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quarta-feira, janeiro 26, 2005

Apontamento breve sobre acção política na net e fora dela 

Estive a dar uma volta pelos blogues, portais e sítios de orientação nacionalista que conheço.
Sabem todos como sempre defendi a necessidade premente da sua criação, e como insisti na prioridade da internet como espaço e meio de afirmação das forças nacionais.
Consequentemente, alegro-me com o aparecimento de mais e mais locais mantidos por gente que se situa nessa área política.
Mas deste exame breve não posso deixar de registar de imediato uma observação negativa: com grande frequência, com espantosa frequência, dado que o problema era conhecido de antemão, muitos dos responsáveis estão a deixar-se cair no vício usual de falar para dentro. De falar exclusivamente para dentro. Fecham o círculo e estão a trabalhar como quem dialoga entre os seu pequeno grupo. Há blogues cujo conteúdo na sua totalidade é quase só compreensível pelos conhecidos do autor.
E esta armadilha era perfeitamente conhecida, como já disse; como explicar que tantos ainda assim não resistam à tentação, e caiam na esparrela de se dedicar inteiramente a conversas em família, por vezes até a lavagem de roupa suja, entrem em diálogos particulares em ritmo de pingue-pongue, acabem por resumir os seus blogues a conversa entre compadres, quando não a conversa de comadres?
Não estou a criticar este ou aquele (se fosse esse o caso comunicava por mensagem privada), mas faço questão de fazer desde já este reparo, para a geral, a algo que me parece grave.
Com efeito, deste modo todo o trabalho será um exercício inútil e dispensável.
Naturalmente que cada um faz o que melhor entende; mas pela minha parte não posso em consciência deixar de consignar aqui que política não é isso, e que por esse caminho ninguém chegará a lado nenhum.
O que se precisava era de falar para fora, de alargar o universo atingido, de comunicar e dialogar com os outros (os que não são nada, ou simplesmente não são dos nossos, ou são mesmo dos outros).
Visar o conjunto da sociedade, criar e solidificar raízes nela, e não alimentar uma cultura de guetto fechado e virado para dentro.
E chega. Parece-me tudo isto tão evidente e elementar que até deveria ser dispensável repetir. Mas como se constata não é assim.

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