sexta-feira, março 04, 2005
"A LUZ DEBAIXO DO ALQUEIRE"
Ouve-se, algumas vezes e da boca de alguns que se dizem ao nosso lado, a afirmação de que, «sim, sim, também são fascistas, mas a palavra está desacreditada, as ideias estão envolvidas em deturpação e os factos cobertos de opróbrio, por isso convém não declarar a verdade, mas disfarçá-la, escondê-la, avançar camufladamente».
Esses, que tal dizem, desconhecem o valor da fé, o poder da convicção ardente, a necessidade do esclarecimento e da verdade altaneira. As palavras são espantalhos que se colaram às ideias e o que, realmente, o inimigo combate são as ideias, o que ele desclassificou são as atitudes mentais, todo o estilo e toda a mundividência e toda a doutrina fascista. De nada valerá negar a palavra, porque se provará por a + b, que essas ideias e essas atitudes que defendemos são fascistas — e só receberemos mais o opróbrio da hipocrisia, da cobardia, de algum interesse inconfessável, pois quem se esconde, feios pecados terá na consciência, pensar-se-á.
Quem não tiver a coragem de bradar e erguer ao alto a sua fé, não concitará adesões nem o entusiasmo dos puros, os únicos que, realmente, interessam. Ser como Pedro negador de Cristo, é uma fraqueza que só o martírio de Pedro na cruz pode redimir, pois só o testemunho vivo, o escândalo da Verdade, a espada divisora e distinguidora do trigo e do joio, só o desafio confiante e alimentado na convicção interior, conseguem obter o triunfo final e fazer sementeira. «Non possumus», repetiam os Apóstolos, «não podemos renunciar».
Devemos fidelidade e homenagem aos que por nós combateram e morreram, devemos a verdade à Verdade. A traição, a prudência vil, os pés de lã, os caminhos ínvios, são tácticas inúteis. Cristo avisou os discípulos de que não deviam «esconder a luz debaixo do alqueire».
Estando nós convictos de que o mundo está mergulhado em trevas e de que transportamos a luz, iremos enganar-nos ao enganar?
«Pelas obras os conhecereis». Tanto para os filhos da escuridão, como para os Filhos da Luz, a doutrina estará ligada às obras, as obras estarão ligadas ao nome. E o nome e a doutrina virão ao de cima, mesmo que os neguemos, sem proveito, antes com prejuízo. Pois quem se envergonhará da ascendência e do nome, sem que desprezo, por isso, venha a aceitá-lo?
Rodrigo Lemos
(In «Agora», n.º 329, 04.11.1967, pág. 14)
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Esses, que tal dizem, desconhecem o valor da fé, o poder da convicção ardente, a necessidade do esclarecimento e da verdade altaneira. As palavras são espantalhos que se colaram às ideias e o que, realmente, o inimigo combate são as ideias, o que ele desclassificou são as atitudes mentais, todo o estilo e toda a mundividência e toda a doutrina fascista. De nada valerá negar a palavra, porque se provará por a + b, que essas ideias e essas atitudes que defendemos são fascistas — e só receberemos mais o opróbrio da hipocrisia, da cobardia, de algum interesse inconfessável, pois quem se esconde, feios pecados terá na consciência, pensar-se-á.
Quem não tiver a coragem de bradar e erguer ao alto a sua fé, não concitará adesões nem o entusiasmo dos puros, os únicos que, realmente, interessam. Ser como Pedro negador de Cristo, é uma fraqueza que só o martírio de Pedro na cruz pode redimir, pois só o testemunho vivo, o escândalo da Verdade, a espada divisora e distinguidora do trigo e do joio, só o desafio confiante e alimentado na convicção interior, conseguem obter o triunfo final e fazer sementeira. «Non possumus», repetiam os Apóstolos, «não podemos renunciar».
Devemos fidelidade e homenagem aos que por nós combateram e morreram, devemos a verdade à Verdade. A traição, a prudência vil, os pés de lã, os caminhos ínvios, são tácticas inúteis. Cristo avisou os discípulos de que não deviam «esconder a luz debaixo do alqueire».
Estando nós convictos de que o mundo está mergulhado em trevas e de que transportamos a luz, iremos enganar-nos ao enganar?
«Pelas obras os conhecereis». Tanto para os filhos da escuridão, como para os Filhos da Luz, a doutrina estará ligada às obras, as obras estarão ligadas ao nome. E o nome e a doutrina virão ao de cima, mesmo que os neguemos, sem proveito, antes com prejuízo. Pois quem se envergonhará da ascendência e do nome, sem que desprezo, por isso, venha a aceitá-lo?
Rodrigo Lemos
(In «Agora», n.º 329, 04.11.1967, pág. 14)
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