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quinta-feira, fevereiro 04, 2010

A intervenção política e social dos católicos em novo livro de José Carvalho 



José Carvalho é um jovem investigador e historiador já com uma importante obra publicada (v. aqui).
O presente livro pretende divulgar uma posição dos católicos em geral e dos jesuítas portugueses, da "Revista do Novo Mensageiro do Coração de Jesus" em particular, sobre a fase final da secular Monarquia portuguesa e as vésperas da República. Duas das muitas questões que se apresentam neste trabalho são as seguintes: Se Portugal tinha, nas vésperas da República, cerca de 99% de católicos, como foi possível toda a luta anticatólica? Como é possível que, aparentemente, menos de 1% da população tenha conseguido perseguir e escravizar uma imensa maioria? Com a I República abrir-se-ia um novo ciclo histórico, como dizem alguns, ou apenas assistimos, sob o ponto de vista religioso, a uma continuidade? Pergunta que se faz, resposta que se não dá, por agora, embora o presente texto apresente algumas respostas para esta e outras intrigantes e curiosas questões. O Novo Mensageiro do Coração de Jesus foi publicado ao longo de um período de forte conturbação social, política e ideológica. Pelo papel que desempenhou, esta revista insere-se numa linha de combate contra a modernidade1, contra a sociedade nascida da Revolução Liberal, a qual subtraía o lugar que a Igreja Católica sentia ter por direito. É na confluência das críticas que faz à Sociedade, ao Individualismo, ao Socialismo, à Secularização, à Maçonaria, ao Liberalismo, entre outros aspectos, que podemos incluir a sua atitude. Esta postura de militância não surpreende pois tratando-se de um órgão de imprensa de uma Ordem Religiosa, pressupõe-se uma forte intervenção apostólica e piedosa, mas o curioso é que o Novo Mensageiro, como se viu, também apresenta um forte carácter de intervenção cultural e ideológica. Uma ideia-chave que perpassa ao longo de todo o periódico é que o problema não está na força dos adversários da Igreja e nos revolucionários, mas sim na fraqueza dos Católicos e que entre estes se encontram os maiores inimigos da Igreja. Deste modo, os Revolucionários seriam os adversários, e os inimigos os Católicos Liberais por um lado, e os católicos fracos por outro, que não só não combatem mas ainda servem para dividir o “exército católico”.

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