quarta-feira, setembro 21, 2005
Fascismo em rede
Escrevi eu que o "Fascismo em rede" é um blogue pouco lido, pouco apreciado, e pouco compreendido.
É sim senhor. Mantenho as três conclusões (é um ano e sete meses de estudo diário, caramba!).
Desde logo o nome, que tem feito engulhos a muito boa gente. "Fascismo em rede" foi escolhido, pode dizer-se, um pouco por ironia e marketing. Ironia, e provocação, porque o fascismo é o único interdito que subsiste na actual sociedade liberal e permissiva; marketing porque o termo parecia poder excitar a curiosidade fácil de que é feita esta aldeia global (outros põem mulheres nuas).
Todavia, e ao contrário do que foi e é por vezes entendido, nunca esteve nas perspectivas erguer qualquer padrão de ortodoxia fascista, ou estabelecer parâmetros de purismo doutrinário.
Bem ao inverso, sempre esteve presente um conceito de "fascismo" que é pelo menos tão abrangente, largo e generoso como o usado frequentemente pelo Dr. Louçã.
Na altura já existia um site italiano chamado "fascismo in rete", que esse sim usa as palavras num sentido mais próprio e determinado: tenta assinalar a presença do "fascismo", político, doutrinário e histórico, na net (rete).
E havia também um importante artigo de Alain de Benoist sobre o que ele chama "a época das redes".
E a este se prende o lado mais sério da denominação "fascismo em rede": ao incluir a referência "em rede" estava a avançar com o essencial de uma proposta, um método, uma estratégia para o nosso tempo. Em rede, na net e fora dela, aludia a uma visão sobre o que devia e podia ser a acção política da militância "nacional" nas sociedades de hoje.
Dito isto, respondo directamente ao Rebatet que as minhas citadas conclusões não resultam de nenhuma crise existencial (aliás esta expressão parece-me muito sartreana, e Sartre não cabe nos arraiais fascistas, nem mesmo recorrendo à acepção mais vasta popularizada pelo Dr. Louçã).
Trata-se de observações factuais, alicerçadas num conhecimento concreto.
O "Fascismo em rede" é pouco lido (números são números), pouco apreciado (tenho múltiplas fontes...) e pouco compreendido (eu é que sei).
Sobretudo nas ironias; mas aí os poucos que me lêem e entendem não estranham nada, porque já sabem muito bem a má sorte de que goza a ironia entre as hostes da "direita zangada".
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É sim senhor. Mantenho as três conclusões (é um ano e sete meses de estudo diário, caramba!).
Desde logo o nome, que tem feito engulhos a muito boa gente. "Fascismo em rede" foi escolhido, pode dizer-se, um pouco por ironia e marketing. Ironia, e provocação, porque o fascismo é o único interdito que subsiste na actual sociedade liberal e permissiva; marketing porque o termo parecia poder excitar a curiosidade fácil de que é feita esta aldeia global (outros põem mulheres nuas).
Todavia, e ao contrário do que foi e é por vezes entendido, nunca esteve nas perspectivas erguer qualquer padrão de ortodoxia fascista, ou estabelecer parâmetros de purismo doutrinário.
Bem ao inverso, sempre esteve presente um conceito de "fascismo" que é pelo menos tão abrangente, largo e generoso como o usado frequentemente pelo Dr. Louçã.
Na altura já existia um site italiano chamado "fascismo in rete", que esse sim usa as palavras num sentido mais próprio e determinado: tenta assinalar a presença do "fascismo", político, doutrinário e histórico, na net (rete).
E havia também um importante artigo de Alain de Benoist sobre o que ele chama "a época das redes".
E a este se prende o lado mais sério da denominação "fascismo em rede": ao incluir a referência "em rede" estava a avançar com o essencial de uma proposta, um método, uma estratégia para o nosso tempo. Em rede, na net e fora dela, aludia a uma visão sobre o que devia e podia ser a acção política da militância "nacional" nas sociedades de hoje.
Dito isto, respondo directamente ao Rebatet que as minhas citadas conclusões não resultam de nenhuma crise existencial (aliás esta expressão parece-me muito sartreana, e Sartre não cabe nos arraiais fascistas, nem mesmo recorrendo à acepção mais vasta popularizada pelo Dr. Louçã).
Trata-se de observações factuais, alicerçadas num conhecimento concreto.
O "Fascismo em rede" é pouco lido (números são números), pouco apreciado (tenho múltiplas fontes...) e pouco compreendido (eu é que sei).
Sobretudo nas ironias; mas aí os poucos que me lêem e entendem não estranham nada, porque já sabem muito bem a má sorte de que goza a ironia entre as hostes da "direita zangada".
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