segunda-feira, maio 31, 2004
Portugal, Nação, Pátria, Justiça e Pão
Continuando as recordações de outros 10 de Junho, lembrei-me das celebrações de 1979.
Nesse ano, em que o Dia de Portugal calhou ao domingo, houve em Lisboa, nomeadamente, uma velada no Mosteiro dos Jerónimos, junto ao túmulo de Camões, que reuniu muitas centenas de pessoas durante a noite de sábado para domingo, e uma missa campal junto à Ermida das Descobertas, em Belém, seguida de desfile até à Torre de Belém, na manhã desse domingo, tudo iniciativas que juntaram muita gente.
No Porto não foi possível efectuar qualquer celebração pública porque o Governo Civil, então nas mãos do socialista Mário Cal Brandão, proibiu todas as iniciativas, alegando que se trataria de manifestações fascistas e invocando como pretexto as desordens ocorridas no ano anterior (desordens praticadas por quem exigia a proibição!).
Mas regressando a Lisboa, durante a tarde realizou-se de novo, no mesmo trajecto dos anos anteriores, a manifestação da juventude, organizada pelo Movimento Nacionalista, com o concurso de outros nacionalistas independentes.
Recordo que no Largo de Camões concentrou-se uma razoável multidão, sobretudo de jovens, e houve breves discursos, falando aí em nome dos promotores o Vítor Luís (declarou que estávamos ali para dirigir "à Nação um abraço de esperança, com toda a força da nossa fidelidade a Portugal e da vontade que nos anima", apelando a todos "os que viveram e vivem sofrendo e lutando para que o futuro de Portugal seja português, de uma Pátria justa, forte, livre e digna").
Seguiu-se depois o desfile pelo Chiado abaixo, desde o Largo das Duas Igrejas, Rua Garrett, Rua do Carmo, Rua 1º de Dezembro, até aos Restauradores, por entre cânticos, palavras de ordem e bandeiras ao vento. "Guerra do povo/aos lacaios de Moscovo", "Portugal/Nação/Libertação", "Portugal Sempre/Livre eternamente"...
Na Praça dos Restauradores, bem junto ao Monumento, discursou o José Luís Andrade, fazendo as proclamações finais ("Queremos para Portugal um regime capaz de ressuscitar a alma nacional. Não queremos o regime injusto e hipócrita que nos destrói" (...) "recordamos os nossos heróis, os nossos mártires, para que o seu sacrifício não tenha sido em vão".
No final cantou-se "A Portuguesa" e dispersou-se - desta vez sem qualquer incidente de maior. Também é verdade que desta vez, dados os acontecimentos do ano anterior, havia polícia por todos os lados.
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Nesse ano, em que o Dia de Portugal calhou ao domingo, houve em Lisboa, nomeadamente, uma velada no Mosteiro dos Jerónimos, junto ao túmulo de Camões, que reuniu muitas centenas de pessoas durante a noite de sábado para domingo, e uma missa campal junto à Ermida das Descobertas, em Belém, seguida de desfile até à Torre de Belém, na manhã desse domingo, tudo iniciativas que juntaram muita gente.
No Porto não foi possível efectuar qualquer celebração pública porque o Governo Civil, então nas mãos do socialista Mário Cal Brandão, proibiu todas as iniciativas, alegando que se trataria de manifestações fascistas e invocando como pretexto as desordens ocorridas no ano anterior (desordens praticadas por quem exigia a proibição!).
Mas regressando a Lisboa, durante a tarde realizou-se de novo, no mesmo trajecto dos anos anteriores, a manifestação da juventude, organizada pelo Movimento Nacionalista, com o concurso de outros nacionalistas independentes.
Recordo que no Largo de Camões concentrou-se uma razoável multidão, sobretudo de jovens, e houve breves discursos, falando aí em nome dos promotores o Vítor Luís (declarou que estávamos ali para dirigir "à Nação um abraço de esperança, com toda a força da nossa fidelidade a Portugal e da vontade que nos anima", apelando a todos "os que viveram e vivem sofrendo e lutando para que o futuro de Portugal seja português, de uma Pátria justa, forte, livre e digna").
Seguiu-se depois o desfile pelo Chiado abaixo, desde o Largo das Duas Igrejas, Rua Garrett, Rua do Carmo, Rua 1º de Dezembro, até aos Restauradores, por entre cânticos, palavras de ordem e bandeiras ao vento. "Guerra do povo/aos lacaios de Moscovo", "Portugal/Nação/Libertação", "Portugal Sempre/Livre eternamente"...
Na Praça dos Restauradores, bem junto ao Monumento, discursou o José Luís Andrade, fazendo as proclamações finais ("Queremos para Portugal um regime capaz de ressuscitar a alma nacional. Não queremos o regime injusto e hipócrita que nos destrói" (...) "recordamos os nossos heróis, os nossos mártires, para que o seu sacrifício não tenha sido em vão".
No final cantou-se "A Portuguesa" e dispersou-se - desta vez sem qualquer incidente de maior. Também é verdade que desta vez, dados os acontecimentos do ano anterior, havia polícia por todos os lados.
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