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domingo, abril 04, 2004

Ainda sobre a internet 

Obviamente que entre os nacionalistas portugueses também é conhecida a existência da internet. Era inevitável. Por isso também apareceu entre eles a vontade de cada grupo, ou às vezes cada um, ter um sítio na net (ou um blogue). Mas se repararmos bem verificamos que esses locais em geral ainda são concebidos exactamente como o acto clássico de afixar um cartaz numa parede: penduram-se ali, para ser vistos por quem passe.
Nunca houve a ideia de explorar as potencialidades específicas da internet. Desde logo a interactividade, a recolha e a troca constante de informação, em ambos os sentidos, a dinamização de iniciativas, a actualização constante: como esses sítios em geral são estáticos e unidimensionais, apenas para ser lidos passivamente, essas finalidades estão excluídas.
E muito menos está presente a ideia de rede como tenho defendido: pelo contrário, como geralmente os seus responsáveis são muito mais tolerantes com os inimigos políticos tradicionais do que com os companheiros ou ex-companheiros desavindos ou "desviados" (para estes vai um tratamento que oscila entre o rancor e o ódio) está logo à partida afastada a ideia de rede. Aos "outros", os herejes, a concorrência, os "traidores" (e com que facilidade se atribui este estatuto!) - não pode dar-se nem um link.
Deste modo o conceito de rede, que é uma tradução prática da ideia de uma área política, ou campo político alargado, caracterizado pela diversidade e pluralidade - cuja expansão e não hostilização recíprocas poderia reforçar a todos e ao conjunto - está naturalmente excluído.

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