quarta-feira, fevereiro 16, 2011
Há um caminho: à direita!
Há palavras de ontem que singularmente ganham força em dias de hoje; e assim se explica que traga para aqui dois excertos do discurso que Manuel Maria Múrias proferiu no Pavilhão dos Desportos a 27 de Setembro de 1979, ainda recentemente relembrado na nossa querida televisão (e bem presente no espírito de alguns que lá estiveram, como acontece com este vosso amigo). Aqui ficam, para que a força da sua razão faça com que as palavras de então possam ser ouvidas hoje - e abram caminhos de futuro. Há um caminho: à Direita!
"Temos uma doutrina - e somos uma força. O neo-capitalismo intervencionista da social-democracia é uma forma bem educada de dizer que tudo vai ficar na mesma. Ser centrista é procurar o equilíbrio pelo equilíbrio, é andar permanentemente na corda bamba para catrapiscar uns bocadinhos de poder, é não fazer coisa alguma e não deixar fazer os outros. E, essencialmente, pedir-nos os votos em nome dos interesses comuns - e, contados os papelinhos, marimbar-se na vontade explícita dos eleitores e ir à pressa aliar-se ao Partido Socialista para o ajudar na sua obra de ruína.
Governou a Direita Portugal ao longo de meio século.
Reivindicamos para nós essa herança gloriosa. Fomos nós quem, amorosamente, a partir de 1926, pegámos no corpo exangue da Nação e lhe sarámos as feridas. Não temos de nos envergonhar de coisa alguma:- sem descanso trabalhámos durante quase meio século para salvar Portugal meio destruído pela partidocracia - e para o defender, aqui e no Ultramar, da cobiça dos estrangeiros.
Nós somos os que se não renderam no 25 de Abril.
Nós somos os que acusámos o MFA e os partidos do Sistema de terem traído a Pátria. Nós somos o povo em revolta para redimir Portugal - e pronto a julgar não apenas os traidores, mas também os seus encobridores.
Enquanto o dr. Sá Carneiro se sentava à mesa do Conselho de Ministros e cedia a todas as exigências do Barreirinhas Cunhal - nós lutávamos desesperadamente em Angola e Moçambique para as salvar do despotismo comunista. Enquanto o dr. Freitas do Amaral ia em pessoa cumprimentar respeitosamente o chefe da quinta-coluna soviética - nós começávamos a ser presos. Enquanto o PSD e o CDS se curvavam diante do MFA, criando o Conselho da Revolução e a tutela militar que sofremos - nós continuávamos a resistir. Enquanto o avanço das forças esquerdistas parecia imparável fomos nós com o povo em armas, mas sem Forças Armadas, que criámos as condições necessárias para o 25 de Novembro.
Aí (mais uma vez) fomos traídos pelo MFA na pessoa de Ramalho Eanes, e pelos partidos na figura das suas oligarquias mandantes. Chegámos aqui, erguendo bem alto a nossa voz, porque não desistimos, porque não parámos de resistir, porque somos o presente e o futuro da Pátria, porque (uma vez por todas) nos determinános a vencer."
"Que as minhas últimas palavras sejam para vocês, jovens que me escutam.
Sobre vocês recai a tarefa imensa de assegurar o futuro. Sobre vocês recai a concreta responsabilidade da vitória. Desta vitória e das que virão depois. Viverei o bastante para vos ver vencer - e, pelo que sofreram todos os homens da minha geração, tenho o direito de vos exigir a vitória.
Portugal é vosso. Não viverá muito quem não vos aclamar no poder. Assim como recebi o testemunho das mãos de meu pai, assim ele vos será entregue já, para caminharmos juntos. Sereis vós quem irá à frente, iluminando~nos a inteligência e a vontade, e instilando-nos a vossa valentia. Portugal pertence-vos. Nós somos apenas os mais velhos - o que não é virtude. Se quiserdes, voltaremos a ser o que fomos, archote da civilização, anunciadores de Cristo no Mundo, dilatando a Fé e o Império.
Não vos peço que me sigam: exijo-vos que me empurrem! Por vós seguirei em frente, pelos novos caminhos que ireis descobrir na luta de todos os dias.
Lembrai-vos que o que há para defender não é apenas a memória gloriosa dos que fizeram a Nação. Lembrai-vos que o que há para defender é o futuro, o povo miúdo que não desarma, esta Terra e esta Gente que nos deu o ser e nos fez o que somos.
Vós sereis a nossa decisão - esta vontade inabalável de reencontrar Portugal e o entregar intacto e estuante de grandeza ao povo admirável que o moldou com o barro da terra, com as lágrimas dos olhos, com o sangue de quantos, aqui e além-mar, mereceram morrer por ele.
Rapazes!
Iluminai-nos o caminho! Erguei bem alto a chama da Pátria eterna! Nós precisamos do vosso alento, da vossa coragem - da vossa própria vida! Caminhai para a vitória! Portugal é vosso! Devolvei-o aos Portugueses!"
"Temos uma doutrina - e somos uma força. O neo-capitalismo intervencionista da social-democracia é uma forma bem educada de dizer que tudo vai ficar na mesma. Ser centrista é procurar o equilíbrio pelo equilíbrio, é andar permanentemente na corda bamba para catrapiscar uns bocadinhos de poder, é não fazer coisa alguma e não deixar fazer os outros. E, essencialmente, pedir-nos os votos em nome dos interesses comuns - e, contados os papelinhos, marimbar-se na vontade explícita dos eleitores e ir à pressa aliar-se ao Partido Socialista para o ajudar na sua obra de ruína.
Governou a Direita Portugal ao longo de meio século.
Reivindicamos para nós essa herança gloriosa. Fomos nós quem, amorosamente, a partir de 1926, pegámos no corpo exangue da Nação e lhe sarámos as feridas. Não temos de nos envergonhar de coisa alguma:- sem descanso trabalhámos durante quase meio século para salvar Portugal meio destruído pela partidocracia - e para o defender, aqui e no Ultramar, da cobiça dos estrangeiros.
Nós somos os que se não renderam no 25 de Abril.
Nós somos os que acusámos o MFA e os partidos do Sistema de terem traído a Pátria. Nós somos o povo em revolta para redimir Portugal - e pronto a julgar não apenas os traidores, mas também os seus encobridores.
Enquanto o dr. Sá Carneiro se sentava à mesa do Conselho de Ministros e cedia a todas as exigências do Barreirinhas Cunhal - nós lutávamos desesperadamente em Angola e Moçambique para as salvar do despotismo comunista. Enquanto o dr. Freitas do Amaral ia em pessoa cumprimentar respeitosamente o chefe da quinta-coluna soviética - nós começávamos a ser presos. Enquanto o PSD e o CDS se curvavam diante do MFA, criando o Conselho da Revolução e a tutela militar que sofremos - nós continuávamos a resistir. Enquanto o avanço das forças esquerdistas parecia imparável fomos nós com o povo em armas, mas sem Forças Armadas, que criámos as condições necessárias para o 25 de Novembro.
Aí (mais uma vez) fomos traídos pelo MFA na pessoa de Ramalho Eanes, e pelos partidos na figura das suas oligarquias mandantes. Chegámos aqui, erguendo bem alto a nossa voz, porque não desistimos, porque não parámos de resistir, porque somos o presente e o futuro da Pátria, porque (uma vez por todas) nos determinános a vencer."
"Que as minhas últimas palavras sejam para vocês, jovens que me escutam.
Sobre vocês recai a tarefa imensa de assegurar o futuro. Sobre vocês recai a concreta responsabilidade da vitória. Desta vitória e das que virão depois. Viverei o bastante para vos ver vencer - e, pelo que sofreram todos os homens da minha geração, tenho o direito de vos exigir a vitória.
Portugal é vosso. Não viverá muito quem não vos aclamar no poder. Assim como recebi o testemunho das mãos de meu pai, assim ele vos será entregue já, para caminharmos juntos. Sereis vós quem irá à frente, iluminando~nos a inteligência e a vontade, e instilando-nos a vossa valentia. Portugal pertence-vos. Nós somos apenas os mais velhos - o que não é virtude. Se quiserdes, voltaremos a ser o que fomos, archote da civilização, anunciadores de Cristo no Mundo, dilatando a Fé e o Império.
Não vos peço que me sigam: exijo-vos que me empurrem! Por vós seguirei em frente, pelos novos caminhos que ireis descobrir na luta de todos os dias.
Lembrai-vos que o que há para defender não é apenas a memória gloriosa dos que fizeram a Nação. Lembrai-vos que o que há para defender é o futuro, o povo miúdo que não desarma, esta Terra e esta Gente que nos deu o ser e nos fez o que somos.
Vós sereis a nossa decisão - esta vontade inabalável de reencontrar Portugal e o entregar intacto e estuante de grandeza ao povo admirável que o moldou com o barro da terra, com as lágrimas dos olhos, com o sangue de quantos, aqui e além-mar, mereceram morrer por ele.
Rapazes!
Iluminai-nos o caminho! Erguei bem alto a chama da Pátria eterna! Nós precisamos do vosso alento, da vossa coragem - da vossa própria vida! Caminhai para a vitória! Portugal é vosso! Devolvei-o aos Portugueses!"
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