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segunda-feira, novembro 29, 2004

BARDÈCHE: O HOMEM E A OBRA 

Maurice Bardèche nasceu em Dun-le-Roi, no centro de França, a 1 de Outubro de 1909. Licenciou-se em Letras em 1932. Em 1940, com uma tese sobre Balzac, tornou-se professor de Literatura do séc. XIX na Universidade de Sorbonne. Em 1942, professor de Literatura Francesa na Universidade de Lille.
Conhecido, portanto, inicialmente apenas como crítico de Literatura e de cinema, escreveu juntamente com o seu cunhado Robert Brasillach uma obra célebre: "Histoire du Cinéma".
Em 1944, Brasillach foi condenado à morte por «delito de opinião» e executado, apesar da petição de graça apresentada a De Gaulle por quase todos os homens de letras franceses. Esta tragédia determinou a vocação política e a própria vida de Maurice Bardèche.
Em 1947, publicou o seu primeiro livro: "Lettre à François Mauriac", onde pela primeira vez na Europa se denunciou a situação emergente da II Guerra, particularmente em França.
Um ano depois, publica "Nuremberg ou la terre promise", onde denuncia com admirável rigor lógico a ilegitimidade, a ilegalidade e a inconveniência da legislação imposta pelos vencedores em Nuremberga, legislação essa que, na opinião de Bardèche, arruina a autoridade do Estado e é profundamente contrária às tradições de honra militar e aos supremos interesses dos povos europeus, incluindo os vencedores.
As várias fases do caricato processo de que foi vítima Bardèche (chegou a ser acusado de difundir propaganda anarquista...) vêm relatadas na entrevista que tivemos oportunidade de fazer com o escritor.
Bardèche continuou nos anos seguintes a expôr a sua doutrina com livros como "Nuremberg II ou les faux monnayeurs" e "L`oeuf de Cristophe Colombe" (1951) no qual propõe uma Europa independente de Washington e de Moscovo. Em 1961, aparece nos escaparates aquela que é considerada a sua melhor obra: "Qu`est ce que: le fascisme?"
Fundou igualmente uma editorial, "Les Sept Couleurs" e foi um dos fundadores e o grande impulsionador do Movimento Social Europeu que terá sido o mais sério e o mais conseguido projecto de união das várias correntes de Oposição Europeia.
Fundou também uma das mais prestigiadas revistas, "Défense de l`Occident", onde todos os meses durante quase trinta anos colaboraram entre muitos Pierre Hoffstetter, Ploncard d`Assac, Setze, o general Navarre, D`Orcyval, etc., numa tarefa conjunta que formou doutrinariamente várias gerações.
A importância da obra de Maurice Bardèche deriva da fusão harmoniosa do escritor impecável e do polemista esclarecido: cada um dos seus livros são dum racionalismo e duma confiança aberta na vitalidade europeia, é o reflexo desse amadurecimento e desse brilhantismo.
Escreveu:
"Histoire du Cinéma" (em colaboração com Robert Brasillach) – 1935
"Histoire de la Guerre d`Espagne" - 1939 (traduzido em português por Ferreira da Costa)
"Balzac romancier" – 1941
"Stendhal romancier" – 1947
"Lettre à François Mauriac" – 1947
"Nuremberg ou la terre promise" – 1948
"Nuremberg II ou les faux monnayeurs" – 1949
"L`oeuf de Christophe Colombe" - 1951
"Suzanne et le tandis" – 1958
"Qu`est ce que: le fascisme?" – 1961
"Une lecture de Balzac" - 1964

QUEM É BARDÈCHE?
Qual a qualidade que mais aprecia no homem?
-A energia.
Qual a qualidade que mais aprecia na mulher?
-A ternura.
Qual a sua ocupação preferida?
-Trabalhar.
Que mais aprecia nos seus amigos?
-A sua fidelidade.
Quais os seus escritores preferidos?
-Proust, Stendhal e Balzac, de acordo com as minhas preocupações de momento.
Qual o seu poeta preferido?
- Verlaine.
Quais os pintores que mais aprecia?
-Renoir, Pizarro, Turner e todos os impressionistas franceses.
Qual o seu compositor preferido?
-Beethoven.
Qual o seu herói da vida real?
-Napoleão.
Qual o feito militar que mais admira?
-O heroísmo dos alemães na campanha da Rússia.
O que detesta acima de tudo?
-A hipocrisia e a mentira.
Onde gostaria de viver?
-No Oriente.
Qual o sonho da sua vida?
-Não gosto de sonhar, gosto é de trabalhar.
Qual a sua divisa?
-A divisa de Guilherme, o Taciturno: «Il n` est pas necessaire d'espérer pour entreprendre, ni de reussir pour persevérer» (Não há necessidade de esperar para empreender nem de triunfar para perseverar.)

(Nota: o texto da entrevista a que se alude acima, publicada na revista portuense "Último Reduto", já se encontra disponível no "Fascismo Em Rede", desde há uns dias atrás).

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