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quarta-feira, setembro 22, 2004

Pérolas de cultura 

O PROBLEMA, DO PONTO DE VISTA DO CONJUNTO DOS TRABALHADORES, É QUE UMA MAIOR PRODUÇÃO DE MERCADORIAS POR PARTE DOS ATUAIS "EMPREGADOS", TENDE A AUMENTAR OS "DESEMPREGADOS", CONTRIBUINDO PARA UMA MAIOR OFERTA DA "MERCADORIA TRABALHO", O QUE, POR SUA VEZ, TENDE A DIMINUIR O SEU VALOR NO MERCADO.

(in "Participacção", boletim do Bloco de Esquerda, artigo de António Inácio Andrioli)

Não, querido leitor, não leu mal: a tese exposta significa mesmo que se aumentar a produtividade aumentará o desemprego, uma vez que poucos conseguirão produzir o que poderia ser feito por muitos, e então havendo mais desempregados o preço da mão de obra desce, logo os que tiverem emprego também ganharão cada vez menos, coexistindo elevado nível de desemprego e baixos salários...
Proposta implícita: quem tiver emprego deve trabalhar o menos que puder, para gerar a necessidade de mais empregados, diminuir a quantidade de mão de obra disponível no mercado de trabalho, consequentemente fazer subir o preço do factor trabalho, e então ficar toda a gente a ganhar, com muito mais emprego e muito mais bem pago...
Brilhante, não é? A solução dos problemas económicos e sociais está em trabalhar poucochinho! E anda o senhor primeiro-ministro a falar em ganhos de produtividade! Devia era dar atenção aos economistas do Bloco! Até aposto que esta estratégia ia ser popular à brava!

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