quinta-feira, setembro 04, 2008
PND
A direita precisa de quadros. Estou a referir-me a activistas formados e informados, capazes de ler, escrever e pensar, agindo persistentemente no terreno político em função dos objectivos definidos.
O PND, partido que nasceu e tem vivido à volta da personalidade de Manuel Monteiro, possui os quadros políticos necessários para se impor?
Acompanhando o seu órgão de informação mais relevante, devemos reconhecer que possui alguns. Examine-se o jornal em linha a que me refiro.
Designadamente na internet, tem contado sempre com algumas vocações notáveis para o combate ideológico, que a ele persistentemente se têm dedicado. Destaco sobretudo três, sem desprimor para outros: Manuel Brás, Jorge Ferreira, e Carvalho Fernandes.
Todavia, é forçoso concluir que não tem tido os bastantes para alcançar os objectivos que seriam os seus.
O partido tem-se arrastado, de derrota em derrota, sem aparentemente atinar com um rumo certo.
Em rigor, parece-nos que na sua história só conta com um resultado realmente satisfatório: aquele alcançado nas últimas legislativas regionais da Madeira. Daí o protagonismo indiscutível que tem conseguido desde então na política regional, com a consequente projecção nacional.
Mas repare-se que as fragilidades permanecem: estamos à vista das eleições regionais nos Açores, e não há notícia de uma candidatura capaz de se destacar nessa disputa (quando até chegou a ser anunciada uma solução que prometia). Obviamente que o facto reflecte a falta de estruturas locais.
No continente, a intensificação das acções no Minho traduzem a circunstância de ser essa a região onde neste momento o partido dispõe de alguns núcleos capazes - pelo que o líder optou por apostar em força na sua eleição como deputado pelo círculo de Braga, e começou a campanha com um ano de antecedência (veja-se Monteiro 2009).
Infelizmente, a precipitação e a falta de senso político levaram ao esboroar das estruturas que existiam no distrito que até então aparentava ser a mais sólida promessa do partido: Aveiro. Tem que se dizer que ninguém ganhou com o que se passou, e que a situação a que se chegou podia ter sido evitada se todos os interessados envolvidos tivessem agido com mais sabedoria e realismo. Assim, lamentavelmente, desperdiçaram-se muitas energias e potencialidades, em pura perda. Hoje, Susana Barbosa poderia ser uma forte candidata a fazer-se eleger deputada por Aveiro nas próximas eleições, com vantagens para a afirmação do partido e para a afirmação política de todos os que preferiram anular-se reciprocamente.
Veremos o que o futuro mostrará do PND. Até agora, uma qualidade política não tem faltado a Manuel Monteiro: a persistência e a tenacidade. É indiscutível que nem sempre a lucidez esteve ao mesmo nível, e por vezes a ausência de uma orientação clara e definida, um aparente desnorte e uma conduta algo errática comprometeram irremediavelmente o bom sucesso das suas iniciativas. Mas o certo é que ele continua no terreno.
O PND, partido que nasceu e tem vivido à volta da personalidade de Manuel Monteiro, possui os quadros políticos necessários para se impor?
Acompanhando o seu órgão de informação mais relevante, devemos reconhecer que possui alguns. Examine-se o jornal em linha a que me refiro.
Designadamente na internet, tem contado sempre com algumas vocações notáveis para o combate ideológico, que a ele persistentemente se têm dedicado. Destaco sobretudo três, sem desprimor para outros: Manuel Brás, Jorge Ferreira, e Carvalho Fernandes.
Todavia, é forçoso concluir que não tem tido os bastantes para alcançar os objectivos que seriam os seus.
O partido tem-se arrastado, de derrota em derrota, sem aparentemente atinar com um rumo certo.
Em rigor, parece-nos que na sua história só conta com um resultado realmente satisfatório: aquele alcançado nas últimas legislativas regionais da Madeira. Daí o protagonismo indiscutível que tem conseguido desde então na política regional, com a consequente projecção nacional.
Mas repare-se que as fragilidades permanecem: estamos à vista das eleições regionais nos Açores, e não há notícia de uma candidatura capaz de se destacar nessa disputa (quando até chegou a ser anunciada uma solução que prometia). Obviamente que o facto reflecte a falta de estruturas locais.
No continente, a intensificação das acções no Minho traduzem a circunstância de ser essa a região onde neste momento o partido dispõe de alguns núcleos capazes - pelo que o líder optou por apostar em força na sua eleição como deputado pelo círculo de Braga, e começou a campanha com um ano de antecedência (veja-se Monteiro 2009).
Infelizmente, a precipitação e a falta de senso político levaram ao esboroar das estruturas que existiam no distrito que até então aparentava ser a mais sólida promessa do partido: Aveiro. Tem que se dizer que ninguém ganhou com o que se passou, e que a situação a que se chegou podia ter sido evitada se todos os interessados envolvidos tivessem agido com mais sabedoria e realismo. Assim, lamentavelmente, desperdiçaram-se muitas energias e potencialidades, em pura perda. Hoje, Susana Barbosa poderia ser uma forte candidata a fazer-se eleger deputada por Aveiro nas próximas eleições, com vantagens para a afirmação do partido e para a afirmação política de todos os que preferiram anular-se reciprocamente.
Veremos o que o futuro mostrará do PND. Até agora, uma qualidade política não tem faltado a Manuel Monteiro: a persistência e a tenacidade. É indiscutível que nem sempre a lucidez esteve ao mesmo nível, e por vezes a ausência de uma orientação clara e definida, um aparente desnorte e uma conduta algo errática comprometeram irremediavelmente o bom sucesso das suas iniciativas. Mas o certo é que ele continua no terreno.
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