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segunda-feira, novembro 07, 2005

A ausência da Direita 

Para quem esteja atento ao debate das ideias com que se faz a actualidade, um facto não pode passar despercebido: a direita, a autêntica, continua ausente.
Afastada do centro, onde a batalha se trava, por ter sido relegada para a marginalidade pela convergência cúmplice dos donos da bola?
Ou retirada para a periferia, por escolha ou por incapacidade própria?
Não haverá neste distanciamento uma desistência, uma fuga, uma vontade de ficar ao largo, a observar o fluir das águas que passam?
Haverá a conspiração dos instalados, mas haverá, e muito, esta preferência amarga pelo exílio, o cansaço da História, o impulso da partida.
E todavia, se queremos guardar alguma coisa do que amamos teremos que continuar a fazer parte disto.
Se simplesmente desertarmos, deixando o presente para os outros e o amanhã para quem eles decidam, não poderemos queixar-nos do que tivermos, e do que perdermos.
Por enquanto, o que se constata é que em Portugal, ou em Espanha, ou em França, e desconfio que por muitos outros sítios, a Direita não está a fazer-se ouvir nas polémicas em que se decide o presente e o futuro das sociedades em que se vive, e que, gostando ou não delas, são as "nossas".
Ao que parece existe Direita, a demissionária e a demissionista... mas Direita que se bata, em todos os centímetros do terreno em que se trava a batalha política e cultural da nossa época, essa não.
Somos uns poucos, pouquíssimos, a manter acesa e ao vento uma pequena chama, na esperança inglória de que se propague, e aqueça as almas.

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