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terça-feira, agosto 23, 2005

O PROCESSO DE JESUS - QUAL A RESPONSABILIDADE HISTÓRICA? 

Mas os fariseus (..) entraram logo em conselho contra Ele com os herodianos, para ver qual o modo de acabar com Ele.”
S. Mateus, III-6

Há quase três décadas, um diário portuense costumava inserir na última página anedotas. Algumas delas históricas. Uma dessas relatava a apreciação pouco caridosa que tinha sido feita à “Crucificação” do pintor espanhol PACHECO, sogro de VELASQUEZ. Ao lado do quadro, algum versejador anónimo colocou uma quadra, obviamente em castelhano do sec. XVII. Dizia esta “Senhor, quem vos pôs assim/ Doente, amarelo e seco?/ Ao que respondia o Crucificado, “Dir-me-eis vós, o amor,/ Digo-vos eu, foi o Pacheco.”
Curiosamente, anos depois, esse mesmo jornal, conta de novo a história. Mas desta vez já obedecendo aos ditames do politicamente correcto. E a palavra “amor”, vem substituída por ”romanos”.
Pode questionar-se: qual o interesse, histórico ou religioso, de descobrir, ou sequer discutir, agora, quem foi o responsável pela morte de CRISTO? Anteriormente ao Concílio, dizíamos, sem hesitar que foram “os Judeus”. Hoje, com a “modernização”, afirma-se que foram os Romanos.
A realidade é que, muito mais do que um obscuro pormenor teológico, estamos perante um posicionamento histórico. A administração romana na Palestina era o elemento cultural e jurídico europeu, e as tropas étnicamente europeias.
Numa época em que a nossa Civilização Ocidental é acusada de tudo, a morte de CRISTO é mais uma acusação que contra nós, europeus ,é lançada. Os comunistas tiveram sempre bem a noção das potencialidades de tal acusação.
Corria em finais de anos 70 uma canção castrista ou guevarista, cuja versão em português (na realidade em portunhol) se chamava “ Creio em Vós”. A letra chama a CRISTO “arquitecto, engenheiro”( Supremo Arquitecto do Universo).
Nela se diz “Sei que fostes golpeado( chicoteado)/ Sendo PILATUS pretor/ Imperialista Romano, assassino e demente/ Que lavando as mãos,/ Queria ficar inocente!. (1).
Aqui vemos como o cantor comunista compara o Império Romano ao “imperialismo norte-americano“, de que CARVALHAS tanto fala. É a Teologia da Libertação.
Mas a realidade histórica é que a responsabilidade cabe aos dirigentes do Templo, isto é às elites governativas judaicas. E partilhada voluntariamente, claro, pela multidão dos judeus que se encontravam em Jerusalém, idos de todo o Mundo, para celebrar a Páscoa.
PILATOS, um funcionário público romano, não tinha autoridade sobre JESUS, galileu..
A expressão “daí lavo as minhas mãos”, tem, no entanto, desde o séc. XIX sido dada como sinónimo de cobardia, ou pelo menos, indiferença.
O cinema e a televisão apresentam diversos PILATUS. No “BEN-HUR” vemos um PILATUS em estado de choque a quem o servo responde “ Já lavastes as mãos, Tribuno”. O “JESUS” de ZEFIRELLI mostra um Procurador que chega cansado de uma longa viagem. Farta-se de pedir água, mas para se refrescar.
Numa versão francesa, o papel é interpretado por um actor já na casa dos sessenta, que costuma representar papeis de notário, solicitador, etc. Uma figura excelente para funcionário público, que conta os anos para a reforma. Perante o estalar do chicote, que golpeia o acusado, pergunta a CAIFÁS: “Estás a ouvir? Era isto que tu querias?”.
De qualquer modo, em geral, o Procurador de Roma surge procurando salvar CRISTO.
Numa produção algo estranha exibida na “SIC” pelo Natal, pela primeira vez vemos um PILATUS efeminado, que procura conflitos com a população local. O que está a léguas da realidade. De concreto, há três notícias históricas de GAIUS PONTIUS PILATUS, Procurador de Roma, na Judeia :
1-A revolta causada pela entrada das tropas romanas em Jerusalém, com as insígnias desfraldadas, o que os judeus consideravam um insulto ao Deus de Israel. Foi resolvida com bom senso.
2- Uma tentativa para construir um aqueduto, com que ele, bom romano, pretendia servir a cidade. Teve de abandonar tal projecto dada a oposição do Sinédrio e da população em geral.
3- A intenção de colocar escudos com o nome de TIBÉRIO no Palácio do governador. O qual teve por condão levar a que o Sinédrio recorresse, com sucesso, ao próprio TIBÉRIO para que os escudos fossem retirados.
Curiosamente, existem duas obras homónimas de ficção, ou romance histórico, se preferirmos, sobre a vida de PILATUS, sobre a forma de autobiografia. São as “Memórias de Pôncio Pilatos”, de CARLO MARIA FRANZERO, editadas entre nós em 1949, pela Editorial Notícias. E as “Memórias de Pôncio Pilatos”, da escritora francesa ANNE BERNET, das Edições LYON (2).
No estilo autobiográfico, põem ambas as obras na escrita do Procurador de Roma o relato da sua vida, antes, durante e depois da sua estadia em Jerusalém. Obviamente, sendo o ponto alto, o julgamento e a morte de JESUS. E qualquer dos autores apresenta um PILATUS funcionário público de carreira, visivelmente incomodado com a situação, acreditando na inocência do homem que lhe apresentaram como inimigo de Roma e tudo fazendo para O salvar.
JESUS DE NAZARÉ, da Galileia, era perante os olhos da administração romana um reformador religioso. À Roma pagã, tal situação era inteiramente indiferente. O único interesse que poderia a situação ter para o Procurador seria se desse origem a levantamentos populares.
As acusações feitas pelos sacerdotes a JESUS, visavam exactamente colocá-Lo como inimigo da administração imperial. Eram três: Causar a desordem na Judeia, b) impedir de pagar o tributo a Roma, c) Fazer-se passar por rei. De qualquer modo, um malfeitor. (3)
Apenas estas acusações interessavam ao Procurador, pois punham em causa a ordem romana, na Palestina. Ora na Judeia estava em acção uma forma armada de contestação a Roma: os zelotas. E seguindo S. MARCOS, o próprio “BARRABÁS” seria um zelota e não um criminoso de direito comum. ANNE BERNET nas suas ”Memórias“ também faz de BAR ABBAS um zelota que tenta, inclusive, matar PILATOS. (p.126). O que o enobrece, ao fazer dele um “patriota”, ou um “criminoso político”, segundo os critérios modernos.
O Direito que regia o Império Romano, quanto à aplicação, era bifacetado. O Juris Civilis, aplicava-se aos cidadãos romanos. O Jus Gentium (Direito dos Povos), regia as relações entre os cidadãos romanos e os que não dispunham de cidadania. As relações dos estrangeiros entre si, eram regidas pelos direitos locais. Tal ensina qualquer compêndio de Direito Romano.
E nesses termos, PILATUS interroga o prisioneiro, perguntando-Lhe se é Rei. A essa pergunta JESUS responde com outra : “Tu dizes isso por ti mesmo, ou outros to disseram de mim?”.(4)
Ou seja, “já estiveram a difamar-Me perante as autoridades?” Não eram, logicamente, os próprios romanos que iriam difamá-Lo perante...a administração romana.
Aliás, o carácter filosófico do Procurador, a forma pagã (ou “laica “ se preferirmos) ,com que encara a situação, está reflectido na pergunta que faz ao Arguido : “O que é a verdade?”( 5). JESUS disse “Se o meu Reino fosse deste mundo, os meus servos lutariam para que não fosse entregue aos Judeus.” (6)
JESUS era da Galileia. Como tal, PILATUS remeteu-O a HERODES ANTIPAS. Não por diversão, nem para de eximir à tarefa de O julgar, mas porque, como galileu, era a essa jurisdição que pertencia. Os galileus eram mal vistos na Judeia, pois, aínda que professando o culto judaico, eram considerados étnicamente estrangeiros . Aliás, Galileia é a forma latinizada de “Gelal el Gohim,” “O Distrito dos Pagãos”.
Era este tetrarca (um dos quatro administradores). Como tal, titular da administração romana na Galileia.. Parece que pretendia ver algumas habilidades Daquele que lhe levaram. Desapontado, após uma troças, reenviou-o ao Procurador. Também este magistrado não achou crime à luz da lei romana. (7)
Mas CRISTO começou por ser levado perante dois dos grandes nomes do Sinédrio: ANÁS e CAIFÁS. ANÁS era antigo presidente do Tribunal, não detendo funções específicas. Quando o detido responde que ensinou abertamente a sua doutrina, um guarda, judeu, portanto, dá-lhe um bofetão(8). Perante o Sinédrio, à excepção de S.JOÃO, os Evangelhos são uniformes em confirmar a existência de um julgamento. E em relatar a decisão, aliás já tomada , de condenar à morte o acusado. Inclusive, recorreram a falsos depoimentos, que se contradisseram. (9)
Decorre, aliás, de toda a sequência deste relato, que os guardas que maltrataram JESUS eram guardas do Templo.
CRISTO, aliás, já acusara os Judeus de o pretenderem matar. Dirigindo-se aos Judeus: “Sei que vós sois descendentes de ABRAÃO, mas procurais matar-me, para que a minha palavra não entre em vós”.(10) JESUS acusa os judeus e não os romanos de quererem matá-lo.
E afirma que irá ser morto pelos judeus. Diz S.MARCOS. (X-33): “O Filho do Homem será entregue aos príncipes dos sacerdotes e aos escribas e condena-Lo-ão à morte e o entregarão aos gentios-” E as mesmas revelações que iria sofrer e ser morto pelos judeus constam dos outros Evangelhos. (11) Não há uma única referência à administração romana de PONTIUS PILATUS ou de qualquer outro poder civil ou militar.
PILATOS absolveu JESUS, considerando-O não culpado dos crimes de direito Romano de que o Sinédrio O acusava. Depois, é levado para que fosse confirmada e posta em execução a sentença. Um tribunal não podia reexaminar uma sentença estrangeira. O Direito Penal e Processual Penal da altura ainda não se encontrava submetido às subtilezas actuais, quanto a revisões e confirmações (ou não confirmações) de sentenças estrangeiras.
PILATOS arriscou-se a forçar as suas funções. E dialogou com a multidão. E tentou salvar o Acusado, dando a escolher à multidão, quem queriam que soltasse: JESUS ou um criminoso de nome BAR ABBAS. E a multidão, gritou, por três vezes, “ BARRABÁS”.
Se acaso houve quem gritasse por JESUS, deve ter sido abafado pelo clamor de uma multidão numerosa. E o facto é que os Evangelhos não o referem. O PILATUS de ANNE BERNET( p, 156) chega mesmo a considerar, por um instante, lançar duas centúrias contra a multidão.
Souberam os componentes da multidão, bem dirigidos pelos sacerdotes, lembrar ao Procurador que não tinham outro Rei senão CÉSAR (na altura TIBÉRIO). E que absolvendo JESUS não cumpria com as suas funções. ”Se O absolveres não és amigo de César”. Não estava em causa o “tacho”, como uma vez este v/amigo ouviu um padre moderninho dizer. Era provavelmente o fim da carreira na função pública e da vida de PILATOS.
Na ópera rock “JESUS CHRIST SUPERSTAR”, é um PILATUS nervoso que tenta salvar o Galileu. Com violência e uma grande dose de ironia amarga enfrenta-se com a vontade da multidão dos sacerdotes e do próprio CRISTO. “Don’t let me stop your grate self destruction, Die, if you want to/, You misguided martyr/ I wash my hands of your demolition“. O que perde certamente com a tradução “Não me deixes impedir a tua grandiosa autodestruição( Que não seja por minha causa)/ Morre se é o que queres, Seu mártir transviado/ Lavo as minhas mãos da tua demolição”.
PILATUS procura acusar JESUS de qualquer delito menos grave e assim, encontrar um termo de transacção entre a populaça e a sua vontade de salvar aquele infeliz que se encontrava à sua frente. Assim, mandou que o chicoteassem, a fim de contentar os que desejavam a morte do Arguido.
Perante o agravar da situação e a sua real falta de autoridade no caso, desiste. Lava as mãos e diz “ Estou inocente do sangue deste justo”. (12)
PILATUS emprega um termo cujo significado era para um pagão romano, relativamente fraco, mas que para os judeus que compunham a multidão era extremamente significativo. Um justo era aquele que não tinha culpas , não apenas no sentido criminal , mas no sentido moral do termo.
E a multidão respondeu “Que o seu sangue caia sobre nós e os nossos filhos”. Noutros termos, “assumimos a inteira responsabilidade desta decisão”.
Presentes estavam as altas autoridades, provavelmente a totalidade dos componentes do Sinédrio, grande parte da população de Jerusalém e inúmeros peregrinos vindos para celebrar a Páscoa. Não existiu, portanto, uma qualquer decisão do Procurador, antes uma assembleia popular, tipo Gonçalvismo em 75, que preferiu BARRABÁS, (fosse este criminoso de direito comum ou político) a JESUS.
O acto de lavar as mãos não significa desinteresse, contrariamente ao sentido que se tem dado a partir do sec. XIX. Trata-se de uma concessão do poderoso Procurador aos costumes judaicos. Em diversas religiões está previsto que o sacerdote lave as mãos antes da celebração, como gesto material e simbólico de purificação. Obviamente que é mínimo exigível que um celebrante para tocar nos objectos sacros tenha as mãos limpas, no sentido literal do termo. Existem outros rituais judaicos que implicam lavamento de mãos, quando surge um confronto com um homicídio, nomeadamente. (13).
Igualmente, lavamos as mãos quando as temos ou as sentimos sujas , independentemente dessa sujidade ser mais ou menos visível. E o Procurador de Roma pretendeu, dada a sua impotência para alterar a sorte do Acusado, lavar as mãos para demonstrar que a morte que não poderia impedir era para ele um crime.
Aliás, a questão da obediência ao poder civil, a separação dos poderes , encontra-se bem definida na questão do tributo. “ Daí a CESAR o que é de CESAR”. Não existe nenhuma referência de horror de CRISTO perante a menção do nome de CÉSAR.
A intenção dos dirigentes judaicos pretenderem , decidirem e planearem a morte de CRISTO consta dos Evangelhos. Relata S.JOÃO, a seguir à cura do paralítico, que os judeus, em fúria pretendiam matar CRISTO. Expressamente diz que (V-18)-” Por isso , pois, os judeus, com maior ardor aínda, procuravam matá-lo”. E que inclusive, JESUS, não sendo chegada a hora, andava pela Galileia , evitou a Judeia, pois os Judeus procuravam matá-Lo. (14) Constam dos restantes Evangelhos os planos do Sinédrio para matar a CRISTO , inclusive reunindo-se as facções contrárias.(15)
Também os Evangelhos relatam como JUDAS ISCARIOTES, o único Judeu dos Doze,(16) traiu CRISTO. De todos consta como o Traidor se dirigiu ao Templo e não aos romanos. (17) Nem sequer considera essa hipótese. Eventualmente por ter noção de que não apenas as acusações não interessavam ao Procurador, como também de que a lei romana não se aplicava aos não - romanos.
E foi eventualmente a guarda do Templo, que efectuou a prisão de JESUS. Todos falam em gente enviada pelos dirigentes do Sinédrio. Ora, era impensável os legionários romanos serem comandados pelos fariseus. (18)
Constam dos Actos dos Apóstolos as acusações feitas por estes aos Judeus pela morte de CRISTO. Diz S.PEDRO, dirigindo-se aos judeus de Jerusalém e de toda a Judeia, referindo-se a CRISTO:“ 23- A Este, depois de entregue, conforme o desígnio imutável e a previsão de Deus, matastes, cravando-O na cruz pela mão de gente perversa”. (19).
Poderia eventualmente haver dúvidas quanto a quem se dirige a acusação, com base na expressão “ gente perversa”. Mas as acusações são efectuadas directamente. Pois S.PEDRO, não podendo ser acusado de falta de inteligência, era um homem rude, um pescador da Galileia.
E inclusive, o Grande Pescador refere que o Procurador estava disposto a libertar CRISTO: “ 13-(...) o Deus de nossos pais glorificou o seu Servo JESUS, que vós entregastes e negastes na presença de PILATUS, estando ele resolvido a soltá-Lo,
A acusação é dirigida aos Judeus, não havendo qualquer referência à culpa dos romanos. .Tão-pouco existe qualquer referência a culpa simbólica da “Humanidade”, personificada nos romanos. Novamente S.PEDRO, desta vez acompanhado dos outros Apóstolos, falando eventualmente como porta-voz destes , importunados pelo Sumo Sacerdote responde : “ 30- O Deus dos nossos pais ressuscitou JESUS, a Quem matastes, suspendendo-O de um madeiro”. Após o que foram açoitados por ordem do Templo.
Foi Stº ESTEVÃO, o primeiro mártir( protomártir), provavelmente descendente de gregos convertidos ao judaísmo, (os que deram nome ao Distrito dos Pagãos) . Discutia com judeus das diversas partes do mundo, nomeadamente de Alexandria (onde se tinham instalado muitos). “52 - Qual foi o profeta que os vossos pais não tenham perseguido? Mataram os que predisseram a vinda do Justo e Este mesmo traístes e assassinastes.” Na sequência deste diálogo foi morto à pedrada pelos judeus.
S.PAULO, eventualmente outro descendente de gregos, grande conhecedor da cultura helénica, nas Cartas aos Tessalonicenses( cap.2, ),acusa os Judeus .Diz: “15 - Que deram a morte ao Senhor JESUS e aos Profetas e nos perseguem a nós; que não agradam a Deus e são inimigos de todos os homens “.
Já antes das grandes perseguições, o inteligente e desprezado imperador CLÁUDIO dados os desacatos causados pelos judeus contra os cristão, expulsou os judeus de Roma.(20) Com efeito recordemos que os romanos não perseguiram o Cristianismo nascente. Apenas quando Roma teve um prefeito( presidente da câmara) judeu, TIGELINO e a amante de NERO foi uma judia, SABINA POPEIA.(21)Este último facto, sendo omisso no clássico do cinema, é popularizado pelo livro “Quo Vadis?” .
Vários autores (20) referem os relatos abomináveis que os judeus faziam correr sobre os cristão. Nomeadamente que celebravam sacrifícios humanos, normalmente a imolação de uma criança , sendo os despojos repartidos pelos celebrantes que comem a carne e bebem os seu sangue. Curiosamente a mesma acusação é relatada nas “Memórias” de ANNE BERNET.
O Talmude confirma a responsabilidade dos judeus (obviamente da altura) na morte de CRISTO:
O Prof. ISRAEL SHAHAK, da Universidade Hebraica de Jerusalém, no seu Livro “Histoire Juive Réligion Juive“: Segundo o Talmude, JESUS foi condenado e executado por um verdadeiro tribunal rabínico, por idolatria, incitação dos judeus à idolatria e insulto às autoridades rabínicas. Todas as fontes judaicas clássicas que assinalam a sua execução reivindicam-na altamente a responsabilidade e alegram-se com ela: no relato talmúdico destes acontecimentos os romanos nem sequer são mencionados”-(21)
De onde vemos que a discreta menção que é feita pelo Rabi de Lisboa, na revista “Grande Reportagem” fica mutíssimo aquém da realidade. Isto para não falarmos nas menções injuriosas que são efectuadas no Talmude. (22)
Obviamente que não sendo todos os judeus de todo o mundo que reclamaram a morte de CRISTO, foram os seus representantes. E se é igualmente certo que os judeus actuais não podem ser por forma alguma responsabilizados pelos seus longínquos antepassados, (mais ou menos genuínos), foram os da altura.
A conclusão a retirar é que não foi o elemento europeu, simbolizado pela administração romana, portanto, responsável pela morte de CRISTO, histórica e juridicamente falando. Foram os judeus de então.
Francisco Serrano
(1)A versão original , “ Misa Campesina” que consta de um CD interpretado por NANA MOUSKURI, “ Latina”, além de falar num “CRISTO obrero” contém grosserias.
(2) por curiosidade pertencente aos LYON DE CASTRO, da família do cristão-novo de Óbidos, anarquista/espírita/naturista de que fala MÁRIO DE SAA , p. 248, “ A Invasão dos Judeus”
(3) Les 3 procés de Jesus”- OLIVIER KRAFFT p.47
(4) S.JOÃO, Cap. XVIII, 34 . .
(5) S.JOÃO XVIII-36
(6) “Les 3 procés”, p.52,S.MATEUS, XVI- 21 ,S.LUCAS,IX-22 e S.MARCOS, VIII-31
(7 )S. JOÃO, XVII-19
(8) S.MARCUS, XVI-55 e segs., S.LUCAS, XX-67-71, S.MATEUS,XVI-59 e segs.
(9) S.JOÃO VIII-37.
(10) S.JOÃO, VII-1, 13, 19, 21 ; e outro tanto diz S. MATEUS XXI , 45- 46, S.MARCUS III,-6 XIV-1, XXII-2
(11) S.MATEUS,XXVII-24
(12)“ Les 3 procés de Jesus”-p.64/6
(13) , S. JOÃO XI-47 a 53 , MATEUS, XII-14 ,S.MARCUS III,-6
(14 ) O seu nome significa JUDAS, de Querioth , uma cidade da Judeia. ( Livro de JOSUÉ, XV-26).
(15) S. LUCAS, XXII-3, 4; S.MARCUS XIV, 10, 11
(16) S.MARCUS , XIV- 43 , S.LUCAS ,XXII-52 e S.MATEUS , XXVI-47,
(17) “Actos dos Apóstolos, Cap. 3, 14, 15
(18) Complot contra a Igreja “,MAURICE PINAY, p.203/4. Essa expulsão é referida nos Actos dos Apóstolos ( Cap. XVIII, Versículo. 2)
(19) Complot, p. 203
(20) Citados em “Complot” ,p.205
(21 ) (p 24), citado por OLIVIER KRAFFT em p.158 Pedidos a Editions du Chiré , S A DPF, BP 1, 86190 Chiré-en-Montreuil,
(22)” Grande Reportagem”, Nov.2001 , p 66.
“Complot contra a Igreja” só localizado em alfarrabistas.
Pode ser pedido em fotocópias a “Libreria Europa”, C/ Séneca, 12 Bajos, E-08080 BARCELONA

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