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terça-feira, julho 14, 2009

Do Presidente aos Nacionalistas | Julho de 2009 

A carta de José Pinto-Coelho:

Num país cuja mentalidade dominante e reinante põe tudo de pernas para o ar, já se sabe que nele a falsidade impera e a realidade das coisas é invertida.
Esse país é o nosso Portugal de hoje em dia que, subjugado a uma propaganda perversa marcada por múltiplos complexos, utiliza o eufemismo, intencionalmente, para virar o bico ao prego das realidades. É neste contexto que verificamos a gradual substituição de uma série de termos do nosso vocabulário corrente, onde numa lista infindável, por exemplo, preto passa a pessoa de cor, delinquente a jovem, drogado a toxicodependente…
O problema que aqui reside é que não se trata apenas de simples forma de expressão ingénua, mas sim de uma estratégia intencional onde esta questão, aparentemente inócua e ingénua, na verdade faz parte de um todo que visa inverter as mentalidades, manipulando-as e mais facilmente as dominar. A utilização dos antigos vocábulos é assim, à luz desta mentalidade, uma afronta contra a sociedade.
Preparadas que estão as pessoas, num terreno semeado por eufemismos que visam proteger uns quantos e promover outros num branqueamento cego (ou “invisual” de acordo com a mentalidade instituída….) de tristes realidades, lançando as bases para as inverter.
É precisamente isto que se passa na nossa sociedade: a opinião maciçamente publicada passa a ser confundida com opinião pública. Esta por sua vez sente-se refém da opinião veiculada e só os mais lúcidos ou corajosos é que ousam ir em contra corrente e denunciar que está tudo de pernas para o ar.
Assim, nesse contexto, os polícias, defensores da ordem, passam a ser vistos aos olhos dos incautos (já devidamente narcotizados pela propaganda) como os agressores gratuitos e por outro lado os criminosos como uns desgraçadinhos, vítimas de uma sociedade que não os compreende…
Estas anteriores considerações vieram a propósito dos recentes ataques a tiro a dois polícias, facto que foi noticiado, mas também daqueles factos não noticiados (ou discretamente feito) que são as agressões diárias aos agentes da autoridade por parte dos tais jovens aos quais nunca deixarei de chamar delinquentes organizados em gangues étnicos. Basta referir que ainda ontem, uma patrulha policial entrou no Bairro da Quinta Fonte (apresentado como pacificado pela propaganda oficial do governo) em perseguição a uns assaltantes (que já se sabe que não têm culpa, pois são “vítimas” de um sistema opressor e da “brutalidade policial”) e foi “naturalmente” recebida à pedrada e garrafada.
No dia em que estes dois polícias foram alvejados, onde estavam os sempre defensores da tolerância, da não-violência e de outras fantasias que tais?
Se um polícia atira a um criminoso, no cumprimento do seu dever, aqui del-rei que abusou da força, agiu com brutalidade, instigou ao ódio… E lá vêm as tais pessoas e associações, pagas com o nosso dinheiro, defender os “desgraçados” que “apenas” mataram, violaram ou roubaram, mas com “desculpas e atenuantes”, claro está, e apontar o dedo à polícia e à autoridade.
Mas que raio de sociedade é esta em que o absurdo, que entra pelos olhos de qualquer pessoa normal, se impõe desta forma chocante?
Para os Nacionalistas a defesa da ordem é uma prioridade; a segurança é algo inquestionável! Para tal, o PNR defende inequívoca e efectivamente a polícia.
Como podemos nós tolerar que o Estado ande a sustentar, com o nosso dinheiro, através de toda a sorte de subsídios e apoios, estes invasores que nos desrespeitam e aos quais ainda por cima têm o desplante de atribuir a “nacionalidade” portuguesa?
Esta é realidade que temos e o PNR defende a sua radical inversão!
Assim, ao invés de desculpabilizar-se os delinquentes, pagar-lhes subsídios e dar-lhes a nacionalidade portuguesa, factos que consideramos um grave atentado aos portugueses e a Portugal, inversamente, defendemos a sua punição penal, o repatriamento, a extinção do reagrupamento familiar, o corte radical e imediato dos seus subsídios e a alteração da lei da nacionalidade.
Por outro lado, em relação aos polícias o que se verifica é que estes são desautorizados e mal tratados na opinião feita pública. Verifica-se que têm perdido sistematicamente direitos adquiridos e regalias mais do que justas. Verifica-se que a sua idade de reforma é aumentada e não se tem em conta que se trata de uma profissão de desgaste, devido ao trabalho por turnos, e de risco. Não se atende aos seus sucessivos pedidos de aumento de efectivos que tanta falta fazem e pelo contrário, o MAI só desfalca o quadro colocando polícias a fazer de guarda-costas ou em trabalhos administrativos (isto já para nem falar na sua utilização na caça á multa…). As esquadras estão vazias e muitas vezes apenas contam com um ou dois agentes de serviço, criando uma situação de tal modo aflitiva em que os criminosos até se sentem encorajados a invadi-las e agredir polícias no seu interior. Os polícias não têm material adequado nem suficiente para fazer face a uma criminalidade crescente e ainda por cima têm que pagar o equipamento com o seu dinheiro, tendo para tal um subsídio ofensivo, de tão ridículo que é. Quando os polícias estão deslocados da sua terra de origem e longe das suas famílias, coisa que sucede em inúmeros casos e por muitos anos consecutivos, onde está a facilidade na aquisição de casa e o seu reagrupamento familiar que se dá de mão beijada aos seus agressores?
Esta é realidade da situação que os polícias enfrentam no seu dia a dia. O PNR defende a sua radical inversão!
O PNR solidariza-se assim com os polícias que têm sido mortos ou feridos em serviço e com as suas famílias. O PNR solidariza-se com a sua luta e justas reivindicações.
Com o PNR as coisas voltariam à sua correcta posição.

José Pinto-Coelho
14 de Julho de 2009

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