<$BlogRSDURL$>

domingo, abril 25, 2004

Soneto

Fizeram tudo sem vergonha e sem pudor.
Também deixaram à Pátria um resto? Mais do que isso:
Enlamearam de excremento a alma e o amor,
com a carícia alvar de certo riso...

São monstros sem qualquer virilidade,
mais que rafeiros, pobres deles, são hienas
que esperam a putrefacção, como saudade
por quanto lhes mingua de voos e de penas.

São asas depenadas, são asas
dum mistério ignóbil e podre,
arrasam tudo e há só planícies rasas.

Mas quando um dia o dobre
de finados se ouvir pelos leprosos - então
comerão o sentimento que lhes resta no próprio coração.

ANTÓNIO DE NAVARRO

0 Comentários
Comments: Enviar um comentário
Divulgue o seu blog! Blog search directory

This page is powered by Blogger. Isn't yours?