sexta-feira, setembro 19, 2008
Das Polícias
(artigo publicado no boletim GLADIUM)
Temos ouvido afirmar repetidamente, que de um modo geral os agentes da autoridade em Portugal, têm armamento de qualidade menos boa perante um mundo do crime que cada vez possui armas em maior número e mais sofisticadas. Não raras vezes, as nossas polícias vêem-se confrontadas com armas automáticas, por vezes mesmo metralhadoras ao nível das UZI ou das suas sucessoras, as MP5.
Trazemos este tema à liça, porque nos dias que correm, por muito bem armados que os agentes estejam, na verdade o recurso às armas de fogo está-lhes na prática vedado.
Todos sabemos que em qualquer confronto em que um polícia atinja um malfeitor, o malfeitor será sempre o “desgraçado”, vítima desta sociedade, e o polícia será o “carrasco” desta mesma sociedade que “usou força excessiva”.
O Sistema criou regras que dão impunidade aos malfeitores e impedem os agentes da autoridade de exercer essa mesma autoridade.
Senão, imaginemos cenários.
Polícia apanha ladrão em flagrante. Ladrão possui objecto contundente ou arma branca. Polícia não pode usar a arma de fogo, porque é “uso excessivo de força”. Polícia só consegue dominar ladrão se for cinto negro de Karatê, Judo ou qualquer outra arte marcial. A pistola faria a diferença.
Polícia saca da pistola. Ladrão sabe que polícia não vai disparar para não se meter em trabalhos. Ladrão foge. Polícia tem que ser atleta velocista para correr mais do que ladrão. Se o ladrão estiver em boa condição física, o polícia tem que ser também um corredor de fundo, quiçá um maratonista. E se depois de uma perseguição o conseguir apanhar, o polícia tem que estar em condição física para o dominar. À mão, porque o uso da pistola é sempre problemático.
Outro cenário.
Operação stop. Malfeitor com carro roubado não pára. Foi avisado por idiota que ia em sentido contrário e que acendeu os máximos à passagem. Sabe que polícias não vão usar as armas, para não se meterem em trabalhos. Acelera e passa. Polícias iniciam perseguição. Não disparam contra os pneus porque por acidente podem ferir a “vítima da sociedade” que vai ao volante. Aceleram com cuidado, porque se o carro-patrulha regressar à base com algum toque, a conta do chapeiro é paga pelo agente que ia a conduzir.
E depois de um laborioso e arriscado processo, em que a vida do agente corre por vezes perigo, este vê o malfeitor ser libertado poucas horas depois, com termo de identidade e residência… porque não representa perigo de fuga ou de repetição do ilícito!
E os cenários são infindáveis, com as regras instituídas pelo sistema a tolher a actuação e a aplicação da autoridade policial. O jogo está montado de modo a levar a sociedade ao colapso. Quer-se levar a população a um sentimento de vulnerabilidade tal, que no extremo aceite um regime autoritário e prescinda de liberdades a troco da segurança. Não é em vão que neste momento os polícias e guardas sejam a classe profissional com maior taxa de suicídios em Portugal e no mundo Ocidental. No espaço de cinco dias, à data deste texto (19 de Setembro de 2008), 4 agentes da PSP e GNR suicidaram-se. Lidam no dia a dia com a violência e a marginalidade e são sistematicamente impedidos de cumprir o seu dever por um acervo legislativo desajustado. Vivem uma situação de stress terrível, por terem verdadeiro conhecimento da realidade e verem a sua actuação sistematicamente controlada por legisladores de gabinete (políticos do Sistema)) sem qualquer experiência de rua. Por outro lado a vox populi acusa-os de passarem multas demais e prenderem marginais de menos.
Não apelamos aqui à instituição de um regime em que os agentes possam “fazer fogo à vontade”, mas que algo tem que mudar, tem…
Temos ouvido afirmar repetidamente, que de um modo geral os agentes da autoridade em Portugal, têm armamento de qualidade menos boa perante um mundo do crime que cada vez possui armas em maior número e mais sofisticadas. Não raras vezes, as nossas polícias vêem-se confrontadas com armas automáticas, por vezes mesmo metralhadoras ao nível das UZI ou das suas sucessoras, as MP5.
Trazemos este tema à liça, porque nos dias que correm, por muito bem armados que os agentes estejam, na verdade o recurso às armas de fogo está-lhes na prática vedado.
Todos sabemos que em qualquer confronto em que um polícia atinja um malfeitor, o malfeitor será sempre o “desgraçado”, vítima desta sociedade, e o polícia será o “carrasco” desta mesma sociedade que “usou força excessiva”.
O Sistema criou regras que dão impunidade aos malfeitores e impedem os agentes da autoridade de exercer essa mesma autoridade.
Senão, imaginemos cenários.
Polícia apanha ladrão em flagrante. Ladrão possui objecto contundente ou arma branca. Polícia não pode usar a arma de fogo, porque é “uso excessivo de força”. Polícia só consegue dominar ladrão se for cinto negro de Karatê, Judo ou qualquer outra arte marcial. A pistola faria a diferença.
Polícia saca da pistola. Ladrão sabe que polícia não vai disparar para não se meter em trabalhos. Ladrão foge. Polícia tem que ser atleta velocista para correr mais do que ladrão. Se o ladrão estiver em boa condição física, o polícia tem que ser também um corredor de fundo, quiçá um maratonista. E se depois de uma perseguição o conseguir apanhar, o polícia tem que estar em condição física para o dominar. À mão, porque o uso da pistola é sempre problemático.
Outro cenário.
Operação stop. Malfeitor com carro roubado não pára. Foi avisado por idiota que ia em sentido contrário e que acendeu os máximos à passagem. Sabe que polícias não vão usar as armas, para não se meterem em trabalhos. Acelera e passa. Polícias iniciam perseguição. Não disparam contra os pneus porque por acidente podem ferir a “vítima da sociedade” que vai ao volante. Aceleram com cuidado, porque se o carro-patrulha regressar à base com algum toque, a conta do chapeiro é paga pelo agente que ia a conduzir.
E depois de um laborioso e arriscado processo, em que a vida do agente corre por vezes perigo, este vê o malfeitor ser libertado poucas horas depois, com termo de identidade e residência… porque não representa perigo de fuga ou de repetição do ilícito!
E os cenários são infindáveis, com as regras instituídas pelo sistema a tolher a actuação e a aplicação da autoridade policial. O jogo está montado de modo a levar a sociedade ao colapso. Quer-se levar a população a um sentimento de vulnerabilidade tal, que no extremo aceite um regime autoritário e prescinda de liberdades a troco da segurança. Não é em vão que neste momento os polícias e guardas sejam a classe profissional com maior taxa de suicídios em Portugal e no mundo Ocidental. No espaço de cinco dias, à data deste texto (19 de Setembro de 2008), 4 agentes da PSP e GNR suicidaram-se. Lidam no dia a dia com a violência e a marginalidade e são sistematicamente impedidos de cumprir o seu dever por um acervo legislativo desajustado. Vivem uma situação de stress terrível, por terem verdadeiro conhecimento da realidade e verem a sua actuação sistematicamente controlada por legisladores de gabinete (políticos do Sistema)) sem qualquer experiência de rua. Por outro lado a vox populi acusa-os de passarem multas demais e prenderem marginais de menos.
Não apelamos aqui à instituição de um regime em que os agentes possam “fazer fogo à vontade”, mas que algo tem que mudar, tem…
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