quinta-feira, abril 29, 2004
Os desafios do futuro
O futuro próximo traz uma fase de testes cruciais aos grupos que aqui e ali mantêm viva uma posição de tipo nacionalista-revolucionário.
Pode dizer-se que representa para alguns deles verdadeiras provas de vida. Se não ultrapassarem com êxito esses desafios fica em causa a sua própria sobrevivência. Mas pode acrescentar-se que para todos representa a entrada numa série de provas de maturidade. Ou as ultrapassam, demonstrando que souberam ascender a um plano real e efectivamente político da sua actividade e organização, devidamente ancorados na sociedade em que se inserem, ou permanecerão com o estatuto de franjas marginais, mais semelhantes a claques de futebol ou gangues de bairro do que a realidades verdadeiramente políticas.
Importa ter presente que frequentemente os movimentos de inspiração nacionalista, ou neofascista, ou lá o que se lhes queira chamar, não obstante momentos de inegável activismo e notoriedade, desaparecem de súbito sem que aparentemente deixem qualquer rasto - como se representassem tão só um fenómeno temporário do crescimento de uns grupos de jovens unidos mais por instintos gregários e excessos hormonais do que propriamente por qualquer ideia política estruturada. Passada a altura dos impulsos gregários, como as borbulhas, a rapaziada entra na vida a sério e esquece essas aventuras ainda meio adolescentes.
Esta a questão que queria colocar com a referência a provas de maturidade. Elas virão, estão aí à porta. Os que as enfrentam devem reflectir, porque só o pensamento, a análise fria e o auto-conhecimento podem fazer a diferença ente os que vieram para ficar e a agitação estéril dos que só duram a idade das borbulhas, como uma espécie de brotoeja passageira.
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O futuro próximo traz uma fase de testes cruciais aos grupos que aqui e ali mantêm viva uma posição de tipo nacionalista-revolucionário.
Pode dizer-se que representa para alguns deles verdadeiras provas de vida. Se não ultrapassarem com êxito esses desafios fica em causa a sua própria sobrevivência. Mas pode acrescentar-se que para todos representa a entrada numa série de provas de maturidade. Ou as ultrapassam, demonstrando que souberam ascender a um plano real e efectivamente político da sua actividade e organização, devidamente ancorados na sociedade em que se inserem, ou permanecerão com o estatuto de franjas marginais, mais semelhantes a claques de futebol ou gangues de bairro do que a realidades verdadeiramente políticas.
Importa ter presente que frequentemente os movimentos de inspiração nacionalista, ou neofascista, ou lá o que se lhes queira chamar, não obstante momentos de inegável activismo e notoriedade, desaparecem de súbito sem que aparentemente deixem qualquer rasto - como se representassem tão só um fenómeno temporário do crescimento de uns grupos de jovens unidos mais por instintos gregários e excessos hormonais do que propriamente por qualquer ideia política estruturada. Passada a altura dos impulsos gregários, como as borbulhas, a rapaziada entra na vida a sério e esquece essas aventuras ainda meio adolescentes.
Esta a questão que queria colocar com a referência a provas de maturidade. Elas virão, estão aí à porta. Os que as enfrentam devem reflectir, porque só o pensamento, a análise fria e o auto-conhecimento podem fazer a diferença ente os que vieram para ficar e a agitação estéril dos que só duram a idade das borbulhas, como uma espécie de brotoeja passageira.
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