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sexta-feira, dezembro 12, 2008

Carta de José Pinto-Coelho 

Editorial de Dezembro do portal do PNR

A propósito da recente reportagem que a TVI emitiu no passado mês de Novembro, sobre imigração, com o título “Português Suave”, importa tecer uns breves comentários que desmontem a propaganda multicultural e falta de honestidade que envolveu essa peça que, apenas visou atirar areia para os olhos dos portugueses, passando-lhes um atestado de idiotas e branquear os malefícios da imigração. Mas muitos portugueses que viram tal pérola da manipulação perceberam bem o calibre dessa lavagem ao cérebro.
Muito haveria para dizer acerca de tão chocante programa que apenas serviu para vitimizar os imigrantes, coitadinhos, mal recebidos e mal aceites por muitos portugueses “insensíveis” e “desumanos”. Mas de tão óbvia intenção manipuladora, qualquer olhar um pouco mais atento percebeu o grosseiro dessa peça, ofensiva e falsa.
Desde logo pela exposição de uns quantos casos de vida banais, de veracidade discutível, com excessivo tempo de antena, recorrendo a uma amostragem da imigração, tendenciosa, sem rigor, que nada corresponde à realidade da maioria dos imigrantes que nos invade.
E porque não falar em situações verdadeiramente ofensivas para os portugueses desempregados, como a excessiva preocupação pelo cigano sem emprego? E então as centenas de milhares de portugueses sem emprego? Essa imensidão de histórias dramáticas, de incerteza quanto ao presente e ao futuro, fruto de injustiças da lógica capitalista e da concorrência desleal da mão-de-obra imigrante, não preocupa os senhores da TVI? E já agora, com toda essa prosápia, seria interessante saber quantos ciganos trabalham na TVI…
A falta de seriedade passou também pela ausência de contraditório em relação a certos depoimentos, bem como em relação às “verdades” baseadas em “estudos” e “números”, debitadas pela Rosário Farmhouse, do Acidi.
Quanto às afirmações capciosas da Senhora Rosário Farmhouse, é lamentável verificar que afinal os “campeões” do humanismo e da solidariedade, na sua argumentação em defesa das “vantagens” da imigração, refiram que estes dão lucro, encarando-os assim como mercadoria, bem ao gosto dos capitalistas, e não como pessoas.
Ainda que falasse do imigrante como simples matéria-prima ou mão-de-obra, também não é verdade que dêem lucro. Se é assim tão claro que eles dão lucro, é provável que então sejam os portugueses que estão a dar prejuízo e por isso… talvez estejamos cá a mais.
Por acaso nas contas desta Senhora entraram os 73 milhões de euros que lhe foram atribuídos para o Acidi, pelo Orçamento de Estado? Dinheiro esse, que é retirado dos impostos dos portugueses, para ser desbaratado em benefício dos imigrantes e gasto em propaganda pró-imigração e pró-multiculturalismo. Esse dinheiro não seria tão precioso para ajudar a diminuir a pobreza, por exemplo, entre os reformados?
Então e os colossais gastos de dinheiro - dos impostos dos portugueses - com as dezenas de associações de apoio à imigração? E os gastos com a “integração”, rendimentos mínimos, casas, subsídios e tantos apoios para os imigrantes? E os gastos futuros com as reformas dos imigrantes que contribuem hoje com o trabalho? E os gastos com o reforço dos meios de segurança para fazer face à criminalidade derivada da imigração?
Por isso, Senhora Farmhouse, faça essas contas completas e apresente os números verdadeiros!
Mas, pior que tudo isso, se falasse no problema da imigração não apenas como mercadoria ou números, mas sim numa perspectiva social e humana, então as coisas ainda iriam piorar, pois nessa “equação” seria imperioso incluir os incomensuráveis prejuízos sociais - que são os piores! - que ela traz: a ameaça à nossa identidade como nação, os danos sociais aos portugueses e a criminalidade!
Sim, a imigração trouxe toda esta criminalidade nunca vista em Portugal!
Voltando ao programa da TVI… e para desmascarar a sua vergonhosa manipulação, não posso deixar de referir a maldade na forma como são apresentados os Nacionalistas e o PNR: os “maus da fita”.
A falar-se em Nacionalistas, apresentam-se logo imagens de agitação e sons de ambulâncias para assustar as pessoas, estigmatizando sistematicamente a nossa imagem. Além disso, atribui-se aos únicos que em Portugal combatem estas políticas de imigração, apenas um tempo reduzidíssimo de declarações, pouco esclarecedoras, como resultado de duas longas entrevistas.
As duas figuras do nacionalismo entrevistadas não tiveram, juntas, metade do “tempo de antena” de um só dos “coitadinhos” entrevistados.
Para terminar, importa referir que, ao dar a entrevista à TVI - para dela terem extraído uns escassos segundos… - fui alvo de uma tentativa de agressão com arremesso de garrafas de cerveja e insultos, em pleno dia, no Martim Moniz, por parte de um grupo de africanos, os quais tentaram inclusivamente roubar a câmara da TVI. A jornalista e o operador de câmara, bem sabem os momentos de sufoco e perigo real que se viveram ali. Há imagens captadas, esclarecedoras desses momentos, que fariam as delícias de qualquer repórter ao conseguir tais inéditos. Mas não só as ocultaram, como nem ao menos fizeram uma leve alusão ao episódio. Porquê?!
A resposta é simples: uns segundos dessas imagens deitariam por terra toda a mensagem propagandística de vitimização desses que, bem o sabemos, estão cá a mais.
Quando se ocultam imagens dessas (reais), e se apresentam com grande ênfase, casos de vida (hipotéticos) de imigrantes "de topo", estamos perante a mais pura e escandalosa manipulação jornalística.
Nada mais há a dizer!
Só não vê, quem não quer ver!

José Pinto-Coelho
10 Dez 2008

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