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segunda-feira, agosto 29, 2005

Mocidade 

«...Mocidade inocente e cheia de fé, para ti apelamos nós a quem as duras realidades da vida enfraqueceram o ânimo e entristeceram a alma. É da tua acção, do teu entusiasmo, da tua boa-fé, da tua energia que esperamos o resgate da Pátria. Não que a bandeira sagrada da terra portuguesa em nossas mãos esteja em mãos fracas ou cansadas. Mas a obra que passa é a hora torva das indecisões, é a hora materialista dos apetites. Há arestas que ferem, há obstáculos que intimidam. Tu, sim, mocidade, inocente dos nossos pecados, sem responsabilidade nos nossos erros, tu, sim, és tu que estás em condições admiráveis, para poderes efectuar o resgate da Pátria.
Tu não temes, tu não hesitas, tu não fraquejas. O teu sangue é vivo, a tua voz clara, os teus nervos resistentes. Trazes na alma a fé suprema, em Deus, e nos olhos a luz perene da esperança forte.
Tu sabes querer, mocidade, e a salvação de Portugal é um problema de vontade.
Rezas e queres - como o Condestável na hora ardente da batalha decisiva.
Dá ó mocidade portuguesa, aos avisos da nossa Experiência, os estímulos da tua Audácia!
Dá, ó mocidade portuguesa, à complexidade das nossas preocupações, a luminosa virilidade da tua fé!
Dá, ó mocidade portuguesa, às nossas receosas decisões, a alegria da tua decisão!
Dá, ó mocidade, aos nossos sobressaltos pessimistas, o vigor da tua crença!
Ama com grande amor Deus, ó mocidade!
Ama o teu Rei, ó mocidade!
Ama a tua Pátria, ó mocidade!
Olha no fundo das Idades a glória dos Antepassados.
E sê heróica, e sê nobre, e sê bem portuguesa no teu amor a Deus, ao Rei e à Pátria.»

Alfredo Pimenta
(In «As Bases da Monarquia Futura»)

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