sexta-feira, outubro 13, 2006
Dos media e da esquerda
São muito conhecidas as análises sobre o domínio das posições de esquerda entre os profissionais da comunicação social, e a sua falta de correspondência com a distribuição de tendências entre o público destinatário.
Conheço essa polémica recorrente pelo menos em França, na América, no Brasil...
A opinião que se publica está sempre à esquerda das sociedades a que se dirige - e as quais trabalha nessa direcção.
O pormenor mais curioso li-o há pouco tempo, confesso que esqueci onde: segundo um estudo efectuado as proporções desse predomínio variam conforme a área a que se dedicam os jornalistas.
Concretamente: a zona das redacções onde o peso esquerdista é mais acentuado seria na área da cultura, a seguir nas secções de política, e as páginas menos à esquerda seriam as de economia.
Inversamente, as opiniões de direita apresentam-se quantitativamente mais representadas à medida que caminhamos da cultura para a política e desta para a economia.
Esta observação divertiu-me sobretudo porque fiquei convencido que ela mesma parte de conceitos sobre esquerda e direita que, no meu modesto entender, são de esquerda. Falando francamente, a direita a que essa conclusão se refere como pontificando mais nas secções de economia coincide certamente com aquela que partilha com a esquerda a aceitação do primado do económico, divergindo dela tão só nos aspectos organizativos propugnados - em nome da eficácia e da competitividade, e não por força de qualquer princípio filosófico.
Conheço essa polémica recorrente pelo menos em França, na América, no Brasil...
A opinião que se publica está sempre à esquerda das sociedades a que se dirige - e as quais trabalha nessa direcção.
O pormenor mais curioso li-o há pouco tempo, confesso que esqueci onde: segundo um estudo efectuado as proporções desse predomínio variam conforme a área a que se dedicam os jornalistas.
Concretamente: a zona das redacções onde o peso esquerdista é mais acentuado seria na área da cultura, a seguir nas secções de política, e as páginas menos à esquerda seriam as de economia.
Inversamente, as opiniões de direita apresentam-se quantitativamente mais representadas à medida que caminhamos da cultura para a política e desta para a economia.
Esta observação divertiu-me sobretudo porque fiquei convencido que ela mesma parte de conceitos sobre esquerda e direita que, no meu modesto entender, são de esquerda. Falando francamente, a direita a que essa conclusão se refere como pontificando mais nas secções de economia coincide certamente com aquela que partilha com a esquerda a aceitação do primado do económico, divergindo dela tão só nos aspectos organizativos propugnados - em nome da eficácia e da competitividade, e não por força de qualquer princípio filosófico.
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