sexta-feira, fevereiro 10, 2006
Dois anos de vida
Foi a 7 de Fevereiro de 2004, um sábado, que surgiu o "Fascismo em rede".
Nasceu sob a epígrafe de Robert Brasillach, recordando um pequeno trecho do que escreveu na prisão de Fresnes, em 1945, aguardando o fuzilamento:
“Desde há muito que nós considerávamos o Fascismo como uma Poesia, e a própria poesia do século XX (com o Comunismo, sem dúvida). Digo de mim para mim isto não pode morrer. As pequenas crianças que serão mais tarde rapazes de vinte anos, hão-de ter a revelação, com maravilhamento nostálgico, da existência desta exaltação de milhões de homens, dos campos de juventude, da glória do passado, dos desfiles, das catedrais de luz, dos heróis mortos em combate, da amizade entre a juventude de todas as nações despertadas, de José António, do Fascismo imenso e rubro.
(...) Ele continua a ser a mais exaltante verdade do século XX, aquela que lhe dará a cor. O que nós lhe reprovamos, por amor à verdade, provém quer das insuficiências nacionais, quer das difíceis condições de vida, quer mesmo da guerra (e neste caso as democracias cometeram igualmente esses erros, se erros houve). Mas o seu calor, a sua grandeza, o seu fogo maravilhoso, isto é próprio dele. Um campo de juventude na noite, a impressão de fazer corpo com a nação inteira, a inscrição nas fileiras de heróis e santos do passado, uma festa totalitária, eis elementos da poesia fascista, eis o que terá feito a loucura e a sabedoria do nosso tempo, eis o que, tenho a certeza, a juventude, dentro de vinte anos, esquecendo taras e erros, há-de olhar, com uma profunda sedução e uma incurável nostalgia.”
São dois anos de vida intensa, de um trabalho extenuante, de um sacrifício pessoal constante.
Sem outra recompensa que não seja a de cumprir um dever. Obstinada e silenciosamente, sozinho e concitando ódios até de alguns de quem se esperava adesão e apoio, mas que se viram incomodados no quentinho do seu refastelamento, fica-nos apenas a consciência limpa de quem serve sem nada reclamar para si.
E fica também por vezes uma tremenda sensação de cansaço, a angústia sobre a inutilidade de tudo. Mas esta é a parte mais íntima da questão.
O que aqui está, para avaliação geral, é a obra de dois anos de labor permanente, à disposição de quem queira aproveitar-se da imensidão dos arquivos. E nem é preciso agradecer. Ficam à disposição de todos, para a todos servirem.
Nasceu sob a epígrafe de Robert Brasillach, recordando um pequeno trecho do que escreveu na prisão de Fresnes, em 1945, aguardando o fuzilamento:
“Desde há muito que nós considerávamos o Fascismo como uma Poesia, e a própria poesia do século XX (com o Comunismo, sem dúvida). Digo de mim para mim isto não pode morrer. As pequenas crianças que serão mais tarde rapazes de vinte anos, hão-de ter a revelação, com maravilhamento nostálgico, da existência desta exaltação de milhões de homens, dos campos de juventude, da glória do passado, dos desfiles, das catedrais de luz, dos heróis mortos em combate, da amizade entre a juventude de todas as nações despertadas, de José António, do Fascismo imenso e rubro.
(...) Ele continua a ser a mais exaltante verdade do século XX, aquela que lhe dará a cor. O que nós lhe reprovamos, por amor à verdade, provém quer das insuficiências nacionais, quer das difíceis condições de vida, quer mesmo da guerra (e neste caso as democracias cometeram igualmente esses erros, se erros houve). Mas o seu calor, a sua grandeza, o seu fogo maravilhoso, isto é próprio dele. Um campo de juventude na noite, a impressão de fazer corpo com a nação inteira, a inscrição nas fileiras de heróis e santos do passado, uma festa totalitária, eis elementos da poesia fascista, eis o que terá feito a loucura e a sabedoria do nosso tempo, eis o que, tenho a certeza, a juventude, dentro de vinte anos, esquecendo taras e erros, há-de olhar, com uma profunda sedução e uma incurável nostalgia.”
São dois anos de vida intensa, de um trabalho extenuante, de um sacrifício pessoal constante.
Sem outra recompensa que não seja a de cumprir um dever. Obstinada e silenciosamente, sozinho e concitando ódios até de alguns de quem se esperava adesão e apoio, mas que se viram incomodados no quentinho do seu refastelamento, fica-nos apenas a consciência limpa de quem serve sem nada reclamar para si.
E fica também por vezes uma tremenda sensação de cansaço, a angústia sobre a inutilidade de tudo. Mas esta é a parte mais íntima da questão.
O que aqui está, para avaliação geral, é a obra de dois anos de labor permanente, à disposição de quem queira aproveitar-se da imensidão dos arquivos. E nem é preciso agradecer. Ficam à disposição de todos, para a todos servirem.
9 Comentários
Comments:
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Foi a 7 de Fevereiro, não de Janeiro.
Só pelo imenso arquivo que constitui este blogue já mereceu a pena ele ter visto a luz do dia.
O cansçao, esse todos sentimos num momento ou noutro, felizmente não sempre.
Parabéns.
Só pelo imenso arquivo que constitui este blogue já mereceu a pena ele ter visto a luz do dia.
O cansçao, esse todos sentimos num momento ou noutro, felizmente não sempre.
Parabéns.
Claro que foi Fevereiro!
Nem sei como escrevi Janeiro, estando a pensar bem.. É o cansaço!
Vou já emendar.
Nem sei como escrevi Janeiro, estando a pensar bem.. É o cansaço!
Vou já emendar.
Muitos parabéns pelo aniversário de um dos melhores blogues cá da terra - ainda por cima hoje que bem os merece!
Parabéns mais do que merecidos. Grandes textos, históricos cartazes, boas fotografias, excelente banda sonora. E o resto é treta.
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