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quarta-feira, junho 30, 2004

Arquitectura urbana do fascismo 


Aqui está uma curiosa página sobre a arquitectura praticada em Pavia no período fascista.
Curiosa ainda mais para os portugueses: é impossível não reconhecer certos traços bem visíveis na arquitectura, por exemplo, da Lisboa do Estado Novo, das Avenidas Novas, do Areeiro ao Saldanha, da Praça de Londres, do Monumental, ou do Técnico, ou da Casa da Moeda... ou do Estádio Nacional.
Vá lá, carreguem na imagem.

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Inquérito sobre o Fascismo (II) 

Continuamos hoje a publicar o ensaio de Maurice Bardèche denominado "Inquérito sobre o Fascismo", tal como saiu em Portugal nos números 26 e 27 da revista "Tempo Presente", que tinha então como director Fernando Guedes e como membros do conselho de redacção António Manuel Couto Viana, António José de Brito, Caetano Mello Beirão e Goulart Nogueira, e como secretário de redacção Artur Anselmo.

Será o partido único, que tanto encontramos nos regimes fascistas como nos regimes comunistas, um atributo funcional do Fascismo? A importância desta questão é de tal modo expressiva quanto é certo que o pseudofascismo, instituído em França pelo regime gaullista, provou que se podia chegar à supressão das liberdades essenciais sem recorrer tecnicamente a algum dos meios tradicionais do Fascismo, e simulando, pelo contrário, respeitar as formas do mecanismo democrático. Esta era, também, a solução utilizada pelos imperadores romanos, que se limitavam a protelar poderes excepcionais e a concentrá-los nas mãos.
Salientemos, em primeiro lugar, que o partido único, hoje considerado como a pedra de toque graças à qual se verifica a falta de toda a condescendência democrática, não foi inventado, nos regimes fascistas ou comunistas, senão para facilitar o aproveitamento das instituições parlamentares existentes e para manter as aparências de um funcionamento democrático. Supõe-se que o país está inteiramente congraçado no novo regime, e esta adesão global exprimir-se-á pela fusão dos vários partidos, de ora avante sem sentido, no seio de um só partido, que representa, reúne e dirige as aspirações simbolizadas anteriormente por todos os outros.
Na realidade, essa noite do quatro de Agosto, proclamada pelos partidos, não é mais do que a última das hipocrisias democráticas.
O partido único apenas tem um significado real, com efeito, no plano parlamentar. A sua aparição exprime, oficialmente, o fim das transformações que fazem passar o Poder de uma para outra clientela, no interior da estagnação democrática. Mas não haverá uma certa analogia com esta disposição, logo que o Fascismo é instituído? O Fascismo não tem qualquer necessidade de repetir, por abdicação espectacular mas supérflua, que o Poder jamais mudará de mão, dado que nessa característica se encontra o traço fundamental e, por assim dizer, a definição de todo o regime autoritário.
Para que serve, então, o partido único? Penso que ele encarna uma contraverdade, segundo a qual o país se coloca, unanimemente, atrás do regime que sobe ao Poder. Sabemos perfeitamente que esta conformidade de opinião não existe, pelo menos nos países da Europa, corrompidos por cem anos de politiquice; que isso constitua uma das tarefas do Fascismo, no seu caminho formativo, é outro assunto.
De facto, este erro inicial não aproveita a ninguém, e, por outro lado, o exemplo da Alemanha prova abundantemente que o partido único, amplamente aberto a toda a população, logo se compromete com a presença de elementos estagnantes, conformistas, débeis, que bem ilustram o instinto servil das multidões. Toda a gente, na Alemanha, pertencia à S. N. D. A. F., e, quando sobreveio a derrota do regime, tolos se apressaram a explicar que tal adesão nada significava. O Fascismo terá sempre muitos militantes deste jaez.
Os países comunistas, bastante mais experientes na matéria do que os países fascistas, fizeram do seu partido uma organização de escol, resolutamente minoritária e é somente sob esta forma que o partido único se revela um instrumento eficaz. Torna-se evidente que um escol cívico desta natureza, indispensável em qualquer Estado autoritário moderno, nada tem de comum com o partido único concebido pela Alemanha hitleriana, impressionante pelo número de adeptos, mas ineficaz, impertinente, abrangendo tudo e a tudo se sobrepondo, para produzir, ao fim e ao cabo, um pulular de abusos e de mandarinatos.
A instituição dos S. S. corresponde, pelo contrário, a uma permanente preocupação do Fascismo. Mas é preciso que nos entendamos sobre este ponto. Os S. S. foram, inicialmente, um serviço de ordem, como o têm todos os partidos; depois da conquista do Poder, forneceram uma guarda pretoriana; constituíram, em seguida, um escol do partido, e, posteriormente, do Exército; numa última fase, bastante mais tardia, tornaram-se, finalmente, um Estado dentro do Estado, encarregado especialmente da polícia política.
Estas diversas funções sucessivas dos S. S. não interessam, de modo idêntico, à definição do Fascismo. A função pretoriana dos fáscios ou secções de assalto é um exercício normal, antes e depois da tomada do Poder. Aliás, em maior grau do que o partido único, não constitui uma peculiaridade do Fascismo: por toda a parte encontramos guardas pretorianas, nomeadamente nos partidos e regimes comunistas, e as próprias democracias adoptaram este guarda costas do regime. Nada há, portanto, a dizer sobre uma função puramente marginal e ocasional dos S. S.
A verdadeira finalidade dos S. S. é qualquer coisa de muito diferente. Originariamente concebido como um escol destinado a encarnar a ideia fascista, este grupo vive o Fascismo; é, simultaneamente, a força que impulsiona o regime e o braço que o realiza; representa o que de melhor há no povo, porque reúne os elementos fisicamente mais saudáveis, moralmente mais puros, politicamente mais conscientes do interesse nacional. Sendo a manifestação do que há de melhor e mais vigoroso na nação, esta minoria substitui-se legitimamente ao próprio povo, isto é, tem poder para aprovar em seu lugar e para realizar em seu nome. A existência de um escol, ao qual o regime confere uma função particular dentro do Estado, é o signo pelo qual se reconhecem os Estados modernos, quaisquer que sejam as suas características, pois constitui a mais viva e impressionante negação do credo democrático, fundado na omnipotência do número. Assinalemos, paralelamente, que nos regimes comunistas o encargo reservado ao partido é, aproximadamente, aquele que acabamos de descrever como função originária dos S. S.
A acção do escol abrange uma tripla tarefa, totalmente inspirada na convicção de que as multidões, sendo facilmente conduzidas, são incapazes de criar. Inicialmente, as ideias novas devem ser impulsionadas pelos espíritos fortes: só eles podem provocar a fractura dos hábitos e dos interesses, e só eles podem desempenhar o duro trabalho de pioneiros. Esta é a sua primeira missão. Mas, a todo o momento, as massas carecem de exemplos, porque, embora perfectíveis, só exemplarmente podem ser aperfeiçoadas. As ideias, como a religião, necessitam de vidas exemplares, que as personifiquem. E esta é a segunda missão dos homens que representam as ideias. Finalmente, um Poder forte, justamente porque é forte, exige sempre a comparticipação de agentes seguros, fiéis, desinteressados, que lhe indiquem erros, omissões, estados de ignorância, e, em compensação, deve fazer compreender os seus objectivos e decisões. Esta é a missão propriamente política do escol, exercício de fiscalização e de ensino.
As três funções correspondem aos três princípios do Poder, distintos na célebre teoria de Montesquieu, mas, na verdade, reunidos em todos os Estados completos e sadios. À primeira tarefa equivale o temor, pois nenhum Estado pode prescindir da disciplina; à segunda corresponde a honra, porque não pode existir Estado sem ideal; à terceira equivale a virtude, pois nenhum Estado pode subsistir sem desinteresse. E estes princípios correspondem, também, aos três preceitos capitais da acção, que são as virtudes do padre, do militante e do soldado: a coragem na confissão da fé, o sacrifício na experiência diária e o amor na vocação que se escolheu.
Não tenho, evidentemente, a intenção de sustentar que os S. S. cumpriram, sem esmorecimento, estas três qualidades essenciais ao escol, nem isto é, aliás, o que importa. Entendo - mas apenas como opinião pessoal, e não como dedução de historiador - que, no pensamento de Hitler, estas eram as verdadeiras funções dos S. S., do mesmo modo que, na ideia de Lenine, constituíam as finalidades do partido comunista. Estou convencido de que, para um grande número de militantes comunistas, a sua missão é assim considerada, e de que este foi também o caso, para muitos dos S. S.
Precisamente na utilização deste escol, o Estado nacional-socialista cometeu graves erros. Através de um completo contra senso político, deixou que a direcção dos S. S. fosse extraviada para ocupações policiais e preventivas, que, nos outros Estados, são destinadas a corpos especializados, cuja acção os regimes se reservam o direito de reprovar. Os nacionais-socialistas fizeram exactamente o contrário; sem qualquer formação, sem outra verificação além de uma análise de sangue, foram contemplados com a autoridade dos S. S. os efectivos da polícia e da administração penitenciária, que presumivelmente compreendem muita gente cuja natureza e cujo passado não estão especialmente fadados para a prática de virtudes heróicas. E, como se isso não bastasse, a bulímica administração dos S. S. incorporou, por outro lado, nos últimos anos da guerra, alguns soldados do exército territorial e certos indivíduos poupados à mobilização, variante militar análoga à confusa precipitação daqueles servos que seguiam os contingentes armados, à volta do século XVI, nas mais inesperadas tarefas.
Esta conduta surpreendente teve os resultados que seriam de esperar. O escol ambicionado pelo regime era composto, em 1939, por algumas dezenas de milhar de homens, os quais formaram as divisões de choque cujo nome todos conhecem. Mas, no fim da guerra, a direcção dos S. S. dominava milhões de homens, empregados em qualquer ocupação, que só tinham de comum com os S. S. a sigla que ostentavam, e a satisfação de possuírem quatro avós arianos.
Era exactamente o contrário que se devia ter feito. A história do Nacional-Socialismo ensina-nos que os cargos e as insígnias de um escol não se distribuem como impressos fiscais, porque o depósito assim consignado é demasiado precioso para que caia em quaisquer mãos, e concede-nos igualmente este grave aviso, mais grave ainda para os que se dizem fascistas do que para os outros: a nação deve conservar sempre as mãos limpas ao escol que um país elege, sejam quais forem as circunstâncias. Sei bem que este dever expõe os grupos escolhidos para essa tarefa, mas eles não foram criados para outra coisa. Se os representantes do escol, quando são cobardemente atacados pelas costas, tivessem a coragem cívica de não responder por meio de execuções e de represálias, que imagem não deixariam da sua guerra e do seu dever de soldados ...
O partido único e a instituição dos S. S. foram peças muito importantes do mecanismo nacional-socialista, mas são apenas peças, que podem substituir-se por outras, mais ou menos equivalentes. Em contrapartida, o führer-prinzip é o próprio motor do regime, a fonte, o fundamento de toda a estrutura nacional-socialista, e, a este título, tem sido censurado por uma reprovação oficial que vamos igualmente analisar.
Admiremo-nos, em primeiro lugar, de que um simples princípio espalhe à sua volta tanto terror: convenhamos que isso é tomar a filosofia muito a sério. Depois, realizemos a medição de uma tão espantosa amplitude.
Se o führer-prinzip é a afirmação de uma unidade directiva, qual o homem de Estado que o pode reprovar? Trata-se de um princípio que exprime a evidência, regra de uma salutar gestão de negócios, públicos ou privados, de todos os tempos. Quando afirma que o subordinado deve obedecer à ordem, perinde ac cadaver, constitui o princípio de disciplina, que tanto se encontra nas ordens religiosas como nos exércitos em campanha, e, neste sentido, não é apenas expressão de Fascismo, mas a regra de todo o estado de crise e de toda a empresa difícil, lei de pioneiros, de homens em perigo, de estado de sítio. Quando por outro lado, o führer-prinzip diz que só o chefe decide e que obediência lhe é devida, não será uma expressão do que se passa em toda a parte? A direcção colectiva apenas se distingue do poder pessoal por entregar a decisão à maioria de um organismo, depois do que a discussão deve cessar. E, com efeito, ela depõe quase sempre nas mãos de um só homem, que tem, a confiança dos outros, os poderes necessários para o cumprimento da decisão, como é o caso dos países comunistas.
“Não só isso - replicam os sábios, irritados -, e você bem sabe onde está a abominação.” Esta gente apresenta-nos um índice muito grave: há o juramento, o juramento pelo qual se abdica de toda a vontade e de toda a consciência, perante a ordem do fiihrer, esse juramento duplamente decisivo, que faz um autocrata de quem o recebe, e um escravo de quem o presta. Eis o que ofende a dignidade humana, eis a própria fisionomia da Besta, porque não parece mais razoável exigir uma obediência sem condições do que suportá-la. Aqui, os nossos doutores arranjam uma vozinha contristada: “Que um povo seja louco a ponto de renunciar à liberdade para se entregar a um chefe, enfim, a história mostra que isso não é impossível. Mas, você compreende, o que é intolerável e revoltante, o que se deve acusar é que os homens se separem da consciência; é a extorsão da própria consciência, que os reduz a simples eunucos da vida moral, janízaros desprovidos de sensibilidade; é o facto de o regime lhes impor tudo isto como um dever.”
A indignação dos sábios só apresenta um ponto fraco: é que nunca um fascista teve do führer-prinzip esta concepção extravagante. O Fascismo não se funda no constrangimento, como pensa a maior parte dos seus adversários: tem por finalidade a constituição de uma vontade colectiva de disciplina, cujo mecanismo não é mais do que um estilo, variável de país para país. O juramento, no Fascismo, não é uma prisão, e muito menos uma abdicação da consciência; estabelece simplesmente um acordo, afirma solenemente a vontade de serviço e dedicação - é a sua consagração, por assim dizer, ritual. Pelo juramento, o responsável fascista, como o militante, declara a sua dependência em relação a uma comunidade que trabalha para ele, e exprime, em compensação, o desejo de lhe consagrar toda a sua força e toda a sua lealdade.
Os limites do juramento são fixados pela consciência individual, e sómente a lealdade é imprescritível. Ninguém é obrigado a ser fascista num país fascista. Àqueles que têm a infelicidade de sentir-se fora da comunidade nacional, apenas se pede que não embaracem nem tomem parte; estão desligados do juramento, como estão fora do regime; com a sua vida particular, seguem, no próprio passo e de acordo com o gosto pessoal, a marcha de um exército a que não pertencem.
A perseguição sistemática dos Judeus foi, neste aspecto, um erro de Hitler, porque se trata de uma disposição situada fora dos limites do contrato fascista. Há indivíduos sem partido no regime fascista, como há espectadores ao longo de um desfile. Se eles se conservam tranquilos, para quê importuná-los? Numa nação que é fundada, sobretudo, no juramento livremente prestado, a objecção de consciência deve ter o seu estatuto. Em qualquer país fascista, existirá sempre uma minoria que não é fascista; um dos objectivos do Fascismo consiste em reconciliar esta minoria, mostrando-lhe os resultados do regime, mas, se a junção não se verifica, uma das preocupações do Estado fascista deve ser o estabelecimento de relações, normais e estáveis, entre os que desejam participar no progresso da comunidade nacional e os que ficam de parte.
É, portanto, falso querer descortinar no führer-prinzip uma nova moral política, que altera as relações tradicionais dos homens entre si. O juramento de serviço leal e desinteressado nada contém que não tenha existido já nas antigas monarquias. O führer-prinzip não traz qualquer inovação doutrinária. Parece, no entanto, inquietante o significado que pode assumir na prática, sob pressão de certas circunstâncias dramáticas, dado que um só homem possa tomar, sem consultar ninguém, graves decisões, por vezes funestas, que comprometem perigosamente o futuro de uma nação.
Duvido que isto se passe assim, na realidade. Presumo que, mesmo na prática do Nacional-Socialismo, a maioria das decisões importantes foi estudada em conselho. Na estreiteza abusiva desse conselho, reside o maior perigo; aí, de facto, tudo está na prática do Poder, e os regimes de direcção colectiva podem facilmente cometer o mesmo erro. É desejável, no exercício de qualquer orientação autoritária, que, dentro dos limites da mesma doutrina e igual vontade, possam confrontar-se tendências diversas. Também não é destituído que personalidades diferentes examinem os aspectos de uma decisão, analisando e criticando segundo uma óptica pessoal, na condição de que, tomada a decisão, todos colaborem, leal e disciplinadamente, na sua aplicação.
Terá o Nacional-Socialismo extraído a sua força do führer-prinzip, ou terá perecido por causa do abuso desse princípio? É difícil responder à pergunta. Os riscos de guerra, sucessivamente tomados, quer com o aspecto de Anschluss, quer em relação aos Sudetas, quer para a Polónia, foram ponderados apenas por Hitler ou por um grupo de dirigentes? Não teria sido mais sensata, neste caso, uma direcção colectiva? A censura capital, que se pode fazer a Hitler, é o facto de ter fornecido ocasião para a guerra. Ter-se-ia evitado a guerra, se a Alemanha fosse dirigida por um politburo? Quem pode sabê-lo?
Quando uma nação se encontra em guerra, e numa guerra tão dramática como difícil, de que modo se há-de julgar o valor de um princípio, desde que tudo está subordinado ao carácter dos executantes? Não há dúvida de que foram espantosas as condições em que Hitler conduziu a guerra, durante os últimos meses da resistência alemã: esse homem exausto, envelhecido, embrutecido por injecções, deslocando, sobre os mapas, com mão trémula, batalhões cuja existência ignora, num terreno cuja constituição desconhece, senhor de tudo, projectando o fluido da sua vontade nos milhares de canais de uma Alemanha em combate, sem que nada lhe assegure que esse corpo imenso obedece ao seu impulso, confiando a um traidor o funcionamento capital dos serviços secretos, entregando cegamente a um lugar tenente a terrível responsabilidade dos campos de concentração, encontrando maneira de tudo governar em pormenor e de simultaneamente abdicar dos sectores enormes do seu enormíssimo poder, será esse homem a imagem do chefe calmo e lúcido, que domina soberanamente o conjunto das missões prementes da guerra? Será apenas a imagem de um general a quem o fantasma da derrota enlouquece e paralisa, e que se não lembra já das leis de comando?
Nessa altura, o führer-prinzip reduz-se a coisa nenhuma, devora tudo, e não passa de um motor avariado. É justamente isso que lhe censuramos: a facilidade com que se deixa avariar. E se a loucura envolve, nos seus mantos negros, esse imperador desvairado; se as ordens são aberrantes, de execução impossível; se ele ataca alucinadamente, sem ver nem ouvir, o nariz ensanguentado de uma nação esgotada?
Não posso recordar, sem um estremecimento de piedade, as imagens das últimas semanas deste Hitler macilento, retesado, ansioso, de olhar ainda iluminado, dissimulando, com a mão válida, a outra mão trémula, a mão de velho que o traía. Que loucura esta corrida para o desespero, que condenação de um sistema de governo este suicídio para o qual arrastou a Alemanha!
O heroísmo é a vocação de um homem ou de um grupo de homens. Mas quem tem o direito de impor esta coragem de guerreiros às mães, às crianças, aos velhos, aos enfermos nascidos na guerra,a todos os fracos que também são o povo? Com que direito se diz que não merecem sobreviver, dado que não foram capazes de vencer? Dou-vos a minha palavra de intelectual, que é um aviso de tragédia: um condutor do povo deve ver esse povo, que conduz, como se fora a sua própria carne. A aplicação do führer-prinzip coloca, debaixo de um jorro de luz bárbara, uma das dificuldades mais graves do Poder. Comandar é, antes de mais, escutar; é, mesmo, auscultar. Não se pode governar sem tomar consciência das forças próprias, como o cérebro quando comanda o corpo, ainda que se queira ultrapassá-las.
O chefe de um Estado deve receber, constantemente, o sopro da nação. Toda a arte de governar consiste em permitir a livre respiração da própria nação, e, por conseguinte, em dar atenção a refreamentos e oposições que assim se exprimem, sem que estas possam, alguma vez, transformar-se em ameaça para o Poder. 0 führer-prinzip parece não tomar em conta este princípio, e, conjugado com o partido único, forma uma realidade que chama a si o funcionamento da máquina. A partir daí, não se ouve mais nada e nada se sente; acaba-se por, no vácuo, dar ordens à um país que, efectivamente, obedece apenas como uma máquina. Não mais se escutam as pulsações e a euforia, as quebras, a fadiga, a vida da nação, enfim, transmitida àquele que a conduz.

(continua)
Maurice Bardèche

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terça-feira, junho 29, 2004

Jovem NR 

Trata-se de uma revista que existiu primeiro em papel, e nos últimos meses também de um blogue, o Jovem NR, feito por jovens e publicando apenas textos originais da autoria desses mesmos jovens. Tem mantido um bom ritmo de actualização, e apresenta já um arquivo variado e interessante. Vale a pena apoiar e incentivar a sua continuação.

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O Inconformista 

Uma excelente página portuguesa onde se encontra abundante e útil leitura é "O Inconformista - a outra História".
Muito trabalho está ali feito, para deixar todos aqueles textos em linha. É uma pena que esteja parada há tanto tempo, sem que lhe tenha sido dada continuidade.
Mas esperemos que isso ainda possa acontecer. Entretanto façam o favor de fazer um levantamento geral dos textos lá disponíveis.

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Livros em linha 

Com a publicação do "Inquérito sobre o Fascismo" quis exemplificar a possibilidade de dar a conhecer mesmo através dos blogues textos mais longos do que o habitual.
Mas saliento que existem outras formas técnicas bem mais avançadas, como é exemplo a página de ebooks relativa a Oswald Mosley e ao fascismo britânico que já indiquei antes. É só descarregar e imprimir.

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Inquérito sobre o Fascismo 

Como contributo para a biblioteca básica do jovem intelectual fascista, reproduzo aqui o texto do célebre "Enquête..." de Maurice Bardèche, que agitou a França de 1960 e que foi então publicado em Portugal na magnífica revista "Tempo Presente". Publico apenas a primeira parte, para mais fácil consulta e impressão. Saliento, como nota de leitura, que o autor escreve na França gaullista, quinze anos depois do fim da Segunda Guerra Mundial, e faz já quarenta e quatro anos. Importa não esquecer isto, para melhor compreensão do texto e do contexto. Aqui fica a primeira parte do "Inquérito sobre o Fascismo".

INQUÉRITO SOBRE O FASCISMO, por Maurice Bardèche
Sou um escritor fascista. Deveriam agradecer-me por reconhecê-lo: porque isso é, pelo menos, ponto estabelecido num debate cujos elementos se furtam.
Ninguém, com efeito, consente em ser fascista. A Rússia soviética, que vive sob o regime do partido único e da ditadura policial, não é um país fascista. O Governo húngaro, que manda lançar os tanques contra os operários e submete os grevistas à justiça marcial, também não é um governo fascista - defende simplesmente o poder do povo. Um governo provisório, que se serve do terrorismo para impor a vontade de uma fracção activista a um país inteiro, não é ainda uma organização fascista - é um movimento de libertação nacional. Não é, portanto, a forma das instituições que caracteriza o Fascismo, mas sim outra coisa.
A unanimidade não se encontra tanto nos objectivos como nos métodos. Se alguém defender o capitalismo será, necessariamente, fascista - dizem os comunistas. Mas a opinião geral não os segue. Os Estados Unidos, a Inglaterra, a Alemanha de Adenauer, não são fascistas senão para os delegados soviéticos e seus auxiliares. Mesmo em França, onde as crises políticas conduziram ao Poder uma espécie de regime presidencialista, o homem da rua sacode a cabeça com cepticismo quando lhe dizem que vive sob uma ditadura fascista.
Não basta, pois, escutar respeitosamente os directores-gerais dos bancos e dos grandes trusts, para se ficar convencido do Fascismo, sem mais discussão.
Sentimos, no entanto, por alguns exemplos, que este critério não será válido eternamente em toda a parte com uma consciência resoluta. “Há países fascistas - exclama a consciência resoluta -, e sabeis quais. As ditaduras militares da América Latina, os países cujos homens políticos não são mais do que dirigentes dos mercados de fruta, o regime de Franco em Espanha, eis aquilo a que se chama Fascismo. A definição que procuramos, tirá-la-emos da nossa própria análise: um regime fascista é aquele que recusa a liberdade ao povo para perpetuar os privilégios duma minoria abastada. Não vale a pena brincar com as palavras. O Fascismo é a união de um método e de um objectivo: suprime a liberdade, o que não é censurável em si, mas suprime-a para assegurar a desigualdade social e a miséria, e é nisso que o reconhecemos.”
Há somente uma objecção a esta definição, mas embaraçadora. É que não é um fascista quem aceita reconhecer o Fascismo nas ditaduras militares da América Latina, nos directores de mercados de fruta, e mesmo na Espanha de Franco, que é, aliás, pouco honesto assimilar aos exemplos precedentes. Naquilo a que os intelectuais, os jornais e os partidos chamam Fascismo, os fascistas recusam reconhecer-se. Vão mais longe: condenam, como os seus adversários, os exemplos que lhes são opostos. Que é então o Fascismo, no qual vemos muita coisa para além da imprensa, da rádio e dos doutores do nosso tempo?
Se eu fosse único na minha espécie, este esclarecimento não mereceria comentários. Mas passa-se um estranho prodígio: o escritor fascista, o intelectual fascista, é caça rara; regime que aceite ser taxado de Fascismo não existe senão nos antípodas e é tão arcaico como um rei negro. Em oposição, há grupos fascistas que o não escondem, jovens fascistas que o proclamam, há oficiais fascistas - e treme-se perante tal descoberta; enfim, há um espírito fascista e há, sobretudo, milhares de Homens que são fascistas sem o saberem, debaixo de um outro gorro que usam e para o qual olham com suspeição, para quem o Fascismo, tal como nós o conhecemos e não como o descrevem, seria toda a esperança se lhes explicassem o que é. Eis o espelho onde se reflectem os nossos corações: quero que esses homens aí se reconheçam, ou que saibam, pelo menos, aquilo em que não são nossos irmãos. Embora sendo nossos inimigos, é preciso que saibam de que é que são inimigos.
O tempo, que enfunou as nossas velas, fez-nos dobrar o cabo das mentiras. A terra das mentiras afasta-se por entre a bruma, e os olhos dos vinte anos já a não vêem. E agora, no vento que se levanta, é preciso não mais ter medo das palavras.
*
Para começar, abramos as janelas do castelo assombrado no qual vagueiam os espectros do passado. Expulsemos os fantasmas da sua mesa de mármore. Profanemos as grandes salas silenciosas da nossa história para nelas encontrarmos o que o tempo deixou intacto, o que a jovem aurora faz brilhar.
Nos dias seguintes à derrota, era preciso suster o pavor diante da mentira, o salve-se-quem-puder debaixo do fogo rolante da propaganda. De joelhos esfacelados como os andrajosos de Rabelais, eis o que éramos todos. Bastava então um único grito, um grito de reunião, uma fogueira numa colina, para mostrar que nesse local havia gente que ainda se defendia. Porque a calúnia tinha confundido tudo, nós recolhemos tudo; porque se destruía sem discernimento, nós tratámos todos os ferimentos, enterrámos juntamente todos os mortos. Eu defendi, com mais alguns, o regime de Vichy, e, todavia, eu rejeitava secretamente três quartos do que Vichy tinha feito. Defendi os acusados de Nuremberga, e entre eles havia alguns que, no fundo da minha consciência, eu teria, talvez, condenado. Não era altura de fazer uma escolha. A injustiça era indivisível, a resposta devia sê-lo também. Mas, hoje, podemos, sem cobardia, dizer a verdade. Devemos dizê-la: há aspectos daquilo que foi o Fascismo com os quais o Fascismo actual se recusa a ser solidário.
Este esclarecimento, que nunca foi feito publicamente, não seria talvez absolutamente desprovido de interesse mesmo se não fosse nada mais do que uma destas confissões que se fazem por vezes diante da comunidade dos fiéis. Mas tal esclarecimento não é somente um testemunho. Creio conhecer suficientemente aqueles que a si mesmos se denominam fascistas, para afirmar que posso falar em nome deles. Ainda que nem todos sejam tão severos como eu vou ser, todos sentem de modo confuso que têm o dever de se explicar neste assunto e de começar o seu Credo dizendo aquilo que não são. Que aceitem com orgulho a sua herança, mas que saibam que não farão dela uma morada se não lhe arrancarem os espinhos e os troncos mortos que a obstruem.
A primeira versão do Fascismo, que nos apresenta a história contemporânea, é o Fascismo italiano. Na sua origem, foi um movimento de militantes socialistas e de antigos combatentes, que salvou a Itália do Bolchevismo. Mussolini é filho de uma professora primária e de um ferreiro, militante da Internacional. Prendem-no aos vinte anos por ter fomentado uma greve geral. Insubmisso ao princípio, exila se na Suíça, traduz Kropotkine. A primeira revista que fundou chamava-se A Luta de Classes; o primeiro jornal que dirige é um jornal socialista. Os primórdios do Fascismo não desmentem esta origem. O discurso de San Sepolcro, que é o acto de nascença do fáscio, reclama a confiscação dos bens dos novos ricos, a dissolução das grandes sociedades anónimas, a distribuição das terras, a participação dos trabalhadores na gestão das empresas, a supressão dos títulos nobiliárquicos.
Em vinte anos, que realizou o Fascismo deste programa? O que podemos dizer, o que devemos acentuar, é que ele foi outra coisa. Em breve o Fascismo esqueceu uma grande parte do seu programa revolucionário para levar a cabo uma tarefa de eficácia prática e de união. Tinha subido ao poder para evitar a anarquia, o caos, a guerra civil. Andou o mais depressa possível, restabeleceu a ordem, o trabalho, a paz. Depois organizou e construiu. A Itália voltou a ser a nação dos construtores. A seiva romana voltou a circular no velho tronco.
Mussolini foi primeiro um procônsul. O Fascismo construiu estradas, hospitais, escolas, aquedutos, secou os pântanos, aumentou as colheitas. “Asfaltar no es gubernar” respondiam-lhe. Mas ele também governava. Introduzia o corporativismo, realização mais delicada que a de uma auto estrada. A Carta do Trabalho não era seguramente o eco do discurso de San Sepolcro; restabelecia com realismo os fundamentos de uma cidade socialista que o futuro podia alargar: a substituição das assembleias parlamentares por instâncias sindicais, a representação operária, os contratos colectivos, a previdência social, a organização dos ócios, eram outras tantas bases de partida que uma vontade de gestão socialista podia desenvolver e transformar. Uma condição era, todavia, essencial: já que o Fascismo queria manter a propriedade privada, impondo a sua vontade ao egoísta capitalismo liberal, era preciso saber que o Estado fascista se encontraria em presença de uma luta dissimulada a todo o momento e que ele se comprometia a uma perpétua vigilância.
Foi então a juventude do Fascismo, e confesso que não posso pensar nela sem saudade. Havia camisas negras e botas, lictores e braços estendidos, mas sem nada de rouco ou de gigantesco. Mussolini mal estava protegido. Ele amava o povo, as crianças, a familiaridade. O acesso até ele era fácil. De vez em quando, metia-se no seu carro vermelho - que conduzia bastante mal, segundo dizem - e partia só, em passeio pela sua província de Itália, com mais simplicidade do que o teriam feito um Lélio ou um Cipião.
Era amado. “Tu és nós todos” - diziam-lhe. Os slogans não apareciam nas paredes e não era artigo de fé que Mussolini tivesse sempre razão. Era uma “ditadura popular” - diziam os próprios fascistas, frase que soa hoje de maneira um tanto estranha. Era o tempo em que Mussolini usava polainas brancas e um chapéu de coco. Gosto bastante deste período comovente.
O estilo fascista só veio depois, com os seus uniformes, seus emblemas, suas inscrições, seus bateres de tacões e seu chefe de punho no quadril e queixo levantado. Estas formas militares da disciplina simbolizam a unidade da nação. Fazem-lhe sentir a sua força, embriagam-na de eficácia, de energia; prometem-lhe uma acção viril, falam-lhe de honra e de sacrifício. Através delas, o homem foge a uma vida medíocre e rotineira, à profissão sem alegria, que cumpre humildemente na cidade; torna-se um soldado no seu posto, a sua vida tem um sentido; está unido aos outros Homens da nação como o soldado está unido aos seus camaradas. O Fascismo tradicional reconhece-se nos desfiles destes jovens heróis bem duros, fortemente intransigentes, e que podem fornecer, conforme a cegueira do destino, simultaneamente mártires ou assassinos, brutos ou santos. O combate contra o poder, o combate para impedir a morte das nações, não pode passar destas falanges - sei-o bem. O homem, como o toureiro, precisa de morrer com o traje de luces.
Mas este civismo militar, mesmo se a vida da nação repousa sobre ele, acaba por ser perigoso. Mussolini, tornado duce, proclamado infalível, não aparecendo senão à varanda como um papa, rodeado de dignitários que se imobilizam diante dele à distância de seis passos, perde, a meus olhos, todo o encanto do pequeno mestre socialista conduzido à chefia do seu povo. E, sobretudo, ele já não é o condutor do povo que tinha sido. O brilho da majestade, o hábito da representação, afastam-no dos homens. Já não conhece a Itália senão pelos passeios espectaculares e através de relatórios dos prefeitos. Este cônsul, no meio das ovações, condena-se a não ser mais do que um burocrata. Os dignitários do Fascismo são os seus olhos, sua mão, seus lictores. E se estes são uns imbecis? Se a distância se torna cada vez maior, entre o país real e a ideia que sustenta, no espírito do ditador, o exército de capacetes desfilando a cantar debaixo das suas janelas?
Talvez tenha sido esta a única origem da catástrofe do Fascismo italiano. Mussolini, revoltado contra as sanções, sonhava com uma Itália militar, romana, couraçada, invencível. Ouvia os passos das legiões. E o passo das legiões soava, com efeito, debaixo das suas janelas. Os pretores mostravam-lhe nos mapas a colocação dos campos de acção. Falava da “nação guerreira” e, à força de falar nela, acreditou na “nação guerreira”. Esquecia o encantador povo italiano e os bandolins de Nápoles, os laboriosos operários da Itália e as imensas terras pobres, a sopa fumegante na mesa da família que espera, à noite, as crianças. Seguia um sonho de ditador, em vez de olhar a face da Itália. E esquecia também que a justiça social é uma batalha que se ganha todos os dias e exige um grande amor e uma atenção infinita, esquecia que é necessária uma vigilância de cada instante para defender aquele que trabalha contra aquele que é rico, e que não nos podemos contentar com relatórios de prefeitos.
Perdido num sonho de grandeza, jogava com a sombra e esquecia o essencial. Imperador de uma nação fantasma, carregava nos botões que nada faziam mover. E, por fim, como o tenente Bonaparte logrou salvar em Montereau e Champaubert a sorte de Napoleão, foi o modesto instituidor socialista que veio, miraculosamente, em socorro do ditador Mussolini.
Nada mais emocionante na história do Fascismo italiano do que o regresso às origens, realizado debaixo do punho de ferro da derrota. Precisamente sobre o programa da república de Salo, de 1944, é que Mussolini deveria ter jogado, vinte anos mais cedo, o poder e a vida. É esta a verdade do Fascismo. Mas, tal como as batalhas da campanha de França, vinha tarde. Há uma altura em que nenhuma sensatez pode já suster as avalanches provocadas pelos erros. Mussolini morreu do seu cesarismo, do isolamento que o cesarismo traz consigo, das quimeras que deixa desenvolver, do optimismo e das satisfações fáceis com que se contenta, do pó que lança aos olhos dos outros e que acaba por cegá-lo. O Fascismo italiano foi enfeitiçado pelo fantasma de Roma: nesta embriaguez histórica perdeu o sentido da realidade. Devemos reconhecer que o Fascismo não se pode contentar em ser um cesarismo.
*
O Nacional-Socialismo alemão prende-se também a uma visão histórica: foi baptizado por fadas não menos ilustres, cuja protecção não foi mais feliz. Totalmente diferente do Fascismo italiano, nasceu da derrota alemã, da humilhação do povo germânico e também do seu orgulho. Vencidos após uma guerra heróica, na qual tinham mostrado a sombria bravura dos soldados de Armínio, os Alemães pediram ao seu passado germânico, simultaneamente, uma justificação para a unidade nacional ameaçada e uma razão para acreditarem em si próprios. Enquanto homens de blusão, debruçados sobre mapas, despedaçavam a Alemanha, um punhado de soldados vencidos sonhava com o cântico de guerra dos pesados quadrados que rodeavam os carros bárbaros, pensava nos seus braços unidos, na sua marcha possante contra a linha de Varo, no império dos chefes de batalha que sucedeu ao de Roma, no tempo de Carlos Magno, o qual é mais belo e mais poético do que o século de Augusto, no grande rio da Idade Média, pai dos nossos campos e das nossas cidades. E esse soldados sentiram enfim o solo firme debaixo dos passos. Tal era a sua verdade. Tal era a sua fé. Foi o limite do desespero e a certeza do que eles eram. Uma nova Jerusalém se ergueu sobre as ruínas da pátria: diferia um pouco do ressurgimento nacional a que Mussolini se dedicava, em 1921.
Uma outra diferença fundamental está em que o Nacional-Socialismo não teve tempo de ser realizado. Hitler chega ao Poder em 1934 e, a partir de 1939, abandona aos seus colaboradores a realização das reformas, para se consagrar inteiramente à preparação de uma guerra que julga inevitável. Estalado o conflito, as necessidades implacáveis da luta contra uma coligação mundial comandam toda a política nacional-socialista e mudam inteiramente o carácter do regime. Poder-se-á julgar definitivamente um regime que apenas desfrutou de quatro anos para modelar uma nação? Se pretendêssemos julgar o regime soviético da Rússia de 1924, qual o comunista que aceitaria este critério e qual o adversário que ousaria mesmo propô-lo? É, contudo, o que fazemos ao julgar sem apelo o Nacional-Socialismo, por um lado no que os seus escassos anos de pleno exercício lhe permitiram fazer, por outro no que as necessidades da guerra o constrangeram a impor.
Desde então, o juízo que se faz habitualmente do Nacional-Socialismo arrisca-se a ser completamente falseado. Acusa-se uma doutrina, e julga-se essa doutrina pelos resultados que produziu num período de exercício anormal. Prosseguindo a discussão neste campo, não se encontram senão paixões e gritos de ódio, enfrentam-se as fortificações intocáveis da propaganda, que só o tempo pode cobrir de névoa e levar ao esquecimento. Esta tarefa só faz ganhar ferimentos gloriosos mas não acalma e, pelo menos para já, não resolve absolutamente nada.
Deixemos esta discussão actualmente estéril. No fundo, o que é doloroso, quando se investiga aquilo que uma definição coerente do Fascismo pode conter do Nacional-Socialismo, é a singularidade do Nacional-Socialismo, isto é, o que há de essencialmente germânico, de inadaptável aos outros povos. Ainda que ele não tivesse cometido erros, com os quais, neste caso, não temos qualquer razão para estar solidários, parece tão longe de nós, pela sua inspiração profunda, que é quase inutilizável. O que há de essencial no Fascismo, tal como sobreviveu à guerra, não tem muitos aspectos comuns com o que havia de essencial no Nacional-Socialismo.
Admitir-se-á mais facilmente uma parte, pelo menos, desta afirmação, se verificarmos o seguinte: a maior parte dos capítulos de Mein Kampf é quase desprovida de interesse para o leitor, de 1960, mais guloso de neofascismo que se possa imaginar, porque esses capítulos se referem à situação da Alemanha na Europa de 1935, a qual está tão longe da Europa em que vivemos como a Europa de 1905 em função da qual foram tomadas as disposições de Maurras.
Estes capítulos de Mein Kampf são duplamente inutilizáveis para nós: primeiro, porque se aplicam a um equilíbrio de forças que já não existe; em seguida, porque põem o Nacional-Socialismo ao serviço de um nacionalismo reivindicativo que está tão distante das nossas preocupações como a Europa de Poincaré. Arranquemos assim as páginas de Mein Kampf que se referem ao Tratado de Versalhes e às fronteiras alemãs. Mas tenhamos por suspeitas, também, todas aquelas que têm por finalidade, sobretudo, pôr o povo alemão à altura de sustentar esta reivindicação. Se o Nacional-Socialismo não é mais do que uma doutrina de opositores, nada temos aí que buscar.
Esta nota é feita apenas de passagem; o essencial encontra-se de fora. Ei-lo: a visão germânica ou medieval do mundo deixou de ser tão fundamental para um Fascismo moderno como a visão romana de Mussolini. Entendamo-nos neste ponto: logo que ambas nos falam de trabalho, de coragem, de heroísmo, ou quando nos relembram a nossa origem comum ou a nossa comum vocação, nada é tão essencial como estas imagens do nosso passado, nada alimenta melhor a nossa sensibilidade e o nosso pensamento. Mas estas evocações estimuladoras da imaginação não devem ser transformadas em mitos e, muito menos, confundidas com medicamentos. A Alemanha do Sacro Império, o Império Romano, a França de Luís XIV, não são cavaleiros de pedra que um toque milagroso possa ressuscitar. A sua grandeza contém segredos de vida e de juventude que devemos reencontrar. Essa ressurreição, se acaso fosse possível, não bastaria para salvar o Ocidente. Temos e teremos de nos salvar em cada dia que passa: nisso, os povos são como os cristãos. O histórico sonho hitleriano continha em si a mesma porção de quimera que o sonho maurrasiano ou o sonho de Mussolini; dado que não assentava em nenhuma afirmação universal, não encerrava também qualquer missão comum a todos os homens, não afirmava senão a missão do povo germânico.
Mas ele oferecia algo de mais duvidoso, de infinitamente mais duvidoso do que o sonho de Mussolini: é que engrenava algures com a realidade. A queda de Mussolini foi, de certo modo, uma queda normal, foi uma queda de industrial, de inventor, a queda heróica, a clássica queda de Ícaro, a dos homens que não estão em contacto com a realidade. A queda de Hitler foi terrível, porque ele tinha toda a nação alemã no seu sonho, porque todo o povo alemão foi arrebatado, como o gelo de um rio é prisioneiro do Inverno, e a catástrofe abateu-se, não apenas sobre o sonhador, mas sobre todas as coisas.
Na verdade, este facto, sem relação com o Fascismo, consistiu em jogar a cartada germânica isoladamente e, sobretudo, em jogar o Homem germânico isolado, com exclusão dos outros homens. O Fascismo nunca disse nada sobre o Homem germânico somente. O Fascismo, longe de lhe ser adverso, ama o homem germânico. Não lhe reconhece, contudo, nenhum exclusivismo - reconhece-lhe qualidades, o que não é o mesmo - e não há razão, isto é, não há qualquer razão universal, qualquer razão de sabedoria e justiça, que lhe confira, com efeito, um exclusivismo. A Europa não é apenas o Sacro Império - é também a Europa de César e a França de Luís XIV. E a Alemanha sucumbiu perante este erro enorme e mais nenhum: o de ter desejado realizar a sua quimera histórica, de ter acreditado, sobretudo, que poderia realizá-la, de ter acreditado que o homem germânico isolado, como Josué, podia fazer parar o Sol.
Daí nasceu tudo. “Os Alemães perderão a guerra - dizia-me alguém em 1942 - porque são uma nação pequena.” Creio realmente que não é necessário procurar noutro sítio a causa da derrota alemã. Uma nação pequena, um ponto cor de rosa, uma pequena mancha rosada num universo inteiro contra ela, com as suas forjas, esquadras, aviões, seus batalhões inesgotáveis. O Homem germânico desejara ser digno dos companheiros de Armínio: e foi. Mas não podia vencer isolado, não podia fazer parar o Sol, não podia impor ao mundo a paz germânica, a grande paz silenciosa do Sacro Império.
E os erros nasceram daí também. Havia em Berlim, em 1934, 42 % de médicos judeus, 48 % de advogados, 56 % de notários, 72 % de agentes de câmbio; 70 % das propriedades de raiz pertenciam aos Judeus. Teria parecido exorbitante que o Governo alemão pretendesse introduzir alguns alemães nestes empregos reservados? Uma política de deslastre, conduzida com prudência, teria exposto a Alemanha à conjura internacional do ódio, cuja força o próprio Hitler tinha mostrado conhecer? Mas tudo foi passional e, o que é pior ainda, científico. Em vez das normas habituais da política - o que é útil e possível e necessário -, apareceu um factor inesperado, a Biologia, que é tão estranha ao verdadeiro Fascismo como ao nacionalismo alemão.
O homem germânico não se contentou em ser a magnífica besta humana que era, com as suas admiráveis qualidades; não se contentou em aperfeiçoar, cultivar, melhorar racionalmente, como forma de educação, essa besta humana, corajosa e séria, que tinha crescido no seu próprio solo. Experimentou a necessidade de inventar o contrário do homem germânico, de personalizar o antialemão como tinha personalizado o alemão, e de o extrair cientificamente por meio de uma análise espectral tão infalível como as da indústria química. A metafísica encarnou ainda outra vez, e com o cruel automatismo da ciência. Uma visão sistemática do mundo bateu o ar como uma máquina de separar o trigo do joio. E era preciso separar o trigo do joio, mas não com uma máquina cega, que esmagava milhares de hilotas inofensivos; não com um sistema absoluto, rígido, mecânico, como todos os sistemas. Mas a separadora científica, niquelada, insensível, automática, ensacava os homens, semeadora cega de desolação e de ódio. E o homem germânico saía dessa maquinaria implacável bem só, desta vez, estátua sem mistura, deus incorruptível, brilhante como um jovem ariano, mas ameaçador como um deus desconhecido, como o habitante de uma outra Terra.
Porque a separadora era um pouco discreta para nós, homens de Auvergne. E pensávamos, bem no fundo, admirando a coragem dos grandes bárbaros loiros, que a energia, a lealdade, o sacrifício, a paciência, também se podem encontrar num trabalhador da Roménia, num rude camponês da velha Castela e mesmo no Homem de Auvergne.
Esta análise deixa, todavia, um ponto capital na obscuridade, de que tenho perfeita consciência. Porque, mesmo se o Fascismo não é o nacionalismo germânico, e a selecção biológica muito menos, esta concepção aberrante do Fascismo foi e continua a ser, não somente para os adversários do Fascismo mas para os próprios fascistas, a imagem mais forte, mais empolgante, mais heróica, do Fascismo e, por conseguinte, o próprio Fascismo. Porque, no fundo, o partido único, os seus S. S., o führer prinzip, o governo autoritário e, até um certo ponto, o próprio racismo, acabaram por se tornar os atributos característicos do Fascismo e, por assim dizer, os caracteres zoológicos que permitem identificá-lo.
Tomemos, pois, as mandíbulas do monstro, suas antenas, suas garras, e analisemo-lo.
(continua)
Maurice Bardèche

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segunda-feira, junho 28, 2004

O Porta-Bandeira 


Como já bem sabem os meus leitores, a minha alma exulta quando depara com novas iniciativas em linha de conteúdo orientado a reforçar a "área nacional".
E ainda mais quando se apresentam como jovens e originais, em viva promessa de criatividade e futuro.
Que tenha um grande destino este Porta-Bandeira, e que nos conduza até à vitória!

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O grande e horrível crime: desabafo de um leitor sobre o concerto dos skins 

"Nunca agredi ninguém, nunca distribuí qualquer tipo de propaganda, nem nunca incitei ninguém a cometer qualquer tipo de crime. Nunca estive no Iraque nem nunca incitei ninguém a ir para lá. Conheço pessoas de todos os credos, raças, e religiões com as quais discuto todo o tipo de assuntos sem tabus. O único acto ilícito que cometo conscientemente é o excesso de velocidade na auto-estrada.
Estive presente no dito concerto no qual tive o prazer de confraternizar e trocar impressões com pessoas de diversos quadrantes ideológicos.
Não vi ninguém a roubar, não vi serem consumidas drogas, nem vi nenhum apelo ao derrube do regime democrático, como costumo observar na Festa do Ávante.
Fui detido no dia 26 de Junho, e constituído arguido, sob-acusação de "crimes contra a Humanidade".

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Ainda o fascismo versão britânica 

Chamo a atenção para a oferta de diversas obras essenciais sobre Oswald Mosley e o fascismo britânico que é possível descarregar directamente. Estão aqui, e quem for fluente na língua inglesa não deve perder.

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Oswald Mosley 


Para quem se interesse por conhecer a vida e obra apaixonantes de Sir Oswald Mosley, o fundador da British Union of Fascists, recomendo a visita a este site: OswaldMosley.com.
Contém inúmera informação bio-bibliográfica e ligações variadas.
Já agora, como curiosidade, sobretudo dirigida aos amantes do desporto automóvel, um dos filhos de Oswald Mosley é o conhecido presidente da federação internacional que manda na Fórmula 1, Max Mosley.
Outra das pessoas ligadas a Mosley cuja vida dava um romance extraordinário foi sua cunhada Unity Mitford. Procurem saber mais, que eu não tenho que vos dizer tudo.

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Knut Hamsun 

Como algures foi sugerido que se falasse em escritores consagrados que por terem escolhido orientações políticas pouco convenientes estivessem agora entre os condenados ao silêncio perpétuo, começo por oferecer aqui a ligação a uma página sobre Knut Hamsun, o mais importante escritor norueguês do século XX, que foi Prémio Nobel da Literatura e mais tarde entrou no rol dos malditos e proibidos pela sua intransigente fidelidade a Hitler e ao nacional-socialismo (sobretudo após a derrota...)
A página constitui um bom ponto de partida, e está em inglês - visto que existem bastantes em norueguês ou em alemão, mas essas línguas creio que são menos praticadas por cá. Fiquem então a travar conhecimento com o autor de "Fome", dos "Mistérios" ou de "Pan". Em tempos também teve umas tantas traduções portuguesas, mas encontrá-las é tarefa pesada - talvez na Biblioteca Nacional...

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domingo, junho 27, 2004

De novo a "militância cibernética" 

Sobre o aproveitamento e a utilidade da internet para a luta política de fundo, numa aposta de médio e longo prazo, encontrei uma excelente intervenção no Forum Nacional de que reproduzo aqui alguns excertos.
"A verdade é que a internet é um espaço de liberdade que é muito mais difícil de censurar do que um jornal ou uma televisão. A grande vantagem da internet é precisamente permitir uma facilidade muito grande de criação de conteúdos. Eu se quiser, posso criar um blogue em 5 min., e posso ter 20, 30 ou 40 pessoas (isto só depende da qualidade da vossa escrita) a lerem-me. Posso colocar posts em foruns como os do Sapo, ou do Correio da Manhã, onde centenas de pessoas me podem ler. Com a acção de rua isto não é possível. Posso perder uma noite a colar cartazes, ou a distribuir panfletos, e no fim só vou atingir a mesma quantidade de pessoas, mas com um esforço em tempo e dinheiro muito maior. Como dizia o William Pierce, com a internet podemos ter uma audiência potencialmente tão grande como a CNN. Por outro lado a internet permite-nos fazer chegar a nossa mensagem a pessoas que pensam como nós, mas que se sentem sós, que pensam que são as únicas. Eu falo do meu caso pessoal, e com muitos de vocês se calhar passou-se o mesmo: o meu primeiro contacto com o Nacionalismo foi através da internet (.... )
A internet é um meio excelente de fazer chegar as nossas ideias a milhares de pessoas e com a vantagem de não serem deturpadas pelos media. A internet permite que pessoas que não se identificam com o actual sistema procurem e encontrem uma alternativa.
Um exemplo concreto: faço um panfleto muito bonito, muito bem escrito, sobre um tema muito importante, imprimo uns milhares, e vou distribui-los para o Campo Grande. Alguns milhares de pessoas vão passar os olhos por aquilo e depois deitam-no fora. Ou seja, perdi uma tarde, gastei uns cobres jeitosos e atingi, no total, meia dúzia de pessoas que leu aquilo com atenção, porque o resto limitou-se a passar os olhos e deitar ao lixo. Com a internet posso escrever exactamente o mesmo texto, colocá-lo nos foruns do Sapo, do Clix, do Correio da Manhã, etc, e vou ser lido por tantas ou mais pessoas, e vou ser lido com muita mais atenção, porque quem frequenta esses foruns fá-lo por gosto, e nao por obrigação. Por isso a internet é um espaço fundamental para espalhar as nossas ideias sem deturpações e é um optimo local para recrutar militantes. Só quando houver um grande nucleo duro de militantes é que se pode partir para a rua, é a minha opiniao.

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Será? 

Será que a resistência de Jorge Sampaio em aproveitar esta oportunidade para dar a mão aos seus camaradas socialistas e impulsioná-los para o poder está realmente relacionada com o temor dos fantasmas da pedofilia, tal como sugere o "Do Portugal Profundo"?

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Ainda sobre a internet como terreno prioritário na acção política 

Perante a minha insistência constante sobre a necessidade de as forças nacionais concederem resolutamente prioridade à internet como instrumento e meio privilegiado para a sua implantação política têm permanecido grandes resistências, de natureza mais instintiva e sentimental do que propriamente racional.
Mas por vezes também se tenta contra-argumentar. Por exemplo declarando que a internet nunca poderá substituir totalmente as formas tradicionais de acção política, por serem insubstituíveis os contactos humanos, etc etc.
Quanto a este argumento quero fazer um breve comentário. É este: substituir totalmente, de facto não. Nem nunca foi esse o meu pensamento. O que eu pretendia era conjugar e complementar os modos de agir, dando a prioridade a essa militância cibernética para a partir daí viabilizar o resto.
Dou um exemplo prático: para fazer uma manifestação de rua evidentemente que só serve a rua, não a internet. Estamos de acordo. Mas quem possua uma numerosa e bem organizada lista de contactos, uma rede poderosa permanentemente pronta a accionar, é possível simplesmente convocar a concentração e em meia-hora pô-la na rua em qualquer ponto que seja necessário.
Antigamente era preciso reunirmo-nos com muito tempo de antecedência, escolhermos o local, os tema de mobilização, fazermos os folhetos, os cartazes e os comunicados, enviar a notícia aos jornais, alugar os carros de som, distribuir a propaganda, colar os cartazes quando viessem da tipografia - um sem fim de tarefas, trabalhos e despesas hoje dificilmente imagináveis.
Exemplifico com um caso concreto ocorrido há pouco tempo. No coração de Paris existe uma importante igreja que desde há bastantes anos constitui o bastião do catolicismo tradicionalista. É Saint Nicholas du Chardonnet. Pelo seu conjunto de actividades ela é essencial e decisiva porque permite manter viva uma enorme comunidade de largos milhares de pessoas de linha tradicionalista. Por esse motivo a igreja em causa constitui um alvo para todas as forças subversivas, que desde há muito reclamam o seu encerramento, clamando contra o que chamam um centro de difusão fascista no centro de Paris. E há uns meses, de súbito, a Igreja foi ocupada por um grupo organizado de extrema-esquerda de mistura com imigrantes ilegais. O objectivo era claro: uns confrontos e umas desordens e a Prefeitura invocando esse pretexto decretaria o encerramento da definitivo da igreja.
Passou-se porém que por via internet foram rapidamente convocadas todas as pessoas disponíveis para comparecer em São Nicolau. E pelas 18 horas dessa mesma tarde uma larga manifestação de seis a sete mil pessoas chamadas unicamente por essa forma (nem nunca haveria outra forma!) cercavam São Nicolau e forçaram a evacuação dos cerca de cento e cinquenta ocupantes, sem necessidade de intervenção policial. Sublinho que na convocação participaram todas as correntes da área nacional, mesmo identitários não católicos, todos cientes que a perda daquela trincheira os afectaria também, senão de imediato pelo menos para o futuro (hoje caíam aqueles, amanhã outros).
E São Nicolau continua a desempenhar a sua função de dinamização e difusão espiritual e cultural. A ocupação não durou mais que umas horas.
Se retirássemos a internet desta história, a direita francesa estaria a organizar manifestações de protesto e de luto por essa perda nos meses seguintes ao facto consumado.

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Crimes contra a humanidade 

Não, desta vez não foram no Iraque. Nem na Sérvia. Nem na Bósnia. Nem sequer no Kosovo. Também não foram no Ruanda, nem no Sudão. Tampouco foram no Camboja ou no Vietnam. Em Cuba nem pensar. Na Coreia do Norte reina a estabilidade. No Afeganistão o paraíso. Em Israel é a terra prometida. Tudo vai menos mal no melhor dos mundos possíveis.
Excepto em Loures! Aqui sim: os crimes contra a humanidade ocorreram em Loures!
Já estremece de horror a infeliz terra saloia. E eis que se ergue vingador o poderoso braço da Justiça. E suspira de alívio a humanidade.

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sábado, junho 26, 2004

As minhas leituras 

Acabo de ler um texto no blogue "As minhas leituras" que diz respeito directamente à minha pessoa e a este meu blogue.
Fiquei sinceramente grato pela atenção dispensada (as pessoas têm evidentemente mais que fazer que não seja dedicar-me atenção, e quando o fazem já é uma opção que a mim me honra), e também pelo teor das palavras, da análise efectuada e até das interrogações formuladas.
Em relação às questões que levanta.... só vou dizer isto: o texto e os problemas que coloca são da maior importância. Eu gostaria que muitos mais lessem o que escreve, e reflectissem.
Acontece porém que não vou tentar responder-lhe. E a razão está precisamente nisso: trata-se de problemática demasiado importante para a abordar aqui e agora. Vou portanto reservar-me. Eu sei o que penso; mas não quero dizer mais. Até para não condicionar a reflexão daqueles que se dêem ao trabalho de conhecer este blogue e pensar nas interpelações feitas n' "As minhas Leituras". Só repito que tal reflexão é da maior importância. Acertou com notável precisão nos pontos onde colocou o dedo.

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O rescaldo do concerto de 19 de Junho 

O "Expresso" anuncia hoje que "a GNR entregou ao Ministério Público o nome de 27 "skinheads" que no sábado passado participaram num encontro/concerto, em Loures, além de um conjunto de provas que permitem instaurar-lhes um inquérito por "crimes contra a Humanidade".
Acrescento eu que para além desses 27 identificados directamente as entidades policiais têm certamente o que se pode chamar uma "cobertura integral" do acontecimento: por reportagem fotográfica, por gravação vídeo, pelas imagens dos próprios ou através dos veículos, não haverá qualquer dificuldade em identificar e estabelecer a lista de praticamente todos os presentes.
As fichas policiais, do SIS, da PJ ou da PSP/GNR, terão ficado grandemente aumentadas e valorizadas com o acontecimento.
Desde o princípio que isto me tinha parecido claro, e disse-o: o que se passava era uma enorme operação policial em marcha. Aliás foi mesmo só por isso que o concerto se realizou. Se não fosse essa utilidade não teria sido permitido. Os movimentos da organização e o espectáculo foram tolerados porque, dado que estavam perfeitamente acompanhados e vigiados, essa era a forma de alcançar o maior número de informações e identificações possíveis, bem como as tais provas de que fala o "Expresso".
Agora o trabalho policial está feito. Foi passada a bola para o campo do Ministério Público. Veremos o que vai acontecer.

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sexta-feira, junho 25, 2004

O Hino Nacional 

Como se trata de um poema largamente desconhecido, mesmo agora que é mais cantado, reproduzo aqui a letra oficial do Hino Nacional, como está fixada por lei desde 1956. Não há coincidência completa com o poema de Henrique Lopes de Mendonça, tal como surgiu em 1890, mas esta é a versão tornada oficial, que constitui portanto o Hino Nacional à face da lei vigente.

A PORTUGUESA

Heróis do mar, nobre povo,
Nação valente, imortal,
Levantai hoje de novo
O esplendor de Portugal!
Entre as brumas da memória,
Ó Pátria sente-se a voz
Dos teus egrégios avós,
Que há-de guiar-te à vitoria!

Às armas, às armas!
Sobre a terra, sobre o mar,
Às armas, às armas!
Pela Pátria lutar
Contra os canhões marchar, marchar!

Desfralda a invicta Bandeira,
À luz viva do teu céu!
Brade a Europa à terra inteira:
Portugal não pereceu
Beija o solo teu jucundo
O Oceano, a rugir d'amor,
E teu braço vencedor
Deu mundos novos ao Mundo!

Às armas, às armas!
Sobre a terra, sobre o mar,
Às armas, às armas!
Pela Pátria lutar
Contra os canhões marchar, marchar!

Saudai o Sol que desponta
Sobre um ridente porvir;
Seja o eco de uma afronta
O sinal do ressurgir.
Raios dessa aurora forte
São como beijos de mãe,
Que nos guardam, nos sustêm,
Contra as injúrias da sorte.

Às armas, às armas!
Sobre a terra, sobre o mar,
Às armas, às armas!
Pela Pátria lutar
Contra os canhões marchar, marchar!

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Venham mais blogues! 

Estou habituado à fatalidade de ninguém dar qualquer importância ao que eu escrevo. Na realidade, às vezes sinto-me uma espécie de São João Batista, clamando no deserto - sem ter a certeza dele sobre Aquele que depois viria. Pode bem acontecer que pelo meu caminho não surja mais nada.
Designadamente quanto à minha insistência sobre o aproveitamento da blogosfera como terreno ideal para o combate das ideias, em que sistematicamente tenho insistido e sistematicamente tenho sido ignorado (na verdade têm sido bem mais os blogues da "área nacional" a fechar portas ou a paralisar do que aqueles que se lançam ao trabalho).
Mas esta semana que passou deparei com três novos blogues: é "O Pasquim da Reacção", e os já mencionados Lusitano e Magna Europa.
Todos diferentes, todos interessantes e representativos de correntes de opinião que é preciso fazer ouvir e fazer marcar presença na blogosfera.
Nada mau, em poucos dias. Será que o Verão se apresenta promissor? Será que finalmente um número significativo de jovens com ideias decidiu deixar-se de fantasiar o impossível, como pretexto para não fazer nada, e resolveu arregaçar as mangas e lançar-se numa tarefa possível, realista e necessária - e de potencialidades ilimitadas em termos de difusão de ideias?
Oxalá se concretizem as minhas melhores esperanças. Venham de lá mais!

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Fronteiras: impedida a entrada a 3403 ilegais 

Entre 26 de Maio, quando foram repostas as fronteiras por causa do Euro 2004, e segunda-feira, dia 21 de Junho, o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) recusou a entrada em Portugal a 3403 estrangeiros.
As recusas de entrada repartiram-se pelas diferentes fronteiras: 1688 na região algarvia (área do Guadiana e Aeroporto de Faro), 494 no norte (Tuy, Valença, Quintanilha e Aeroporto do Porto), 236 na região centro (Vilar Formoso e Termas de Monfortinho), 985 na região do Alentejo (Caia, Marvão, São Leonardo e Vila Verde Ficalho) e ainda no Aeroporto de Lisboa.
As recusas ocorreram durante os controlos efectuados junto das fronteiras internas, sendo devidas a ausência de visto ou de documento de viagem e apresentação de documentos falsos ou falsificados. Foram também instaurados nesse período 81 processos de expulsão.
Querem ver que o controlo fronteiriço afinal faz mesmo falta?

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quinta-feira, junho 24, 2004

Futebol nacional e identitário? 

Nestas horas que antecedem a ida à Assembleia para conhecer esse local mal frequentado e ficar a conhecer o que pensam os senhores deputados sobre os dois problemas levantados pelos cidadãos eleitores que assinaram as duas petições a que me referi no postal anterior (provavelmente eles não pensam nada, mas convém ir lá para lhes mostrar que há gente que pensa) ficam todos desafiados a comparecer no confronto futebolístico hoje em foco, e gritar com todo o sentimento "Contra os bretões, marchar, marchar!".
Aproveitem, que na hora das futeboladas ainda se pode ser patriota sem que isso provoque a reprovação do pensamento instalado e oficial. No futebol ainda podem gritar "Portugal Sempre!" - passada a hora o políticamente correcto cai-vos em cima. É aproveitar!
Estou a lembrar-me de um amigo, velho fascista obrigado às rotinas da vida mas saudoso dos momentos de exaltação e glória, que me confidenciava certa vez que sentia sempre uma ponta de emoção na hora de chamar um táxi- "oh pá, é a única oportunidade que vou tendo para levantar o braço de vez em quando!..."
Vai daí, andava sempre de táxi.

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Sexta-feira de manhã, todos à Assembleia Nacional! 

No próximo dia 25 de Junho, pelas 10 horas, será apreciada em Sessão Plenária da Assembleia da República uma Petição relacionada com a indemnização pelos bens deixados pelos espoliados no Ultramar e outra Petição relacionada com a ocupação de Olivença.
Em ambos os casos a exigência das assinaturas de pelo menos cinco mil cidadãos forçou ao agendamento desses problemas, de modo a que cada deputado possa pronunciar-se expondo o seu pensamento sobre tais assuntos.
Um bom exemplo de como a pressão e a persistência dos cidadãos podem manter vivas as questões que muitos desejariam ver esquecidas e enterradas.
As respectivas associações, Associação dos Espoliados de Angola e a Associação dos Espoliados de Moçambique, bem como o Grupo de Amigos de Olivença, solicitam a presença de todos os portugueses interessados em manifestar o seu apoio e solidariedade a essas causas nacionais.

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quarta-feira, junho 23, 2004

Agradecimentos e comentários 

Quero deixar aqui público agradecimento ao Magna Europa, que teve a gentileza de estabelecer uma ligação para este sítio que alguns julgam ser pouco e mal frequentado.
É para que vejam!
E queria responder ao Lusitano, que publicamente me interpelou lançando-me a diabólica questão: "seria o senhor tão simpático se subisse ao poder?"
Pois, meu amigo, digo-lhe que simpático, se é o caso, pretendo continuar a ser tanto como até agora; quanto à subida ao poder, nunca se me pôs o problema, e julgo que não o terei que enfrentar. Não sinto aliás a menor apetência ou vocação. Quando muito sinto a vontade de constituir uma espécie de contrapoder; e assim é que eu estou bem. Também gostaria de suscitar vocações, despertar noutros sonhos e vontades, e nisso pode incluir-se a aspiração ao poder.
Mas o certo, e agora descemos à terra e ao básico, é que ninguém pode ser julgado com base em pressuposições sobre o que faria se... Objecto de julgamento têm que ser actos humanos, não pensamentos ou intenções, e muito menos suposições alheias, a que o próprio é estranho. Não será assim?
Pelos meus actos respondo eu; as suposições ficam com quem as faz.

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Reconquista 


Outra valiosa página portuguesa, de conteúdo interessante e intelectualmente estimulante e criativo. Vale a pena sobretudo consultar o seu arquivo.
Infelizmente parece ter perdido boa parte da energia que animou o seu impulso inicial e entrado numa fase de alguma estagnação. Tenho pena, e faço votos para que se dinamize e recupere rapidamente, porque se torna indispensável fazer prova da presença e da vitalidade de uma zona nacional na web portuguesa, de modo a permanecer e marcar pontos no debate de ideias que se trava cada vez mais nesta praça pública, neste areópago moderno, que é a internet.

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Eco-Nac 


Um portal ainda em desenvolvimento mas que já merece visita demorada, pela variedade e abundância do seu conteúdo, é o portal português "Eco-Nac".
Não tem tido a divulgação que justificaria, dado que efectivamente representa uma iniciatica de valor, onde muito trabalho está já investido.
Acrescento um ponto de interesse: com a diversidade que ali se encontra é quase impossível que o visitante não encontre pelo menos uma coisa que lhe agrade e outra que lhe desagrade.
Tratem de descobrir, explorando os conteúdos com a devida atenção.

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Librairie du Paillon 

As mesmas palavras que escrevi para os que visitarem Paris dirijo-as agora aos que visitarem Nice: não esqueçam a visita à Librairie du Paillon.
Fica no 2 da Rue Georges Ville, e constitui a melhor livraria nacionalista do sudeste de França. Aos que visitarem, recomendo a prévia consulta do catálogo em linha.
E se não puderem ir até lá, podem sempre encomendar pelo correio. Boas leituras!

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Librairie Nationale 

Quem visitar Paris não esqueça a visita à Librarie Nationale. Fica no 12 da Rue de la Sourdière, e constitui sem dúvida a melhor livraria nacionalista da capital francesa, com um recheio magnífico, desde as novidades aos livros de ocasião.
Antes de partir para Paris, é aconselhável fazer a visita em linha, e escolher. Se não puderem ir a Paris, encomendem directamente. Boas compras!

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terça-feira, junho 22, 2004

Forum Nacional 


O grande ponto de encontro na net portuguesa da rapaziada de tendência facho está a ser realmente o Forum Nacional.
Atingiu já os 420 membros inscritos, e continua a crescer.
Que Deus os abençoe, os proteja, os ilumine, e faça deles bons fascistas - são os votos deste facho impenitente e teimoso.

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Éditions du Labyrinthe 


Especialmente para os que cultivam o prazer de ler e saber, o gosto pela cultura e pela inteligência, eis o sítio das "Éditions du Labyrinthe", um lugar onde podemos encontrar as revistas "Nouvelle École" e "Éléments", que ocupam um lugar cimeiro na cultura europeia e no debate de ideias dos últimos trinta anos, e uma infinidade de livros que dificilmente podem ser encontrados em qualquer outro sítio. Façam favor de entrar no labirinto.

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Afinal eles existem... 

Reparem, quase sem dar por isso acabei por deixar aqui atrás a indicação de dois temas de mobilização com raiz efectivamente nacional, e susceptíveis de tocar a muita gente...

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Atenção espoliados de África! 

No próximo dia 25 de Junho, pelas 10 horas, será apreciada em Sessão Plenária da Assembleia da República uma Petição relacionada com a indemnização pelos bens deixados pelos espoliados no Ultramar.
As respectivas associações, Associação dos Espoliados de Angola e a Associação dos Espoliados de Moçambique, solicitam a presença de todos os ex-residentes no Ultramar, manifestando a sua unidade e solidariedade.

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Assembleia da República discute Questão de Olivença 

A Questão de Olivença foi agendada, para discussão conjunta em Sessão Plenária da Assembleia da República, para o próximo dia 25 de Junho, às 10.00 horas.
Face à importância e significado da apreciação da Questão de Olivença pelo Parlamento, é necessário que os apoiantes e amigos de Olivença estejam presentes na Assembleia da República naquela ocasião, testemunhando tão decisivo acto político.

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segunda-feira, junho 21, 2004

Portugal, Olivença e a dinâmica peninsular 

O Grupo dos Amigos de Olivença realiza no corrente ano um Ciclo de Conferências denominado «PORTUGAL, OLIVENÇA E A DINÂMICA PENINSULAR».
No âmbito do Ciclo, no próximo dia 22 de Junho de 2004, às 21.00 horas, na Casa do Alentejo, em Lisboa, falará Henrique Neto, empresário e antigo deputado e dirigente nacional do Partido Socialista, sobre o tema “Uma Estratégia Nacional nas Relações de Portugal com Espanha".
O Ciclo de Conferências - espaço aberto a opiniões representativas dos diversos sectores culturais e políticos da vida nacional - pretende propiciar e promover o debate sobre as relações Portugal-Espanha, suscitando também uma aproximação à «Questão de Olivença».
Vamos lá, que é preciso manter a pressão sobre eles, e a mobilização entre nós...

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Nacionais e identitários 

As considerações despretensiosas que aqui fiz sobre o imperativo da autenticidade nacional e identitária de um partido que pretenda assumir-se com essas caracteristicas estão evidentemente sujeitas à livre discussão, e não passam de meras sugestões - embora nascidas de algumas décadas de conhecimento e experiência directa.
Reconheço obviamente que identidades há muitas, e qualquer indivíduo pode pefeitamente identificar-se com qualquer estilo ou grupo que ache cool, ou lá como é que se diz - mas o que se trata é de analisar friamente as possibilidades e probabilidades de identificação entre isso e a realidade do ser português (subentende-se na discussão que se procura um partido nacional e identitário português).
Se aqueles traços com que esse indivíduo se identifica são definidores da identidade de dois ou três mil sujeitos, ao fazer política é natural que suscite a reacção de identificação desse grupo de dois ou três mil. Mas nesse caso não cultive em si a ilusão de que está a construir um partido nacional (a nação não depende das especificidades de tal grupo) ou identitário (é manifesto que não há identificação, antes estranheza,entre a comunidade de destino que é a nação e esse grupo ou tribo em particular).
Quem esqueça estes mínimos de realismo básico acaba sempre na proposta de trocar de povo. O povo não alinha connosco, ele é que tem de mudar. Não é provável o sucesso desta estratégia.
Faz lembrar a anedota do recruta que após a parada militar explicava que entre os dez mil que desfilaram ele era o único que tinha o passo certo - os outros iam todos desalinhados com ele.

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Um partido nacional e identitário? 

Por vezes interrogo-me sobre quais as particularidades do modelo organizativo que deve seguir um partido que pretenda assumir-se como um verdadeiro partido nacional e identitário.
A primeira ideia que me vem à cabeça é simples: um partido nacional deve ser a expressão política das comunidades que compõem a vasta comunidade de destino que é a nação; um partido identitário deve ser capaz de identificar-se com as gentes e as realidades colectivas que integram essa realidade orgânica, e fazer com que essas pessoas sintam essa identificação.
Quem conseguir criar raízes nas comunidades, numa base local e regional, que é onde as pessoas vivem, conseguirá alcançar verdadeira implantação nacional. Como existem aliás exemplos na Europa.
Este conceito implica combater a tendência monocórdica para a abstracção e os grandes princípios, que muitas vezes se torna a afirmação única das forças nacionais. Ora as pessoas no dia a dia não vivem dos princípios, nem comem com isso.
É preciso cultivar o concreto, dar efectiva prioridade ao real e à nossa gente (que é preciso sentir realmente como nossa, e fazer com que ela nos veja como tal).
Ou seja: desde logo, a nossa identidade é com a Dona Micas cabeleireira que vive num primeiro andar na Graça, com o Ti'Pedro que é pescador na Afurada, com a menina Vanessa que é caixa no Continente, com o Sr. Gonçalves que é lavrador em Sendim, com o Silva que é bancário em Ponte de Sor. A nossa identificação não se pode fazer a partir do visual e da cultura de uns adolescentes americanos ou uma qualquer tribo urbana mais ou menos rockeira, que hoje é moda e amanhã já passou.
No concreto: seria muito importante que um partido nacional, sem prejuízo da sua necessária unidade orgânica, assegurada por uma direcção nacional que definisse e coordenasse a orientação geral e enfrentasse os grandes temas de dimensão nacional, vivesse no dia a dia empenhado em círculos mais restritos e dedicados à vida local e regional; por exemplo um PNR-Algarve que prestasse atenção aos problemas especificamente algarvios, conhecesse o espaço físico e as pessoas, concentrasse o seu trabalho por exemplo em intervir na opinião pública local, através dos jornais, das rádios, da páginas internet, dos blogues de temática algarvia, a quem poderia enviar permanentemente os seus comunicados e opiniões, de forma a tornar-se uma presença habitual e natural, de maneira a viver e a integrar-se e a ser conhecido entre os portugueses cuja identidade é marcada logo no imediato por essa circunstância de serem algarvios. Repare-se que falar sobre a barra da Fuzeta, a poluição da ria de Alvor, ou a desertificação da Serra de Monchique, ou as curvas do IP2, não são tema para a direcção de um partido nacional: mas esses assuntos, ou as festas de Silves ou a falta de água em Tavira, já seriam de modo normal objecto da atenção de um PNR-Algarve, que quatro ou cinco militantes podiam pôr a funcionar eficazmente.
E o mesmo raciocínio podia fazer-se para um PNR-Trás-os-Montes, ou um PNR-Alentejo, ou um PNR-Porto, ou um PNR-Lisboa.
Quatro ou cinco pessoas, centrando o seu trabalho na cobertura continuada e sistemática dos problemas da sua área, urbana ou rural; e conseguir que nos sítios locais, internet ou imprensa escrita ou falada, fosse conhecida e ouvida pelo povo a opinião e a intervenção do Partido Nacional, sobre a limpeza das praias de Gaia ou sobre incidentes na lota de Matosinhos, sobre segurança na Baixa do Porto ou sobre a preservação do parque de Monsanto, sobre a construção da cidade judiciária em Caxias ou sobre os problemas da Ponte Europa, sobre a barragem do Sabor ou sobre a construção nas margens de Alqueva, sobre os incêndios na Zona do Pinhal ou sobre a caça em Monfortinho. Quando um partido conseguisse viver assim, no local e no quotidiano, onde estão as pessoas, seria verdadeiramente nacional e identitário. Criar raízes, identificar-se, o que passa por ouvir e conhecer as pessoas reais no mundo real, isto é o decisivo.
No resto, e regressando à orgânica, que um partido tenha uma ala juvenil ou uma ala senil, um sector feminino e um outro assim-assim, são temas banais: todos os partidos, cópias uns dos outros, têm mais ou menos essa institucionalização.
Onde creio que existiria vantagem era efectivamente nesse trabalho em círculos regionais ou locais, os quais até pela sua concentração nos problemas concretos em vez do abstraccionismo ideológico teriam a virtude de potenciar a unidade na acção de muita gente de formações e ideias diversas (sem que no partido, necessariamente frentista, alguma vez se institucionalizasse uma espécie de direito de tendência, o que seria desastroso - um movimento frentista não é uma coligação).
E fico por aqui. O problema mais difícil, pelos vistos, está em fugir à tendência para viver com a cabeça nas nuvens, ou entrar decididamente em órbita, lá no infinito do espaço sideral, em vez de dar atenção ao solo e firmar bem os pés no chão. Há ardorosos militantes que perdem tempo infindo a debater assuntos próprios de seitas esotéricas - capazes de entusiasmar no máximo cinco amigos que já são amigos (e fazer com que todo o cidadão comum os encare definitivamente como malucos irrecuperáveis a carecer de internamento). Lembram-me constantemente de uma caricatura célebre do teatro grego, em que o filósofo marcha concentrado com o pensamento nas alturas, onde o seu espírito paira, sem olhar para o chão que pisa - e afunda-se de repente no primeiro poço que lhe surge sob os pés distraídos.

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domingo, junho 20, 2004

Tierra y Pueblo 

A associação francesa "Terre & Peuple" suscitou o aparecimento de uma congénere espanhola, que segue o seu exemplo, as suas ideias, a sua orientação.
Também vale a pena conhecer a "Tierra y Pueblo" espanhola. Vão até lá, e fixem: combate cultural sempre.

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Terre et Peuple 


Continuando a minha empreitada de divulgação das boas leituras (a leitura é o primeiro acto de militância, e sem passar pelo exercício intenso do primeiro tenho verificado que esta é de pouca duração) recomento o interessante sítio da associação "Terre et Peuple", que agrupa várias figuras influentes da intelectualidade francesa, como Pierre Vial e Jean Mabire, e que tem como órgão a revista com o mesmo título.
Conheçam a associação "Terre et Peuple", e sobretudo meditem nas sua insistência sempre reafirmada sobre a necessária ligação entre trabalho político e combate cultural.

O "edelweiss", essa delicada flor das alturas, é desde o início o símbolo do "Terre et Peuple".

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sábado, junho 19, 2004

A Roménia também é Europa! 

A Europa não inclui a Turquia, mas é maior do que pensam em Bruxelas. Inclui certamente a Roménia, essa terra orgulhosa dos romanos do Oriente,que nos deu Cornelius Codreanu, Horia Sima, Vintila Horia, Mircea Eliade, Panait Istrati, Emil Cioran, Ionesco, Lupasco, Mota e Marin, e tantos outros.
Pois na Roménia, embora não se falasse nisso nos noticiários, houve agora eleições municipais. E a coligação PNDC, organização frentista na qual se integram os nossos amigos da NOUA DREAPTA (Nova Direita), presidida por Tudor Ionesco, conseguiu eleger 15 conselheiros municipais.
Quem pretenda ficar a saber tudo e melhorar os seus conhecimentos de romeno, pode visitar o PNDC. Boa sorte.

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BLEU BLANC ROCK 

Como presente aos rapazes devotos da "música identitária" ofereço-lhes aqui nova ligação a um website francês com os mesmos gostos. Mesmo a propósito do famosíssimo concerto que tanta controvérsia parece ter trazido a este nosso adormecido país. Bleu Blanc Rock!

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O concerto dos fachos 

A acreditar na imprensa que se chama a si mesma de imprensa séria ou de referência anda no ar uma peste de perigosidade extraordinária: a música fascista!
Parece que a besta imunda agora abandonou a política e se concentra na organização de eventos musicais. Há algum tempo atrás o perigo estava na sua dedicação às claques futebolísticas.
Começo a ficar preocupado: então se o pessoal não pode dedicar-se à política, nem ao futebol, nem à música, qual é a ideia dos nossos jornalistas para a fascistagem? Querem que todos se dediquem à filatelia ou às palavras cruzadas?

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sexta-feira, junho 18, 2004

Librad, Vox NR, Réseau Radical 


Como realidades conexas e interligadas mas diferentes na sua esfera de actuação recomendo a excelente livraria LIBRAD, a página web VOX NR e também o sítio da Rede Radical.
Tudo do melhor que se pode encontrar na área nacionalista-revolucionária e solidarista.
Espero que se percam nas vossas excursões em linha - e que encontrem o que procuram.

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Falange Digital 


A Falange, grupo que alcançou o resultado menos mau entre os grupos patriotas espanhóis, nas últimas eleições europeias, conta com um jornal digital, para além do seu próprio sítio web.
O sítio nacional é recomendável, e o jornal em rede também traduz de modo activo a actividade do movimento.
Ficam aqui os endereços para os internautas curiosos.
É sempre bom estar informado sobre o que fazem os outros, para aprender com os seus erros e com os seus êxitos.

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Memorial Records 


Para quem se interesse pelo fenómeno do chamado "rock identitário" deixo hoje a recomendação de uma casa editora inteiramente dedicada à divulgação desse género de música.
A "Memorial Records" proclama como os seus objectivos a defesa da identidade dos povos, das culturas e das crenças que constituem o cimento da nossa civilização.
A sua actividade traduz-se na edição e difusão das obras de rock identitário em França e por toda a Europa.

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Militantismo mediático 

A propósito da utilização da internet como um terreno para a luta política, o sítio oficial da FN francesa, movimento tantas vezes apontado como modelo entre nós, transmite orientações precisas aos seus militantes e simpatizantes.
Quanto aos foros internet, chama-se a atenção para o facto de muitos sítios generalistas apresentarem foros temáticos e ou sondagens diversas. E há igualmente aqueles relacionados com assuntos específicos, seja a política, a cultura, o ambiente, o regionalismo, a caça, a droga, o aborto, a Europa, etc.
Conselhos aos militantes: esses foros permitem "medir a temperatura" à opinião pública sem o filtro dos médias, e constituem um bom veículo de difusão das nossas ideias. Ocupem cada forum, sejam simultaneamente corteses, rigorosos e objectivos (as mensagens curtas e claras passam melhor).
Se necessário, consultem ou gravem os pontos fundamentais do programa político do partido, ou recorram aos artigos colocados em linha no sítio do partido.
Evitem todavia o que seja ostensiva propaganda directa, para que os moderadores não cortem automaticamente as mensagens.
Quanto aos médias, televisões, rádios, imprensa escrita: se uma notícia vos incomoda, se o tratamento da informação vos indigna, comuniquem-lhes esses sentimentos. Todos eles têm em linha modos de fazer chegar os protestos e os comentários à respectiva direcção ou ao serviço encarregado das relações públicas. Mais uma vez, é preciso ser firme e educado, mas objectivo e concreto, na defesa das opiniões e pontos de vista.
É esta a política oficial da FN. Se fosse eu a defender esta estratégia deliberada poderia parecer um lunático, mas como se vê ela é defendida e activamente praticada pelo maior partido de orientação nacionalista da Europa.
E fica para outra vez a insistência quanto aos blogues, páginas pessoais, sítios em rede, que deveriam constituir a cobertura informativa e formativa que através dos meios tradicionais nunca teremos. Mas o que é simples e evidente para entender custa paradoxalmente a aceitar.

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quinta-feira, junho 17, 2004

A nossa Europa 

Era conhecido nos meios nacionalistas europeus que um grande objectivo destas eleições era conseguir a institucionalização de um grupo parlamentar próprio no Parlamento de Estrasburgo.
Esse objectivo implica reunir num acordo ao menos 16 deputados de pelo menos cinco nacionalidades diferentes.
Como já referimos, foram eleitos sete parlamentares franceses da FN, três deputados belgas do VB, um deputado austríaco e seis deputados italianos (quatro da Liga Norte, um da Fiamma Tricolore e outro da Alternativa Sociale) em relação aos quais se coloca a hipótese de um entendimento - o que não é pacífico quanto a todos os mencionados.
Mas não foram os únicos eleitos da área nacional-patriótica.
Na Dinamarca foi eleito um membro do "Dansk Folkparti", o Partido do Povo Dinamarquês, que também mantém um discurso identitário. Na Grécia foi igualmente eleito um nacionalista, do partido LAOS. Na Polónia conseguiram bons resultados a Liga das Famílias Polacas, partido de características nacional-católicas, que elegeu 10 deputados, e o partido "Samoobrana" (Autodefesa), que ficou com 6 deputados.
Todos estes partidos têm em comum o seu eurocepticismo, e o compromisso de defesa das suas identidades nacionais em primeiro lugar. Mas não é líquido que seja possível chegar aos entendimentos necessários para formalizar o almejado grupo parlamentar em Estrasburgo, dadas as dificuldades de relacionamento entte alguns deles.
Por último, não queríamos deixar de salientar os bons resultados do BNP na Grã-Bretanha, embora não se tenham traduzido na eleição de nenhum deputado: o British National Party (BNP) de Nick Griffin, conseguiu reunir 808.000 votos, colocando-se como um dos grandes partidos nacionais. Não fosse o repentino aparecimento do UKIP, um parido eurocéptico muito menos perigoso para o sistema e que beneficiou de largo favor mediático, e o resultado teria sido um terramoto político nas ilhas.

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Lusitano 

Agradecemos o gesto, e as palavras, que sentimos como simpáticas e cordiais, do blogue Lusitano, ao conceder-nos uma ligação. E retribuímos, como manda a reciprocidade e a boa educação.
Em relação à estranheza e aos reparos que dedicou quanto ao conceito de fascismo aqui praticado, limitamo-nos a comentar que por vezes é preciso ver a ironia onde ela está...
Aqui pratica-se um conceito de fascismo quase tão amplo como o do Bloco de Esquerda!

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Blog não oficial do PNR 

O Blog não oficial do PNR marcou quanto a mim de modo muito positivo o período de campanha eleitoral desse partido.
Foi sempre fiel a um estilo de comunicação simples, sintético, eficaz. Foi sempre inteligente, sensato, equilibrado.
Faz muita falta a sua continuidade: importa continuar a manter a ligação com aqueles eleitores e simpatizantes que por essa forma foram despertados, e com os que não o sendo ainda por falta de confiança tiveram porém contacto com essa hipótese durante este período.
Evidentemente que isso tem que ser feito por um sítio oficial do partido cada dia mais aperfeiçoado, dinâmico e mobilizador.
Mas deverá também ser feito por uma presença acrescida de afirmação militante na internet. Não me atrevo a pedir a outros, que já sei como a minha voz é tida em pouca consideração: mas a este peço-lhe para continuar.
A esse propósito, sugiro que se medite profundamente sobre o facto notável de os resultados percentualmente mais significativos do PNR terem ocorrido nos distritos da Guarda, Bragança, Vila Real e Viana do Castelo. Vale a pena pensar.

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Vitórias na Europa 

Nas recentes eleições europeias um grande vencedor foi a coligação flamenga "Vlaams Blok" que obteve 24% dos votos na Flandres e 14,34% ao nível nacional.
Subiu cinco pontos percentuais em relação às europeias de 1999. O VB tornou-se assim o segundo maior partido da Bélgica. Logrou deste modo eleger três deputados ao Parlamento europeu, Philip Clayes, Koen Dillen e Frank Vanhecke.
Também na Bélgica, mas na parte francófona, há a notar os excelentes resultados da FN belga na Valónia. Teve 6,5%, duplicando a percentagem de 1999. Conseguiu ainda 16,9% no cantão de Charleroi, no quadro de eleições regionais, contra 7,9% nas anteriores.
Estão de parabéns os nacionais-identitários belgas, tanto os flamengos como os valões. Gente que demonstra que é possível conquistar a simpatia do eleitorado, seduzir o eleitor, ir de encontro ao cidadão comum.
Na Áustria, foi eleito Andreas Moelzer, célebre jornalista e intelectual da direita nacional austríaca, antigo conselheiro cultural do governador da Caríntia e presidente do FPO Jeorg Haider.
Em Itália, foram eleitos quatro eurodeputados pela Liga do Norte, movimento regionalista identitário, e ainda como já referimos Alessandra Mussolini, pela "Alternativa Sociale", e Luca Romagnoli, pela "Fiamma Tricolore".
O Parlamento europeu terá assim presença acrescida das forças nacionais, europeias e identitárias.

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Forum Nacional 


Continua bem vivo e participado, em crescimento constante, o Forum Nacional. Um número notável de membros inscritos (mesmo descontando uns dez ou vinte que serão meros curiosos e mais os três ou quatro que são do SIS ainda é muita gente). Eu por mim nunca me esqueço de acompanhar e ler o que por lá se escreve. Agora andam em brasa com o concerto de 19 de Junho. Não fosse eu esta múmia paralítica absolutamente anti-social e provavelmente também ia ver.
Em cada visita ao Forum recordo sempre um desabafo de Maurice Bardèche, na minha presença, em certa visita a Portugal: " - Que pena que estes jovens não gostem de política!..."
É mesmo pena... O que não poderiam fazer, se lhe apanhassem o gosto!

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Bons conselhos 

Acabo de ler no último artigo da revista Jovem NR além de outras análises igualmente lúcidas e realistas:
"É óbvio que o jogo está viciado, que o sistema é manobrado. Mas baixar os braços não é solução. Há que agir, há que mudar! Não só a nível político mas também a nível cívico, agindo, juntando-nos, criando movimentos, saindo para a rua, agitando as consciências, realizando actividades diversas, informando. Se nada for feito então é que não seremos falados ou notados, não saberão que existe um grupo de jovens nacionalistas dispostos a mudar o actual estado de coisas, que estes jovens fazem mais que fumar droga ou sujar paredes e que mais do que mera politiquice e joguinhos de poder para aceder a cargos e a tachos, preocupam-se com Portugal! Há que esclarecer as pessoas, aquelas que navegam nas águas do politicamente correcto, fazer saber que existem alternativas válidas para além do que lhes é dado a conhecer."
Assim penso também. É preciso encontrar os caminhos e a linguagem e os temas adequados para ser compreendidos pelo mais comum dos cidadãos. Fazer com que cada português ao conhecer-nos nos reconheça como um dos seus, e não como um sujeito meio-fanático, meio-exótico ou meio-amalucado, sempre obcecado com umas manias estranhas que só o interessam a ele e a mais três amigos. Para isso cada um deve procurar fazer primeiro um exercício de introspecção, olhar bem para si, analisar-se e tentar ver-se: depois imagine o que pensará aquele ou aquela a quem se dirige e que não o conhece, que retrato farão ao primeiro contacto. E os colegas de escola? E os companheiros de trabalho? E os vizinhos do prédio? Poderão eles ouvir com interesse e respeito aquilo que tivermos para lhes dizer? A sorte da mensagem muitas vezes depende do mensageiro.
O que é preciso é agir, continuar. Mas que seja a inteligência a comandar, e não os instintos, como animais que encontrassem uma parede de pedra pela frente, batessem com a cabeça e depois sem cessar continuassem a dar cabeçadas no muro para derrubar o obstáculo.

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quarta-feira, junho 16, 2004

Cancioneiro de Juventudes 


Por ter falado em música, lembrei-me logo deste sítio em que se encontra reunido todo o vasto conjunto de canções, hinos e marchas que puseram a cantar a Espanha falangista.
É o Cancionero de Juventudes, um excelente trabalho que permite ter acesso imediato e descarregar os ficheiros com a música que fez sonhar gerações de espanhóis.
De "Cara al Sol" a "Montañas Nevadas", eis aqui o cancioneiro da frente de juventudes, documento bem representativo do que foram a estética e o estilo falangistas, expressão superior do nobre idealismo que aqueceu a alma de tantos milhões de jovens europeus.

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Le Coq Gaulois 


Para quem se interessa pelas correntes do rock identitário, e movimentos afins, um dos sítios mais bem concebidos é este "Le Coq Gaulois".
Evidentemente que é muito centrado no espaço da francofonia, mas também se abre à informação sobre a restante Europa.
Portanto, e excepcionalmente neste blogue normalmente sisudo e alheio a essas manifestações rockeiras, aqui fica a recomendação para o sítio políticamente incorrecto do galináceo francês.
A propósito, recordo que em Portugal também haverá em breve, neste 19 de Junho, animação musical ao vivo... Mas isso terão que ver no "Forum Nacional".

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Polémia 

Outro local de grande interesse, para a acção cultural e política, é o sítio da "Polémia".
Recomendo as suas informações e análises para estes tempos caóticos, recomendo a sua carta de distribuição livre e gratuita.
Saliento também a importância dada à "ciberacção", ou cibercombate, coincidente com a defesa entusiasta que aqui tenho feito do activismo mediático e das suas potencialidades.
Não fosse este um blogue obscuro e pouco frequentado, e a coisa já seria mais que conhecida e praticada. Assim, pode ser que a autoridade dos outros tenha a credibilidade que eu não consigo.

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Hermandad del Valle 

A Hermandad del Valle de Los Caídos é uma instituição cultural destinada a preservar a memória histórica ligada ao Vale dos Caídos e a tudo o que o monumento evoca, de luta e sacrifício em prol dos valores espirituais da Europa.
Publica uma revista, distribuída também em versão electrónica, "El Risco de la Nava", para além da revista de estudos e documentação "El Brocal" e de outra revista, "Altar Mayor".
Vale a pena, sempre, conhecer o Vale dos Caídos e a sua esmagadora monumentalidade; mas quem não puder deve ao menos conhecer as radiações internéticas desse local mágico.

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Lanoticiadigital 

Eis um jornal em linha muito bem feito, feito por pessoal de orientação falangista.
E tem muito mais do que actualidade, como se verifica pelas referências bibliográficas e históricas.
É curioso como em Espanha o divisionismo e o sectarismo infantil e imaturo dos grupos com pretensões eleitorais reduziram a um patamar miserável as perspectivas eleitoralistas do nacionalismo espanhol, afugentando das urnas e dos partidos quase toda a gente, mas ao mesmo tempo continuam a existir belas realizações noutros campos, desde livrarias a editoras, jornais em rede, etc.
Aqui fica para conhecimento geral o Lanoticiadigital.

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