terça-feira, setembro 28, 2004
A boca do mentiroso e a orelha de quem o atende
Quando eu frequentava as instalações da Mocidade Portuguesa, havia na parede um cartaz, afixado entre outros semelhantes, em que uma caricatura sugestiva era acompanhada de significada legenda: "A boca do mentiroso e a orelha de quem o atende são iguais".
Nunca esqueci a mensagem. Visava alertar-nos contra esse inimigo insidioso que tudo envenena se não estivermos precavidos. O boato, a intriga, a calúnia destroem tudo em que tocam.
E não se julgue que ferem apenas os atingidos. Estes ficam feridos, sim, porque não há forma de desfazer o mal já feito pelas atoardas postas em circulação, e que irremediavelmente danificam reputações, estragam relações, comprometem projectos. Mas também os que dão ouvidos a tal veneno acabam por ser vitimados por ele: nos amigos e camaradas que se perdem, nos laços desfeitos para nunca mais, na desmoralização que tudo invade, na fé e na confiança para sempre abaladas.
Por mim, mantenho sempre viva a lembrança do tal cartaz: "A boca do mentiroso e a orelha de quem o atende são iguais". E nunca baixei o alerta que me pôs de sentinela: nem boca para isso, nem ouvido para tanto.
Hoje como ontem não há defeito humano mais omnipresente que esssa tendência para a maledicência que se compraz em denegrir o outro, sempre certa de encontrar auditório que se delicia em chafurdar na lama.
Por maioria de razões, entre aqueles que escolheram para si viver segundo uma ética e um estilo que se crêem superiores as exigências neste campo têm que ser redobradas. Para dar seguimento à peçonha, nem boca que se disponha nem ouvido que se predisponha. Tenho dito.
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Nunca esqueci a mensagem. Visava alertar-nos contra esse inimigo insidioso que tudo envenena se não estivermos precavidos. O boato, a intriga, a calúnia destroem tudo em que tocam.
E não se julgue que ferem apenas os atingidos. Estes ficam feridos, sim, porque não há forma de desfazer o mal já feito pelas atoardas postas em circulação, e que irremediavelmente danificam reputações, estragam relações, comprometem projectos. Mas também os que dão ouvidos a tal veneno acabam por ser vitimados por ele: nos amigos e camaradas que se perdem, nos laços desfeitos para nunca mais, na desmoralização que tudo invade, na fé e na confiança para sempre abaladas.
Por mim, mantenho sempre viva a lembrança do tal cartaz: "A boca do mentiroso e a orelha de quem o atende são iguais". E nunca baixei o alerta que me pôs de sentinela: nem boca para isso, nem ouvido para tanto.
Hoje como ontem não há defeito humano mais omnipresente que esssa tendência para a maledicência que se compraz em denegrir o outro, sempre certa de encontrar auditório que se delicia em chafurdar na lama.
Por maioria de razões, entre aqueles que escolheram para si viver segundo uma ética e um estilo que se crêem superiores as exigências neste campo têm que ser redobradas. Para dar seguimento à peçonha, nem boca que se disponha nem ouvido que se predisponha. Tenho dito.
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