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sábado, dezembro 30, 2006

Retratos 

A manif
Vinte saguis ridículos, aos saltinhos, saídos directamente da sede do Berloque de Esquerda. Quatro dinossáurios, graves, de bengala, vindos da caverna cunhalista. Uns veados, meneando as ancas. Duas ou três bichas de rabiar. Um mocho sábio. Cinco peruas, emproadas, de muito boas famílias. Umas franguinhas de aviário. Um tubarão, guloso. Três babuínos, de beiçana caída. Uns camaleões, à cautela. Dois hipopótamos, solenes e barrigudos. Umas gatas, acaloradas. O Beato Louçã. A mula da cooperativa. Mais umas osgas estremunhadas, vindas da night. Uns ratos de redacção. Não sei quantos patos.
Todos à uma, em coro desafinado: - Morte ao Fáchismo! Morte ao Fáchismo! Morte ao Fáchismo!

A direita perdida
A crispação, o rilhar de dentes, o sobrolho carregado, o dedo esticado e acusador vibrando de apopléctica indignação - eis o retrato chapado de certa direita com que frequentemente deparamos.
Um bom amigo já falecido, fascista tranquilo e de ironia mordaz sempre a desprender-se do sorriso observador, chamava-lhe a direita roncante.
Disto até à estéril tendência para o sectarismo mais mesquinho, a permanente canelada em família, o virar de costas à vida e à realidade, vai o passo de um anão.
Quantas iniciativas frustradas, quanto esforço perdido, pelo enclausuramento míope, pelo cerrar de portas e o zelo purificador, distribuindo anátemas e excomunhões em barda - à procura do cada vez mais puros, ainda que cada vez menos...

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