quinta-feira, outubro 12, 2006
A direita zangada
A crispação, o rilhar de dentes, o sobrolho carregado, o dedo esticado e acusador vibrando de apoplética indignação - eis o retrato chapado de certa direita com que frequentemente deparamos.
Um bom amigo já falecido, fascista tranquilo e de ironia mordaz sempre a desprender-se do sorriso observador, chamava-lhe a "direita roncante" (e agora me lembro que o Larcher, com crueldade jesuítica, lhes chamava "direita patibular").
Disto até à estéril tendência para o sectarismo mais mesquinho, a permanente canelada em família, o virar de costas à vida e à realidade, vai o passo de um anão.
Quantas iniciativas frustradas, quanto esforço perdido, pelo enclausuramento míope, pelo cerrar de portas e o zelo purificador, distribuindo anátemas e excomunhões em barda - a procura do cada vez mais puros, ainda que cada vez menos...
Um bom amigo já falecido, fascista tranquilo e de ironia mordaz sempre a desprender-se do sorriso observador, chamava-lhe a "direita roncante" (e agora me lembro que o Larcher, com crueldade jesuítica, lhes chamava "direita patibular").
Disto até à estéril tendência para o sectarismo mais mesquinho, a permanente canelada em família, o virar de costas à vida e à realidade, vai o passo de um anão.
Quantas iniciativas frustradas, quanto esforço perdido, pelo enclausuramento míope, pelo cerrar de portas e o zelo purificador, distribuindo anátemas e excomunhões em barda - a procura do cada vez mais puros, ainda que cada vez menos...
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