segunda-feira, setembro 28, 2009
As eleições: um momento e só isso
"Uma Nação nunca decidiu a sua História por meio de urnas eleitorais. Do mesmo modo, nunca um povo se afirmou e conquistou o seu lugar na memória dos Homens através dos políticos profissionais e dos seus partidos corrompidos.
No mundo capitalista, eleições e políticos pertencem ao mesmo universo, que nada tem a ver com a existência e sobrevivência das comunidades naturais. "O Pais não são os políticos".
Ninguém negará que Portugal existe. Existe como Nação porque corresponde a um projecto de existência, porque se consubstancia na linha que une os mortos à memória dos vivos, na solidariedade construída pela comunidade trigeracional. Portanto, a existência nacional não depende da estrutura política que a enforma. Esta pode, no entanto, lesar gravemente a comunidade que pretende representar: tal acontece se o estado não passa de uma carapaça, um mecanismo de serviço particular e particularizante. Se, a preferir ser um Estado Nacional, em que a comunidade se reveja, for um Estado partidário, baseado no domínio de um grupo ou uma classe, ergue-se em estrutura estranha e eventualmente hostil a essa mesma comunidade. Da fracção existirá como resultado evidente a simultaneidade de dois projectos distintos, e forçosamente opostos: um projecto nacional de existência, e um projecto institucional, conformado pelas leis e filosofia do Estado, reflectindo os interesses da parcela que ocupa a Cidade. São projectos distintos, porque nascem em momentos diferentes (o primeiro é meta geracional, por definição, o segundo surge num determinado momento histórico, e dura o que durar a casta que serve), e são opostos, porque se um reflecte uma vontade comunitária (com adaptações temporais), o outro consubstancia uma vontade particular ou classista. Por isso se costuma falar de divórcio entre o "Pais Real" (a comunidade social, cultural, laboriosa e produtiva) e o Pais Legal (o conjunto das instituições possuídas pelos donos do Poder), concretamente no caso do regime português."
No mundo capitalista, eleições e políticos pertencem ao mesmo universo, que nada tem a ver com a existência e sobrevivência das comunidades naturais. "O Pais não são os políticos".
Ninguém negará que Portugal existe. Existe como Nação porque corresponde a um projecto de existência, porque se consubstancia na linha que une os mortos à memória dos vivos, na solidariedade construída pela comunidade trigeracional. Portanto, a existência nacional não depende da estrutura política que a enforma. Esta pode, no entanto, lesar gravemente a comunidade que pretende representar: tal acontece se o estado não passa de uma carapaça, um mecanismo de serviço particular e particularizante. Se, a preferir ser um Estado Nacional, em que a comunidade se reveja, for um Estado partidário, baseado no domínio de um grupo ou uma classe, ergue-se em estrutura estranha e eventualmente hostil a essa mesma comunidade. Da fracção existirá como resultado evidente a simultaneidade de dois projectos distintos, e forçosamente opostos: um projecto nacional de existência, e um projecto institucional, conformado pelas leis e filosofia do Estado, reflectindo os interesses da parcela que ocupa a Cidade. São projectos distintos, porque nascem em momentos diferentes (o primeiro é meta geracional, por definição, o segundo surge num determinado momento histórico, e dura o que durar a casta que serve), e são opostos, porque se um reflecte uma vontade comunitária (com adaptações temporais), o outro consubstancia uma vontade particular ou classista. Por isso se costuma falar de divórcio entre o "Pais Real" (a comunidade social, cultural, laboriosa e produtiva) e o Pais Legal (o conjunto das instituições possuídas pelos donos do Poder), concretamente no caso do regime português."
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