sexta-feira, julho 21, 2006
Governo implacável no combate ao crime
O presidente do Sindicato dos Profissionais de Polícia (SPP/PSP), António Ramos, foi notificado da decisão do Governo de o aposentar compulsivamente das funções policiais por declarações prestadas à comunicação social.
A aposentação compulsiva, decidida por despacho do secretário de Estado José Magalhães, deve-se a «declarações prestadas à comunicação social» por António Ramos «enquanto presidente» do sindicato.
A medida já se previa pelo comunicado governamental de 8 de Maio passado.
Recorde-se que nessa altura o Ministério da Administração Interna (MAI) determinou à Direcção Nacional da PSP que tomasse medidas de responsabilização disciplinar, criminal e contra-ordenacional em relação a dirigentes do Sindicato dos Profissionais de Polícia (SPP) por declarações «xenófobas».
As declarações em causa foram proferidas pelo presidente e pelo secretário-geral do SPP na sequência de um protesto contra a pena aplicada ao luso-brasileiro Marcus Fernandes, condenado a 25 anos de prisão pela morte de dois agentes e pela tentativa de homicídio de um terceiro.
Disse então o presidente da SPP, António Ramos, ao Diário de Notícias, que «o aumento da criminalidade em Portugal deu-se com a abertura das fronteiras», e que «o Governo não devia deixar entrar tanta gente».
Por seu lado, o secretário-geral do sindicato, Luís Filipe Maria, garantiu que o SPP «não é contra a imigração», mas salientou que «antes de haver imigrantes brasileiros não havia assaltos nos semáforos».
E acrescentou: «Quem matou os agentes na Amadora? Não foi um brasileiro? Quem matou o agente Ireneu na Cova da Moura? Não foram estrangeiros?».
Logo no seu comunicado de 8 de Maio o Governo fazia antever a sua intenção: "o teor das declarações, indisfarçavelmente xenófobo, é incompatível com a qualidade de membro da PSP», dizia o MAI.
Na quinta-feira também o dirigente do SPP/PSP no Algarve António Cartaxo foi notificado de pena idêntica, igualmente por declarações à comunicação social, aquando da morte por atropelamento do chefe da PSP Armando Lopes, em 11 de Novembro de 2003, à entrada da ponte de Vila Real de Santo António.
Armando Lopes estava numa barreira policial que foi abalroada por um automóvel em fuga na ponte sobre o Guadiana.
O agente foi projectado cerca de 30 metros, depois de ter sido atropelado por um carro em que seguiam três suspeitos de um assalto em Lagos (estes não eram brasileiros, eram ciganos).
Na ocasião, o SPP/PSP lamentou a morte do agente e criticou a «cobardia do poder político», por impedir a utilização de «lagartas de pregos» nas barreiras, pondo em risco a vida dos polícias.
António Cartaxo sublinhou então que já por diversas vezes foram feitas propostas no sentido de que o método possa ser utilizado pela polícia portuguesa, o que protegeria os agentes e impediria situações como a que ocorrida em Vila Real de Santo António.
«As nossas propostas têm sido rejeitadas por políticos iluminados que alegam a inconstitucionalidade do uso de lagartas, preferindo-se arriscar a vida dos agentes policiais em nome de valores menores protegidos por alguma cobardia política», disse na altura.
Pronto, estes já estão. Rua com eles! Vão procurar emprego noutro lado (talvez emigrem...).
O Sindicato dos Profissionais de Polícia (SPP/PSP) anunciou entretanto e em reacção a isto a convocação de uma manifestação de solidariedade. A concentração, aberta a toda a sociedade civil, foi agendada para 28 de Setembro em Lisboa.
A aposentação compulsiva, decidida por despacho do secretário de Estado José Magalhães, deve-se a «declarações prestadas à comunicação social» por António Ramos «enquanto presidente» do sindicato.
A medida já se previa pelo comunicado governamental de 8 de Maio passado.
Recorde-se que nessa altura o Ministério da Administração Interna (MAI) determinou à Direcção Nacional da PSP que tomasse medidas de responsabilização disciplinar, criminal e contra-ordenacional em relação a dirigentes do Sindicato dos Profissionais de Polícia (SPP) por declarações «xenófobas».
As declarações em causa foram proferidas pelo presidente e pelo secretário-geral do SPP na sequência de um protesto contra a pena aplicada ao luso-brasileiro Marcus Fernandes, condenado a 25 anos de prisão pela morte de dois agentes e pela tentativa de homicídio de um terceiro.
Disse então o presidente da SPP, António Ramos, ao Diário de Notícias, que «o aumento da criminalidade em Portugal deu-se com a abertura das fronteiras», e que «o Governo não devia deixar entrar tanta gente».
Por seu lado, o secretário-geral do sindicato, Luís Filipe Maria, garantiu que o SPP «não é contra a imigração», mas salientou que «antes de haver imigrantes brasileiros não havia assaltos nos semáforos».
E acrescentou: «Quem matou os agentes na Amadora? Não foi um brasileiro? Quem matou o agente Ireneu na Cova da Moura? Não foram estrangeiros?».
Logo no seu comunicado de 8 de Maio o Governo fazia antever a sua intenção: "o teor das declarações, indisfarçavelmente xenófobo, é incompatível com a qualidade de membro da PSP», dizia o MAI.
Na quinta-feira também o dirigente do SPP/PSP no Algarve António Cartaxo foi notificado de pena idêntica, igualmente por declarações à comunicação social, aquando da morte por atropelamento do chefe da PSP Armando Lopes, em 11 de Novembro de 2003, à entrada da ponte de Vila Real de Santo António.
Armando Lopes estava numa barreira policial que foi abalroada por um automóvel em fuga na ponte sobre o Guadiana.
O agente foi projectado cerca de 30 metros, depois de ter sido atropelado por um carro em que seguiam três suspeitos de um assalto em Lagos (estes não eram brasileiros, eram ciganos).
Na ocasião, o SPP/PSP lamentou a morte do agente e criticou a «cobardia do poder político», por impedir a utilização de «lagartas de pregos» nas barreiras, pondo em risco a vida dos polícias.
António Cartaxo sublinhou então que já por diversas vezes foram feitas propostas no sentido de que o método possa ser utilizado pela polícia portuguesa, o que protegeria os agentes e impediria situações como a que ocorrida em Vila Real de Santo António.
«As nossas propostas têm sido rejeitadas por políticos iluminados que alegam a inconstitucionalidade do uso de lagartas, preferindo-se arriscar a vida dos agentes policiais em nome de valores menores protegidos por alguma cobardia política», disse na altura.
Pronto, estes já estão. Rua com eles! Vão procurar emprego noutro lado (talvez emigrem...).
O Sindicato dos Profissionais de Polícia (SPP/PSP) anunciou entretanto e em reacção a isto a convocação de uma manifestação de solidariedade. A concentração, aberta a toda a sociedade civil, foi agendada para 28 de Setembro em Lisboa.
3 Comentários
Comments:
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O deus Thoth tem mesmo premonição.
Quando, ao principio da tarde, li aqui o comunicado do PNR, senti a falta de um artigo que lembrasse que afinal a DGS ainda esta viva, agora com o nome de SIS. Quer dizer, estava a espera de ler a defesa da reforma compulsiva imposta a um agente da PSP, que se "esqueceu" de dizer a verdade!
Ainda irá ser muito pior, quem o diz, é o deus Thoth!
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Quando, ao principio da tarde, li aqui o comunicado do PNR, senti a falta de um artigo que lembrasse que afinal a DGS ainda esta viva, agora com o nome de SIS. Quer dizer, estava a espera de ler a defesa da reforma compulsiva imposta a um agente da PSP, que se "esqueceu" de dizer a verdade!
Ainda irá ser muito pior, quem o diz, é o deus Thoth!