terça-feira, setembro 20, 2005
Fascismo em rede
O "Fascismo em rede" é um blogue pouco lido e muito pouco apreciado.
Uns sentem-se antifascistas, e não gostam do nome; outros acham-se fascistas e não gostam do conteúdo; outros não percebem nada, mas não gostam.
Por um lado tenho pena, porque isto representa um trabalhão imenso e a enormidade destes arquivos podia dar grande proveito a muita gente. Por outro, acho piada a esta desventura. Deve ser sinal de elevada qualidade ser compreendido por poucos.
Esperemos o que o tempo há-de dizer.
Por enquanto, o que é certo é que este é um blogue desgraçado: não há meio de cair nas graças das multidões.
4 Comentários
Uns sentem-se antifascistas, e não gostam do nome; outros acham-se fascistas e não gostam do conteúdo; outros não percebem nada, mas não gostam.
Por um lado tenho pena, porque isto representa um trabalhão imenso e a enormidade destes arquivos podia dar grande proveito a muita gente. Por outro, acho piada a esta desventura. Deve ser sinal de elevada qualidade ser compreendido por poucos.
Esperemos o que o tempo há-de dizer.
Por enquanto, o que é certo é que este é um blogue desgraçado: não há meio de cair nas graças das multidões.
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Comments:
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Se é pouco lido não deixa de ter muitas visitas, a esta hora do dia está em 56º no Blograting, nada mau.
Pessoalmente tenho saudades do seus textos mais ou menos curtos mas incisivos que eram frequentes há um ano atrás.
Quanto aos textos, se aborrecem muita gente (que se desencoraja com dois "page down" sem avistar o fim dos mesmos), enriquecem a cultura política e doutrinária de muitos outros. E isto deveria valer para todos os leitores de boa fé que quisessem conhecer a ideologia em causa, independentemente das suas próprias ideias.
Pessoalmente tenho saudades do seus textos mais ou menos curtos mas incisivos que eram frequentes há um ano atrás.
Quanto aos textos, se aborrecem muita gente (que se desencoraja com dois "page down" sem avistar o fim dos mesmos), enriquecem a cultura política e doutrinária de muitos outros. E isto deveria valer para todos os leitores de boa fé que quisessem conhecer a ideologia em causa, independentemente das suas próprias ideias.
Nada disso. Fascismo em Rede é um grande blog. Imenso manancial de textos doutrinários, intervenções certeiras, exemplo de autêntica dedicação. Felicito-o e encorajo-o a continuar com este importantíssimo trabalho que, há muito, é referêcia obrigatóra.
Com um cordial abraço.
Com um cordial abraço.
Você está enganado, o "Fascismo em Rede" não é pouco lido, é, isso sim, pouco comentado e existem várias razões para isso. Aqui vão algumas:
-Por um lado o ritmo elevadíssimo de publicação de textos não favorece as discussões em torno de um qualquer texto;
-Muitos dos autores que aqui são apresentados têm interesse no plano histórico mas pouca utilidade na compreensão da realidade actual, ou pelo menos das soluções que se devem apresentar face aos problemas concretos que enfrentam hoje as nações europeias e os nacionalismos. Conheço muito bem a obra de alguns dos autores que aqui publica e em minha opinião são poucas as possibilidades de se conseguir fazer doutrina para o século XXI com o que escreveram alguns dos autores portugueses que publica, mas quem discorda deve fazer o trabalho de adaptação e actualização do pensamento desses autores e apresentá-lo,
-Na mesma linha é preciso dizer que muitos dos autores não são em minha opinião fascistas, sendo que alguns até são tudo menos fascistas, serão nada mais que tradicionalistas. Nesse sentido, e em jeito de resposta ao seu texto, digo que para mim o "Fascismo em Rede" não é suficientemente fascista.
- Não ajuda nada o facto de não existir interactividade, já aqui vim discutir textos e fiquei a falar sozinho, se você não participa nunca, não dá a sua opinião, não defende qualquer ponto de vista, que utilidade tem vir aqui concordar e discordar do que é escrito por alguém que também não virá aqui defender as suas posições?
-O grande pensador fascista do pós-guerra foi, em minha opinião, Bardèche, a sua revista chamava-se "Défense de l'Occident", o título dispensaria mais comentários bem como o facto de ter sido uma das influências nos estádios iniciais do G.R.E.C.E., no entanto parece-me que aqui se rejeita o conceito de defesa do ocidente ou não se aceita como legítimo o seu desenvolvimento ideológico natural, que culminou com posições bastante claras de Bardèche sobre problemas como a imigração, sobretudo extra-europeia, tema em que o Camisa Negra me parece algo indefinido. Será bom recordar em relação a isso qual foi a posição histórica dos fascismos sobre a importância da defesa da identidade dos povos europeus, e não falo apenas da sua vertente espiritual. Essa é uma questão que raramente aqui vejo abordada. Agora retire as suas conclusões...
- Os "imperialismos coloniais" que alguns dos autores aqui publicados defendem nunca foram, em minha opinião, uma parte da natureza do fascismo, foram comuns a regimes anti-fascistas ou que não eram fascistas muito mais que aos fascismos e a ideia de império que esteve subjacente ao fascismo e que foi também defendida pelos dois grandes pensadores fascistas do pós-guerra, Bardèche e Locchi, foi sempre a ideia de império Europa, creio que estou a ser claro...a questão é que a ideia de império que por vezes aqui sobressai já não é passível de grandes discussões ou desperta sequer particular interesse entre os nacionalistas, sobretudo nos tempos que correm e com as lutas decisivas que se apresentam.
-É muito interessante ler o Alfredo Pimenta ou o professor A.J.B. na sua recusa da democracia ou até outros dos autores portugueses que você aparentemente considerará fascistas sobre o mesmo tema, eu conheço bem a sua posição em relação ao mesmo assunto de outros lugares e outras conversas, porém é um tema que sendo importante na caracterização do fascismo também não nos pode de momento servir para nada na luta política, por razões que você conhece melhor que eu, e a mim pessoalmente interessam-me sobretudo estratégias de conquista de poder e os autores dos quais as podemos retirar.
-Conhecer o pensamento histórico do nacionalismo português e a sua evolução é em teoria importante, já não é importante se não se conseguir adaptar o pensamento desses autores aos problemas contemporâneos que se colocam a Portugal...
- O facto de os seus "heterónimos" parecerem pessoas de campos políticos muito distintos também não me estimula a vontade de vir debater questões com alguém que não consigo situar politicamente de forma clara ( isto se você se desse ao trabalho de debater); sim, você é nacionalista, indiscutivelmente, mas como sabe essa é uma família muito grande.
-Dito isto termino dizendo que o "Fascismo em Rede” continua a ser um dos meus blogs preferidos e continuo a considerá-lo de enorme importância, porque alguns dos escritores que aqui são apresentados são de facto fascistas e têm valor mesmo para o presente, porque é importante conhecer o pensamento de pessoas que foram banidas pelo sistema, porque um povo sem memória não tem futuro, porque alguns podem aqui ver despertada uma curiosidade que os levará ao sítio certo, porque existe sobre o fascismo uma névoa de falsidade e mentira que importa denunciar, porque é um blog único no seu género, etc. Mas pelas razões que expus não me parece que seja um blog que venha alguma vez a ser muito comentado, será no entanto sempre muito lido e o valor, nesse sentido, será o mesmo. Por fim, você continua a ser o mais brilhante estratega na área nacional que conheço, talvez por isso eu tenha dificuldade em situá-lo politicamente de forma inequívoca, talvez seja um trade-off necessário, agora deixe-se de crises existenciais que não temos tempo para isso, é a defesa do Ocidente que o exige!
-Por um lado o ritmo elevadíssimo de publicação de textos não favorece as discussões em torno de um qualquer texto;
-Muitos dos autores que aqui são apresentados têm interesse no plano histórico mas pouca utilidade na compreensão da realidade actual, ou pelo menos das soluções que se devem apresentar face aos problemas concretos que enfrentam hoje as nações europeias e os nacionalismos. Conheço muito bem a obra de alguns dos autores que aqui publica e em minha opinião são poucas as possibilidades de se conseguir fazer doutrina para o século XXI com o que escreveram alguns dos autores portugueses que publica, mas quem discorda deve fazer o trabalho de adaptação e actualização do pensamento desses autores e apresentá-lo,
-Na mesma linha é preciso dizer que muitos dos autores não são em minha opinião fascistas, sendo que alguns até são tudo menos fascistas, serão nada mais que tradicionalistas. Nesse sentido, e em jeito de resposta ao seu texto, digo que para mim o "Fascismo em Rede" não é suficientemente fascista.
- Não ajuda nada o facto de não existir interactividade, já aqui vim discutir textos e fiquei a falar sozinho, se você não participa nunca, não dá a sua opinião, não defende qualquer ponto de vista, que utilidade tem vir aqui concordar e discordar do que é escrito por alguém que também não virá aqui defender as suas posições?
-O grande pensador fascista do pós-guerra foi, em minha opinião, Bardèche, a sua revista chamava-se "Défense de l'Occident", o título dispensaria mais comentários bem como o facto de ter sido uma das influências nos estádios iniciais do G.R.E.C.E., no entanto parece-me que aqui se rejeita o conceito de defesa do ocidente ou não se aceita como legítimo o seu desenvolvimento ideológico natural, que culminou com posições bastante claras de Bardèche sobre problemas como a imigração, sobretudo extra-europeia, tema em que o Camisa Negra me parece algo indefinido. Será bom recordar em relação a isso qual foi a posição histórica dos fascismos sobre a importância da defesa da identidade dos povos europeus, e não falo apenas da sua vertente espiritual. Essa é uma questão que raramente aqui vejo abordada. Agora retire as suas conclusões...
- Os "imperialismos coloniais" que alguns dos autores aqui publicados defendem nunca foram, em minha opinião, uma parte da natureza do fascismo, foram comuns a regimes anti-fascistas ou que não eram fascistas muito mais que aos fascismos e a ideia de império que esteve subjacente ao fascismo e que foi também defendida pelos dois grandes pensadores fascistas do pós-guerra, Bardèche e Locchi, foi sempre a ideia de império Europa, creio que estou a ser claro...a questão é que a ideia de império que por vezes aqui sobressai já não é passível de grandes discussões ou desperta sequer particular interesse entre os nacionalistas, sobretudo nos tempos que correm e com as lutas decisivas que se apresentam.
-É muito interessante ler o Alfredo Pimenta ou o professor A.J.B. na sua recusa da democracia ou até outros dos autores portugueses que você aparentemente considerará fascistas sobre o mesmo tema, eu conheço bem a sua posição em relação ao mesmo assunto de outros lugares e outras conversas, porém é um tema que sendo importante na caracterização do fascismo também não nos pode de momento servir para nada na luta política, por razões que você conhece melhor que eu, e a mim pessoalmente interessam-me sobretudo estratégias de conquista de poder e os autores dos quais as podemos retirar.
-Conhecer o pensamento histórico do nacionalismo português e a sua evolução é em teoria importante, já não é importante se não se conseguir adaptar o pensamento desses autores aos problemas contemporâneos que se colocam a Portugal...
- O facto de os seus "heterónimos" parecerem pessoas de campos políticos muito distintos também não me estimula a vontade de vir debater questões com alguém que não consigo situar politicamente de forma clara ( isto se você se desse ao trabalho de debater); sim, você é nacionalista, indiscutivelmente, mas como sabe essa é uma família muito grande.
-Dito isto termino dizendo que o "Fascismo em Rede” continua a ser um dos meus blogs preferidos e continuo a considerá-lo de enorme importância, porque alguns dos escritores que aqui são apresentados são de facto fascistas e têm valor mesmo para o presente, porque é importante conhecer o pensamento de pessoas que foram banidas pelo sistema, porque um povo sem memória não tem futuro, porque alguns podem aqui ver despertada uma curiosidade que os levará ao sítio certo, porque existe sobre o fascismo uma névoa de falsidade e mentira que importa denunciar, porque é um blog único no seu género, etc. Mas pelas razões que expus não me parece que seja um blog que venha alguma vez a ser muito comentado, será no entanto sempre muito lido e o valor, nesse sentido, será o mesmo. Por fim, você continua a ser o mais brilhante estratega na área nacional que conheço, talvez por isso eu tenha dificuldade em situá-lo politicamente de forma inequívoca, talvez seja um trade-off necessário, agora deixe-se de crises existenciais que não temos tempo para isso, é a defesa do Ocidente que o exige!
Mas!? Ora, ora... Então o Camisanegra quer cair nas "graças das multidões"? Pois esse é o erro. As multidões não têm por natureza qualquer graça. Ao poder legítimo nunca se poderá aceder por baixo. A tentação pragmática da conquista do poder por essa via é mais uma contrafacção do modernismo. Esse diabinho sussurra assim: "Vende a alma que eu dou-te o governo". Mas nunca diz a segunda parte: "Quando tiveres o governo governarás sem alma".
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