sexta-feira, abril 29, 2005
UM DISCURSO DE MUSSOLINI
Não registámos na devida ocasião um discurso feito há poucas semanas por Mussolini à grande multidão dos camaradas operários e camisas negras que em Milão o escutava fremente.
Não são indiferentes, nem devem passar despercebidas as afirmações de um estadista de tal envergadura sobre a questão social.
Como observou conceituosamente em breve, mas sugestivo comentário o ilustre diplomata e nosso querido amigo Marquês de Panlucci del Calboli Barone, na excelente revista Echi e Commenti, «o discurso aos operários de Milão marca nova etapa da Itália mussolínica na sua ascensão».
Depois de se referir ao carinhoso acolhimento recebido, ocupa-se o Duce da chamada crise actual:
«Não se trata de uma crise no sentido tradicional e histórico do vocábulo, mas da passagem de uma fase da civilização para outra. É a economia que, em vez de mirar ao proveito individual, se preocupa com o interesse colectivo».
Aponta o orador as duas soluções que podem disciplinar os fenómenos da produção:
«Consistiria a primeira, em estadificar toda a economia da Nação.
É solução que repelimos, porque, entre outras razões, não queremos decuplicar o número já imponente dos empregados públicos.
A outra é a que impõe a lógica e o desenvolvimento das coisas: é a solução corporativa; é a auto-disciplina da produção confiada aos produtores. E quando digo produtores, não me refiro só a industriais ou a dadores de trabalho; refiro-me também aos operários.
O Fascismo estabelece a igualdade verdadeira e profunda de todos os indivíduos perante o trabalho e a Nação. As diferenças provêm apenas de escala e amplitude das responsabilidades de cada um.»
Insiste então o Duce no objectivo, proclamado noutro discurso, da realização de mais alta justiça social para todo o povo italiano.
«Mas que significa essa mais alta justiça social? Significa o trabalho garantido, o salário equitativo, a casa decente, a possibilidade de progredir e melhorar.
Isso não basta; significa que os operários, os trabalhadores, devem entrar mais intimamente no conhecimento do processo de produção e tomar parte na sua necessária disciplina.»
Afirma o orador a identificação dos operários com o pensamento da revolução fascista, de modo que se o século 19 foi o do poder do capital, o século 20 será o do poder e glória do trabalho.
Após a resolução pela ciência do problema da possível multiplicação da riqueza, tem aquela que resolver o problema da distribuição equitativa.
Passa então o Duce ao rápido exame da política internacional.
Relanceia a vista pelos países vizinhos. Olhando para o Oriente e recordando o valor do exército italiano, afirma a possibilidade de leal entendimento, o propósito de defender a independência da república austríaca sem pruridos de protectorado, como é cavilosamente insinuado. Refere-se brevemente o discurso em tom conciliador às relações com a Alemanha, a Suíça e a França.
Depois de proclamar a conveniência de expor ao povo os grandes problemas da política externa e de crivar de ironias a Comissão do desarmamento, mostra-se Mussolini optimista, sem deixar de insistir pela preparação militar e integral do povo italiano.
Refere-se à preparação do futuro pela justiça social; declara-se convencido de que o Fascismo será o tipo da civilização europeia e italiana do século presente e proclama a sua fé e a sua vontade.
Eis a veemente peroração do discurso:
«Será a paz verdadeira, a paz fecunda, que não pode deixar de ter por companheira a justiça? Podemos adornar os canos das nossas espingardas com os ramos de oliveira?
Se não suceder assim, estejam certos de que nós, homens temperados no clima do Litório, ornaremos a ponta das nossas baionetas com o louro e o carvalho da Vitória.»
Ouçamos o comentário entusiástico de Panlucci Barone:
«A euritmia nacional com que as classes antitéticas do catastrófico marxismo se tornam ordens sociais, diversas mas harmonicamente congregadas na unidade moral da Pátria, aparece através da palavra do Duce, em plena e ressurgente luz cristã.»
Citaremos ainda uma lúcida apreciação do conceito social do discurso de Mussolini:
«A concepção mussolínica consiste na harmonia dos imperativos categóricos, isto é, na disciplina dos deveres, esfera mais alta que o estéril e negativo exercício da liberdade.
Por este modo o trabalho não tem só apenas a sanção material do alojamento cómodo e sadio e da remuneração adequada, mas tem outra mais digna na fraternidade social dos outros factores, que assim concorrem para produzir a riqueza e assegurar o bem estar e o poder.»
Com os seus veementes discursos, eloquente comentário da obra do estadista, consegue Mussolini a intensa vibração da alma popular, identificada com os seus planos de engrandecimento da Nação.
Que diferença entre este apelo à justiça e à harmonia social, pela fecunda cooperação no seio da civilização cristã, e a satânica pregação da guerra de classes do bolchevismo materialista e ateu, que escraviza a Rússia e pretende avassalar o Mundo num mar de sangue e na selvagem destruição de toda a estrutura social e dos gloriosos monumentos do Passado!
Fernando de Sousa
(In «A Voz», n.º 2768, pág. 1, 31.10.1934)
0 Comentários
Não são indiferentes, nem devem passar despercebidas as afirmações de um estadista de tal envergadura sobre a questão social.
Como observou conceituosamente em breve, mas sugestivo comentário o ilustre diplomata e nosso querido amigo Marquês de Panlucci del Calboli Barone, na excelente revista Echi e Commenti, «o discurso aos operários de Milão marca nova etapa da Itália mussolínica na sua ascensão».
Depois de se referir ao carinhoso acolhimento recebido, ocupa-se o Duce da chamada crise actual:
«Não se trata de uma crise no sentido tradicional e histórico do vocábulo, mas da passagem de uma fase da civilização para outra. É a economia que, em vez de mirar ao proveito individual, se preocupa com o interesse colectivo».
Aponta o orador as duas soluções que podem disciplinar os fenómenos da produção:
«Consistiria a primeira, em estadificar toda a economia da Nação.
É solução que repelimos, porque, entre outras razões, não queremos decuplicar o número já imponente dos empregados públicos.
A outra é a que impõe a lógica e o desenvolvimento das coisas: é a solução corporativa; é a auto-disciplina da produção confiada aos produtores. E quando digo produtores, não me refiro só a industriais ou a dadores de trabalho; refiro-me também aos operários.
O Fascismo estabelece a igualdade verdadeira e profunda de todos os indivíduos perante o trabalho e a Nação. As diferenças provêm apenas de escala e amplitude das responsabilidades de cada um.»
Insiste então o Duce no objectivo, proclamado noutro discurso, da realização de mais alta justiça social para todo o povo italiano.
«Mas que significa essa mais alta justiça social? Significa o trabalho garantido, o salário equitativo, a casa decente, a possibilidade de progredir e melhorar.
Isso não basta; significa que os operários, os trabalhadores, devem entrar mais intimamente no conhecimento do processo de produção e tomar parte na sua necessária disciplina.»
Afirma o orador a identificação dos operários com o pensamento da revolução fascista, de modo que se o século 19 foi o do poder do capital, o século 20 será o do poder e glória do trabalho.
Após a resolução pela ciência do problema da possível multiplicação da riqueza, tem aquela que resolver o problema da distribuição equitativa.
Passa então o Duce ao rápido exame da política internacional.
Relanceia a vista pelos países vizinhos. Olhando para o Oriente e recordando o valor do exército italiano, afirma a possibilidade de leal entendimento, o propósito de defender a independência da república austríaca sem pruridos de protectorado, como é cavilosamente insinuado. Refere-se brevemente o discurso em tom conciliador às relações com a Alemanha, a Suíça e a França.
Depois de proclamar a conveniência de expor ao povo os grandes problemas da política externa e de crivar de ironias a Comissão do desarmamento, mostra-se Mussolini optimista, sem deixar de insistir pela preparação militar e integral do povo italiano.
Refere-se à preparação do futuro pela justiça social; declara-se convencido de que o Fascismo será o tipo da civilização europeia e italiana do século presente e proclama a sua fé e a sua vontade.
Eis a veemente peroração do discurso:
«Será a paz verdadeira, a paz fecunda, que não pode deixar de ter por companheira a justiça? Podemos adornar os canos das nossas espingardas com os ramos de oliveira?
Se não suceder assim, estejam certos de que nós, homens temperados no clima do Litório, ornaremos a ponta das nossas baionetas com o louro e o carvalho da Vitória.»
Ouçamos o comentário entusiástico de Panlucci Barone:
«A euritmia nacional com que as classes antitéticas do catastrófico marxismo se tornam ordens sociais, diversas mas harmonicamente congregadas na unidade moral da Pátria, aparece através da palavra do Duce, em plena e ressurgente luz cristã.»
Citaremos ainda uma lúcida apreciação do conceito social do discurso de Mussolini:
«A concepção mussolínica consiste na harmonia dos imperativos categóricos, isto é, na disciplina dos deveres, esfera mais alta que o estéril e negativo exercício da liberdade.
Por este modo o trabalho não tem só apenas a sanção material do alojamento cómodo e sadio e da remuneração adequada, mas tem outra mais digna na fraternidade social dos outros factores, que assim concorrem para produzir a riqueza e assegurar o bem estar e o poder.»
Com os seus veementes discursos, eloquente comentário da obra do estadista, consegue Mussolini a intensa vibração da alma popular, identificada com os seus planos de engrandecimento da Nação.
Que diferença entre este apelo à justiça e à harmonia social, pela fecunda cooperação no seio da civilização cristã, e a satânica pregação da guerra de classes do bolchevismo materialista e ateu, que escraviza a Rússia e pretende avassalar o Mundo num mar de sangue e na selvagem destruição de toda a estrutura social e dos gloriosos monumentos do Passado!
Fernando de Sousa
(In «A Voz», n.º 2768, pág. 1, 31.10.1934)
0 Comentários
Comments:
Enviar um comentário
Blog search directory