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quarta-feira, março 31, 2004

Mais visitas
Estas vieram do "Pardeeiro", que é um blogue que achou graça à graça que nós achámos aos afrontamentos do Dr. Manuel Monteiro.
Mas olhe que foi um impulso de solidariedade saído mesmo do fundo do coração: que injustiça, ver assim tratada a ND, tão democrata e liberal...
Até fizémos uns versos alusivos:

Marcelo, tu não tens vergonha,
E queres é voltar pro poleiro.
Vê se guardas a peçonha
E respeitas o Monteiro!

Chamar extrema-direita
a partido tão porreiro
foi mesmo gesto careta
de quem não pensou primeiro.

Lá na Democracia Nova
Não entra facho nenhum!
O Monteiro e o Amorim
Vêem todos um por um.

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Compromisso de honra
Avolumam-se as pressões para que este humilde estabelecimento venha a ser dotado de um sistema de comentários. Assim a modos que colocar uns azulejos na tasca para esconder a caliça...
Pois bem: declaro solenemente que coloco o sistema de comentários no dia em que o Buíça aparecer com o seu próprio blogue (dotado também de caixa de comentários, claro!). Fica prometido!

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Maré cheia
Estava eu posto em sossego, aqui neste ignoto recanto, quando de súbito deparo com uma enchente de visitantes... é um corropio, senhores!
E a razão é só uma: aquele irrequieto bloguista do Ultimo Reduto, que não deixa ninguém descansar.
Cá pra mim ele está mas é farto de ser o último, essa é que é essa...

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Haja calma!...
Então não é certo que o Fascismo já acabou? Qual é o problema?

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terça-feira, março 30, 2004

Vendo ao longe
Para constatar que há realmente quem seja dotado de visão à distância, recomendo a leitura deste artigo de Alfredo Pimenta, já com quase sessenta anos.

TORRE DE BABEL OU ASILO DE ALIENADOS
Durante longos anos, talvez desde 1908 ou 1909, fui leitor assíduo e atento do "Temps" - jornal francês de variada e magnífica colaboração que tinha ainda a vantagem de reflectir a atmosfera do Quai d`Orsay, no tempo em que a França era alguém na vida internacional.
Além do "Temps", eram meus jornais de todos os dias, a "Action Française" que de um modo geral me falava ao paladar, e a "Croix" que me trazia ao facto dos acontecimentos do Vaticano.
Quando a França foi derrotada em 1940, deixei de receber o "Temps" e a "Croix", e só de longe em longe conseguia ler a "Action Française" -podendo por isso testemunhar a infâmia que representou a condenação de Charles Maurras, por colaboracionista com a Alemanha. De resto não foi por isso que o condenaram; condenaram-no por não colaboracionista com a Inglaterra e com a Rússia...
Quando os Americanos e os Ingleses ocuparam a França, em substituição dos Alemães, a "Action Française" desapareceu.
Na barafunda que se seguiu e é hoje a vida francesa, o "Temps" não voltou à superfície, mas em vez dele surgiu um jornal de formato mais pequeno que se chama "Le Monde".
O tipo do título é o do "Temps"; algumas rúbricas são as mesmas; a redacção é no mesmo lugar; alguns colaboradores, poucos, são meus velhos conhecidos. Mas o director é o Sr. Hubert Beuve-Méry, que não sei quem seja; há um conselho de direcção constituído pelos Srs. René Courtin e Christian Funck-Brentano, que desconheço, porque Funck-Brentano das minhas relações chamava-se Frank.
Enfim - tudo aquilo levou uma volta, até na orientação, porque vejo o substituto do "Temps" dar grande relevo às coisas relativas ao Comunismo soviético.
É a influência, a velha influência do Quai d`Orsay, onde hoje, está instalado o Sr. Georges Bidault, representante dos católicos dos novos tempos...
Porque reatei as minhas leituras da imprensa francesa responsável, logo de entrada esbarrei em informações sensacionais. E uma delas, e talvez a maior, é a que me dá o jornal de 16 de Fevereiro. Tão importante, tão transcendente, tão revolucionária ela é, que a própria redacção do jornal se vê na obrigação de a fazer acompanhar de palavras prévias de reserva, talvez lógicas no ponto de vista francês, mas que são muito diferentes daquelas que a referida informação me provocou.
De que se trata?
Ainda em plena guerra, um amigo meu que foi de visita aos Estados Unidos, e por lá andou cerca de dois meses, e conversou com este e com aquele, regressou com a seguinte impressão: os Estados Unidos consideram-se portadores de uma nova civilização; entendem que a civilização faliu ou está em coma; pensam que nós não sabemos viver, nem organizar a vida; em consequência do que têm o propósito de transformar a Europa, estruturando-a à sua maneira.
Não se enganava o meu amigo e foi bom observador.
Porque aqui está diante de mim, nas páginas de Le Monde, a confirmação das suas impressões.
O Sr. George Creel, director dos serviços de informação americanos durante a guerra de 1914, é da intimidade do actual Presidente dos Estados Unidos, e «pode ser considerado o reflexo fiel das ideias» do Sr. Truman.
Deu ele ao jornal francês um artigo que se intitula: "Un projet du Président Truman", e tem como sub-título esta expressão que me causa calafrios: «Les États Unis d`Europe».
Nesse artigo, depois de anunciar ser possível que esteja em preparação uma política americana mais nítida e mais construtiva em relação à Europa, avisa: «Não é segredo para ninguém que o Presidente Truman encara favoravelmente a possibilidade de criar os Estados Unidos da Europa». Assim mesmo: «Ce n`est pas un secret pour personne que le Président Truman envisage favorablement la possibilité de créer les États-Unis d`Europe».
Acrescenta que o problema está a estudar-se, mas que a ideia fundamental se percebe já com clareza.
Para o Sr. Truman, trata-se de «criar uma federação dos Estados europeus, baseada numa coordenação económica e política que fará sair do caos a ordem, e formará a esperança de ver reinar no futuro a estabilidade, a paz e a prosperidade. Sem ser a réplica exacta dos Estados Unidos, essa federação deveria em todo o caso possuir uma moeda alfandegária, uma comunidade de todos os recursos naturais da Europa e a utilização comum de todas as vias navegáveis».
O projecto tem precedentes; e o mais moderno apresentou-o o Sr. Churchill em 22 de Março de 1943, quando propôs a constituição de um «Conselho europeu» e de um «Tribunal Supremo» para julgar conflitos e dotado de poderes bastantes para fazer cumprir as suas decisões e evitar novas agressões e a preparação de novas guerras.
Nos meios diplomáticos americanos, pretende-se uma união mais apertada e limitada à Europa propriamente dita. Quer dizer: ficarão fora da Federação a Rússia e a Inglaterra, cuja amizade mútua é tida por indispensável à criação e bom resultado da Federação europeia.
Esta ficaria na «impossibilidade de alimentar ambições imperialistas ou desencadear guerras agressivas, porque os seus recursos militares se limitariam estrictamente à defensiva; e, para tranquilizar a Rússia, que teme a formação de um bloco ocidental hostil, a nova Federação poderia declarar o Fascismo fora da lei e oferecer garantias de estricta neutralidade».
Com tal projecto, que tem em vista o Sr. Truman? Em primeiro lugar, evitar que a Rússia tenha preocupações em relação às suas fronteiras ocidentais e que a Inglaterra se distraia da solução dos problemas complicados do seu Império; em segundo lugar, poupar os Estados Unidos às aventuras para que são arrebatados - em consequência de um sistema que dura há dezenas de séculos e transformou a Europa numa «torre de Babel» ou «asilo de alienados».
Numa palavra: o Sr. Truman, Presidente dos Estados Unidos da América, declara guerra às Nações europeias, à sua independência, à sua soberania, à sua auto-determinação, à sua liberdade. Constituem elas para o Presidente da América uma torre de Babel, ou asilo de alienados! E então quer federar-nos, sujeitar-nos a uma direcção comum, a uma fiscalização superior, ao poder supremo de uma entidade que disponha dos nossos destinos, pondo termo à nossa História.
Em nome de quê e em nome de quem?
Se nós, europeus, somos Torre de Babel ou asilo de alienados - há dois mil anos que o somos, e isso não impediu que realizássemos a obra profunda e de projecção incomensurável que o mundo até há pouco tempo podia contemplar. Se a existência de nacionalidades independentes caracteriza o babelismo desta Torre e o alienismo deste Asilo, que tem o Sr. Truman com isso? Que nós tenhamos de prestar contas a Deus do uso que fazemos da nossa vida - não se discute, ninguém o põe em dúvida. Mas é a Deus. Não me consta que o Sr. Truman seja Deus. Queixa-se o Presidente dos Estados Unidos de que o seu país é arrastado para as guerras da Europa. É arrastado?! Quem o arrasta? Toda a gente sabe que há e sempre houve na América duas correntes: a isolacionista e a intervencionista. Se os Estados Unidos entram nas guerras da Europa, queixem-se dos intervencionistas, dos wilsones, dos rooseveltes, etc.
Se somos asilo de alienados - a culpa não cabe à existência de nações independentes - todas elas solidárias, aliás, na mesma obra de Civilização e Cultura. Todos nós, uns mais, outros menos, uns por aqui, outros por ali, todos nós descobrimos terras e levámos o sinal da Cruz até aos confins do mundo, erguemos catedrais e castelos, criámos as colunas gregas e os pórticos romanos, as agulhas góticas e a Renascença, eternizámos em Glória e Beleza a vida.
Deixem-nos em sossego viver a vida que entendermos, porque nós também não vamos à América sujeitá-la às nossa concepções éticas ou políticas, dominar ou dirigir o seu expansionismo ou a sua força.
Pela minha Pátria falo, e, pensando nela, ergo o meu protesto, que se perderá no vozear confuso das turbas dementadas, mas documentará uma atitude. Portugal, nascido no século XII, atravessou estes oito séculos concorrendo como nenhuma outra Nação para o esforço civilizador do mundo. Ele não compreende nem poderá compreender que o integrem numa federação que o absorverá, o reduzirá ao anonimato infecundo, lhe levará o seu Império Ultramarino e porá um ponto final repugnante e hediondo à sua História grandiosa pelo sacrifício e pela projecção. Portugal não compreende nem poderá compreender limitações à sua soberania, embaraços à sua independência, seja qual for a máscara que se adopte para a encobrir.

2 de Março de 1946
Alfredo Pimenta

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Arranjem lá um certificado ao homem!
Na sua habitual homilia dominical o Prof. Marcelo Rebelo de Sousa, domingo passado, quando comentava as regionais francesas, terá dito que "a Nova Democracia não tem a força que o partido de Le Pen tem em França".
A afirmação não oferece qualquer dúvida, na sua simplicidade de evidência que nem carece de demonstração. O pior é a comparação implícita!
E eis que veio de lá de cabeça perdida o presidente da Nova Democracia (ND), Manuel Monteiro, indignadíssimo com o dito. Começou por desafiar o comentador político para um debate televisivo sobre se o novo partido "é ou não de extrema-direita" (na falta de melhor, tudo serve para aparecer na televisão).
Ferido na sua virtude, mais proclama heróico o impoluto varão: "convido publicamente, como presidente da ND, o professor Marcelo Rebelo de Sousa para fazer um debate comigo, para me dizer na cara o que é a extrema-direita, com que motivo diz que a Nova Democracia é de extrema-direita e me compara a Le Pen". Acrescenta que as declarações de Marcelo "foram ofensivas e atentatórias das pessoas que compõem a Nova Democracia". "As coisas não podem continuar a ser ditas ao abrigo da impunidade do comentário, sem qualquer responsabilidade".
Eu não posso deixar de me solidarizar publicamente com o jovem e promissor político. Isto são lá coisas que se digam ou insinuem! Não se admite! Com questões de honra não se brinca!
Naquilo que pudermos ser úteis estamos à disposição do imaculado político. Se ele quer que juremos, nós juramos: ele não tem nada a ver com a extrema-direita! Se quiser uma declaração escrita, escreva que nós assinamos. Isto não se faz! Se quiser por escritura pública, nós subscrevemos!
Se quer uma certidão de bom comportamento moral, cívico e político nós passamos! Sim senhor: de extrema-direita nunca foi, não é, não conhece, nunca frequentou - nem ele nem ninguém da Nova Democracia. Tudo pessoas idóneas, democratas sem mancha, incansáveis combatentes da liberdade.
Para que conste.
Segue selo branco em uso neste tugúrio fascista.

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segunda-feira, março 29, 2004

"Commedia"
Por falar em COMMEDIA: esta publicação, apresentada como "folha de poesia e crítica", teve a direcção de José Valle de Figueiredo e surgiu em Coimbra em 1966.
O primeiro número publicou poemas de Goulart Nogueira, José Valle de Figueiredo, Luís Pignatelli, Manuel Varella, Rodrigo Emílio e João Bigotte Chorão.
O aspecto gráfico era cuidado: capa de Leandro Morais Sarmento, maqueta de Manuel Varella.
O segundo número, intitulado "Poemário", constituiu na verdade um livro de poesia da autoria de José Valle de Figueiredo.
Raridades bibliográficas...

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Obra Poética de Rodrigo Emílio
Pensando na morte de Rodrigo Emílio, e naquilo que nos fica da sua actividade literária, fui verificar quais os títulos disponíveis na Biblioteca Nacional.
Eis o que existe na nossa principal instituição bibliotecária, por ordem cronológica:
"Rasgões no sonho" (1963);"Paralelo 26 S - às audições do Índico" (1971);"Mote para motim" (1971); "Poemas acenados a uma criança longe" (1972); "Primeira colheita" (1973);"Vestiram-se os poetas de soldados" (1973); "A segunda cegueira" (1973);"Serenata a meus umbrais" (1976); e "Poemas de braço ao alto" (1983).
Noto a ausência de "As Lágrimas Ancoradas à Sombra do Amor", livro de 1965, e de "Reunião de Ruínas", livro editado em 1978 pelas Edições "A Rua". Mas, enfim, antes assim que pior.
O que permanece inteiramente disperso é a imensa produção de Rodrigo publicada em todos os jornais e revistas de orientação nacionalista que se fizeram em Portugal dos anos sessenta para diante. Artigos, crónicas, poemas, ensaios... Na "Commedia", na "Frente", no "Itinerário", na "Resistência", na "Política", n'"O Debate", n'"A Rua", que sei eu! Sei que viveu sempre a escrever, e a combater, porque não separava uma coisa e outra. Muita coisa deixou por aí dispersa, e outra tanta provavelmente inédita.

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Sob o signo do sangue todo o céu se descerra
- Ó Povo incessante, fardado mal-ferido!...
É preciso adiar o enterro da terra
Ir ao centro do Sol de certezas vestido.

- A nossa geração, senhores, anda na guerra.
Por isso a paz que traz terá sentido!

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domingo, março 28, 2004

Ich hatt einen kameraden...
outro assim não pode haver...

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Rodrigo Emílio (1944-2004)
O Rodrigo acabou finalmente a sua viagem ao fim da noite. Há muito que se pressentia nele essa pulsão da partida. Mas permaneceu por aí, contrafeito, enquanto o Senhor o manteve em lista de espera.
Foi ficando, tristemente ("por não ter onde me acoite/ nem ninguém que olhe por mim,/ vou andar de noite-em-noite/ até ao fim do meu fim...") - em penosa comissão de serviço.
Partiu hoje, ao fim da tarde. O funeral é amanhã, em Parada de Gonta.
Travo o nó que me sobe na garganta e repito baixinho, em oração fervorosa, o que ele escreveu para outro:
"Pela dádiva desmedida
Do eterno camarada
Levo o tempo de vencida
E trago na minha vida
A morte dele hospedada!"

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Nós e o Fascismo
"De qualquer modo, porém, foi para nós o Fascismo, como o foi para Brasillach, o encontro supremo, a revelação inesquecível da nossa juventude: sim esse Fascismo que víamos caluniado, prostrado, perseguido, difamado, humilhado e não sob o sol exaltante da glória, e que nos importava isso! Vencedor ou vencido era sempre o mesmo Fascismo, com o seu ethos de camaradagem viril, o seu gosto da grandeza, o seu desdém dos valores burgueses, a sua apologia da coragem e da disciplina, o seu alto idealismo, a sua exaltação do que é sóbrio, sadio, nobre, a sua aspiração à unidade, à totalidade, ao universal.
No Fascismo nos encontramos plenamente com Brasillach, ao comungarmos todos, por inteiro, na atmosfera daquela Revolução que foi a Revolução do século XX e que, seja o que for que as propagandas digam ou proclamem, representa um dos mais altos momentos da história do espírito humano."

António José de Brito

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Nós e Brasillach
"Para nós, acima de tudo, ele é o escritor que melhor soube compreender a beleza e a alegria da juventude e a melancolia dos que a vêem afastar-se irremediavelmente. Por isso, se exaltamos e admiramos outros - pensadores, panfletários, artistas -, é só nalgumas páginas de Brasillach que nós, os da geração que atingiu os trinta, descobrimos aquelas notas profundamente humanas e pessoais capazes de penetrarem em profundidade no nosso espírito e nos nossos sentimentos. E também por isso, se apreciamos, como o merecem, os seus romances, se consideramos as suas críticas modelares, se aderimos inteiramente aos seus mais provocantes artigos atentatórios da tranquilidade das consciências «bem pensantes», a verdade é que lhes preferimos o livro de imagens e evocações intitulado Notre Avant Guerre, onde, com uma emoção e uma ternura de que mais ninguém era capaz, ele recorda os tempos que precederam a última conflagração e durante os quais, em companhia dos seus amigos, descobriu, com o ardor dos vinte anos, o mundo, a literatura, o cinema, o Fascismo.
Em "Notre Avant Guerre" está um pouco de todos nós, da nossa mocidade - embora passada sob céu diferente. Apesar das distâncias, apesar das diferenças de época, algo de comum nos liga a Brasillach como a um irmão mais velho que, antes de nascermos, tivesse abandonado a casa paterna. E, assim, quantas e quantas vezes, ao lermos e relermos as páginas em que, com uma amena e doce calma, nos descreve a sua vida de estudante, as suas amizades, os seus entusiasmos, os seus primeiros triunfos, sentimos em nós o eco das recordações análogas, embora infinitamente mais modestas."

António José de Brito

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Aos novos
"Eu venho dum tempo em que a linguagem política era completamente outra. Nós falávamos uma linguagem que os senhores, hoje, não entendem. Os senhores falam uma linguagem que, no meu tempo, era intraduzível.
O esforço que nós, os da minha geração, tivemos que suportar na hora definitiva da transição, nem os senhores o calculam! Como foi violento e doloroso! Tão violento e tão doloroso, que poucos, da minha geração, tiveram coragem e energia para o suportarem. Tão violento e tão doloroso, que os senhores nunca serão suficientemente justos para a grandeza moral do nosso acto, e para o nobilitante sacrifício do nosso espírito. (...)
Como irmão mais velho da geração actual, posso dizer-lhe que não esmoreça, não trepide, não transija, não se arreceie. Bem unida e bem decidida — Deus consinta que ela conquiste, por inteiro, o campo, e veja a vitória que eu, certamente, não verei. Mas na hora luminosa do triunfo, não esqueça os seus Precursores, aqueles que num ambiente hostil, pervertido e desordenado, tudo afrontaram, para poderem semear a boa semente, para que os vitoriosos de amanhã pudessem mais facilmente vencer."

Alfredo Pimenta

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sábado, março 27, 2004

Solidão
Segundo todas as indicações das fontes habitualmente bem informadas, os fascistas constituem uma espécie em vias de extinção. Aliás, a crer nessas fontes, já há muito tal extinção deveria ter ficado consumada. Só por inexplicável e misteriosa pertinácia continuam a ser localizados alguns exemplares.
Apesar dessa natureza de espécie em risco não está em curso nenhuma campanha de preservação, vá lá saber-se porquê. Seremos mais dispensáveis para a biodiversidade do que o lince ibérico ou a águia de Bonelli?
Descansem portanto os meus trinta visitantes: este ínfimo recanto não passa duma ilhota fascista num imenso oceano de democracia. A maré alta não deixará de a submergir.
Está assim garantida a felicidade geral, e a harmonia universal. Como aliás é bem visível no vasto globo terráqueo, todo ele dirigido e governado por regimes que só discutem entre si qual é o mais democrático.
São todos, são todos... - não se zanguem por isso!

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Drieu la Rochelle e o Fascismo
"Por fim a política. Drieu quer restituí-la a uma altitude e grandeza antigas.. Quer livrá-la da prostituição, onde ela caiu, quer que ela seja arte e religião. Considera-a como um modo de amar, de unir, um modo de conhecimento. Ele próprio diz: «Pela política, ai de mim!, eu queria conhecer os meus companheiros» Quando se desiludia das mulheres, quando se cansou da «vida parisiense», cede, enfim, à tentação e transpõe, do individual para o político, o seu impulso para o absoluto. «Assim como ele sofre com a visível desagregação cívica, o social do seu povo, também sofre com a sua própria desagregação, com a desordem e a infecundidade, dos seus amores», observa Daniel Halévy. Pela política, Drieu pretende salvar-se, salvar o seu povo, salvar os homens. Por ela, quer que se conquiste a unidade. Unir foi a preocupação deste atormentado e ansioso - de Absoluto. Unir o mais antigo ao mais moderno, unir o capitalismo ao socialismo, unir as pátrias à Europa, unir a variedade à unidade. Integrar, unir, soldar por uma espécie de rito, de relações sagradas, recriar manifestações do Absoluto para nelas sentir-lhes o odor, o espírito, a essência, eis preocupações de Drieu, eis o sentido da sua acção política.
Através de vicissitudes, rondando partidos, formações e grupos, observando canalizando a actualidade, interrogando e perscrutando o futuro.. Drieu procurava o que melhor correspondesse à sua íntima necessidade. (...)
Drieu La Rochelle declarou, em Janeiro de 1943: «No Fascismo eu vi o único meio de conter e reduzir a decadência». Para ele, conforme assinala Pierre Andreu: «o Fascismo é o socialismo, é um outro socialismo que tomou ao socialismo antigo tudo o que ele tinha de bom e que lhe ajuntou o sentido mais antigo ainda da complexidade da vida, com os seus profundos segredos espirituais. ... 0 Fascismo pretende alcançar o homem total, em todas as suas actividades».
Este sentido da unidade, dos segredos espirituais, da complexidade da vida constituem a sedução que Drieu encontrou no Fascismo e que lhe exigiu, numa atracção de religiosidade."

Goulart Nogueira

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A honra das ideias
"O desfecho da guerra, longe de dar por findo o combate, conferiu-lhe nova dimensão. A continuidade ideal que, a partir de então, sustentou a chama do Fascismo, traduz-se por uma visão do mundo e da vida que não se compadece com transigências doutrinárias nem com subterfúgios diplomáticos. Quem escreve estas linhas não tem — nem quer ter — outra óptica dos acontecimentos, quanto à formulação dos juízos de valor, que não seja a correspondente a uma visão do mundo e da vida em estrita conformidade com a ortodoxia fascista.
Trata-se, na verdade, de dar testemunho de uma fé, de apresentar, agora e aqui, as soluções mais adequadas para a resolução dos grandes problemas da nossa época. A nossa voz, que tanta gente procura sufocar, poderá, ou não, ser ouvida no deserto em que estamos confinados? Não importa. Sabemos que, como afirmava Guilherme, o Taciturno, «não é preciso ter esperança para empreender, nem ter êxito para perseverar». Temos deveres para com os nossos mortos: são eles, afinal, que nos indicam o caminho da honra. Caminho difícil e penoso, que implica para quem se decida a trilhá-lo, uma abnegação sem limites e a total renúncia aos prazeres legítimos que a escolha voluntária de uma posição na trincheira de combate acarreta no seu rol de sacrifícios. Mas a decisão de viver perigosamente, subjacente numa profissão de fé fascista, encontra, para nós, a sua significação profunda na frase de Schopenhauer: «o que precisamos não é de uma vida feliz mas de uma vida heróica»."
Pierre Hofstetter

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sexta-feira, março 26, 2004

O esplendor da democracia
O dia de ontem foi marcado em toda a Alemanha por uma gigantesca operação policial, de transcendente importância e de formidável perigosidade.
As equipas policiais irromperam com a simultaneidade possível nas casas de 342 pessoas, investigadas pelo crime de colocarem na internet, prontinhas a serem descarregadas por outros, canções que a polícia classifica como neo-nazis, designadamente as obras musicais de vários grupos ligados a movimentos skins.
Procurava-se material sonoro, e de caminho também qualquer outro, imagens, textos, sobre os quais recaiam as interdições do regime.
Cabe recordar que na Alemanha constitui crime grave, punível com pesadas penas de prisão, a mera posse e ainda mais a disponibilização na internet de música que seja classificada como nazi, ou de imagens tais como seja por exemplo um emblema com a swastika.
Ainda não sei dos resultados de tão espectacular e heróica operação, nem quantos suspeitos passaram a presos, mas não tenho dúvidas: o mundo ficou muito mais seguro!...

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Marchas, hinos e canções
Fiel à sua vocação de serviço, o "Fascismo em Rede" recomenda hoje aos seus leitores uma colecção de cânticos, hinos, marchas e canções do vinténio fascista italiano. É só descarregar, e sair por aí cantando a "Giovinezza". Juventude,juventude, primavera de beleza....

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quinta-feira, março 25, 2004

Lembrar Amândio César e Junio Valério Borghese
Pela primeira vez vamos publicar poesia no "Fascismo em Rede". Para recordar a figura inesquecível de Amândio César, que no exílio madrileno, em 1974, escreveu um comovido poema de homenagem à memória do Príncipe Júnio Valério Borghese, herói de guerra, lendário comandante da X Flotilla MAS, então falecido.
Aqui ficam os versos, e a minha homenagem a esses dois combatentes do Ideal Fascista.


ROMANCE DUMA NOITE DE OUTONO
À memória do Príncipe Junio Valerio Borghese


Eram centenas de braços
erguidos ao erguer da Hóstia.
Sentindo a comunhão do Trigo.
Eram centenas de ouvidos
escutando uma Homilia.
Eram joelhos em terra
enquanto o Cálice se erguia.
Eram centenas de sedes
na comunhão das Espécies
que o Capelão consagrava.

Presenças eram centenas
que ali estavam por vontade
de mostrar que o estar ali
era vontade jurada.
Pois ali se memorava
Um Príncipe que estava ausente
porque o Santíssimo o chamara
prá direita de Deus Padre.

Era uma noite outonal,
no céu brilhavam estrelas.
Era uma noite outonal
que se abria nas janelas
com lumes que bruxuleavam
e simulavam estrelas.
Era uma noite outonal
escura como a noite escura
para que as estrelas brilhassem
enquanto os anjos brincavam
jogando à bola com elas.

Era uma noite outonal
com gente que vigiava
a cor escura do céu,
mais as luzes que passavam
pelos brilhos das janelas...

No pórtico que se seguia
à entrada de pedras velhas;
nas escadas que ficavam
entre as naves e a rua
uma Voz se fez ouvir,
uma Voz apregoou
a ausência sempre presente
d`Aquele a quem Deus chamou.
Eram novos, eram velhos,
eram mulheres, eram órfãos,
eram pobres, mutilados
que vinham de combater
um combate que não cessa.
Todos ouviram a Voz
que na noite se alevanta;
todos sentiram no peito
o bater de um coração
que de tristeza sangrava;
uma prece ou um soluço
ante a ausência invocada
d`Aquele que não mais voltaria.
A Vida triunfou da Morte
e um canto alegre, vibrante,
saiu das gargantas secas
quase enforcadas de angústia.
Cantava-se a Juventude,
saudava-se a Juventude,
beleza da Primavera,
naquela noite de Outono,
com estrelas que vigiavam
lá penduradas no alto...
de um Sete-Estrelo de sonho...
Ergueram-se braços ao céu
enquanto o canto subia
direitinho às nuvens;
ergueram-se olhos ao céu
enquanto as vozes sonoras
acordavam quem passava.
E as estrelas brilharam mais,
e mais janelas se abriram,
foram mais luzes brilhando
naquela noite de Outono
que Primavera parecia.
Cara ao sol, então ali,
vestindo camisa nova
corpos e almas vibraram.
Cara ao sol peitos sentiram
que o cântico daquela hora
era uma prece profunda,
funda como um juramento.
Cara ao sol e coração
bem alto ao céu erguidos
estavam ali nessa hora
em que a Primavera volvia,
que era uma noite de Outono
com luzeiros e com estrelas.
E quando as vozes cessaram
e os braços não estavam mais
erguidos para as estrelas,
TODOS se olharam bem,
frente a frente como irmãos.
E sentiram que o Ausente
que ali todos ajuntara
estava mais vivo que antes,
que antes de ter partido
prá mão direita de Deus.
Pois agora é que, despido,
do corpo que o fizera humano
é que se obrara o prodígio
de centenas de homens diversos,
falando línguas diferentes,
terem estado nessa noite,
numa Igreja, àquela hora,
saudando todos aqueles
que antes tinham partido
na certeza de que a luta
só se vence se é merecida,
na angústia e no sacrifício
em que a Vida nada é.
Um a um foram-se ao Mundo,
centenas dali partiram:
e cada um foi contar
na terra da sua língua
o milagre daquela noite,
daquela noite sem par.
Era uma noite de Outono,
com estrelas e luzeiros,
tão bela e misteriosa
que parecia a Primavera
que acabava de chegar!


Madrid, 29-10-1974,
Depois da Missa por alma d`Ele.

Amândio César

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François Duprat
Na manhã de 18 de Março de 1978, numa estrada da Normandia, François Duprat, então com 37 anos, morreu na explosão do seu veículo. Sua esposa ficou gravemente ferida e mutilada. Até hoje ninguém foi incomodado por esse crime.
Para os nacionalistas-revolucionários da minha geração, não é possível esquecer quem foi François Duprat, o seu extraordinário trabalho de organizador, o seu exemplo de militante integral, e a importância que teve no renascimento de um movimento político organizado na extrema-direita em França. Foi um assassinato selectivo, rigorosamente decidido, planeado e executado.
A livraria LIBRAD recorda a sua obra oferecendo ao público os livros em que foram reunidos muitos dos seus escritos.
Estão disponíveis: "L'Internationale étudiante révolutionnaire", "Les Journées de mai 1968", "Le Ba'as, idéologie et histoire", "Manifeste Nationaliste Révolutionnaire", "La Revue d'Histoire du Nationalisme Révolutionnaire n° 2","La Revue d'Histoire du Nationalisme Révolutionnaire n° 1", "Henry Ford et l'antisémitisme américain", "Résistance".
Do presente catálogo da LIBRAD saliento ainda uma obra capital sobre Drieu La Rochelle: o clássico "Les saisons de Drieu", de Pol Vandromme.

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Terrorismo e anti-terrorismo
O que terá ido tratar o primeiro-ministro inglês nas visitas a Espanha e à Líbia? E foi por conta própria ou em representação de outrem?
As agências noticiosas internacionais têm dado muito destaque a esta viagem, primeiro ao país que foi de Aznar para Zapatero e depois ao país que foi, é e parece que continuará a ser de Kadhafy. Curiosamente, as mesmas agências nem falam na passagem por Lisboa - disso só soube pela imprensa portuguesa.
Mas os contornos exactos, e os objectivos, da missão de Blair (Bliar, como gostam agora de lhe chamar os ingleses) permanecem um mistério. Um grande mistério.
E se em Espanha ainda é possível fazer conjecturas, quanto à Líbia de Kadhafy a coisa apresenta-se mais intrigante.
Terá o famoso Coronel sido promovido agora a campeão da democracia liberal e modelo da luta anti-terrorista? Será ele o novo aliado de referência da coligação anglo-saxónica entre os países árabes? Iremos ver os soldados do Império a caminhar pelos países árabes com o "livro verde" de Kadhafy na mão a apregoar as excelências da democratização segundo o modelo líbio?
Ou estamos apenas em sede de negócios ("garantem-me a mim a sobrevivência, que eu vos darei...")???
O que a vida mostra é sempre menos do que ela esconde.

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quarta-feira, março 24, 2004

As eleições: um momento e só isso
"Uma Nação nunca decidiu a sua História por meio de urnas eleitorais. Do mesmo modo, nunca um povo se afirmou e conquistou o seu lugar na memória dos Homens através dos políticos profissionais e dos seus partidos corrompidos.
No mundo capitalista, eleições e políticos pertencem ao mesmo universo, que nada tem a ver com a existência e sobrevivência das comunidades naturais. "O Pais não são os políticos".
Ninguém negará que Portugal existe. Existe como Nação porque corresponde a um projecto de existência, porque se consubstancia na linha que une os mortos à memória dos vivos, na solidariedade construída pela comunidade trigeracional. Portanto, a existência nacional não depende da estrutura política que a enforma. Esta pode, no entanto, lesar gravemente a comunidade que pretende representar: tal acontece se o estado não passa de uma carapaça, um mecanismo de serviço particular e particularizante. Se, a preferir ser um Estado Nacional, em que a comunidade se reveja, for um Estado partidário, baseado no domínio de um grupo ou uma classe, ergue-se em estrutura estranha e eventualmente hostil a essa mesma comunidade. Da fracção existirá como resultado evidente a simultaneidade de dois projectos distintos, e forçosamente opostos: um projecto nacional de existência, e um projecto institucional, conformado pelas leis e filosofia do Estado, reflectindo os interesses da parcela que ocupa a Cidade. São projectos distintos, porque nascem em momentos diferentes (o primeiro é meta geracional, por definição, o segundo surge num determinado momento histórico, e dura o que durar a casta que serve), e são opostos, porque se um reflecte uma vontade comunitária (com adaptações temporais), o outro consubstancia uma vontade particular ou classista. Por isso se costuma falar de divórcio entre o "Pais Real" (a comunidade social, cultural, laboriosa e produtiva) e o Pais Legal (o conjunto das instituições possuídas pelos donos do Poder), concretamente no caso do regime português."

Nuno Rogeiro

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E viva Portugal!
A próxima campanha para as eleições europeias apresenta-se como uma espécie de concurso de nacionalismo. A coligação PSD/CDS concorre sob o lema "Força Portugal!" e o PND escolheu o slogan "Mais Portugal!".
Não é bonito? E ainda há quem não reconheça os benefícios das eleições!
O pior que elas têm é sempre o dia a seguir...

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terça-feira, março 23, 2004

O terror
"De nós emana o terror que tudo invade. Temos ao nosso serviço homens de todas as opiniões, de todas as doutrinas ; restauradores de monarquias, demagogos, socialistas e comunistas e toda a sorte de utopistas; atrelamos o mundo inteiro ao nosso carro: cada qual mina de seu lado os derradeiros restos do poder, esforçando-se por derrubar tudo o que ainda se mantém de pé. Todos os Estados sofrem com essas perturbações, pedem calma e estão dispostos a tudo sacrificar pela paz; mas nós não lhes daremos a paz, enquanto não reconhecerem o nosso governo supremo, abertamente e humildemente."
(Dos Protocolos)

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A igualdade
"O preconceito quimérico da igualdade vai contra os factos mais bem estabelecidos na ordem intelectual como na ordem física: é a negação de toda a hierarquia natural e o rebaixamento de todo o conhecimento ao entendimento limitado do vulgo".
René Guénon, "Oriente e Ocidente"

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A multidão
"A massa, sem dúvida, foi sempre conduzida deste ou daquele modo, podendo-se concluir, porque ela não passa dum elemento passivo, que é uma matéria no sentido aristotélico".
René Guénon, "A crise do mundo moderno"

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Soberania do Povo
"Enquanto a fantasia dos ideólogos não descobriu a soberania do povo, o povo era feliz. Trabalhava nos campos, nas oficinas e nos seus misteres: poetava; cronicava; descobria novas terras, novos mundos, novos mares; erguia as pirâmides do Egipto; criava a arquitectura grega; escrevia a Eneida e a Divina Comédia; enchia as páginas do martirológio cristão; formava os impérios dos Carlos Magnos e dos Carlos quintos; elaborava a sínteses filosóficas de Aristóteles e S. Tomás; numa palavra: atingiu os altos cumes da civilização. Essa maravilha das maravilhas que é Europa da Idade-Média, quando a Cruz e a Espada aliadas e irmanadas são o símbolo máximo da Ordem máxima, foi obra do Povo, — mas não do Povo Soberano.
Mas um dia, começaram a dizer ao Povo que ele era soberano. E quando o Povo, convencido da sua soberania, na ilusão de que lhe era possível efectivá-la, a reclamou, e o Poder constituído e legítimo se viu obrigado a reconhecer-lha, — o Povo talhou por suas próprias mãos, a mais pesada, a mais execranda das tiranias.
Nunca o Povo foi tão escravo como no dia em que começou a ser soberano! E quanto mais soberano se julga, tanto mais escravo na realidade, ele é.

O que é a soberania do Povo? A soberania do Povo é a tirania irresponsável e anónima. É a tirania dos partidos políticos. É a tirania das manobras dos clubs e dos grupos. É a tirania do acaso eleitoral. É a tirania do voto conquistado ou pela compra, ou pela vigarice, ou pela ameaça, ou pelo interesse mesquinho de uma coterie. É a tirania do Número contra a Razão. É a tirania do Número contra a Inteligência. É a tirania do Número contra o Saber. É a tirania do Número contra a Bondade. É a verdadeira tirania da Força contra o Direito.
A soberania do Povo é a negação do próprio Povo, porque é a sua sujeição à mais cobarde das tiranias: a do Número irresponsável e anónimo.
Quem governa, no Povo soberano? O voto. Quem decide sobre a Guerra e sobre a Paz? O voto. Quem resolve os problemas da Instrução, da Higiene, da Defesa nacional, do Fomento, das Colónias, da Ordem, da Moral? O voto. Quem julga o Passado do Povo? O voto. Quem prepara o Futuro do Povo? O voto. Mas quem é o voto? O voto é a mistificação legal. Quem governa, no Povo soberano, é a mistificação."

Alfredo Pimenta

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segunda-feira, março 22, 2004

Areópago Luso
Andava eu frustrado com a minha visão da rede, a multiplicação da militância cibernética, a navegar em águas de bacalhau, quando de súbito deparo com uma pequena consolação: achei o "Areópago Luso", um forum de discussão entre nacionalistas.
Já não é mau; até ao momento só conhecia o "Forum Nacional". Venham mais, venham mais...

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Mais gasolina na fogueira
Sempre que o fogo ameaça amainar, logo surge a mão que o alimenta; umas vezes oculta, outras a descoberto.
Esta manhã foi assassinado o Xeque Ahmad Yassine, em operação executada pelos comandos israelitas. Repare-se que no caso não estamos apenas perante mais um dos assassínios selectivos praticados pelo estado hebraico; existe aqui uma planificação fria, que não pode deixar de ter avaliado as consequências de assassinar dentro de uma mesquita, destruída para isso, um dignitário religioso muçulmano. E como é evidente o alvo não foi escolhido pela sua relevância militar: o Xeque era um velho, inválido e cego, que vivia há muitos anos ou acamado ou em cadeira de rodas.
Trata-se portanto de uma escolha simbólica, determinada apenas pelo valor de líder espiritual dado por muitos muçulmanos ao velho Xeque.
É a paz o que estas acções procuram?

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domingo, março 21, 2004

Marcel Bucard
Passou mais um aniversário sobre o dia 19 de Março de 1946 em que Marcel Bucard, o chefe do Partido Francista, tombou sob as balas de um pelotão de execução.
Muito menos conhecido e evocado do que Corneliu Codreanu, ou José António Primo de Rivera, ou Robert Brasillach, o fundador e chefe do "francismo", reconhecido internacionalmente como o representante francês do fascismo no congresso de Montreux, é todavia uma figura de excepção cujo destino, obra e pensamento mereciam ser mais divulgados.
Para conhecer mais sobre ele, vejam a biografia disponível em "L'Oeuvre Française", movimento dos seus continuadores, ou na sua organização de juventude, Jeune Nation.

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Mistério!
Segundo o "Público" titula hoje na primeira página, "os franceses temem um terramoto Le Pen" nas eleições de hoje. A correspondente do "Público" explica mais adiante que "os franceses estão com medo" de novo avanço eleitoral do movimento Front National.
Como é natural, estamos todos solidários com tão angustiante perspectiva que ameaça "os franceses".
Mesmo assim atrevemo-nos a sugerir que o diário de referência da Quinta do Lambert, esse modelo de jornalismo, cumpriria melhor a sua função informativa se nos esclarecesse sobre quem vota no pavoroso ogre Le Pen. São os chineses?

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A informação
O controlo dos meios de comunicação outorga-lhes o poder, na medida em que determina o que o cidadão comum tem por verdadeiro ou desejável.
Quem domina os media mundiais condiciona dessa forma toda a liberdade de pensamento, uniformizando gostos e costumes, apagando tradições e culturas, tornando as populações passivas e aquiescentes.
A Verdade não é o que aconteceu, é o que se diz...

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Allez Jean-Marie!
Neste domingo decorrem importantes eleições regionais e locais em França. Reina grande expectativa sobre os resultados - e significativamente não é sobre o equilíbrio esquerda-direita, ou sobre qual o vencedor, ou pormenores semelhantes, que normalmente ocupam os títulos. Sobre essas questões não se sente curiosidade alguma, nem ninguém parece querer saber.
Do que todos falam, é da Frente Nacional. Poderá esta verificar novo crescimento? Estagnará? Registará um retrocesso?
Este aspecto merece ser salientado: moralmente a FN já ganhou. Fez a prova de que efectivamente pouco importa se fica à frente a direita mole ou a esquerda dura, gaullistas ou centristas, socialistas, comunistas ou trotskistas, nem quais os arranjos entre eles. Esses entendem-se, têm mais a uni-los do que a dividi-los. Tudo isso é mais do mesmo, é a continuidade. O único resultado que abala o que está, o único que sabe a mudança, o único que incomoda o sistema, é a progressão da FN.
Poderá esta ser vencida, pela força esmagadora do sistema implantado - como aconteceu nas presidenciais. Mas já fez a prova do seu ponto de vista.
Sigam a evolução do caso no site Front National.

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Bush or Chimp?
Eis um site inteiramente dedicado a George Bush - o "Bush or Chimp?"
Vejam só as fotografias, please! Muito se divertem aqueles americanos....

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sábado, março 20, 2004

Alessandra Mussolini
Estou convencido que esta poderá ser a grande surpresa das próximas eleições europeias: a lista Alessandra Mussolini.
Pelo seu valor simbólico e pela nova realidade política que emerge, é a hora de seguir com atenção a Alternativa Sociale.
Não se esqueçam - por vezes, a política também se faz nas eleições...

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Distraiam-se, e vão ver onde isto vai parar...
Depois do Abbé Pierre, depois de Roger Garaudy, agora é a vez de Edgar Morin estar a responder em tribunal por causa de um artigo de opinião sobre o estado de Israel, que publicou no muito respeitável "Le Monde".
Em tempos isto era um problema dos fascistas; mas agora parece que já ninguém está livre.
Uma associação judaica tem entretanto vindo a apelar para que também Mel Gibson seja levado a julgamento, por crime de "incitação ao ódio racial" praticado com o seu filme "A Paixão".
É a definitiva judiciarização das opiniões, a criminalização em marcha para qualquer pensamento que desagrade aos vigilantes da causa.
Os que se alegravam quando se tratava de Robert Faurisson, de Amaudruz, de Siegfried Castan, de Ernst Zundel, ou de David Irving, porque eram só as barbas do vizinho a arder, bem podem começar a pôr as suas de molho...

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Os adoradores do Sol
Depois de Francisco Louçã ter esclarecido as massas que os culpados dos atentados de Madrid foram os fascistas surgiu Durão Barroso a corroborar, com ligeira nuance: aquilo é obra do nazismo.
Para quem duvidava da persistência dos quadros intelectuais dos vinte anos, aí está a demonstração.
Para quem não reparava no fundo ideológico comum que une os políticos do sistema, aí tem para meditar.
Sempre que é necessário encontrar uma explicação, saltam-lhes as formas mentais interiorizadas e automatizadas quando das velhas leituras.
E se fossem só estes! A verdade é que os carris do marxismo-leninismo deteminam o sentido do pensamento de muita e muita gente que hoje por aí está a dar lições na praça pública. O maniqueísmo radical das análises, o extremismo das conclusões, com laivos de profetismo quase apocalíptico, são a marca de um marxismo reconvertido apressadamente. O fascínio que ontem os tinha feito aderir à única doutrina que lhes aparecia com uma irresistível dinâmica conquistadora do universo fez com que se virassem agora com paixão para o único Sol de onde lhes parece irradiar a força bruta.
O ódio sem limites pelos vencidos, os atropelados pela marcha irreversível da história que intentaram atrapalhar, sempre vistos como perversos entraves à perfeição das coisas, é outra marca generalizada e comum.
Ouçam-nos na televisão, essa legião de Pachecos que eu conheci fanatizados pelo marxismo-leninismo-maoísmo, e estudem o fenómeno. Trata-se de psicologia e de política, simultaneamente.

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Governo do Povo ou Governo para o Povo?
"Estamos plenamente convencidos de que é melhor para o povo ser bem governado, de acordo com as suas necessidades e com os seus interesses - do que fingir que exerce uma soberania para a qual não está preparado e que por isso delega em quaisquer demagogos habilidosos. Quer dizer (e sirvamo-nos aqui da recente declaração dum grande republicano, Jean de Castellane, presidente do Conselho Municipal de Paris: - «A experiência demonstrou que a verdadeira democracia consiste menos em governar o povo, o que é impossível, do que em governar para o povo, por meio de elites, que juntem à sua autoridade uma capacidade técnica suficiente.»
Isto não tem fácil contestação: o aparente governo do povo (só aparente, porque é, de facto, governo dos partidos que exploram o povo) deve ser substituído pelo governo da Nação organizada, em que o povo, arrumado nos seus núcleos naturais, profissionais e regionais, influi realmente no governo, através dos seus verdadeiros órgãos representativos.
O paradoxo é este: as doutrinas chamadas democráticas, apregoadas como representando a felicidade do povo, só representam o ludíbrio do povo; e as doutrinas opostas é que realizam, afinal (se assim lhe quisermos chamar aceitando a palavra antipática), uma verdadeira estrutura democrática da sociedade nacional.
Sacuda-se, pois, de vez, a decrépita e falida mitologia do último século!"

João Ameal

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sexta-feira, março 19, 2004

As crises e os homens
Muitos dos grandes responsáveis dos tempos que correm, estonteados e desconcertados pelo ambiente da crise, de incerteza, de apreensão, mostram-se, de facto, incapazes de definir um pensamento claro e de manter uma linha de firmeza e de coerência. Fraquejam diante da tormenta que os cerca. Dia a dia, hora a hora, vemo-los oscilar, contradizer-se, desmentir-se. Não têm a coragem necessária para escapar à tirania de velhos mitos desacreditados, nem para traçar, entre os problemas e ameaças do momento o seu caminho. O drama europeu e universal a que assistimos resulta, sobretudo, dessa inferioridade dos grandes responsáveis: — competia-lhes impor-se aos acontecimentos e deixam-se afinal arrastar e dominar por eles...
João Ameal

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Borbulhas
A Juventude é eterna; cultivemos pois a Juventude, apelemos à Juventude que renova e revigora, à Juventude heróica e bela ...
Mas os jovens não; frequentemente as suas convicções duram tanto como as suas borbulhas. Vão e vêm, juram e barafustam, adoram barulho e grandes palavras, mas quando vamos a ver de novo já não estão onde diziam ir morrer.
Só mesmo uma rapariga tonta para acreditar nas suas palavras de amor eterno.
Mas haverá sempre jovens! Estes ou outros, que importa?

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quinta-feira, março 18, 2004

Subjectiva
Mas onde andam os nossos jovens fascistas, que não enchem a rede tal como os sonhei, "como alta vaga de água fria", "como uma praga sobre a estupidez do mundo"?
Que tem a juventude, que tropeça e desiste, artrítica e trôpega, de cada empresa mal começada? Foi o mundo que os venceu? O ar do tempo que os contagia e domina?
Onde está o fascismo imenso e rubro, orgulhoso e viril, intrépido e insolente?
Estou a ver que a rede cibernética por mim idealizada, assim, continuará mais inencontrável que o cérebro de Bush...

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Democracias liberais e democracias populares
"Decerto, entre as democracias do Oeste e as democracias populares as diferenças são nítidas e palpáveis. Todavia, para além das diferenças, existe uma atmosfera axiológica comum. O ideal é o mesmo - é o endeusamento do homem individual, é o propósito de alcançar um estádio histórico em que seja suprimida a obediência constringente e custosa e o poder desapareça (ou se torne um simples delegado e mandatário das nossas vontades que, a todo o tempo, se possa destituir e derrubar legitimamente), é o intento de erguer na Terra uma harmonia perfeita em que todos façam o que querem e dêem largas às suas tendências, aspirações e desejos. O esforço, o sacrifício, o dever, a honra, a disciplina, a fidelidade são desconhecidos ou desprezados pelos ideários das democracias ocidentais e das democracias marxistas que lhes preferem, de longe, a felicidade pessoal, a tranquilidade, o bem-estar ruminante. Jefferson, venerado patriarca da Constituição dos U.S.A. - actualmente o guia político do Ocidente - considerava modelares o sistema governativo dos Estados Unidos e o dos índios americanos porque eram aqueles em que existiam menos leis. Por seu turno, Lenine proclamava objectivo do Comunismo a abolição do Estado. Numa palavra: para os fundadores dos dois regimes a meta a atingir está na redução ao mínimo dos imperativos e normas obrigatórias ou, até, na sua supressão. A anarquia é o fim último e perfeito. Claro que as democracias ocidentais e democracias populares divergem, profundamente, quanto aos meios a empregar para se conseguir esse fim. As primeiras proclamam indispensáveis a pluralidade de partidos e os parlamentos, sustentando que, sem eles, só há tirania e opressão. As segundas entendem que a libertação final apenas pode nascer de uma ditadura que elimine os expoliadores do povo (os que tudo possuem e oprimem os que nada possuem), defendem a tese de que as instituições jurídicas, sem o correspondente substracto económico, são mera burla e que, sem a força, nada se faz no sentido da demolição das velhas estruturas opressivas."
António José de Brito

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A Democracia é uma quimera
Para serem legítimas as bases da Democracia, seria indispensável que existissem a Igualdade, a Liberdade, a Fraternidade, cuja célebre trilogia a Revolução Francesa escolheu para lema.
São os homens iguais? Ninguém ousará afirmá-lo. Uns, são mais fortes, mais trabalhadores, mais económicos, mais inteligentes que outros. Decretar a igualdade absoluta, é esquecer uma inflexível lei natural - que justifica as aspirações de todos os que se querem distinguir, conquistar um nome, uma fortuna, uma posição de comando.
Liberdade absoluta - não há, também, entre os homens. Presos às cadeias familiares, às dependências sociais, às regras morais que adoptaram, às carreiras que escolheram - os homens não são nunca inteiramente livres, nem podem sê-lo.
Quanto à Fraternidade, olhe-se a História, desde o início do mundo; descobre-se uma sucessão de lutas, de crimes, de conflitos... A Fraternidade é uma bela aspiração. Nada mais.
Logo, a Democracia, supondo a Igualdade, a Liberdade, a Fraternidade - é uma quimera
.
João Ameal

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quarta-feira, março 17, 2004

"Bush's Brain"
Um dos mistérios mais intrigantes da ciência contemporânea pode ter sido desvendado: nos Estados Unidos apareceram há dias um livro e um filme com o título acima, que afirmam ter sido finalmente encontrado o cérebro de Bush.
Segundo dizem, existe mesmo e chama-se Karl Rove. Já teria sido ele a determinar a eleição do dito cujo como Governador do Texas em 1994. Desde então nunca mais o largou, como "presidential adviser".
But who is this guy? Nobody knows - says the book and the documentary ...

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Retrato de Salazar
"Na sua extrema complexidade, Salazar foi acima de tudo uma vontade inquebrantável, com domínio constante e absoluto sobre todo o seu ser. Da sua energia íntima retirava toda a sua força. Sensível, nervoso, emotivo, permanecia contudo sempre sereno, frio, sem cóleras, desapaixonado, sem pressas, sem excitação, em particular quando em torno de si todos se mostravam incertos e perplexos. Nunca o abandonava a sua lucidez, que usava como método de penetração e conhecimento da realidade, nem jamais se obscurecia ou enfraquecia a sua capacidade de análise demorada, lenta, minuciosa, de que extraía conclusões e sínteses, arquivava-as de forma sistemática, e dava depois a sensação de haver reflectido durante séculos sobre cada assunto ou situação. Aderia e entregava-se a tudo quanto o cercasse em cada instante; cuidava de cada problema com uma absorção exclusiva e intensa, como se nenhum outro existisse e como se, para encontrar a melhor solução, tivesse à sua frente a eternidade. Criador da lei, era o seu primeiro escravo, e submetia-se-lhe como seu mais humilde servo. Defensor do Estado, não subordinava essa defesa a quaisquer outros critérios ou considerações; era glacial no tratamento e condução dos negócios públicos; e por acto de vontade calcava gostos pessoais, vencia emoções, suprimia ressentimentos, desconhecia ofensas. Escutava sem interromper, com atenção concentrada, e retinha com fidelidade quanto se lhe dizia; não se sentia afrontado com objecções ou ideias opostas; não era impressionável, nem influenciável; mas factos e argumentos alteravam a sua posição. Era intransigente nos princípios, mesmo que pudesse correr risco de destruição; mas era flexível na táctica e subtil na mudança de rumo; e dava à nova linha que prosseguisse uma nova construção lógica, de modo a não se contradizer nem desmentir. Considerava-se emanação genuína do povo, de cujos interesses se sentia universitário, e cujos sentimentos misteriosamente compreendia e avaliava. Era céptico e indiferente perante as élites. Delegava autoridade, e aguardava que cada um cumprisse o seu dever; mas não tinha no íntimo a segurança de que o fizessem. Não pedia favores, e não aceitava obséquios que lhe criassem dependências ou familiaridades. Interessava-se por tudo, e informava-se nos mínimos pormenores; e sabia em cada momento qual a posição política e pessoal de cada homem que contasse no País. Tinha acima de tudo um ângulo de visão só nacional."
Franco Nogueira

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Portugal e a Europa
"(...) Um aspecto se afigura, porém, mais sério, apesar de algumas obscuridades em que se envolve. Refiro-me ao movimento de integração europeia que muitos na Europa defendem e fora dela outros parecem acalentar. Esse vago pensamento começa já a revestir aqui e além formas jurídicas conhecidas, como a de federação ou confederação.
(...) A posição prudente que temos tomado é defender e apoiar intensamente uma cooperação cada vez mais íntima e uma solidariedade cada vez mais firme, sem prejuízo das autonomias nacionais, que são ainda, tanto quanto pode ver-se no horizonte político, a forma mais simples de progresso e de defesa dos interesses das populações que agremiam. O nosso nacionalismo, construtivo sem agressividade, colaborante sem exclusivismos, mas enraizado na terra e nas almas, pode bem continuar a revelar-se a melhor defesa contra experiências ousadas, de que, infelizmente, se não haveriam de avaliar os benefícios possíveis senão depois de sofridas as desvantagens reais."

Salazar

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terça-feira, março 16, 2004

Lembram-se de Hans Blix?
Lembram-se? Acontece que o homem ainda mexe, e ou me engano muito ou ainda vai alimentar grandemente os notíciários. Regressou agora aos Estados Unidos, por um lado para lançamento do seu livro "Disarming Irak", por outro para umas conferências, umas entrevistas...
Segundo as notícias que li, ontem foi recebido em apoteose na Universidade de Nova York. Like a hero, escrevem as agências. E aproveitou para ir acertando contas: declarou que Bush e Blair perderam toda a credibilidade, que há muito que era evidente que não existiam no Iraque armas de destruição em massa, que o mundo não ficou mais seguro com a guerra ...
Isto quase em cima das eleições americanas! Querem ver que ainda lhe dá algum .... suicídio?

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A Democracia
"O sr. Gaston Jèze é uma das mais altas autoridades do mundo universitário francês, e o seu nome ultrapassou, há muito tempo, as fronteiras da França. Em ciência financeira, e mesmo em Direito Administrativo e Direito Político, as suas opiniões formam escola, e impõem-se com autoridade. Politicamente, o sr. Gaston Jèze, é radical: pertenceu ao famoso cartel das esquerdas, e vejo-o figurar no célebre volume "La Politique Républicaine", que é uma espécie de Programa do Radicalismo. Por sinal que no seu estudo consagrado às Finanças francesas, o sr. Gaston Jèze tem esta paradoxal sentença: o que deve guiar os governos é a ciência financeira e o ideal democrático — como se este ideal democrático fosse capaz de se ajeitar com qualquer ciência, e muito menos com a ciência financeira.
Ora se o sr. Jèze acaba de escrever num jornal francês, palavras preciosíssimas que demonstram que o seu espírito nem sempre está perturbado, a sua visão das coisas nem sempre é deformada.
Pergunta ele: «Acaso as assembleias legislativas são compostas de seres superiores, mais inteligentes ou melhores do que outros homens?»
E responde com esta clareza e esta justeza: «Nada disso. A Democracia não tem a apreensão de ter, como governantes, super-homens, os governantes de uma Democracia são medíocres; tomam-se, um pouco ao acaso, na massa. Seria preciso ter os olhos fechados para não ver que os colégios eleitorais não escolhem nem os melhores, nem os mais inteligentes, nem os mais honestos, nem os mais cuidadosos pela coisa pública. A intriga, as promessas excessivas, mesmo as mentiras, a pressão e a corrupção desempenham um grande papel nas eleições dos países democráticos. Isto não oferece dúvidas a ninguém. Nenhuma reforma eleitoral mudará a grande coisa nisto. Não tenhamos ilusões a esse respeito».
De acordo. Não tenhamos ilusões. Nós não as temos. As reformas eleitorais, para nós, os sistemas eleitorais, para nós, têm bem medíocre importância. Eleição directa ou indirecta, sufrágio restrito ou universal; recenseamento obrigatório ou facultativo, sistema maioritário ou proporcional; com representação ou sem representação de minorias; círculo único ou muitos círculos — é tudo a mesma burla monstruosa — porque o vício fundamental da eleição não está na maneira como ela se realiza, mas em si própria. O carácter específico da eleição é o Número, e o Número é a antinomia da Qualidade. À medida que o Número aumenta, a Competência restringe-se. Se alguém tem autoridade para limitar o Número, esse tem autoridade para escolher logo o que o Número vai eleger. Uma vez que se adopte o critério do Número, em boa lógica, só o Sufrágio Universal tem defesa. Eu compreendo os partidários deste Sufrágio; não compreendo os que limitam, os que querem segurá-lo, com reformas, com habilidades.
Eu só compreendo o Sufrágio Universal, com recenseamento obrigatório e voto obrigatório. O resultado é mais democrático, mas é mais característico. Quanto mais errado mais democrático, mais puramente democrático, mais dentro do critério da soberania nacional.
Áparte aquela de a Democracia não ter a pretensão de possuir, por governantes, super-homens, tudo quanto sr. Gaston Jèze diz é luminoso.
«Os governantes de uma Democracia são medíocres» — diz ele. Nem podem deixar de ser. A massa eleitoral, o rebanho humano só escolhe os que estão ao alcance da sua inteligência. Ora a inteligência da multidão é tudo o que há de mais frágil. A multidão não sugere ideias: move-se por palavras, determina-se por gritos, dirige-se por imagens. E não é necessário que seja uma multidão ignara de incultos patriotas. Ainda outro dia soube esta que é típica. O sr. Brunschvieg é uma das mais afamadas mentalidades do meio filosófico contemporâneo. Na sua cadeira da Sorbonne, preleccionava sobre Pascal. Silêncio. Sono. Os espíritos dobravam de fadiga. Naquele meio crepúsculo, ouviu-se o professor dizer que «há em Pascal, dois arranha-céus: um que devia arranhar o céu, mas que o não arranha; outro que parece arranhá-lo, mas que o não arranha ainda».
Esta imagem foi o bastante para que o curso inteiro despertasse, interessado, sacudido. E ficou à espera da explicação do arrojado símbolo — mas o professor voltara à sua maneira pausada, discreta, monótona, e intensamente intelectualista. E o curso voltou, por sua vez, ao adormecimento. Ora se não é possível manter interessado, activo, um grupo de pessoas cultas, sem o recurso das imagens brilhantes e a retórica sonora — calcule-se o que será necessário para atrair, sugestionar, arrastar uma multidão ignara de patriotas incultos!
Continuando o seu desenho, o sr. Gaston Jèze diz que os colégios eleitorais não escolhem nem os melhores, nem os mais inteligentes, nem os mais honestos, nem os mais cuidadosos pela coisa pública. Certíssimo. Como estamos longe daqueles que diziam que era apanágio da Democracia, a virtude! Mas se não são os melhores; se não são os mais honestos, se não são os mais cuidadosos pela coisa pública, os que a Democracia chama para a alta função do governo — que demónio de simpatia, de apoio ou aplauso nos pode merecer a mesma Democracia, com a sua remonta dos piores, dos estúpidos, dos patifes e dos desleixados, sr. Gaston Jèze?
A Democracia, aos melhores, desgosta-os; aos mais inteligentes, persegue-os; aos mais honestos, calunia-os; aos mais cuidadosos da coisa pública, afasta-os. É de hoje. É de ontem. É de sempre. Que fica, então? Fica o bando dos malfeitores, dos sem consciência nem vergonha — profissionais da honra, profissionais do Dever, profissionais do patriotismo, profissionais da justiça, profissionais de tudo, fazendo de tudo profissão, até da infâmia!"

Alfredo Pimenta

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Utopia e contrasenso
"Na verdade, o indivíduo - no sentido absoluto que os profetas revolucionários lhe deram - não existe. Pertence, sempre, a uma família, a uma profissão, a uma divisão do território - a um grupo natural ou social. Uma sociedade sem órgãos sociais é inconcebível. Ora, organizar uma sociedade é distribuir, dentro dela, as várias funções, os vários deveres, as várias tarefas. É, portanto, - hierarquizar.
O indivíduo - acentuamos de novo - socialmente, só existe como elemento daqueles órgãos de que a Sociedade se compõe. No seio do seu grupo, ao qual está ligado pelo sangue (família), pela formação técnica (profissão), pela naturalidade (região) - o indivíduo poderá viver, progredir, valorizar-se. Fora do grupo, é apenas um factor de desordem, uma figura inútil - uma ficção lamentável.
Logo, a Democracia, baseando-se no falso conceito do indivíduo-isolado - é uma utopia.
Toda a sociedade organizada implica uma distinção entre governantes e governados. Alguém que mande -e alguém que obedeça. Um Poder - e um conjunto orgânico subordinado a esse Poder.
A Democracia declara que o Poder reside na multidão. Formularemos, então, o seguinte dilema: ou a multidão é, ao mesmo tempo, governante e governada (e logo se vê que isto é contra a razão e totalmente impossível na prática) - ou a multidão delega o governo de qualquer maneira, indicando, ela própria, quem deve governá-la.
Mas, nesta segunda solução, encontra-se já a condenação da Democracia. A Democracia pura passa a não existir. O seu primeiro gesto é renegar-se a si mesma. Já não é a multidão, o povo, quem governa. «Nesse momento, pois, a soberania, deslocada do eleitorado para os seus representantes, sem possibilidade de uma fiscalização eficaz por parte daquele no seu modo de exercício, será assim, já não a vontade do povo - mas apenas a de uma aristocracia casual e momentaneamente constituída» - demonstrou, muito bem, o Professor da Universidade de Coimbra, Doutor Luís Cabral de Moncada.
A Soberania do Povo foi sempre um logro. Soberano - dizem-lhe - por intermédio dos seus delegados. Esses delegados, escolhidos nos centros partidários, não são mais do que agentes de certas facções, cujo fim determinante é o assalto ao Poder. E assim, em nome da soberania popular, tem lugar a mais hipócrita e astuciosa soberania dos partidos.
Nem admira. O ponto de partida, quimérico e perigoso, havia de produzir estas consequências...
Logo, a Democracia, baseando-se na atribuição do Poder à multidão, que nunca o chega a exercer de facto - é um contra-senso."
João Ameal

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segunda-feira, março 15, 2004

Da Estupidez
Diziam os antigos que contra a estupidez os próprios deuses lutam em vão. Assim é. Não há força mais invencível e inexpugnável que a sólida estupidez das criaturas.
O drama está em que ela também ataca entre os nossos! Parafraseando Camões, também entre os fascistas alguns estúpidos houve, e há, algumas vezes ...
Assim são os que em vez do Sol claro e da viva luz do dia preferem constituir grupinhos confidenciais e secretos, escondidos do mundo, criando numa cave escusa à luz das velas um universo paralelo em que o seu onanismo se distrai.
Trazei para a rua ideias e bandeiras! Sentai-vos à mesa redonda!
Marchar com os homens, viver com eles sofrimentos e alegrias, estar no mundo e na época, sem lhe obedecer camaleonicamente - mas antes para lhe imprimir um rumo, para lhe dar o sentido que lhe falta - eis o heroísmo do nosso tempo, eis o fascismo vivido todos os dias.

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As eleições espanholas
Evidentemente que nestas eleições espanholas o mais importante para o mundo foi a derrota de Bush, e para a Espanha a derrota de Aznar. Embora as consequências exactas ainda estejam para se ver; aguardemos as evoluções.
Todavia, dada a natureza deste blogue, não queria deixar sem uma palavra o desempenho do conjunto das forças de extrema-direita, ou de direita revolucionária, falangistas, social-patriotas, nacional-revolucionários, tradicionalistas, etc. etc.
Se não fosse uma tragédia, seria uma comédia: a floresta de siglas transformou-se numa proliferação de candidaturas, de tal modo que em muitos círculos havia mais candidaturas desta área do que das outras todas somadas. Algumas dessas listas tinham tantas potencialidades que nem os próprios assistentes aos seus comícios terão votado nelas. Num eleitorado que excede muito os trinta e quatro milhões de votantes o maior desses anões (DN) alcançou menos de 15.000 votos. E o mais pequeno (PNT) conseguiu quase 350 votos (um espanto!). Entre um e outro situaram-se sete ou oito voluntariosos agrupamentos.
Em resumo: o eleitorado borrifou-se muito justamente para tão extraordinária multiplicação de salvadores. Nunca se tinha atingido este supremo ridículo na afirmação do sectarismo, do fraccionismo, dos protagonismos megalómanos, do individualismo, da cegueira de grupo.
Não há dúvida que às vezes as vanguardas caminham tão à frente que se esquecem totalmente do povo de que falam...
Lições? Parece evidente que haveria que tirar lições e consequências dos factos. Mas já há análises inteligentes de gurus de alguns desses grupinhos a concluir que "no contexto" os seus resultados foram positivos!....

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domingo, março 14, 2004

Mentira e incompetência
"Para obter um simulacro de existência, a Democracia recorre à Eleição. Sabe-se bem o que é a Eleição. Nem vale a pena salientar os tumultos, os escândalos, as mistificações que nunca deixam de caracterizar a comédia eleitoral. Adiante, aludiremos ainda a um dos seus aspectos dominantes: a feira dos sufrágios.
Mas admitamos que se realize a Eleição com honestidade e verdade. No fim, é a maioria que manda. E basta uma diferença de um voto (que pode ser o de um malfeitor, o de um incapaz, ou o de um vendido) para que um sector prevaleça sobre o sector oposto. Portanto, se sessenta indivíduos têm uma opinião e sessenta indivíduos mais um têm a opinião contrária, são estes que vencem - e aqueles vêem-se esbulhados de tal soberania que, em princípio, fingiram dar-lhes.
A Democracia mostra assim merecer a justa definição de tirania em nome do algarismo, que lhe aplicou Alexandre Herculano. Não são as vontades individuais que lhe importam - embora o proclame; é apenas a soma dessas vontades. Ora, tão sagrada é a vontade de uma pessoa, como a vontade de dez pessoas, como a vontade de cem. Com que direito escravizar as duas primeiras à última?!
Logo, a Democracia, prometendo ao indivíduo uma soberania que só lhe reconhecerá, se ele se encontrar dentro da maioria e que lhe retirará, se ele se encontrar dentro da minoria - é uma mentira. (..)
Os incompetentes são sempre o maior número. E é esse maior número de incompetentes que tem de eleger, de descobrir as competências. Como há-de fazê-lo?
Para se adquirir uma competência determinada, foi preciso seguir um curso, realizar certos estudos, trabalhar durante longos anos. E quando se chega ao fim, aparece o voto anónimo e leviano dos incompetentes - e é esse que decide!
Com a sua vibrante lucidez, o sindicalista Georges Sorel definiu assim a Democracia: a ditadura da incapacidade.
Aceitemos a definição, e poderemos, alterando ligeiramente os termos, dizer: logo, a Democracia, suspensa dos juízos, sem preparação nem autoridade, do maior número - é o reino da Incompetência."
João Ameal

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Brevíssimo:
Um leitor amigo sugere-me que coloque um sistema de comentários. Era só o que me faltava, ter aqui sempre o Buíça a ladrar-me às canelas! Tenha paciência, leitor amigo: escreva sempre, que eu fico contente. Mas lá caixa de comentários não ponho.

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Eleições e necrofilia
Hoje os espanhóis vão às urnas, ainda aturdidos pela tragédia.
Vão às urnas eleitorais, vão a sufrágio.
Nos dias que passaram muitos deles estiveram a acompanhar outras urnas, noutros sufrágios.
Espantosa esta duplicidade semântica das palavras que designam o ritual supremo da superstição democrática, a aproximá-lo de um exercício necrófilo.
E inacreditável mesmo é o abjecto espectáculo de necrofilia política a que se entregaram os principais agentes em cena, tentando cada um capturar em seu proveito o imenso horror que atingiu o cidadão comum. Procurando todos fazer votar os mortos a seu favor ...
Neste cenário, os resultados, que são inegavelmente importantes, acabam por nem ser sentidos como tal: não vão certamente trazer gente melhor para as cadeiras do poder, quer confirmem os que lá estão quer tragam os que se apresentam como alternativa.
Nestas ocasiões sinto a diferença, como é diferente o ser fascista: não, nós não somos iguais a eles. O Fascismo, com esse nome ou outro, tem que ser superação, transcendência, ultrapassagem. Superior exigência e rigor moral. Ou um homem se eleva, e então vale pela norma que segue, ou então não é nada, só mais um na massa indistinta e anónima.

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GEOSTRATÉGIE
Continuando o trabalho de divulgação de locais da rede com importância para o combate político e cultural, recomendo o "Geostratégie", que a si mesmo se apresenta como "quotidien d'intelligence stratégique".
É inestimável para todos os que se interessam por política internacional, por geoestratégia, por geopolítica. Essencial para aceder a uma boa informação, fora da perspectiva interessada dos grandes meios de comunicação de massas e para além das cortinas de fumo que lançam sobre o mundo.

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O ciclo da Democracia
"Poderia continuar indefinidamente a enumerar os erros, os vícios, os desastrosos efeitos da Democracia. Para quê? É já bastante elucidativo o que atrás fica.
Contentemo-nos em examinar qual o epílogo reservado aos governos democráticos. Ou a Autoridade se decompõe inteiramente - e aparece a Anarquia; ou surge algum homem corajoso e ambicioso que, aproveitando o caos dos partidos, concentra nas suas mãos toda a Autoridade - e aparece a Tirania.
Tem sido esta a história de sempre. Desde as antigas repúblicas helénicas até à república romana que, depois dos vários Silas, Pompeus e Césares, acabou no Império militar. As repúblicas italianas do Renascimento sofreram as mesmas vicissitudes, sob a hegemonia das grandes famílias aristocráticas. E, mais perto de nós, não vemos como, da Revolução Francesa, saiu, por uma infalível necessidade, o consulado napoleónico?!
Disse-o magistralmente o nosso grande Herculano: «A igualdade democrática, onde chega a predominar, caminha mais ou menos rápida, mas sem desvio, para a sua derradeira consequência: a anulação do indivíduo diante do Estado, manifestada por uma das duas fórmulas: o despotismo das multidões ou o despotismo dos césares de plebiscito».
Assim a Democracia, fechando o seu ciclo catastrófico, termina na sua pura negação ideológica e prática: numa Anarquia ou numa Tirania."

João Ameal

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sábado, março 13, 2004

O Parlamentarismo
"O Parlamentarismo não é mau, pelos homens que constituem os Parlamentos. Já ouvi dizer que se queremos o Parlamentarismo respeitado e enobrecido, — instruamos os homens, os disciplinemos e lhes corrijamos as brutalidades naturais. Isto é não fazer ideia nenhuma do que é o Parlamentarismo, e do que é o Parlamento.
Antes de mais nada, convém assentar em que o Poder Executivo ou o Governo está dependente do Poder Legislativo ou do Parlamento. A nomeação e demissão livres dos membros do Governo, por muito fixadas que estejam nas Constituições, resultam ineficazes, porque emanando, toda a autoridade política, da Assembleia parlamentar, não há Governo que governe contra a confiança da mesma Assembleia. Se só governam os Governos que os Parlamentos querem, a nomeação e demissão livres dos ministros, feitas pelo Chefe do Estado, são uma mentira. O Parlamentarismo é ainda o sistema em que todas as leis emanam do Parlamento. Daqui, resulta que quanto mais puro, verdadeiro e sério for o Parlamentarismo, mais perigoso ele é, para a Nação que o adopta. De modo que ou se erige em sistema, a Mentira, a Burla, a Comédia — conseguindo-se, assim, atenuar, até certo ponto, os malefícios do regime parlamentar, ou se pratica a pureza da instituição, e é o caos, a breve trecho.
Os perigos fundamentais imediatos do Parlamentarismo são dois: como consequência da sua acção sobre a nomeação e demissão dos governos, — a instabilidade governativa; como consequência da sua função legisladora — a desorganização dos serviços do Estado.
Em que se funda o primeiro perigo? Na constituição do Parlamento, na sua forma. O Parlamento é uma Assembleia política, isto é, uma Assembleia constituída por paixões políticas, por interesses políticos, ou seja por partidos políticos: tem a característica de todas as Assembleias, — agravada por duas circunstâncias: a da sua origem, e a da natureza dos seus elementos componentes. Sai do Sufrágio Universal, e representa paixões políticas. Sai da multidão anónima, irresponsável e incompetente, e é formado pela caótica mistura das correntes políticas.
Em que se funda o segundo perigo? Na incompetência do Parlamento. A soma das incompetências não dá competência.
Ou a escolha primária, originária, dos membros do Parlamento é sincera, honesta, verdadeira, pura — e, nesse caso, o resultado da mobilização dos incompetentes e dos irresponsáveis não pode dar mais do que incompetência e irresponsabilidade; ou aquela escolha é fantasiosa, produto de operações e combinações ocultas — e nesse caso, porque não confessar a verdade, porque não concordar na inutilidade ou no perigo parlamentar?
Comte, que foi um dos mais luminosos espíritos do mundo das Ideias, teve a fórmula feliz: os inferiores não podem escolher os superiores.
O estado lastimável, e confessado por todos, a que chegou o Parlamento português, não é uma aberração, um desvio, uma anomalia: é antes, a étape actual da Evolução lógica do sistema parlamentar."

Alfredo Pimenta

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Da utilidade e conveniência do Fascismo
O Berloque de Esquerda, esse delicado bijouzinho da nossa boa sociedade, já forneceu a explicação salvadora: o vil atentado de Madrid foi obra fascista. Fica a humanidade mais descansada. Está salva a honra do agrupamento, e está reposto o equilíbrio das coisas.
Eu já estava desconfiado. E ainda acrescento mais: também desconfio que no terramoto de Marrocos, na desertificação galopante, no desastre do Prestige, e na desflorestação da Amazónia, anda a mão escusa do fascismo. Assim é que está certo. Pode dormir em paz a consciência universal.

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O Indivíduo e o Todo
Os homens não são iguais perante a Lei. A Lei é que é universal, conglobante, e pela sua natureza, inclui as diversidades e as particularidades. A Lei define casos, prevê-os. A Lei é una, mas não uniforme. Na igualdade da Lei Universal encaixam-se casos particulares, as diferenciações dos homens desiguais. Pode-se, pois, admitir a expressão: a Lei é para todos; ou: a Lei obriga todos, ou: a Lei abrange todos.
Por outro lado, se, em vez de falarem em direitos do homem, mesmo que seja em determinados direitos do homem, falarem em justiça ou justeza da sociedade, — tudo ficará mais certo e inequívoco. O cumprimento da sociedade, do Bem, do Uno, do Espírito exige a harmonia entre as partes, o pleno funcionamento de cada uma delas, o preenchimento da sua natureza, o desenvolvimento articulado de todos e de cada um. É, pois, a obediência ao Valor e ao Uno, na sua autenticidade, é, pois, a justeza social que exigem, na adequada medida, no lugar certo e no momento próprio, o bem particular, o bem de cada um. A natureza da sociedade é, consequentemente, o dever da sociedade, que é harmonia de partes num todo. A sociedade ajustada a si mesma é a justeza da sociedade, é a justiça social e, portanto, o benefício que se comunica pelas veias a todo o corpo, irrigando e animando todos os órgãos, tecidos, células, em justiça distributiva para a edificação comum.

Goulart Nogueira

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sexta-feira, março 12, 2004

Do Fascismo desconhecido e inconsciente
Por todo o nosso universo, a juventude espera. Espera não sabe bem o quê, mas algo de diferente do que lhe prometem os doutores do marxismo ou do liberalismo. Espera, tem esperança em qualquer coisa de novo, que rompa com as idolatrias do presente. A juventude não crê no paraíso futuro, no vindouro reino da abundância que lhe oferece o marxismo, considerando tão rasteiro objectivo incapaz de legitimar os inflexíveis meios de terror empregados. E muito menos crê nas blandícias parlamentaristas e pluripartidárias, nas tentativas de castrar tudo quanto é enérgico, rude, impetuoso, trágico, em nome de um conformismo sem conteúdo, de um ethos pequeno-burguês que se aterra perante o que é grande e digno e só conhece as regras da utilidade e, sobretudo, do conforto.
Essa juventude de hoje, revoltada e desorientada, que pretende achar na sua agitação e turbulência, senão uma palavra de ordem definitiva e insuperável, uma hierarquia de valores inabalável e inequívoca, numa ânsia incontida de absoluto?
Que tenta ela alcançar, a mocidade que se arregimenta em grupos fechados, se uniformiza com blusões negros, que segue até ao fim tristes chefes de gang, que despreza as convenções, que procura motins e conflitos só pelo gosto do escândalo, da peleja, da arruaça? Não vemos nós palpitar, através de tais manifestações, anseios irreprimíveis de camaradagem, de dedicação e obediência, de disciplina e de ordem, de reforma social e de combatividade, embora deformados e corporizados em fenómenos incontestavelmente viciosos, incompletos, defeituosos?
A juventude, no seu íntimo, procura o heroísmo, procura o serviço do todo ou comunidade máxima, mesmo que, na maior parte dos casos, se fique por proezas à pistoleiro (mas gratuitas e sem fim lucrativo) e mesmo que não conheça outro todo, outra comunidade, que o seu bando.
Ela não sabe mais, porque mais não lhe ensinaram; porque sobre o heroísmo autêntico se cospem as maiores injúrias, e o serviço do todo e da comunidade é classificado de escravatura indigna e ignóbil que bestifica. O mundo inteiro lhe proclama que é perverso imolar uma vida por algo que valha em si e por si, insuperavelmente, na sua própria ideia - e os jovens, assim, matam e dão a vida por nada, sem razão nem sentido. O mundo inteiro lhe proclama que só as pessoas de carne e osso merecem respeito e possuem intrínseca dignidade e não as totalidades que as englobam - e os jovens, assim, entregam-se, por completo, às associações provisórias que formam.
Se a mocidade não pratica o heroísmo verdadeiro e a verdadeira devoção ao todo, não lhe cabe a culpa, mas aos seus mestres e educadores.

António José de Brito

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Do imperativo do Fascismo
Persegue-se o Fascismo, calunia-se o Fascismo, apresentando-o qual sinónimo de brutalidade cruel e insensata. No entanto, no âmago dos espíritos viris, mesmo dos que se julgam antifascistas ou nunca se preocuparam com o problema, a aspiração fascista permanece latente, embora não consciente de si. Aqueles para quem a coragem e a honra não são palavras vãs sentem o íntimo desejo de servir uma causa superior, que elimine calculismos, branduras, fraquezas, ponderações, de se entregar a uma ideia transcendente que imprima sentido radical às suas existências e pela qual valha a pena lutar sem desfalecimentos, sofrer e, se necessário, morrer.
É a esses anseios de dedicação e sacrifício integrais, sempre presentes em quantos não forem lesmas rastejantes e cobardes, que importa despertar e tornar coerentes, mostrando que apenas o Fascismo lhes pode dar satisfação, porque apenas ele, na medida em que se baseia na noção de todo como norma e regra, logicamente tem autoridade para exigir uma obediência e uma devoção totais, imprimindo à vontade uma directriz militante, austera, séria, religiosa, que desconheça limites e peias. Apenas a ideia de totalidade justifica aquela entrega totalitária que as almas sinceras e nobres buscam afanosamente.

António José de Brito

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SORRY!
Parece que ando a desiludir. Quem depositou esperanças neste blogue queixa-se, certamente com razão. Mas um fascista é humano, carago! Não há um bocadinho de indulgência?
Eu por mim prometo que vou tentar fazer melhor.
E entretanto não deixarei de visitar o "Céu em Fogo", que me parece francamente mais do que um blogue de elevado potencial - é já uma notável realidade.
Vá lá, não sejam mauzinhos - e olhem que aqui há tolerância às mãos cheias, às pázadas, às carradas, eu sei lá! Não se acanhem, digam sempre o que vos vai na alma.

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A queda do espírito
O espírito da época contamina o espírito dos homens. Nos tempos moles, a moleza insinua-se e alastra. Poucos são os que permanecem firmes, inacessíveis ao desalento. A maioria segue a multidão. Não há lugar para o sacrifício, o serviço, a perseverança, o heroísmo.
Mesmo entre nós, só os mais fortes, couraçados psicológica e intelectualmente, persistem e insistem, desprezando ventos e correntes. Mas domina a fragilidade, a inconstância, o cansaço, a desistência, a volubilidade, o entreguismo.
Por isso insisto no fortalecimento do espírito pela preparação ideológica, pela cultura, pela doutrina. Os mais fortes são os que solidamente se protegeram contra o contágio pelo espírito do tempo. A superficialidade e a confusão das ideias trazem a fraqueza das convicções e dos comportamentos.
Daí tanta coisa pelo caminho, tanta iniciativa que mal lançada logo é abandonada, tanta ligeireza nos entusiasmos e tanta facilidade no abandono.
Mas por isso mesmo é preciso que alguns fiquem, para que outros vejam e venham também. E nunca abandonar a caixa de fósforos, e ir acendendo aqui e além pequenas fogueiras ...

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quinta-feira, março 11, 2004

Dualpha e Vox NR
Continua a alargar-se e a enriquecer-se a oferta da "Dualpha", agora acrescentada com novas edições de Pol Vandromme, sobre Drieux la Rochelle, de Pierre-Antoine Cousteau, o intrépido irmão de Jacques Cousteau que ao fascismo dedicou a sua vida inteira, e ainda de Philippe Randa, o criador do site - além de uma infinidade de coisas mais.
Cada vez mais interessante também está a Vox NR, sítio solidarista, nacional-revolucionário e inconformista, que além do mais edita a revista em linha "Résistance".
Destaco nesta os artigos sobre Geopolítica, nomeadamente sobre os "euroasistas", sobretudo os teóricos russos e alemães dessa corrente geoestratégica.

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Fas est ab hoste doceri
É dever sagrado aprender com o inimigo; esta máxima latina, de saber profundo e intemporal, devia acompanhar-nos todos os passos.
Mas com que frequência vemos faltar o estudo e o conhecimento aos que deviam ter a história como mestra! E só porque não aprendem com o inimigo ...
Observar, estudar, aprender. Nunca esquecer o princípio: "Fas est ab hoste doceri".
E cada passo pisaria em terreno firme e seguro.

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quarta-feira, março 10, 2004

Vale dos Caídos
Quem nunca esteve no Vale dos Caídos? Esse lugar maior da mística fascista, a imensa homenagem aos caídos da Guerra Civil de Espanha, merece bem uma visita demorada.
Para admirar o génio artístico de Juan de Avalos, para visitar José António - para conhecer todo o formidável memorial erguido ao heroísmo, à fé, à luta de um povo.
O culto ao Vale dos Caídos é mantido por uma dinâmica associação, a "Hermandad del Valle", cujo site também justifica visita atenta. Publica ainda uma revista em formato digital, "El Risco de la Nava", que envia a quem solicitar.

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Céline
Para muitos o mais importante dos escritores fascistas será sempre Louis Ferdinand Céline. O ácido Dr. Destouches...
Seja qual for a nossa opinião nessa discussão, uma certeza que ninguém contraria é que Céline é uma das presenças mais importantes de toda a literatura do século XX. Existe uma literatura antes da "Voyage au bout de la nuit" e outra depois; esse marco assinala uma fronteira, tão relevante como o "Ulisses" de James Joyce.
Para o discutir é preciso conhecê-lo; só o convívio permite uma aproximação compreensiva de uma personalidade tão rica e complexa como Céline.
Para ele remeto os leitores.

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Sobre as fantasias infestantes
A propósito de uma interrogação do "Nacionalista", ocorrem-me algumas reflexões.
Quem já anda nisto há muitos anos, difícilmente fica surpreendido com pretensas novidades e pretensiosas originalidades.
Fica no entanto apreensivo: desde sempre os folclorismos foram dos maiores obstáculos ao sucesso das iniciativas sérias nesta área política.
E nunca faltaram, as tentações folclóricas. Como nunca faltaram os mitómanos, os lunáticos, os salvadores, os iluminados, os frenéticos, os providencialistas.
Do frenesim delirante nunca saiu nada de bom; quantos roncantes activistas de uma hora já se sumiram pelo caminho!
Por mim, sigo sempre uma orientação sóbria e segura: ao encontrar mais um brilhante candidato a líder, cheio de grandes palavras, gesticulante e radical, faço-lhe como a uma garrafa de vinho do Porto.
Guardo na cave, arquivo a ficha, e espero alguns anos.

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terça-feira, março 09, 2004

Robert Brasillach
Que o rótulo de escritor fascista pode matar mesmo, não apenas no sentido figurado, como em relação ao escultor Arno Breker, mas no sentido mais literal e físico, demonstra a história de Robert Brasillach.
O mais vivo e actual dos representantes daquele romantismo fascista que agitou a intelectualidade e a juventude entre as duas grandes guerras veio a acabar fuzilado por isso - pelo seu valor único enquanto símbolo.
E todavia continua a ser o mais presente e actuante dos escritores fascistas ...

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Arte fascista?
Haverá uma arte fascista? A questão já fez correr muita tinta. A resposta, evidentemente, depende do que se queira significar. Mas diga-se que em geral os fascistas são os menos entusiasmados com tal expressão.
Existe arte, simplesmente. A este propósito, remeto os leitores para o caso de Arno Breker, um exemplo espantoso de como essa etiqueta pode matar...

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segunda-feira, março 08, 2004

De novo o Duce
Desconsolado por não poder indicar sítios portugueses, ofereço mais um excelente e variado sítio italiano dedicado ao fascismo e a Benito Mussolini. O Duce, venerado pelos seus!
Tem muito com que entreter até o mais devotado pela leitura.
Quem ousa vence!

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Ecologia e Nação
Quem também linkou o "Fascismo em Rede" foi o Portal Eco-Nac.
Trata-se de um novo portal, de temátiva variada e leitura abundante, sobre cultura, ecologia, história, política, sempre fiel às verdades que a terra ensina. Obrigado!

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domingo, março 07, 2004

Céu em Fogo
Um blogue que se chama "Céu em Fogo" teve a amabilidade de estabelecer um link para o "Fascismo em Rede". Já fui ler tudo o que lá se escreve, e (descansem os patrulheiros de serviço!) nada do que lá está permite chamar-lhe fascista. Não é mesmo fascista, palavra!
Mas a verdade é que o nome é bonito. E o gesto revela pelo menos um certo desprezo pelas convenções, uma insubmissão às leis de ferro do politicamente correcto. Um link para um blogue fascista? Oh ousadia suprema e desvergonha! Acautela-te, ó "Céu em Fogo"!

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De novo Mussolini?
Como sabem os meus leitores, quando aqui se fala de fascismo fala-se de uma categoria universal, uma atitude perante a vida. Não se nega porém que a "cosa nera" tem uma origem, uma história, e que essa leva-nos até Itália - a bela Itália ...
É bom estar consciente das raízes; e a propósito apelo a que se preste atenção ao fenómeno que se anuncia, a grande novidade para as próximas eleições europeias em Itália. A candidatura de Alessandra Mussolini, a "Alternativa Sociale".
No meio das banalidades, da dança de cadeiras em que entram sempre os mesmos, essa é a única novidade, que ameaça escandalizar a Europa bem pensante. Sessenta anos depois, um Mussolini vai discursar no Parlamento Europeu!

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Um mês na rede
Hoje completa-se um mês que o "Fascismo em Rede" apareceu... na rede. Até agora todos os dias marcou o ponto, uns mais outros menos. Façam favor de ir verificar nesses arquivos, e encontrarão entradas de cada um dos dias que passaram desde 7 de Fevereiro.
É pouco tempo, e até agora não sei se teve alguma consequência. A mais desejada era o contágio: queria ver aparecer na rede muitos e muitos blogues, websites, páginas pessoais, que todos juntos, cada um com a sua especificidade, constituíssem uma imensa rede ...

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sábado, março 06, 2004

Libre Diffusion
Já estão disponíveis as actualizações de Março no catálogo da "Libre Diffusion". Podem ver e subscrever a mailing list.
Esta livraria em linha é o braço internáutico da "Librairie du Paillon", em Nice, que procura ser a mais importante livraria de temas históricos do Sudeste de França - e sempre cem por cento politicamente incorrecta.
Se passarem pela Côte d'Azur não esqueçam de parar em Nice e visitar a livraria propriamente dita.
Entretanto percorram o imenso catálogo disponível, entre livros, revistas e adereços vários. É inesgotável.

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GRANIKA
Outro local de muito interesse, um forum original e criativo, com extensas ligações em língua francesa, ponto de partida para inesgotáveis navegações. Partidos, livros, revistas, jornais, espiritualidade, música, regiões, etc.
Recomenda-se.

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sexta-feira, março 05, 2004

Fascismo em Rede
Como é constatável, este blogue tem sido ignorado por toda a blogosfera e arredores. Silêncio absoluto. Não existe. Será porque não presta? Será pela sua banalidade e irrelevância? Será porque não há nada para dizer sobre ele?
Ou haverá outros motivos? Deixo a pergunta à consideração geral.

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O Pântano
Difíceis não são as épocas em que não se pode dizer nada; difíceis são estas em que tudo se pode dizer - mas isso não serve para nada.
O lodaçal tudo absorve, todo o esforço se esvai nas águas estagnadas da indiferença. Há homens, no pântano? Ou apenas espectros, pálidos espectros que se julgam vivos e assim se mantêm?
Nas delicadas e efémeras vivências das horas sombrias, o pântano persiste. Os melhores afastam-se, por vezes para longe, sentindo que o terreno movediço e traiçoeiro não permite a alegria de um passo seguro e firme.
São tempos de monge ou de soldado? Direi que o espírito tem que estar treinado para usar de monge e de soldado. Umas vezes de monge outras de soldado. Umas vezes o recolhimento, longe do que aí está a envilecer a vida, outras vezes o combate, quando só a luta aberta preserva a integridade e a honra.
Muitas vezes, haverá que usar de monge e de soldado, ao mesmo tempo. Monges guerreiros, soldados do espírito.

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quinta-feira, março 04, 2004

Fascismo em Rede
No próximo Domingo dia 7 este blogue completa um mês de vida.
Balanço? Não tenho elementos para isso. Que julguem os outros.
Entretanto queria responder a uma crítica recorrente: a extrema diversidade das tendências que aqui são acolhidas e acarinhadas.
Não há que estranhar: na essência da ideia que defendo, da rede como estratégia de fundo, está pressuposto esse princípio de não ter inimigos na área.
E o fascismo foi sempre assim: plural e vário, nascido do casamento fecundo entre tradição e revolução, classicismo e modernidade, apelo da ordem e sentimento de revolta.
O fascismo aspira ao todo, ao uno; mas essa ascensão para a unidade não se faz pela ignorância sectária, pela guerrilha mesquinha, pela exclusão tribalista, mas sim pela síntese harmoniosa dos particularismos que, no todo ou em parte, partilhem essa vontade.

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VOX NR
Um sítio inteiramente dedicado ao pensamento rebelde e radical, de orientação nacionalista-revolucionário e solidarista.
Com múltiplas ligações, livraria, forum, actualidades e comentários políticos.
Imprescindível conhecer o VOX NR, um exemplo de rede militante em linha.

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A outra História
Uma página do maior interesse cultural e histórico, pelo conjunto de textos disponíveis, encontra-se em rede na ligação que indico. É leitura indispensável para conhecimento, ainda que meramente introdutório, da tradição política da direita portuguesa.
Absorvam as páginas do Inconformista, que farão muito bem. Que pena aquele trabalho não ter tido continuação e actualização!
Bem se poderia assim combater o fosso entre os que chegaram e o Passado que desconhecem por completo ...

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PORTUGAL NACIONAL-SOCIALISTA
Apesar da pouca divulgação, também a corrente de pensamento nacional-socialista está representada na web portuguesa. O sítio do "Portugal Nacional-Socialista" tem já um conteúdo abundante, variado e valioso dos pontos de vista cultural, histórico e político.
É pena a escassa divulgação: para que serve tanto trabalho se não chegar aos destinatários?
Na sequência do meu apelo à leitura, ao estudo e ao conhecimento, convido os leitores a acompanharem a obra e as iniciativas dos militantes nacionais-socialistas.

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quarta-feira, março 03, 2004

ECO-NAC
Por falar em leituras, o portal "Eco-Nac" continua a aumentar o material de arquivo, actualizando constantemente a oferta. Dispõe já de um magnífico recheio, seja atendendo às páginas de actualidades seja considerando textos intemporais - como as "Orientações", de Julius Evola.
Não percam, diariamente, a leituira de "Eco-Nac".
Grande exemplo de um correcto entendimento das virtualidades da rede.

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FORUM NACIONAL
Instrumentos utilíssimos, nomeadamente para prossecução da estratégia já exposta da rede cibernáutica, da militância em linha, podem ser os foros de discussão, pela suas potencialidades de conhecimento, divulgação e doutrinação.
Neste sentido pode ser precioso o "Forum Nacional", se os seus responsáveis tiverem unhas para tocar essa viola.
Os leitores interessados devem ajudar a desenvolver o "Forum Nacional", participando, escrevendo, apurando as ideias, estudando, lendo sempre, sempre, sempre mais.
Um bom fascista não se faz num dia ...

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