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terça-feira, outubro 23, 2007

Um importante contributo teórico 

Um artigo de Manuel Brás, no Jornal da Nova Democracia:

Sobreviver
Nos próximos tempos presenciaremos, provavelmente, alguma agitação política no seio da Nova Democracia. Entre apreciar as várias propostas de candidatos já anunciados à Presidência – e de outros que ainda o venham a fazer –, a marcação de um Congresso para eleger uma nova Direcção e definir uma agenda e uma estratégia para o futuro, muito haverá para reflectir e discutir.
Ainda que possa parecer um cenário de crise e fosse preferível não passar agora por aí, a verdade é que, apesar de tudo, isto não é necessariamente mau. Só será mau se daqui sairmos divididos e fragilizados.
Se soubermos superar estereótipos e rótulos, tão vulgares na política, avaliar as propostas e estratégias de cada candidato (ou candidata), se soubermos somar e acrescentar valor ao que já existe, se soubermos ajudar a equipa que for eleita, se soubermos fazer isto antes e em vez de ajuizar precipitadamente, talvez consigamos sair mais coesos para continuar aquilo que o Dr. Manuel Monteiro iniciou e, com certeza, não deixará de continuar de forma activa e militante.
O que atenta contra a unidade não é a multiplicidade; é a divisão. Não nos deixemos dominar pelo sectarismo, que tantas vezes lamentamos na Direita. Uma boa proposta, uma boa estratégia, uma boa agenda, uma boa medida, é sempre boa, venha de quem vier.
Tenhamos a necessária serenidade e lucidez para ajuizar sobre o valor político dos candidatos (ou candidatas) e suas propostas, sobretudo depois de sermos esclarecidos quanto ao que pensam e tencionam fazer a respeito dos mais relevantes assuntos.
Em qualquer caso, uma coisa é certa: a Nova Democracia é uma força política de Direita, patriótica, conservadora, liberal, que entende o Homem – o realismo da condição humana – como princípio e fim da acção política, que preconiza o Estado mínimo necessário e a Nação como realidade integradora de pessoas, famílias e grupos da sociedade civil, numa continuidade histórica, cultural e política de quase 900 anos.
Uma agenda política de Direita terá necessariamente temas polémicos nas actuais circunstâncias nacionais e civilizacionais. A questão da soberania, da independência e da identidade nacional é uma delas. Mas a afirmação dessa soberania, independência e identidade não se faz contra ninguém, e muito menos é motivada pelo ódio a quem quer que seja. A imigração é um fenómeno que exige controle por razões de segurança. Sem dúvida. Mas, os imigrantes não têm culpa do estado decadente, a vários níveis, a que Portugal chegou. A culpa, essa, vai inteirinha para os governantes das últimas décadas. Precisamos de líderes que nos digam que a nossa sobrevivência está em perigo, enquanto os que estão no poder vivem deslumbrados com a “qualidade de vida” e convencidos que vão deter as variações climáticas. O terrorismo, a educação, as relações exteriores, seriam outros temas susceptíveis de uma agenda polémica, que deve sempre ser matizada e cuidada na comunicação, com a certeza de que quando uma força política de oposição ao sistema começa a ter relevância e a criar opinião contrária na sociedade fica sujeita aos habituais estereótipos, que são sinal disso mesmo. Não há que estranhar, nem ter medo. Isso é que é oposição.
Podemos e devemos abordar publicamente todos os temas de uma agenda de Direita.
Temos é que o fazer em ordem ao Bem e com credibilidade.

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