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sexta-feira, janeiro 19, 2007

A hora que passa 

Alguns manifestam-me o seu fastio perante a omnipresença do tema do aborto.
Acontece que é realmente essa a batalha que se trava até 11 de Fevereiro...
Neste momento, as forças que se dispersarem ou desperdiçarem só revelam desorientação estratégica.
Certamente que muitas outras batalhas terão lugar, mas quem vencer esta ganha vantagem para as outras.
Cada uma tem o seu tempo... e ter esse sentido do tempo, do momento para cada uma, é essencial a um militante. Não se distrair.
O combate que se apresenta pode até nem ser o que mais se desejaria. Mas quem se afasta no tempo próprio do confronto que decide essa hora irá acontecer-lhe o mesmo em todos os outros. Fica de fora a assistir.
Esta reacção instintiva de enfado faz-me lembrar a célebre posição de muitos monárquicos (inteligentíssimos, fidelíssimos) que na altura própria cheios de nojo perante o desastre que era a República gritavam aos que queriam fazer alguma coisa "Não se mexam, não lhe mexam!!!"
Queriam eles dizer, inteligentíssimos, que a intrusa incapaz de sobreviver iria desfazer-se por si, e de qualquer forma as pessoas de bem não deviam sujar as mãos nisso.
O resultado de tão fulgurante intuição viu-se: eles não se mexeram, nem sujaram as mãos. A república ficou, até à eternidade.
Temos que ser sujeitos activos da História, e não espectadores dela.
Militantes, e não diletantes.

2 Comentários
Comments:
Presente!
Saudações Monárquicas.
 
Estou convencido que nasce uma nova geração de monárquicos disposta a sujar as mãos. A seu tempo...
 
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