sábado, maio 03, 2008
Holanda: o "Orgulho Holandês"
No passado dia 3 de Abril foi formalmente lançado um novo partido que parece destinado a marcar a agenda política na Holanda nos próximos tempos. Trata-se do partido "Trots op Nederland" (ou simplesmente ToN), ou "Orgulho da Holanda", e foi lançado pela ex-ministra Rita Verdonk.
A responsável do novo partido foi Ministra da Integração e da Imigração do governo dos Países-Baixos entre 2003 e 2007. O seu percurso valeu-lhe o epíteto de "Rita de Ferro", e é significativo da sua evolução política. Primeiro pertenceu ao Partido Socialista, pacifista, para depois aderir ao Partido Liberal (VVD) em 2002. Tornou-se uma figura popular, e controversa, como ministra, devido às suas posições firmes em matéria de imigração e de integração. Em 2006 esteve a um passo de alcançar a liderança do seu partido, mas acabou por ser excluída deste em Outubro de 2007.
O seu programa político actual junta um liberalismo económico e político (denúncia da burocracia e dos entraves à liberdade de expressão, redução do número de funcionários, exaltação da responsabilidade dos cidadãos), uma afirmação dos valores e da identidade nacionais face à imigração (redução das ajudas ao desenvolvimento, "contrato de direitos e deveres" a impôr a todos os estrangeiros, restrição do acolhimento dos candidatos ao asilo) e uma orientação securitária em matéria de ordem pública (restabelecimento da pena de morte).
"Nós não podemos constantemente estar a dar lugar e a adaptar-nos a outras culturas".
O seu discurso constitui uma mistura de liberalismo, conservadorismo e populismo.
Rita Verdonk parece ter como meta atingir 20 % dos lugares na Câmara dos Deputados nas eleições de 2010, e de acordo com as sondagens actuais estaria em posição de obter cerca de 15%. Os posicionamentos desta nova força política não a identificam nem com os partidos conservadores ou centristas clássicos nem com os partidos populistas ou nacionalistas que têm aparecido na Europa nestas épocas mais recentes, e também por essa razão a sua evolução merece ser seguida com a maior atenção por quem se intertesa pelo fenómeno político.
A responsável do novo partido foi Ministra da Integração e da Imigração do governo dos Países-Baixos entre 2003 e 2007. O seu percurso valeu-lhe o epíteto de "Rita de Ferro", e é significativo da sua evolução política. Primeiro pertenceu ao Partido Socialista, pacifista, para depois aderir ao Partido Liberal (VVD) em 2002. Tornou-se uma figura popular, e controversa, como ministra, devido às suas posições firmes em matéria de imigração e de integração. Em 2006 esteve a um passo de alcançar a liderança do seu partido, mas acabou por ser excluída deste em Outubro de 2007.
O seu programa político actual junta um liberalismo económico e político (denúncia da burocracia e dos entraves à liberdade de expressão, redução do número de funcionários, exaltação da responsabilidade dos cidadãos), uma afirmação dos valores e da identidade nacionais face à imigração (redução das ajudas ao desenvolvimento, "contrato de direitos e deveres" a impôr a todos os estrangeiros, restrição do acolhimento dos candidatos ao asilo) e uma orientação securitária em matéria de ordem pública (restabelecimento da pena de morte).
"Nós não podemos constantemente estar a dar lugar e a adaptar-nos a outras culturas".
O seu discurso constitui uma mistura de liberalismo, conservadorismo e populismo.
Rita Verdonk parece ter como meta atingir 20 % dos lugares na Câmara dos Deputados nas eleições de 2010, e de acordo com as sondagens actuais estaria em posição de obter cerca de 15%. Os posicionamentos desta nova força política não a identificam nem com os partidos conservadores ou centristas clássicos nem com os partidos populistas ou nacionalistas que têm aparecido na Europa nestas épocas mais recentes, e também por essa razão a sua evolução merece ser seguida com a maior atenção por quem se intertesa pelo fenómeno político.
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