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quarta-feira, agosto 31, 2005

SOBRE SALAZAR 

«...É, na verdade, uma hora nova, esta hora que estamos a viver.
Devemo-la, de modo especial, a um homem: a Salazar, encarnação de Princípios, de Ideias, de Doutrinas que o Portugal legal de há um século ignorou, embora no Portugal real não faltasse quem lhas proclamasse.
Um dos grandes e imortais serviços prestados a Portugal por Salazar consiste numa coisa de que só os verdadeiros Homens de Estado são capazes: fazer das circunstâncias instrumentos úteis das suas ideias.
Chamado ao poder para sanear as Finanças públicas, Salazar não se limitou à missão de que o tinham encarregado; foi muito mais além: meteu ombros à tarefa difícil de limpar a Nação das mazelas revolucionárias, restituindo a Nação à própria Nação. Nesse trabalho anda empenhado. Trabalho gigantesco, porque o peso morto das resistências passivas, dos egoísmos interesseiros, do incivismo das chamadas élites, da incompreensão e da estupidez das massas, da influência deletéria das forças ocultas, é enorme, e bem poucos são os que vêem para além das fórmulas do presente, necessariamente transitórias, as bases estáveis que o Futuro reclama.
Dá-me Salazar a impressão da voz do que clama no deserto. À audácia silenciosa do seu pensamento, responde a cobardia, a timidez, o gaguismo dos que deviam acompanhá-lo, animá-lo, estimulá-lo e facilitar-lhe o terreno por onde tem que andar.
Alfredo Pimenta
(In Infantas de Portugal, «Gil Vicente», vol. XVI, 1940)

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