FASCISMO EM REDE

(um artigo de Manuel Monteiro, já a pensar na estratégia para 2009):

Manuel Alegre participou recentemente no comício das esquerdas, demonstrando ser possível – para o mal e para o bem – construir uma força alternativa para as próximas eleições. E, ao contrário do que muitos têm dito, a alternativa de esquerda a existir não é apenas contra o PS, contra este PS.
Essa alternativa será contra um amplo centro partidário, que domina por completo a vida política portuguesa e que se mostra refém de um círculo de poder cada vez mais fechado e dominador. O centro, com tudo quanto tem de mais negativo, engordou retirando ao debate político a essência do confronto sólido de ideias e de ideais. Este centro não discute, negoceia; não pensa nas pessoas, só vê números; não acredita na justiça, apenas nos resultados ainda que alcançados a qualquer custo; não tem Pátria e todos são iguais desde que os objectivos traçados se alcancem.
Este centro está a destruir a política, a desprezar os cidadãos, a maltratar as Nações. Em nome do mercado destrói a livre concorrência e em nome do progresso, corrói os alicerces da comunidade de homens e mulheres livres. É pois natural que a esquerda se mobilize e que procure cativar para o seu campo os desiludidos.
E a Direita? Que esperamos nós os que somos de Direita, para também fazer o comício das direitas, para também construí uma alternativa diferente, para também preparar um combate a este centro pérfido, gasto e corrupto? Que esperamos nós para denunciar a falsa direita e acusá-la de conivência corrupta com os detentores nominais do poder? Que esperamos nós para nos juntarmos e para afirmar com clareza que Paulo Portas e Manuela Ferreira Leite são grandes responsáveis pela situação que agora vivemos? E que esperam os homens e mulheres livres do PPD/PSD e do CDS para romperem com os seus partidos e partirem em busca de um novo rumo? Que espera José Ribeiro e Castro ainda encontrar no CDS? E que esperam tantos patriotas do PPD/PSD para juntos retomarmos o projecto de uma nova AD? De uma AD para o século XXI?
É a hora. É cada vez mais chegada a hora de assumir a ruptura e, tal como na esquerda, afirmar a Direita. Para salvar Portugal e não permitir a destruição das Famílias e das Empresas portuguesas.

Lisboa, 8 de Junho de 2008