domingo, outubro 30, 2005
ESTILO FASCISTA
Em 28 de Outubro de 1922, a Itália foi o teatro de um acontecimento de primordial importância não somente para o povo italiano como para o mundo inteiro.
Desde a madrugada, grupos de homens reunidos em algumas localidades da Úmbria, da Sabina e do litoral firenziano, iniciaram a sua marcha sobre Roma, erguendo bandeiras italianas e os estandartes negros do Fascismo. Naquela marcha vitoriosa participaram homens de todas as condições sociais e de todas as idades. Irmanados por uma mesma fé na grandeza da Pátria, marchavam com entusiasmo rapazes de dezasseis e dezassete anos, e veteranos, antigos combatentes do Carso e da Piave, vencedores nos campos de batalha italianos durante a grande guerra. Uma única vontade animava estes homens, física e espiritualmente tão diferentes: acabar com a mediocridade democrática e a balbúrdia parlamentar, criar uma Nova Ordem, que correspondesse melhor às necessidades sociais do momento e que pudesse restituir à Itália a sua antiga grandeza.
O que o Fascismo procurava destruir era a organização liberal e democrática do Estado. O Fascismo tinha de forjar a nova alma da Nação e não recuou perante as inúmeras dificuldades desta missão. Com firmeza e decisão, lançou-se na luta, por vezes sangrenta e sempre implacável, que durou mais de três anos e tornou muitas vezes necessário o uso de meios-extra-legais; o último deles foi a própria marcha sobre Roma que implantou o Regime Fascista na Itália.
Será, contudo, o Fascismo um fenómeno político puramente italiano que, por conseguinte, tem a sua única aplicação na península itálica? Não, sem dúvida, porque se assim fosse realmente nunca poderia ter inspirado tão profundamente outros Estados europeus.
É certo que o Fascismo nasceu na Itália e estava relacionado com problemas e necessidades particulares da nação italiana, mas podemos afirmar que este fenómeno político, originando um grande movimento de ideias, obedeceu a todos os ocidentais, facto que pode explicar a sua expansão na Europa.
Este sentido ocidental do movimento fascista foi reconhecido pelo próprio Mussolini, que declarou em 1933: «O Fascismo é um fenómeno essencialmente italiano que contém elementos universais (como doutrina) e elementos práticos (como legislação) que podem também ser adoptados por outros povos. Também há, no Fascismo, um núcleo central de ideias, de sentimentos, de doutrinas que estão relacionadas com a nossa tradição histórica mais antiga, isto é, a romana, e que lhe dão a sua originalidade.»
Mais do que uma simples corrente de pensamento o Fascismo é uma nova maneira de viver. O Duce declarou um dia que o elemento fundamental da mística fascista é a recusa orgulhosa do comodismo burguês. Esta mística vivificadora, intransigente, juvenil, conseguiu imprimir um estilo característico em todas as manifestações da vida social. Após um século de liberalismo em que as grandes certezas eram discutidas, as verdades mais sagradas negadas, os princípios fundamentais desprezados, um estilo novo, sincero, firme, sério, apareceu na vida política dos povos que sacudiram o jugo demo-liberal e seguiram o magnífico exemplo do Fascismo italiano.
Quanto a nós, a nossa posição está bem definida. Continuamos fiéis ao estilo fascista que caracterizou até agora a nossa maneira de viver perigosamente, porque somos jovens e recusamos ceder a pressões burguesas provenientes de grupos que temem a nossa intransigência e condenam a nossa juventude.
Se o Fascismo é o fim das greves, o fim das desordens, o fim dos abusos contra o interesse nacional, então declaro com orgulho que sou fascista. Se é ser fascista querer proteger a autoridade do Estado, defender o Império, lutar contra a traição, não há dúvida que ainda há muitos fascistas em Portugal.
O estilo fascista tem algo de profundamente irritante para os mentores do republicanismo demo-liberal: a combatividade. Frente à apatia liberal, as juventudes de uniforme que desfilavam de braço erguido, com passo firme e atitude altiva, representavam o fim dos chamados princípios de 89. Eis porque este estilo juvenil, alegre e militar, considerado perigoso pelos vencedores da última guerra, foi condenado. Mas ninguém nos poderá jamais obrigar ao abandono deste estilo que tanto contribuiu para a nossa formação.
Luís Fernandes
(In «Agora», n.º 329, 04.11.1967, pág. 6)
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Desde a madrugada, grupos de homens reunidos em algumas localidades da Úmbria, da Sabina e do litoral firenziano, iniciaram a sua marcha sobre Roma, erguendo bandeiras italianas e os estandartes negros do Fascismo. Naquela marcha vitoriosa participaram homens de todas as condições sociais e de todas as idades. Irmanados por uma mesma fé na grandeza da Pátria, marchavam com entusiasmo rapazes de dezasseis e dezassete anos, e veteranos, antigos combatentes do Carso e da Piave, vencedores nos campos de batalha italianos durante a grande guerra. Uma única vontade animava estes homens, física e espiritualmente tão diferentes: acabar com a mediocridade democrática e a balbúrdia parlamentar, criar uma Nova Ordem, que correspondesse melhor às necessidades sociais do momento e que pudesse restituir à Itália a sua antiga grandeza.
O que o Fascismo procurava destruir era a organização liberal e democrática do Estado. O Fascismo tinha de forjar a nova alma da Nação e não recuou perante as inúmeras dificuldades desta missão. Com firmeza e decisão, lançou-se na luta, por vezes sangrenta e sempre implacável, que durou mais de três anos e tornou muitas vezes necessário o uso de meios-extra-legais; o último deles foi a própria marcha sobre Roma que implantou o Regime Fascista na Itália.
Será, contudo, o Fascismo um fenómeno político puramente italiano que, por conseguinte, tem a sua única aplicação na península itálica? Não, sem dúvida, porque se assim fosse realmente nunca poderia ter inspirado tão profundamente outros Estados europeus.
É certo que o Fascismo nasceu na Itália e estava relacionado com problemas e necessidades particulares da nação italiana, mas podemos afirmar que este fenómeno político, originando um grande movimento de ideias, obedeceu a todos os ocidentais, facto que pode explicar a sua expansão na Europa.
Este sentido ocidental do movimento fascista foi reconhecido pelo próprio Mussolini, que declarou em 1933: «O Fascismo é um fenómeno essencialmente italiano que contém elementos universais (como doutrina) e elementos práticos (como legislação) que podem também ser adoptados por outros povos. Também há, no Fascismo, um núcleo central de ideias, de sentimentos, de doutrinas que estão relacionadas com a nossa tradição histórica mais antiga, isto é, a romana, e que lhe dão a sua originalidade.»
Mais do que uma simples corrente de pensamento o Fascismo é uma nova maneira de viver. O Duce declarou um dia que o elemento fundamental da mística fascista é a recusa orgulhosa do comodismo burguês. Esta mística vivificadora, intransigente, juvenil, conseguiu imprimir um estilo característico em todas as manifestações da vida social. Após um século de liberalismo em que as grandes certezas eram discutidas, as verdades mais sagradas negadas, os princípios fundamentais desprezados, um estilo novo, sincero, firme, sério, apareceu na vida política dos povos que sacudiram o jugo demo-liberal e seguiram o magnífico exemplo do Fascismo italiano.
Quanto a nós, a nossa posição está bem definida. Continuamos fiéis ao estilo fascista que caracterizou até agora a nossa maneira de viver perigosamente, porque somos jovens e recusamos ceder a pressões burguesas provenientes de grupos que temem a nossa intransigência e condenam a nossa juventude.
Se o Fascismo é o fim das greves, o fim das desordens, o fim dos abusos contra o interesse nacional, então declaro com orgulho que sou fascista. Se é ser fascista querer proteger a autoridade do Estado, defender o Império, lutar contra a traição, não há dúvida que ainda há muitos fascistas em Portugal.
O estilo fascista tem algo de profundamente irritante para os mentores do republicanismo demo-liberal: a combatividade. Frente à apatia liberal, as juventudes de uniforme que desfilavam de braço erguido, com passo firme e atitude altiva, representavam o fim dos chamados princípios de 89. Eis porque este estilo juvenil, alegre e militar, considerado perigoso pelos vencedores da última guerra, foi condenado. Mas ninguém nos poderá jamais obrigar ao abandono deste estilo que tanto contribuiu para a nossa formação.
Luís Fernandes
(In «Agora», n.º 329, 04.11.1967, pág. 6)
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"Apatia Liberal..."
Pensar que só por não se andar fardado aos berros na rua com trejeitos militares se é apático revelou-se para vosselências um erro trágico.
Um substimar catastrófico.
Para se ser EFICAZ e levar a 'água ao moínho' não é preciso essa parafernália toda.
Os resultados?
Esses, estão á vista.
Quem é que é apático?
Ayn Rand - PRESENTE!
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Pensar que só por não se andar fardado aos berros na rua com trejeitos militares se é apático revelou-se para vosselências um erro trágico.
Um substimar catastrófico.
Para se ser EFICAZ e levar a 'água ao moínho' não é preciso essa parafernália toda.
Os resultados?
Esses, estão á vista.
Quem é que é apático?
Ayn Rand - PRESENTE!