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terça-feira, agosto 30, 2005

Citações de Alfredo Pimenta 

«... Admirável coisa esta de defender causas vencidas, homens vencidos, sobre que as vagas alterosas da Vitória passam, altaneiras e invencíveis! Com essa defesa, não se colhem bens, nem louros; colhem-se antes desgostos e lágrimas. Mas fica-nos a consciência tão límpida como a água que brota de rocha virgem.»
(in «Três Verdades Vencidas - Deus - Pátria - Rei»)

«... De pé, olhos bem abertos, face ao Inimigo, unidos em bloco firme, os dentes cerrados, resistir, combater até à morte, na defesa do Património sagrado que herdamos, para, ao menos, salvarmos a honra do nosso nome.
Descer as pontes da fortaleza - jamais!»

(in «Palavras à Juventude»)

«... Eu fui republicano por princípios filosóficos e por determinações dos factos políticos. Eu fui republicano, porque as duas razões convergiam: se elas fossem antagónicas, isto é, se os factos contradissessem os princípios, ou estes aqueles, eu não teria sido republicano. E eis a razão porque, na hora em que esses dois motivos entraram em conflito, eu deixei de ser republicano... Teoricamente, filosoficamente, eu aspirava a uma ditadura-republicana, isto é, a um regime em que as funções presidenciais estivessem elevadas ao máximo. Presidente vitalício e responsável perante um Alto-Tribunal constituído pelos representantes supremos do Espírito, do Sentimento e da Acção da nação portuguesa; ministério dependente só desse Presidente; comissões técnicas consultivas funcionando junto dos vários departamentos do Estado; o Parlamento, representando não correntes políticas ou facções partidárias, mas sim os interesses económicos da Nação, limitado a discutir orçamento e matéria tributária; o Exército servindo de modelo para a vida nacional - eis, meu caro amigo, as linhas gerais da minha teoria republicana, que nas minhas conferências e nos meus artigos de jornal sempre expus, tanto quanto mo permitiam os interesses da causa política que todos servíamos. A revolução republicana devia ser o dispersar de uma oligarquia e a entrega da Nação a si própria.
Eu via que o regime não só colaborava, por intermédio dos seus partidos da oposição, na obra de dissolução nacional em que os revolucionários andavam empenhados, mas também a permitia, com uma brandura e uma cegueira inconcebíveis, por intermédio dos seus próprios governos. O que desprestigiou a Monarquia foi, principalmente, a sua transigência. Há muito tempo que ela abdicara.
Foi assim que me fiz republicano...»

(in «Carta a um Monárquico»)

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