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sábado, março 24, 2007

Um comentário sobre o filme "300" 

Por se justificar amplamente o destaque trago para aqui um comentário da autoria do leitor António Lugano (Prometheus e Mneme), que de outro modo se perderia no fundo da respectiva caixa de comentários.

A perspectiva cinematográfica de Hollywood
Com extensa campanha publicitária (para isso capital não falta) o filme norte-americano "300" pretende retratar a luta heróica dos gregos nas Termópilas mas, fiel à tradição, não consegue mais que uma farsa, não só porque confundem o local do combate com um matadouro municipal, como pela sinopse que diz :
"(…) a sua coragem e o seu sacrificio encorajaram o povo grego a unir-se contra os exércitos persas e a fundar a democracia."
Ora bem, a batalha do desfiladeiro das "Termópilas" tornou-se célebre pela heróica defesa proporcionada pelos espartanos e pelo seu rei Leónidas, massacrados pelos persas que não permitiram sobreviventes, mas (pergunta pertinente)… que tinham a ver os espartanos com a "democracia"?
Na verdade… absolutamente nada, ou seja, eram adversários resolutos da democracia, regime politico existente em Atenas (desde as reformas de Clistenes em 508 EP) e que aí vigorou até à sua abolição em 322 EP…
Como se pode afirmar que o comportamento heróico dos espartanos, em 480 EP, "encorajou o povo grego … a fundar a democracia", se esta já existia em Atenas há cerca de 28 anos, para desaparecer no século seguinte?
A manipulação demagógica da História é já um dado adquirido pela cinematografia "made in USA" e é sabido que a demagogia é uma das principais caracteristicas do regime democrático. Aliás, foi uma das principais causas da sua dissolução em Atenas, onde durou 186 anos! Quanto durará entre nós?
A batalha do desfiladeiro das Termópilas, um emblema da resistência do povo grego, traduz antes de mais o espírito de sacrificio dos espartanos, um exemplo para os democratas de Atenas. No ponto mais alto do desfiladeiro, no cume de Kolonós, onde se desenrolou o derradeiro episódio da resistência espartana, foi erigido um mausoléu onde se pode ler uma inscrição do poeta Simonide de Céos (556-467 EP):
"Vai, viajante, dizer a Esparta que aqui jazemos, fiéis às suas leis"!
Fiéis às leis de Esparta… não às de Atenas!
Afirmar que os espartanos morreram em defesa da democracia é um despropósito, um desatino e um disparate!
Aliás, o facto de se produzir um filme "histórico" (não, este não é do Spielberg) em que os iranianos (persas) atacam a Europa… nas actuais circunstâncias terá sido mera coincidência?
Felizmente, a mediocridade da realização, a indigência dos diálogos e o ridículo dos acessórios, retira credibilidade a semelhante manipulação da História!
O público, que corre entusiasmado a ver semelhante vacuidade, produz dois tipos de reacção: uns sentem-se burlados e recordam a mãezinha dos produtores da "coisa", outros, mais intelectualizados, "até gostam" e interrogam-se sobre se a Grécia já existiria antes de que os "yankees" inventassem o "chewing gum"?

2 Comentários
Comments:
Tenho incluido no "Mneme" um "link" para "Camisa Negra" ("fascismo em rede").
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Cordial Saudação
Antonio Lugano
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Mneme
http://mnemeeuropa.blogspot.com
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Os árabes na "libertação" da Europa
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Ao filme "300" (a batalha das Termópilas), que se apresenta como não-histórico (o que é evidente), haverá que juntar outro filme que por aí vai sendo publicitado, igualmente fabricado pelos gabinetes de "agitação-propaganda" do "Sistema politicamente correcto".

Refiro-me ao filme do "francês" Rachid Bouchared (nascido em Paris de pai e mãe argelinos) com o titulo original "Indigènes" (Indígenas) mas rebaptizado "Days of Glory", para se enquadrar mais no estilo "hollywoodesco" !

Estreado a 27 de Setembro de 2006, pretende ser um filme histórico, quando na realidade não passa de uma flagrante falsificação da História, numa clara e abusiva intenção de condicionar os espectadores.

Pretende relatar a historia de quatro "indígenas argelinos", recrutados pela França na colónia da Argelia no periodo 1944/45, para lutarem contra a Alemanha.
Said, Abdelkader, Messaoud e Yassir, os "indígenas", batalham ferozmente em regiões como a Provence, Vallé du Rhin e Les Vosges contra os maus alemães que tinham manifestado a peregrina ideia de que a Europa é para os europeus ; uma verdadeira insensatez !
Felizmente, a Europa teve a ajuda desses "cruzados do Islão" lutando para "libertar a mãe pátria"… que obviamente é a Europa, e no caso presente a França !

Tão bravos, valentes e heróis que, os quatro sózinhos, defendem uma povoação da Alsácia (habitada por brancos cobardes) da ofensiva de um batalhão do exército alemão !!!
Parece que regressamos aqueles filmes dos "mil indios à direita, mil indios à esquerda e Gary Cooper sózinho !".
Na verdade, para quatro argelinos democráticos, que pode representar um batalhão da Wehrmarcht senão um grupelho de "skinheads" ?

Mas, a cereja no cimo do bolo colocou-a o "super-menteur" (super-mentiroso), como é conhecido em França o presidente da república local, Jacques Chirac.
Com efeito, após uma apresentação privada a Chirac (e madame) e ao 1º ministro Dominique de Villepin, o choque emocional do presidente (e da madame respectiva) foi de tal amplitude, que resolveu melhorar as pensões dos africanos que combateram contra os alemães (alguns dizem "pela França").
Uma coisa é certa. O valoroso Chirac não teme… o ridículo !

Para os que não acreditam em teorias conspirativas, ficou a dúvida se Chirac (conhecendo-se a sua boçal ignorância) está mesmo convencido de que a patranha apresentada tem algo de histórico…

Alguns meios de comunicação, fazendo alarde da sua "paixão africana", referiram que 600 000 homens vieram das colónias "libertar" a França, embora as feministas já protestem, exigindo que se inclua um minimo de 43,6% de mulheres no total indicado.
Aguarda-se que "gays e lesbianas" também exijam uma quota !

Uma última constatação se retira de tão "histórico testemunho" : afinal a selecção francesa de futebol já teve um percursor no próprio exército francês !
E esta, hem ?
 
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