inimigo de hoje pode ser um camarada de amanhã. Um amigo de hoje pode ser um inimigo de amanhã. Pessoas que hoje combatemos podem ser perfeitamente nossos camaradas num amanhã não muito longínquo. Isso não significará de modo algum que nos tenhamos "vendido". Simplesmente se deve a que nós não odiamos nem combatemos pessoas, mas apenas combatemos as ideias que elas representam ou defendem, quando as consideramos nocivas para o fim que perseguimos. É preciso marchar de peito aberto: partimos à conquista de todos.

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Comentário político

Os governantes que trazem
A cara à televisão
Asseguram que não fazem
A tal remodelação.

Sem arvorar um sorriso,
Com um ar muito infeliz
Dizem todos ser preciso
Reconstruir o país.

(Porque, é bem certo e sabido
- Sabem-no os burros e os bois -
Que ele estava construído
E o destruíram depois).

Vendo o fundo do erário
E não tendo mais esperanças
Dizem ser necessário
Recuperar as finanças.

Com o pouco que dispõem
Para gastar no dia a dia
Todos eles se propõem
Refazer a economia.

Para seguirmos em frente
E reforçar a poupança,
Vêm dizer que é urgente
Restaurar a confiança.

Depois de tanta refrega
E de tanta rebeldia
Agora já nenhum nega
Que ninguém neles confia!

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Reflexão em voz baixa 

Eu também já pensei em elogiar aqui o Partido da Nova Democracia... mas vocês já viram a atrapalhação e o desespero em que eu iria lançar os rapazes?

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Orion Libri
Continuando a tarefa de divulgação, para fascistas, não fascistas, anti-fascistas e para o público em geral (e também para o Buiça, que não cabe em nenhuma destas classificações porque na realidade é uma alma dividida, uma parte aspira a elevar-se ao fascismo, a outra resiste a reconhecer o facto) de locais onde se encontrem disponíveis os alimentos culturais onde as ideias vivem e persistem, remeto hoje para ORION LIBRI. Bela loja!
Sobretudo para quem goste de italiano - mas não só, longe disso...

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terça-feira, abril 13, 2004

De novo Libreria Europa
Por indicação deste irredutível, venho acrescentar o melhor endereço internético para a barcelonesa Libreria Europa.
Sirvam-se, e bom proveito. E vejam lá se deixam de ser nefelibatas...

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Old England
Nas ilhas o British National Party parece ir de vento em popa: uma sondagem recentemente divulgada revelava que 16 % dos britânicos considerava a possibilidade de votar no BNP em próximas eleições. Animado por estas perspectivas e pelos êxitos em sucessivas eleições locais, o BNP está agora a fazer um esforço de mobilização para as próximas eleições europeias, com o objectivo de conseguir eleger deputados ao Parlamento Europeu.
Entretanto no próximo dia 25 de Abril o partido recebe com várias iniciativas públicas a visita de Jean Marie Le Pen, e no 1º de Maio também irá assinalar a data com comemorações próprias.

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Libreria Europa
Uma livraria para gente inquieta, aqui bem perto de nós. Tem muitos livros, CDs, um vasto mercado cultural. Podem consultar e registar nos vossos favoritos. Libreria Europa. Mesmo quem não esteja à vontade na língua espanhola encontrará material a seu gosto.

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segunda-feira, abril 12, 2004

Aditamento
Nada frustra mais o brigão do que o encolher de ombros e o virar de costas. Na construção da rede que tem sido proposta basilar deste blogue é forçoso respeitar regras - pelo menos um pacto de não agressão, um compromisso de civilidade e respeito recíprocos que são pressuposto dessa coexistência e convergência de sensibilidades diversas.
E quando alguém ostensivamente quebra essa convenção tácita, direis vós?
Por mim, respondo claramente: eu nessa não caio. Se alguém, por propósito deliberado ou por tendência irreprimível, tentar desviar-me do caminho arrastando-me para combates estéreis, duelos ridículos, esbanjamento de tempo e de energia, por meio de desafios abertos ou velados, encontrará apenas indiferença - e nenhuma resposta. A disponibilidade para falar com todos não significa disposição para desconversar.
Sei muito bem o que quero e para onde vou. Não serão outros a ditar-me a agenda - e a estragar-me o trabalho.

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Considerandos estratégicos 

No pobre panorama do nacionalismo português avulta, no meu entendimento, um facto positivo: a existência de um único partido a chamar a si a representação política dos nacionalistas. Dirão que é pouco, se tal partido não for capaz de cumprir a sua função; respondo no entanto que o facto em si mesmo é extraordinário, dada a extrema dificuldade em conseguir congregar as variadíssimas famílias políticas que compõem o leque dos nacionalismos. Se olharmos para a Europa verificamos que o único caso de sucesso desse ponto de vista é a FN francesa, ultrapassando uma longa tradição de divisão que a antecedeu. Essa unidade na acção é um exercício de equilíbrio em constante risco de derrocada, mas é essencial; e só pode ser concretizado por um partido de tipo frentista, combativo para o exterior mas flexível para o seu interior, o suficiente para não afastar ou excluir nenhuma das sensibilidades que têm de sentir-se representadas.
O caminho oposto conduz à situação espanhola, já aqui várias vezes lamentada: mais partidos que militantes, todos lutando entre si e isolando-se cada vez mais da sociedade em geral.
Dou por assente portanto que esse é um facto positivo. E não vou discutir a magna questão de saber se esse partido possui virtualidades para eficazmente assumir a sua função de representação - não tenho autoridade para tal, sobretudo por falta de acompanhamento no terreno.
Mas prosseguindo o meu pessoal diagnóstico direi agora que aquilo que falta em Portugal é tudo o resto. Com efeito, a essa unidade da representação política de tipo eleitoralista, actuante segundo as regras do sistema, deve corresponder um máximo de pluralidade e diversidade nos outros planos. Ou seja, devem multiplicar-se as trincheiras no corpo social. Que existam associações, grupos, círculos, revistas, editoras, livrarias, uns mais directamente políticos outros de vocação cultural, genéricos uns e mais específicos e temáticos outros, enfim, um magma de iniciativas e actividades que abarquem todos os campos e domínios e que alastrem por toda a sociedade. Mesmo uns blogues e umas páginas na net também servem tal finalidade...
Da dimensão dessa rede e da sua capacidade para gerar e alimentar correntes de opinião, e formar quadros, elites e militantes, tanto como comunicar com as massas, dependerão as possibilidades de êxito da tal frente de representação política. A qual de outro modo se encontrará sozinha em campo esforçando-se por representar coisa nenhuma.

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domingo, abril 11, 2004

Caricatura e realidade 

Como acontece noutros casos em que a história é feita pelos vencedores, que retratam os vencidos a seu jeito, existe uma diferença abismal lentre a verdade histórica do fascismo e do nacional-socialismo e a representação caricatural que deles é apresentada vulgarmente.
Todavia, para além desse fenómeno que é conhecido, existe um outro que é menos analisado: o facto de muitos aderentes por simpatia à imagem do fascismo e do nacional-socialismo terem a tendência para se aproximarem da caricatura e não da realidade.
Sem exercício crítico, propendem a representar o papel histórico que a cultura oficial antifascista lhes aponta, desprezando a autenticidade do que pretenderiam representar.
Ou seja: onde o retrato oficial diz que os fascistas são brutos e analfabetos, aceitam reproduzir fielmente uma claque de brutamontes agressivos. Onde a caricatura diz que os fascistas são fanáticos incapazes de viver em sociedade e construir politicamente alternativas, aceitam o papel de grupelho sectário e intolerante.
Bastaria uma pequena reflexão histórica para verificar como foi complexo o itinerário pessoal e político quer de Hitler quer de Mussolini, para só falar destes; como qualquer deles procurou a verdade e o caminho bebendo de muitas fontes e recorrendo a contributos dos mais diversos; como qualquer deles jogou em pleno o jogo político do seu tempo, não excluindo nenhuma via, sendo eleitoralista quando foi preciso, fazendo coligações quando se mostrou necessário (ambos aliás chegaram ao poder em coligação, e por via eleitoral), sendo legalistas quando isso se impunha e rompendo com ortodoxias e dogmatismos sempre que foi preciso.
Onde essas figuras históricas se caracterizaram pela inovação, pela experimentação, pela surpresa e pela criatividade, em termos ideológicos, estratégicos e tácticos, muitos dos que os invocam hoje representam a tendência oposta, excomungando constantemente tudo o que julgam ser desvio ou heterodoxia, clamando a todo a hora contra "impuros" e "herejes" - mostrando mais exaltação no combate para dentro do próprio campo do que na procura de vias para se enraizar na sociedade envolvente.
Daqui resulta em geral o enquistamento: pequeninos grupos isolados, a viver em circuito fechado, falando só entre si, e vigiando zelosamente qualquer eventual tentação de crescer - porque isso traz sempre o risco da contaminação. Esquecem de todo que em espaço aberto são os mais fortes e determinados que prevalecem - ainda que sejam menos. E portanto que o abater das barreiras de toda a ordem com que o sistema se protege só pode representar perigo para o sistema - elas servem para nos isolar a nós do conjunto da sociedade, e não o contrário.
Quando não há comunicações entre as ilhas e o continente não é o continente que está isolado, são as ilhas.

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Um espanto 

Para qualquer observador inteligente, seja fascista ou budista, a mais conseguida realização dos nacionalistas portugueses nos últimos tempos foi um pequeno conjunto de blogues, da iniciativa de poucas pessoas, e que lograram surpreender pela qualidade e criatividade. Foi mesmo essa a única iniciativa prestigiante e que permitiu atingir sectores muito para além do círculo fechado em que se movimentam os devotos.
Mesmo assim, e a propósito de um debate em curso entre ACR e BOS, vejo escrever com naturalidade e com soberba que a importância dos tais blogues é zero-vírgula-zero-zero e que esses bloguistas concretamente são uma irrelevância total.
Contra a estupidez os próprios deuses lutam em vão.

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sábado, abril 10, 2004

Eleições europeias 

Os velhos hábitos são difíceis de vencer. Em Itália, depois das promissoras expectativas geradas para as europeias pelo movimento que se dinamizou em torno de Alessandra Mussolini, da Forza Nuova, da Fronte Sociale Nazionale e da Fiamma Tricolore, além de outros grupos menores, começou a chegar a hora dos usuais percalços: a Fiamma Tricolore abandonou e vai apresentar-se isolada às eleições. Quem procurar ler para perceber os motivos nada compreenderá a não ser que se trata da velha política, das mesquinhas querelas a sobrepor-se a qualquer visão de futuro.
De qualquer modo, os sectores dirigidos por Mussolini, Fiore e Tilgher prometem continuar, e seguir para as eleições como coligação formal. Desejamos a maior sorte a quem sinceramente combate pelo Ideal, mas não se pode esconder que o abandono súbito da "Fiamma" é um rude golpe, quebrando o élan despertado antes pela Alternativa. Para além de retirar à coligação o símbolo gráfico da chama, que é o principal activo do agrupamento fundado há dez anos por Pino Rauti e agora dirigido por Luca Romagnoli.
Será que só o emblema decide as votações, como no fundo pensam os que estão na raiz desta manobra fraccionista?

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A Europa de hoje 

"A Europa Ocidental viveu quase mil anos sob regimes absolutistas. Com reis sábios e reis ignorantes, com reis prudentes e reis audaciosos, com reis usurários e reis perdulários, com reis aconselhados e reis mal aconselhados.
Em quase dez séculos de regime absoluto esses reis bons e maus fizeram a Europa. A Europa dos humanistas, das catedrais, da ordem jurídica, dos grandes pintores, escultores e escritores, a Europa dos navegadores, porta-voz do facho de uma civilização que transportou a todos os outros continentes.
As democracias receberam em herança uma Europa rica, poderosa e exuberante de vida. Centro incontestado do Mundo, impunha-se tanto pela força das armas como pelo brilho artístico, valor científico das suas elites e pela opulência das suas instituições financeiras.
Em pouco mais de um século a Europa das grandes potências militares do Mundo tornou-se uma terra indefesa, dominada a Leste pelos russos e protegida a Oeste pelos americanos. A sua segurança – a sua pretensa segurança – assenta na força das tropas estrangeiras que estão acantonadas no seu território. As decisões políticas à escala mundial são tomadas sem a sua audiência. O seu próprio destino depende do jogo de interesses e da boa vontade de potências de outros continentes.
Sem dúvida os bancos centrais europeus são os grandes detentores do ouro monetário internacional. Mas o ouro deixou de ser escalão monetário: foi substituído pelo dólar, símbolo do poder económico e financeiro norte-americano e da subordinação europeia às decisões tomadas do lado de lá do Atlântico.
Nenhuma das grandes potências mundiais é europeia. O nosso velho continente, que nos fins da II Guerra Mundial dominava quase sessenta milhões de quilómetros quadrados com mil milhões de habitantes, está reduzido à “pequena península da Ásia” de Paul Valéry, com mais ou menos quatrocentos milhões de habitantes que parecem ter perdido a coragem física para se baterem em defesa dos seus direitos e liberdades.
A Europa de hoje lembra a Grécia de há dois mil anos. Um pequeno país vencido e diminuído que se emocionava com o advento do poder, em Roma, dos Césares a que devia obediência."

Valdez dos Santos

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sexta-feira, abril 09, 2004

Americanos
Cada vez me convenço mais que o mundo enfrenta um sério problema com os americanos: eles pensam realmente que os outros são todos índios...

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Nefelibatas!
Sabem como se reconhece por estes dias um jovem nacionalista português? É simples: andam todos com um dicionário na mão, a procurar na letra éne....

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Até onde vai a Europa?
Ao dar uma vista de olhos pela imprensa francesa verifiquei que nos últimos dias estalou na praça pública um debate sobre qual a posição a tomar quanto à adesão da Turquia à União Europeia.
Era inevitável, e ainda bem que a discussão rebentou - quanto antes melhor, e quanto mais pública melhor.
Com efeito, esta é uma batalha decisiva, determinante, essencial - para a Europa e para o mundo.
Vão mobilizar-se nela todas as forças disponíveis: de um lado estão naturalmente as opiniões públicas dos países europeus, pouco interessadas em ter mais sessenta ou setenta milhões de muçulmanos a circular livremente por aí com igualdade de direitos.
Do outro lado, as forças são de peso: os que mandam na América estão comprometidos a fazer entrar a Turquia na União, e não pouparão esforços e pressões nesse sentido. O compromisso foi assumido repetidamente perante os actuais mandantes turcos, até nas negociações sobre o Iraque, e comunicado aos responsáveis europeus. A pressão não abrandará, e esse objectivo não será abandonado. Até porque atrás da cortina outros interessados aguardam impacientes: os grandes entusiastas da entrada da Turquia na União Europeia são os israelitas.
Israel beneficia de acordos bilaterais com a União Europeia; mas a sua aspiração é claramente a de entrar como membro de pleno direito. A entrada da Turquia não representa portanto apenas a fractura irremediável entre os principais países do universo islâmico; significa de imediato a abertura da porta para a adesão seguinte, que será dessa outra nação "europeia" - Israel, pois claro.

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As crónicas negras do Império do Bem
Nos últimos dias as forças especiais do exército americano cercaram completamente a cidade de Falluja, determinadas a dar uma lição aos insubmissos iraquianos. Entretanto têm procurado fazer o que chamam a "limpeza" da cidade cercada. Segundo todas as agências noticiosas, há centenas de mortos e milhares de feridos.
Antigamente, a isto chamava-se um massacre de populações civis....

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Eleições na Argélia 

Como é sabido, as eleições são um assunto sério demais para deixar os resultados às contingências da sorte. Devem por isso ser devidamente organizadas de modo a não permitir surpresas que depois sejam difíceis de corrigir. Assim pensam com toda a coerência os democratas argelinos, que desde há uns anos ocupam o poder por força de um golpe de estado sangrento, com o apoio entusiástico dos democratas de todo o Ocidente - após umas célebres eleições em que os anti-democratas ganharam...
Houve agora eleições presidenciais, e o Presidente Bouteflika ganhou por enorme cabazada. Está garantida a democracia!

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Bring back Saddam!
Este é o novo brado que começa a sair de algumas vozes americanas. A realidade pode ser tão irónica que venha a comprovar isto: o único factor de estabilização daquela zona, o único tampão contra o integrismo religioso, o mais ocidentalizado dos líderes locais - era Saddam Hussein...

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quinta-feira, abril 08, 2004

Decadência
Dantes, os povos olhavam os seus chefes e aspiravam a ver neles grandeza. Agora, o nosso mundo tem por dirigentes personagens como um escroque francês conhecido por Chichi, um presidente americano geralmente comparado a um chimpanzé (Chimp), quando está sóbrio, um primeiro-ministro inglês a quem chamam Bambi devido ao seu ar tolinho, desajeitado e sorridente, um trapaceiro multimilionário como Berlusconi, para não falar dos demagogos analfabetos que assaltam o terceiro-mundo, tipo Lula e Chavez.
A grande revelação dos últimos dias é a poderosa assessora presidencial no Império do Bem: uma preta pitoresca que se chama Arroz!
Acho que o arquétipo cultural do nosso tempo é o reino do desenho animado.

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Knut Hamsun
Por um dos comentadores ter falado em escritores fascistas que tenham ganho o Prémio Nobel, lembrei-me do velho Knut Hamsun. Pode ser que ainda se encontrem por aí exemplares de "Fome" ou de "Pan", livros que ao que me lembro foram editados em Portugal. Para conhecer melhor o grande escritor norueguês carreguem no link ou vejam o que o bom Google vos traz quanto ao dito cujo: Knut Hamsun.

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Géostratégie 

Para quem tenha o gosto pela reflexão sobre a política internacional, a geoestratégia e a geopolítica, o lugar indicado: Géostratégie - "quotidien d'information statégique".
Nova exploração obrigatória...

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quarta-feira, abril 07, 2004

Málaga Rojinegra
Bem, embora me assuste a imagem de desunião, sectarismo, grupusculização e ausência de verdadeiro sentido do político que nos vem de Espanha, ofereço agora uma ligação para a página dos falangistas malaguenhos: Malaga Rojinegra.
Achei graça ao nome, e quem conhecer a história da guerra civil saberá porquê: houve tempo em que a cidade era apenas Malaga la roja, Málaga a vermelha...

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Polémia
Recomendo também o sítio "Polémia", com conteúdo variado mas sempre de grande pertinência e actualidade.
Publica também uma "lettre hebdomadaire" que qualquer um pode assinar. Não se esqueçam de dar uma volta pelos recantos da "Polémia" - "informations et analyses pour des tempos chaotiques".
Aqui fica a recomendação, mesmo que seja repetida (as coisas repetidas convencem mais...)

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Résistance
Outro local internético de elevado interesse: Résistance en ligne.
Publica análises políticas, referências bibliográficas e culturais, informação sobre a rede radical, tudo numa perspectiva nacionalista-revolucionária e solidarista. Merece uma exploração.

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terça-feira, abril 06, 2004

O Primeiro de Maio
Sintomático: aproxima-se o dia 1º de Maio, e as manifestações mais relevantes politicamente que se anunciam na Europa são os desfiles de Paris, organizado pela FN, e de Berlim, organizado pelo NPD.
Será que já só os fascistas se lembram do Dia do Trabalhador?

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O FASCISMO VISTO POR EZRA POUND 

«O Fascismo era a favor da conservação de certas liberdades e a favor da manutenção de um certo grau de cultura, de certos níveis de vida, não era uma recusa de baixar-se ao nível de vida dos ricos ou da pobreza, mas sim uma recusa de abandonar certas prerrogativas imateriais, uma recusa de abandonar um largo troço da herança cultural».
Quem escreveu isto?
Ezra Pound, decerto, o maior poeta ocidental vivo, em "Jefferson and/or Mussolini", aparecido em 1935.
Uma casa editora americana, "Liverigth", de Nova Iorque, reeditou-o no ano passado, por ocasião do 85.º aniversário do célebre autor dos Cantos.
Este livro, que, como toda a obra de Ezra Pound, não é de leitura fácil, tem, no entanto, uma grande importância, porque, como o editor sublinha, «é realmente, revelador do homem por detrás da Poesia».
Comecemos por explicar o título: "Jefferson and/or Mussolini". Para Ezra Pound, a tradição política jeffersoniana continuava viva, mas não em Massachussets, nem na Virgínia, nem no Delaware, — sim na Itália de Mussolini.
Jefferson? O primeiro presidente inaugurador da nova capital federal, Washington. Um grande letrado. Um grande político. «O fundador do partido democrático», diz o Larousse. Concerteza, mas a palavra democrático tinha, então um sentido completamente diferente do de hoje, e, na Constituição americana que Jefferson redigiu, não se encontra nem uma só vez a palavra democracia.
Aliás, Ezra Pound sublinha: «Não há a mais pequena sombra de dúvida de que T. J. nunca imaginou que os homens continuavam iguais (depois de nascerem), ou eram biologicamente iguais, ou tinham o direito à igualdade a não ser no plano das oportunidades ou perante a lei». «Como todos os dirigentes e construtores na história humana, ele tentou elevar certo número de homens a certo nível, pela eliminação de certas imperfeições».
Jefferson, explica Ezra Pound, não acreditava no privilégio hereditário, quer dizer, considerava que os homens deviam governar por causa das suas qualidades inerentes e não por serem os filhos do paizinho. «Pensava que uma nação não tem o direito de contrair dívidas que não pudessem ser razoavelmente pagas durante a vida das partes contratantes». E que, por outro lado, tudo o que pode ser feito pelo esforço individual e não-oficial deve ser feito por ele, não devendo o Estado governar senão onde e quando seja necessário.
«O melhor governo é aquele que governa menos», notava também Jefferson. Lembremos que Barry Goldwater, em 1964, proclamou a mesma coisa. Ora, para os seus adversários, os liberais, tratava-se de um fascista...
Governar o menos possível não é governar mal. Pelo contrário. Ezra Pound escreve na página 91: «Um bom governo é aquele que age conforme o que é conhecido e pensado como melhor». «E o melhor governo é aquele que traduz o mais rapidamente em acção aquilo que é melhor pensado».
Ezra Pound escreveu "Jefferson and/or Mussolini" em 1933. O seu livro é também o de uma testemunha: «O primeiro acto do Fascismo foi salvar a Itália das pessoas demasiado estúpidas para governar, quer dizer, dos comunistas-menos-Lenine. O segundo acto foi libertá-la dos seus parlamentares, que provavelmente ainda eram piores, se bem que não fossem necessariamente mais desonestos do que os outros gangs parlamentares, mas, seja como for, libertá-la dos grupos demasiadamente imorais politicamente para governar».
O anti-Fascismo triunfante foi, evidentemente, o regresso ao poder destes gangs imorais.
Jefferson e Mussolini? Dois génios, diz Ezra Pound. «Se procurais laços de simpatia entre T. J. (Thomas Jefferson) e o Duce, nota ele, reparai primeiro, que ambos detestam a maquinaria ou, em todo o caso, a ideia de arregimentar os homens e fazer deles todos unidades, unidades de produção, afogando o homem individual, reduzindo-o a simples amálgama».
Era, evidentemente, uma concepção das coisas muito diferente do que nos querem impor, nos nossos dias, os Rockfeller e os Rothschild e os seus exércitos de tecnocratas.
Jefferson e Mussolini eram homens da terra, homens ligados ao solo natal. Verdadeiros camponeses, paysans, quer dizer, homens do pays, do país.
Porque perde Mussolini a partida, finalmente? E por causa de quem?
Ezra Pound explicou-o, nos seus panfletos italianos, publicados na edição francesa em 1968, (L`Age d`Homme, Lausanne). «Desde a altura em que Mussolini adivinhou as relações entre os usurários de Nova Iorque e os instrumentos de Moscovo, foi condenado à morte pela usurocracia internacional»
Em 1944, quando as tropas americanas tomaram Pisa, Ezra Pound foi lançado como uma fera numa gaiola de ferro e levado para os Estado Unidos onde o fecharam, catorze anos num hospício de doidos.
Este denunciador da usura tinha ousado escrever: «De facto, após o assassinato do presidente Lincoln, nada de sério, foi tentado contra a usurocracia até à fundação do Eixo Roma-Berlim. A ambição italiana de conseguir a liberdade económica, que não é senão a de não se endividar, desencadeou sobre ela as sanções de sinistra memória».
Realmente, era preciso ser doido para falar com tanto juízo!"
Pierre Hofstetter

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A LIÇÃO NECESSÁRIA 

Salazar é a garantia de que a Revolução pode ser feita com a Pátria, e que o Estado de Ordem pode ser um Estado Revolucionário. Pois que a Revolução da Ordem é acima de tudo a instauração de uma Ordem Revolucionária em que o Povo e a Juventude resolvem as altas tensões ideais que os habitam.
Destarte se justificou e justifica que, após uma leitura atenta da situação, toda uma Juventude que nasceu politicamente na década de sessenta, tenha optado por uma via nacional revolucionária em que Salazar surgia como máximo garante da «transformação do Estado» no sentido mais autenticamente nacionalista, popular e social.
É que a observação fria e realista dos factos e das intenções veladas levara-nos a saber distinguir o reaccionarismo dos conservadores do Sistema e o revolucionarismo daquele que tinha determinado a sua principal orientação.
Ou seja: a Juventude Portuguesa que havia optado pela unidade da Pátria e da Revolução, sabia perfeitamente, concretamente, com dados que um dia hão-de vir a lume, que Salazar combatia por uma Continuidade Revolucionária que levasse até ao fim as consequências inerentes à instauração do Novo Estado.
E o que líamos e víamos, o Povo o intuía na sábia distinção entre os males que havia e o Homem que lá estava para evitar, com os homens que tinha, que esses males fossem maiores, ou, dentro do limite das suas forças, impedir que eles se concretizassem.
Não é agora que se pode fazer a análise profunda deste problema, mas pode ser feita agora a afirmação de que aos militantes mais da frente sempre foi claro este princípio: o sentido realista da permanência do Estado, que acima de tudo e de todos havia que preservar, levava Salazar a realizar a política suficiente para a Revolução Nacional necessária. Quer isto dizer: Salazar realizava o mais que podia uma política nacional revolucionária, com as forças de que dispunha a cada momento. E se mais não fazia, e se mais não fez, foi porque não houve uma força nacionalista organizada e poderosa que lhe desse o apoio necessário às inflecções e opções necessárias à continuidade da Revolução Nacional pelas vias da ortodoxia e integridade.
Ou então, muitos dedicados a desinteressados servidores, por esta ou aquela razão, preferiram a comodidade de se afastarem à incomodidade de continuarem e forçarem os acontecimentos com a sua presença e firmeza.
Dói-nos dizer isto. Mas a verdade é que a Política faz-se com pensamentos e não com sentimentos. E se queremos uma lição de actualidade, imprescindível à futuração, é essa conclusão que temos de afirmar. Pelo menos, para nós, e connosco todos quantos nestes últimos estivemos nas frentes de combate na Metrópole ou no Ultramar, é essa a lição maior que recolhemos.
É que é a única coisa que torna clara muita coisa.
Vai sendo tempo da política nacional-revolucionária ser feita por militantes.
As Revoluções fazem-se com Revolucionários e não com revoltados.
Foi isto que nos ensinou Salazar.

José Valle de Figueiredo

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segunda-feira, abril 05, 2004

Júbilo: novo link!
Não são só os fascistas que me compreendem: generosamente o blogue de orientação católica "A Casa de Sarto" concedeu-me um link para o "Fascismo em Rede".
São malhas com que a rede se vai tecendo!
Em sinal de simpatia e agradecimento, e para além de retribuir, ofereço a essa respeitável Casa a ligação para uma página muito interessante sobre as guerras de Vendeia: Les Guerres de Vendée.

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Mais poesia
Uma vez que parece estar-se a assistir à descoberta de Couto Viana (a actual edição do "Jornal de Letras" dá grande destaque à sua obra) entendo contribuir para o conhecimento do grande poeta transcrevendo um poema que ele escreveu a 16 de Novembro de 1978, inspirado num desenho de Almada Negreiros, representando (o desenho e o poema) um desfile da sua adorada Mocidade Portuguesa.

Foi outrora. E agora?

Na alegria e pureza da manhã,
Desfilavam, num passo compassado e seguro,
Ao soar de um tambor (rataplã, rataplã!),
Sob ramos em flor, rumo ao futuro.

Eram todos o mesmo coração,
Orgulhosos da pátria, da palavra, da alma!
Como quem abençoa, estendiam a mão,
Abrindo à luz a generosa palma.

Envergavam as cores do mar, da terra...
Não, da rasa planície; não, da maré vasa:
Mas da onda viril, mas da soberba serra
Que só alcança o livre voo d'asa.

Cantavam, como canta a mocidade,
O heroísmo da vida (aventura e amor),
O querer para além da bruma da saudade
Portugal triunfal, maior, melhor!

Desfilava, com eles, a beleza
Do sorriso da mãe, da noiva inda menina.
E o espaço, em redor, era uma chama acesa:
O facho com que o sonho se ilumina.

Esse dia, nascido alegre e puro,
Retratava o desfile, as bandeiras na aragem!
E criam no futuro, ao chamar-lhes futuro,
Os que abraçam a fé e a coragem.

António Manuel Couto Viana

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domingo, abril 04, 2004

DUALPHA
Este "service de diffusion libraire" parece-me cada dia mais útil. Desde as memórias de Pierre-Antoine Cousteau, o irmão do explorador oceânico, que durante décadas, na prisão ou fora dela, foi um dos mais incansáveis lutadores pelo ideal do fascismo, até a um magnífico acervo bibliográfico sobre história e política, tudo atrai nesta livraria disponibilizada por Philippe Randa. Percorram o catálogo da "Dualpha", caramba!

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Esclarecimento
Ao "Ultimo Reduto": a sequência poética de Rodrigo Emílio publicada um pouco atrás constituiu efectivamente a página 7 do número do semanário "A Rua" em que se assinalou a passagem do sétimo aniversário do 25 de Abril, em 1981. Era encimada pelo título genérico "Sete anos de laró Abril cumpriu".

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Internet como meio de luta política 

A grande inovação que encontro nos Identitários franceses é a utilização consciente da internet já não apenas como um terreno, um campo privilegiado onde se desenvolve o combate político, mas sim como um meio, um instrumento, uma ferramenta para esse combate.
Com efeito, não se tratou apenas de constatar que uma boa e bem organizada mailing-list constitui a forma mais prática e quase instantânea de desencadear uma campanha de opinião, ou mesmo convocar e realizar uma iniciativa como um comício ou uma manifestação num local indicado.
Trata-se agora de verificar que os centros de poder todos eles têm mecanismos que estão ao alcance do cidadão: não apenas os grandes meios de comunicação mas também qualquer entidade como uma prefeitura, um ministério, um presidente de câmara têm endereços electrónicos, telefones, faxes. Se um programa na televisão nos indigna, se uma posição política nos desagrada, se uma decisão nos escandaliza, basta mobilizar a rede de militantes disponíveis na lista e remeter-lhes a instrução precisa e os números: uma onda de telefonemas, faxes, mails, bombardeia a entidade visada até esta não poder ignorar mais a situação.
Este tipo de campanhas convergentes sobre um alvo determinado permite ainda ultrapassar pela acção concreta as estéreis questiúnculas ideológicas que normalmente paralisariam o campo nacional.
Sucessos notáveis deste tipo de actuação foram a mobilização espantosa que num instante permitiu reocupar a Igreja de Saint Nicholas quando da sua recente tentativa de ocupação por indocumentados esquerdistas, ou o bem sucedido boicote ao grupo musical racista anti-branco que era o de maior sucesso em França e que teve que anular a sua tournée nacional pela persistente perseguição por essa via cibernáutica a quem quer que permitisse tais concertos, fossem as autoridades fossem os donos das salas.
Cria-se uma situação tal que o mais sensato é anular em vez de afrontar a onda.
Claro que isto é militância através da rede, mas para atingir alvos que estão para além dela: sempre com firmeza e com cortesia, como lembram os identitários. Um exemplo.

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Militantismo mediático 

No sítio do "Front National" existe já há muito uma secção denominada "militantisme médiatique". Explica-se facilmente o que está sob a designação. Como todos concordarão, os grandes meios de informação são o grande condicionador de toda a opinião pública nas sociedades actuais. Quanto a esses o caminho está vedado para quem seja colocado fora do sistema: há bloqueio total. Porém, verifica-se que desde a generalização da internet não existe nenhum jornal, televisão ou rádio que possa passar sem um sítio na net. E esses locais na rede são muitas vezes destinados a captar a opinão do público. Com frequência têm secções abertas ao leitor, cada um cria o seu forum, muitos convidam ao debate em linha, muitos insistem mesmo para que o público faça chegar a sua voz ao director, à redacção, à administração.
Então porque não aproveitar essa via? Em vez de criar coisinhas para entretenimento próprio, em conciliábulo secreto e sigiloso, no Front National escolheu-se a estratégia de remeter os militantes para esses locais: cada forum, cada secção dos leitores, cada sondagem em linha, cada mecanismo de auscultação da opinão pública deveria ter ecos da corrente nacional.
Evidentemente que isto tem regras: é preciso ser simples e sintético, é preciso usar da correcção necessária ou evitar o tom de propaganda directa, para que não se incorra sempre na exclusão dos moderadores.
Mas feito isto o resultado é espectacular: nestes anos mais próximos de nós, o "Front National", que não aparece nas grandes cadeias de televisão, rádio ou jornais principais, é no entanto, de acordo com todos os estudos, o partido que em França está mais presente na internet: o partido que mais aparece nos foros de debate, nas secções opinativas abertas, nos canais de recepção disponíveis ao público. E muito à frente de todos os outros!
Que formidável pressão assim se gera sobre as redacções, sobre os media, é fácil calcular. E quanto à repercussão no público, repare-se que muitas vezes as secções dos leitores, o "have your say", são bem mais lidas que o corpo jornalístico....

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LIBRE DIFFUSION
Foi de novo actualizado o catálogo da excelente livraria de Nice. Um fundo bibliográfico imenso ao dispor de todos os militantes das coisas da cultura - da literatura, da história, da política. Aconselho a que coloquem nos favoritos esta Libre-Diffusion.

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Ainda sobre a internet 

Obviamente que entre os nacionalistas portugueses também é conhecida a existência da internet. Era inevitável. Por isso também apareceu entre eles a vontade de cada grupo, ou às vezes cada um, ter um sítio na net (ou um blogue). Mas se repararmos bem verificamos que esses locais em geral ainda são concebidos exactamente como o acto clássico de afixar um cartaz numa parede: penduram-se ali, para ser vistos por quem passe.
Nunca houve a ideia de explorar as potencialidades específicas da internet. Desde logo a interactividade, a recolha e a troca constante de informação, em ambos os sentidos, a dinamização de iniciativas, a actualização constante: como esses sítios em geral são estáticos e unidimensionais, apenas para ser lidos passivamente, essas finalidades estão excluídas.
E muito menos está presente a ideia de rede como tenho defendido: pelo contrário, como geralmente os seus responsáveis são muito mais tolerantes com os inimigos políticos tradicionais do que com os companheiros ou ex-companheiros desavindos ou "desviados" (para estes vai um tratamento que oscila entre o rancor e o ódio) está logo à partida afastada a ideia de rede. Aos "outros", os herejes, a concorrência, os "traidores" (e com que facilidade se atribui este estatuto!) - não pode dar-se nem um link.
Deste modo o conceito de rede, que é uma tradução prática da ideia de uma área política, ou campo político alargado, caracterizado pela diversidade e pluralidade - cuja expansão e não hostilização recíprocas poderia reforçar a todos e ao conjunto - está naturalmente excluído.

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sábado, abril 03, 2004

A internet
Tenho que confessar: a impressão que tenho é que o verdadeiro papel e a relevância da internet no mundo de hoje não está compreendido e assimilado nos meios que me interessam. Não há ainda a percepção, nem perto disso, das utilidades desse meio como instrumento capital para uma estratégia de acção política na sociedade contemporânea. Não houve reflexão sobre as potencialidades da rede, nem tentativa de inventariação das capacidades que oferece. Nunca se tentou pura e simplesmente fazer um raciocínio do tipo "o que se pode fazer na internet".
Consequentemente não é entendido, nem aproximadamente, o que tenho proposto com a designação de militância cibernética, ou cibermilitância, e muito menos o que tenho chamado de "rede", a construção de redes no ciberespaço, o "fascismo em rede"...
É pena, porque se está a perder um tempo inestimável - e muitas vezes a esbanjar energias e meios em pura perda, desprezando o caminho que se apresenta livre e desimpedido, simples, barato e eficaz.
Sinto-me um tanto frustrado no meu entusiasmo por essa ideia, essa estratégia mais ou menos de "gramscismo internético"... Mas não desisto nem desespero - a história me dará razão, como dizia o outro.

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Feed back
É sempre gratificante a gente sentir que é lido, e que as suas palavras têm algum peso para os outros. Serve esta introdução para agradecer a atenção de alguns leitores que me têm escrito, nomeadamente para apresentar críticas e sugestões, e a que não posso responder individualizadamente.
Não queria porém deixar de fazer referência a três mensagens. Primeiro ao Mendo: o trecho que citei pilhei-o de uma comunicação no "Areópago Luso", que está linkado ali ao lado. Aliás, desde que há dias desapareceu o "Forum Nacional" é esse o único local do género que conheço - e muita pena tenho eu que seja assim.
Depois ao Nuno e ao Filipe: como evidentemente compreenderam eu não quis atacar os que trabalham. Longe disso! Muito respeito me merecem os que se batem, cada um na trincheira que lhe foi dado ocupar. O que eu quis foi picar os que não trabalham!...
...Espetar-lhes uma alfinetada que os despertasse e acicatasse, envergonhá-los e atirá-los para a frente, eis tudo o que pretendia - atacar só mesmo a apatia e o amolecimento, o espírito de resignação, o comodismo e a ligeireza fútil tão próprios deste tempo e que tudo ameaçam contagiar.

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Álbum de Abril
Estando próximo o aniversário da negra data, não queremos deixar de contribuir para as comemorações.
Com esse intuito altruísta reproduz-se a seguir uma sequência poética composta por Rodrigo Emílio para o sétimo aniversário do 25 de Abril.

Reportagem

'stão às ordens da desordem
desalinho e desmazelo.

Grande afluência de flores,
a enfeiti(ç)ar o flagelo.
Pistolas-metralhadoras,
de cravo à boca - a mordê-lo:
de boca em flor, todas elas.
Atraentes, os traidores
ajardinam as lapelas:
derreados de flores,
lembram noivas e donzelas...
Fazem turismo,os janotas,
e desfilam, toleirões:
- de esporas, boinas e botas,
de orelhas e cinturões
pendem cravos idiotas
(hortas de cravos!); e as bocas
mastigam a voz em notas
de cansativas canções.

Vitoriam-se as derrotas.
Há clamores. Declamações...

Exibindo-se, a desoras,
pelas principais artérias,
deambulam gordas hordas
de gandulos e galdérias.
Toda a matula anda aos bordos:
Já ninguém se tem nas pernas -
salvo o judeu-agiota,
que também ajuda à festa.
Em vista de ser da corda,
sem demora acorre; e, à pressa,
outorga pastas e postas,
trauteia líricas lérias.
Como manda o protocolo,
toma de assalto as casernas;
abre portas, fecha portas
(portas, não: porta-moedas)
e, às pancadinhas nas costas,
tira o ventre de misérias
a magotes e magotes
de majores e de megeras.

Com traição às quatro rodas,
e outrossim à roda delas,
giram jeeps e unimogs
(por sinal, bastante beras!)
dando transporte de borla
- e sei lá se de capelo...-
a fornadas de uniformes
reles, reles, reles, reles...

(Co'a canalha tão canora
que a bordo deles se vê,
mais parecem wagons J
chaimites e berliets!...)

Recordo umas quantas fotos
datadinhas desse tempo:
são tão cómicas - tão cómicas -
que causa vómitos vê-las.
Coisa mais indecorosa,
francamente não conheço:
vai dar a tropa uma volta
- barbas ao vento, e o cabelo
a pedir valente corte,
tosquia sem paralelo,
boa tesoura da poda,
talhos de foice... e martelo.

Embalada, a fox-trot,
no bercinho dos pneus,
verde fauna, rubra flora,
move-se a malta soez
numa interminável frota
de gipões e de mercedes.
Transborda, a deitar por fora,
festejando mil revezes.
(- "Fora! Abaixo! Abaixo! Fora
já com eles! Morte a eles!...")

É, decerto, a maior corja
de camaleões e camelos,
de que há registo e memória
nos anais do pesadelo!...

Noto o sórdido recorte
d'uns recrutas de entremez
que, a monte, nas plataformas,
tremem como varas verdes.
(- 'starão a dormir na forma,
ou são apenas más rezes
condecoradas de nódoas,
limpando as mãos à parede?!...

- É bem outra a sua história.
O caso é simples, e é este:
cavaram todos de Angola,
amarelinhos de medo,
a sete-pés,cem-à-hora,
não fosse a guerra tecê-las...)

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Estou lixado!
O Buíça já tem um blogue!... E esta, hein? Não tenho outro remédio senão inserir os tais comentários ....
Acho que o gajo, esse grande liberalão e democratóide, só fez isto para me tramar.
Fogo!...

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sexta-feira, abril 02, 2004

Tudo o que é nacional é nosso 

Sabe sempre bem encontrar outros em comunhão de ideias, descobrir que mais alguém proclama o que gostaríamos de dizer. Hoje sublinhamos um excerto de uma intervenção num forum nacionalista, que se nos afigurou uma intuição exacta do caminho a seguir:
"Por isso, eu creio que, se a imigração deverá ser sempre nosso tema principal, é no entanto de crucial importância apresentar outros objectivos, relacionados com o nosso ideário. Portanto, se somos nacionalistas, devemos zelar pela vida da Nação, e, assim, dever-nos-emos preocupar: - com as listas de espera nos hospitais, que são terceiro-mundistas; - com a justiça e as suas falhas abjectas; - com a baixa-natalidade do povo; - com o estado miserável da produção nacional, das suas exportações, tanto na agricultura como na indústria - é importante dinamizar o produto nacional; - com o baixo nível educacional e cultural da população portuguesa - uma população inculta, não conhece a sua própria Tradição, a sua própria História, e, assim, será presa fácil de qualquer internacionalismo colorido, espampanante e ultra-kitsch - um povo abastardado pela ignorância de si próprio, escoará em breve para o esgoto da dissolução final na maralha sem raizes."

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O Trabalho e o Homem
"O que quereríamos é que a nossa gente pescasse, agricultasse, laborasse e, enfim, trabalhasse e produzisse, cônscios de que a inacção ou menor actividade, e com ela a pouca ou escassa produção, é tudo quanto há de mais negativo e estiolante do homem externo-interior -- seus vigor e personalidade -- . (...) O grande, o maior crime pelo qual poderia ser acusada e tida por maldita a presente governação seria o de ter parado ou diminuído trabalho e trabalhador portugueses, e, a troco de enganosas e fatalmente passageiras compensações que a política não pode garantir e antes ocamente assegura, tê-los retido ou posto inda mais na cauda das actividade e produção europeias. Além das fabulosas perdas materiais, o definitivo amolecimento, o geral quebranto, a lepra psíquica que daí adviria (pelo não termos os contentamentos e viris satisfações do que se alcança por esforço, fadiga, méritos próprios, e antes estarmos aí para ser pagos por não mexer e vilmente permanecer na condição de zangãos da colmeia europeia), o mal social, o mal nacional e humano, os desgosto, tristeza e irritação comuns, tudo seria incomensurável. E insuportável. (É que não lobrigamos, apesar de tudo, que o grande número português dê pachorrenta aceitação a isto de andar de pano no braço ou na mão a servir à mesa ou a limpar as botas do turista estrangeiro, a um tempo que, relegado para as últimas posições nesta terra que é sua, se lhe deixaria toda a tarefa humilde, secundária e necessariamente inferiorizante, qual se estivera sujeito a um invasor...)
A inactividade, a paralisia, os maninhos e pousios sem termo, o chão, enfim, não cultivado, as nossas costas e áreas marítimas de nós não sulcadas e exploradas, a redução do trabalho e da produção fabris são a moeda com que a governação portuguesa paga o que da Europa nos chega em subvenções para acudir às permanentes penúrias e urgências duma economia terciária e de serviços (...) que ao homem nem dimensiona e dinamiza, nem devidamente dignifica e liberta
."
Carlos Eduardo de Soveral

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A direita zangada 

A crispação, o rilhar de dentes, o sobrolho carregado, o dedo esticado e acusador vibrando de apoplética indignação - eis o retrato chapado de certa direita com que frequentemente deparamos.
Um bom amigo já falecido, fascista tranquilo e de ironia mordaz sempre a desprender-se do sorriso observador, chamava-lhe a direita roncante.
Disto até à estéril tendência para o sectarismo mais mesquinho, a permanente canelada em família, o virar de costas à vida e à realidade, vai o passo de um anão.
Quantas iniciativas frustradas, quanto esforço perdido, pelo enclausuramento míope, pelo cerrar de portas e o zelo purificador, distribuindo anátemas e excomunhões em barda - a procura do cada vez mais puros, ainda que cada vez menos...

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quinta-feira, abril 01, 2004

A viagem

A nossa coligação
Só tem feito maravilhas
E obras mais de um milhão
No continente e nas ilhas!

Com esta governação
Seguirá firme e seguro
O país e a nação
A caminho do futuro.

O povo rude e ingrato
É que não vê esta luz
E daí o triste facto
Que esta canção traduz.

Com efeito nestes dias
Anda o povo mais alegre,
Em folguedos e folias,
E a razão é o que segue:

Desde que Durão Barroso
Partiu para Moçambique
Só ouço o clamor ditoso:
- Pode ser que por lá fique!

Saulo Tortas

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Outro link
Estou desvanecido com as atenções: agora foi o "Nova Frente" que generosamente me concedeu uma ligação lá no blogue.
E este nem pede nada! Cuidado, rapaz: - olha que andar por aí à solta sem a certidão de antifascismo não é coisa de quem tenha muito juízo...

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Novo agradecimento
As hostes democráticas afinal estragam-nos com mimos: agora foi o "Tomar Partido", de Jorge Ferreira, também fundador e dirigente do promissor agrupamento do Dr. Monteiro, a citar-nos extensamente.
Obrigadinho, ó Jorge! E não se acanhe: se também precisar de um certificado de antifascismo a gente passa! É só dizer! (Começo a pensar que será boa ideia cobrar uma taxazinha a cada um...)

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Frustração
Estou tramado com os blogues nacionalistas. Qualquer dia deixam-me sozinho nesta blogosfera inóspita, adversa e hostil - entregue às feras anti-fascistas.
Dia sim dia não há mais um que faz beicinho e se vai embora " - Pronto! Estou farto! Não brinco mais! Isto não dá gozo nenhum! E dá uma trabalheira! Acabou!"
E lá vão, a repousar o canastro, que as mimosas criaturas não foram feitas pra chatices.
Onde eu queria militantes - só me saem diletantes!... Onde eu sonhara uma legião de resistentes, surge-me uma chusma de desistentes!...
Isto são soldados - ou pastelinhos de massa tenra?

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Lamento
Olhem que isto de ser fascista tem que se lhe diga!
Rebentam bombas? - É fascismo!
Há fome na terra? - A culpa é do fascismo!
Opressão e desgraças várias? - Não há dúvida, é o fascismo!
Há inundações, há secas? - Nem há que pensar, é do fascismo!
O pessoal ganha pouco? - É do fascismo, já se vê!
O mundo vai mal? - Pois claro, é do fascismo!
Vocês sabem lá o martírio que isto é! Trazer às costas toda a infelicidade do mundo!

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Obrigadinho!
Na comoção gerada pelas nossas referências às dores do Dr. Manuel Monteiro e da "Nova Democracia" (e que só prova como eles afinal têm muitos amigos) tivémos também a honra de larga citação no "Política Pura".
Agradecemos penhoradamente - que a gente aqui somos fascistas mas não somos mal educados.

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