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sexta-feira, março 12, 2004

Do imperativo do Fascismo
Persegue-se o Fascismo, calunia-se o Fascismo, apresentando-o qual sinónimo de brutalidade cruel e insensata. No entanto, no âmago dos espíritos viris, mesmo dos que se julgam antifascistas ou nunca se preocuparam com o problema, a aspiração fascista permanece latente, embora não consciente de si. Aqueles para quem a coragem e a honra não são palavras vãs sentem o íntimo desejo de servir uma causa superior, que elimine calculismos, branduras, fraquezas, ponderações, de se entregar a uma ideia transcendente que imprima sentido radical às suas existências e pela qual valha a pena lutar sem desfalecimentos, sofrer e, se necessário, morrer.
É a esses anseios de dedicação e sacrifício integrais, sempre presentes em quantos não forem lesmas rastejantes e cobardes, que importa despertar e tornar coerentes, mostrando que apenas o Fascismo lhes pode dar satisfação, porque apenas ele, na medida em que se baseia na noção de todo como norma e regra, logicamente tem autoridade para exigir uma obediência e uma devoção totais, imprimindo à vontade uma directriz militante, austera, séria, religiosa, que desconheça limites e peias. Apenas a ideia de totalidade justifica aquela entrega totalitária que as almas sinceras e nobres buscam afanosamente.

António José de Brito

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