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sexta-feira, fevereiro 29, 2008

Conferência da Causa Identitária 

Discurso pronunciado por Diogo Canavarro na II conferência internacional da Causa Identitária, em Lisboa, no dia 23 de Fevereiro de 2008.

Caros companheiros e amigos,

«Pensamento global, acção local!», é este o título que consideramos pertinente para o presente evento.
Sejamos precisos: Vivemos hoje, goste-se ou não, numa Era global e globalizada. Nunca, em toda a história do homem, foi possível executar de forma tão simples, prática e eficaz a transmissão de conhecimentos, factos noticiosos e, inclusive, bens materiais. A internet – uma das nossas principais aliadas na divulgação do ideal identitário – é, certamente, aquela que melhor explana este cenário. A globalização é, pois, o resultado de uma necessidade inerente ao homem, em particular o Europeu; explorar o desconhecido, confrontar mundividências, vislumbrar outros horizontes que lhe permitam uma maior lucidez do meio e realidade em que está inserido. Sem essa mesma lucidez, não existe um «destino histórico» que conduza o homem na caminhada pelo progresso do seu respectivo povo, nação e civilização.
Mas afinal, não será a globalização o fenómeno que maior responsabilidade detêm nos males de que padecemos, a saber: “iminvasão”, supremacia económica e dependência diplomática dos EUA, crise demográfica, consumismo compulsivo, ideologias decadentes e niilistas, etc?
Estou em crer que não. A globalização é, como já aludi, uma realidade física incontornável, podendo, contundo, ser moldada consoante as interpretações feitas sobre essa mesma realidade. De uma forma mais simples: A Física Atómica – mero exemplo – não constitui, por si só, um facto «bom» ou «mau» - ela é uma forma de expressão da natureza. Todavia, as suas potencialidades podem, dependendo das realidades político-sociais envolvidas, ser utilizadas de diferentes formas. Desde as ciências biomédicas, no combate a doenças cancerígenas, à construção de bombas atómicas, o espectro é considerável.
Assim, as desgraças que nos assolam diariamente, não responsabilidade directa do fenómeno global, mas antes de uma sua tenebrosa interpretação – que deve ser repudiada e combatida –: O Mundialismo ou, se preferirmos, o Igualitarismo. Este transporta consigo, tudo aquilo que de mais desprezível pode haver na (in)consciência de um indivíduo – rejeição do grupo étnico, cultural e linguístico a que se pertence, em detrimento de uma «civilização mundial». É, assim, recusar (in)conscientemente as realidades regionais, nacionais e continentais que constituem o mosaico global.
Por outro lado, sabemos que o mundo caminha hoje – inexoravelmente! – para os grandes blocos continentais. E essa edificação estrutural, correponderá, por certo, a uma competitividade sem precedentes, expressa na luta por uma certa «hegemonia» política, económica e social. Ora, como podemos nós – Europa – enfrentar essa concorrência, proveniente dos blocos Americano, Africano e Asiático, se se desconhecer os seus métodos e estratégias, resumindo, o “modus operandi” dos mesmos? Tarefa impossível.
Em suma, o nosso pensamento tem de ser «global», não no sentido de obliterar as diversas especificidades identitárias, já atrás citadas, mas sim de compreender que o nosso discurso e acção têm, necessariamente, de ser «dinâmicos», baseados numa leitura cuidada de um mundo cada vez mais polarizado. Este é o ponto de partida – só se enfrenta aquilo que se conhece.
Centremo-nos agora na questão «local».
Para um pensamento «global», não deveria corresponder uma acção, também ela, «global»? A resposta é, novamente, negativa.
Esta acção global, baseada nos mitos do progresso infinito da «humanidade», acarreta consigo um gérmen mortal para as diversas realidades regionais e nacionais, desprezando – em nome da tal «civilização mundial» - os legítimos anseios comunitários e populares.
Actualmente, o Estado é demasiado grande para gerir os pequenos problemas e demasiado pequeno para enfrentar os grandes.
Posto isto, é tão necessário como imprescindível iniciar todo um trabalho local, rumo à autonomia regional. Esta autonomia – baseada na democracia orgânica, municipalista e participativa – é a única resposta que podemos dar às nossas comunidades locais, tão desprezadas pelo centralismo jacobino.
A interligação entre o conceito «global» - bloco Europeu – e «local» - autonomia regional –, será feita através do princípio da subsidiariedade: a todos os níveis, a autoridade inferior não delega o seu poder à autoridade superior senão nos domínios que escapam à sua competência.
O enraizamento local deve ser a chave mestra do nosso trabalho: Recusando as atitudes provocatórias que não merecem o aval do nosso povo, dever-se-á apostar numa vigilância constante a todos os actos antinacionais que se procedam junto da nossa comunidade. A criação de uma rede de associações e clubes de carácter diverso, mas em que possam ser difundidos as linhas gerais do nosso pensamento, trata-se de uma necessidade primordial. A estrutuação deve, assim, ser feita da base para o topo, com o devido respeito pelas realidades locais.
Recusamos veemente a ideia propugnada por alguns, de que a autonomia regional corresponde a «dividir» a nação, causando, com isso, atritos internos não pretendidos. Nada mais falso! O que, de facto, «divide» a nação são as graves desigualdades socioeconómicas e urbanísticas resultantes do totalitarismo jacobino hipócrita. Achar que as grandes decisões políticas «só se fazem» nos grandes centros urbanos, é desconhecer toda a realidade da nossa Polis, para além de uma profunda desconfiança no nosso povo!
Para além disso, a vertente ecológica – que nos é tão cara! – está profundamente ligada à questão regional. A melhoria da qualidade do ambiente, passa, necessariamente, por uma melhor gestão local, com a introdução de redes de energias alternativas e pontos de reciclagem. A título pessoal, estou decidido em seguir o ramo das Energias Alternativas. E, como estudante de tal matéria, sei bem que a sua efectiva aplicação, só pode ser feita mediante uma forte descentralização – de forma a libertar o País da necessidade das fontes energéticas comuns. A construção de regiões «alternativas», isto é, “alimentadas” de forma significativa por fontes ecológicas, não é tão difícil como parece. Mas, para tal, é preciso não nos vergamos à ditadura dos grandes monopólios político-económicos, castradores desta via ecológica.
A nossa acção é, por tudo isto, local.
Resumindo…
O movimento identitário europeu deve fazer:
• Trabalho de estudo ideológico: acções de formação, edição de material formativo (como é o caso da revista, que será seguidamente apresentada), criação de uma rede de blogs/sites informativos, fóruns para troca de opiniões, etc.
• Solidificação das nossas estruturas associativas: contactos periódicos, realização de conferências, acampamentos, encontros anuais, etc.
• Enraizamento local: Despertar as nossas gentes para a necessidade da preservação da nossa identidade etnocultural e linguística, candidaturas locais e municipais, rede de apoio social aos sectores mais carenciados, etc.
Pela nossa parte – Causa Identitária – a disponibilidade para o cumprimento destas metas é total, e estamos dispostos a tomar iniciativa para algumas das mesmas.
Continuaremos empenhados em mostrar que os dogmas que nos são actualmente impostos – imigração maciça, multiculturalismo, economia neoliberal – são corrosivos à nossa mais remota identidade, visto que destroem o nosso alicerce etno-biológico, isto é, aquilo que nos torna um povo único, mesmo com todos os seus defeitos e virtudes.
Anunciamos, aqui, que queremos trabalhar em conjunto, com o Bloc Identitaire, Nissa Rebela, Asamblea Identitaria, Kosovo No Se Vende, mas também com o Alsace d’abord, Lega Nord, Vlaams Belang, Plataforma pela Catalunha e todas as restantes estruturas que lhes estão associadas.
Com estes, queremos construir uma nova forma de se ser e estar: Assumindo a nossa identidade e defendendo vincadamente o etnocentrismo (recusando todavia o racismo primário).
Somos os legítimos herdeiros da civilização europeia! Como pessoas orgulhosas e livres, aceitemos de bom grado essa responsabilidade, mesmo sabendo da magnitude do combate de que enfrentamos. Recusemos, sempre, aquele pensamento que nos diz que «está tudo perdido» ou que «nada se pode fazer».
«As coisas são aquilo que os homens são», escreveu um dia um grande pensador Europeu.
É preciso que cada identitário se torne num novo herói, portador de uma nova estética, de um novo pensar, de um novo agir. Elevemos o estandarte do javali bem alto, reunamos as nossas gentes e, com eles, gritemos:
Liberdade! Liberdade! Liberdade!

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