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quarta-feira, janeiro 17, 2007

Sobre o próximo referendo 

Desfazendo confusões:
Nesta coisa de eleições é verdade que é excelente que haja muitas abstenções, e votos nulos, e votos brancos. Evidentemente.
Mas com uma condição: desde que sejam DOS OUTROS...
Numa votação ganha quem tiver mais votos. Portanto, se conseguirmos levar os outros a não votar ou a votar branco ou nulo, ganhamos nós...
Agora a sério: no referendo sobre o aborto que houve em 1998, em que estive empenhado, a percentagem de votantes foi de 32 % do total.
Leram bem: o nível de votantes nem atingiu um terço do eleitorado. Foi a mais alta abstenção de sempre em votações portuguesas.
As forças em presença eram as mesmas que hoje se combatem (portanto nem sequer é verdade o que se diz sobre os votantes do PCP e do Bloco votarem sempre: nessa ocasião descuidaram-se, ficaram em casa).
E o Não ganhou.
Para o próximo referendo, eu penso, e quase todos os analistas pensam, que muito dificilmente se atingirá uma votação de 50 %. É quase impossível. A grande massa eleitoral não está interessada nesta votação, não lhe agrada sequer participar.
Portanto, irá ganhar quem tiver a "minoria maior", se me permitem a expressão. Aqueles militantes de um lado ou do outro que consigam arrastar mais gente sua para as urnas. Na última vez fomos nós. E tenho esperança que também desta vez essa massa normalmente silenciosa faça vencer o Não.
Repare-se que votando cerca de um terço do eleitorado acontece que ganhará quem alcançar um número de votos que é pouco mais de 15 % do eleitorado total (matematicamente, esse número de 15 % significará metade do terço que se calcula ir votar).
Foi o que aconteceu no passado referendo: o Não ganhou com pouco mais de metade dos votos expressos.
E é precisamente isto que podemos conseguir desta vez, se nos mobilizarmos.

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