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sexta-feira, setembro 18, 2009

Na alvorada de um novo ciclo, frente aos novos 'anos de brasa' 

(Re)fundar o partido-movimento e conquistar Portugal !

As opções vão clarificar-se nos próximos meses, muito para além destas eleições.
Haverá outras - e mais depressa do que se supõe, - é de arriscar prever. Para já, há a registar a evolução da atitude dos portugueses e a sua predisposição eleitoral através das sondagens já publicadas.
Os dados disponíveis e uma observação atenta da situação permitem tirar duas conclusões fundamentais:
1ª - Há um 'despertar' no eleitorado para formas explícitas de contestação política activa ao 'condomínio' partidário que tem dominado, à esquerda e à direita.
2ª - Existem condições nacionais para a emergência política de uma nova «Direita Nacional e Social», liberta dos condicionalismos do sistema, realidade que é maior do que um simples partido, superadora e integradora das aparentes contradições entre uma 'Visão Nacionalista' estrita, mais laica ou mais 'religiosa', e uma 'Visão Social','justicialista' e popular, que não pode ser irrealista nem demagógica sob pena de se auto-anular.
Assumir, organizar e conduzir esse movimento, que não se confunde com um partido, dotá-lo com uma 'Visão Integral' e integradora 'solidarista', como expressão da Oposição Nacional, é a grande oportunidade e missão dos Nacionalistas. As ritualizações domésticas da «esquerda progressista» e da «direita liberal» ou «conservadora», tal como se apresentaram nas últimas décadas, não têm nada a ver com a natureza desta dinâmica, que tem de ser flexível e atenta às reais condições do país e não deve subordinar-se a 'palas'ideológicas' ou 'doutrinárias' rígidas. Nesta viragem do Ciclo o caminho vai–se descobrindo ao andar. Há que saber navegar sem carta.
A alternativa ao sistema passa por uma nova síntese política e social, já de há muito pressentida como indispensável e incontornável pelos militantes do Combate Cultural, especialmente capazes de entender as linhas essenciais da natureza humana e da base das instituições sociais. Há que defender e concretizar na própria organização do combate um estilo novo de liderança e de concepção da política como função de Serviço dotada de força e autonomia, capaz de se sobrepor aos interesses, desenvolvida com critérios próprios por homens espiritualmente preparados para enfrentar os problemas do Poder, no reconhecimento da desigualdade natural, da necessidade da defesa da identidade e da conquista do domínio sobre a Economia que, tal como as outras actividades, deverá subordinar-se às decisões políticas e a um ‘mínimo ético’ vértice de todas as fidelidades.
A radicalidade da situação pode prever-se ser gradual - mas rápida, perante o avanço da 'esquerda' utópica socialista, da força crescente dos grupos marginais, da burguesia urbana individualista, agnóstica e 'politicamente correcta', e do colapso previsível do 'bloco central' face ao agravamento da crise, só uma alternativa que saiba ser radical, isto é, à altura dos desafios radicais que as circunstâncias se vão encarregar de impor, absolutamente determinada, animicamente incorruptível e inteligentemente construída, pode levantar eficazmente a Oposição Nacional e triunfar nestes novos anos de brasa que se aproximam.
Entretanto, de uma vez por todas, a 'clientela popular' dependente dos partidos e da (in)segurança Social vai dar-se conta, de que o 'Estado-Providência está dramaticamente a acabar. Maiores e mais drásticas reduções das prestações públicas sociais ou assistenciais hão-de verificar-se por força das circunstâncias, tudo o indica. Aqui nasce uma outra missão: tornar a nação consciente de que a ruptura financeira só não se verificou ainda graças às artimanhas dos mandatários do sistema que, agora mesmo, estão a hipotecar um futuro viável e digno a uma monstruosa dívida externa. Falar verdade e não 'lhes dizer o que querem ouvir'. Antes, dizer aos portugueses o que devem ouvir.
A alternativa necessária à mobilização de Portugal terá que ser nacionalista e socialmente avançada para reduzir o impacto terrível da mais que previsível redução de recursos públicos e reunir as energias nacionais de uma forma interclassista na defesa da Comunidade e do Estado contra uma real ameaça de desagregação. No pior cenário, este 'Estado-elefante' poderá deixar de ter meios efectivos de assegurar a concórdia interna permitindo todas as perversões marginais e a manipulação dos desempregados, pensionistas ou reformados pelo esquerdismo mais demagógico, armado de um aventureirismo insurreccional sempre latente. Os comunistas 'oficiais', apesar de ideologicamente senis, dispõem ainda de uma máquina de agitação poderosa difícil de neutralizar que não deve ser subestimada.
É uma luta que deve ser gradualmente conduzida por uma nova elite política – mas onde está ela? Não temos dúvidas de que há-de precisamente emergir deste combate, afirmar-se por ele, e assim forjada pela experiência de 'fogo real' dos próximos anos se tornará mais forte, mais ousada e mais consciente. Para tal, os nacionalistas devem comprometer-se na acção política de uma forma activa, flexível mas concreta ao lado das organizações mais eficazes e promissoras, sem atender muito às aparências. E, quanto à orientação das iniciativas, nunca reconhecer outras prioridades, outra 'agenda' que não a definida pelos seus objectivos.
Importará agir independentemente de quaisquer outros interesses, seja de que natureza forem, e nunca partilhar a liderança da acção com organizações ou 'notáveis' de algum modo relacionados com os partidos do sistema cúmplices na degradação de Portugal. Só assim será possível redesenhar os caminhos de uma reorganização da Comunidade e do Estado que seja realizada no reconhecimento explícito dos Valores espirituais, políticos e civilizacionais que fizeram de Portugal uma das mais originais expressões da Europa histórica.
Desde a última reunião do seu Conselho nacional, em 25 de Julho, o PNR está a criar as condições necessárias à sua reorganização, à definição clara dos objectivos com que vai levantar e estender a Oposição Nacional e a formas de intervenção permanente que hão-de levar mais longe e mais forte a mensagem do duro combate por um Portugal novo, tão verdadeiro como essencial. Contra e apesar de um percurso acidentado em vias de superação, pela dedicação, capacidade de resistência e corajoso empenho de tantos portugueses já mobilizados por todo o país, o PNR tornou-se paradoxalmente um foco de mobilização certo para quem não se resigne nem se conforme com a destruição impune do nosso país. E, se é verdade que um «partido» não vale por si, mas pela grande Causa que tem de servir, ajudemos então a elevar o partido-movimento à altura da Causa e não a reduzi-la à natureza dos meros partidários. Por ela somos todos chamados ao combate e só hão-de ser precisos aqueles que vierem.
A lição da História é clara: todos os que entregaram a Dignidade e a Integridade para tentar salvar Vida e bens, perderam logo a Dignidade e a Integridade – e depois, também a Vida... Não são precisas mais «contas», os cálculos são de uma aritmética linear inútil e cega. Nada valem quando tudo está a mudar.
Agora e aqui, despertos, conscientes e determinados, com Deus, pela Pátria e pela Justiça, temos que nos levantar para o combate político e querer conquistar Portugal!

VL

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