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terça-feira, fevereiro 08, 2011

A internet como arma 

"O aparecimento e o desenvolvimento da Internet alteraram o curso da batalha das ideias.
A “revolta das elites” foi imposta aos povos por intermédio dos grandes meios de comunicação centrais: televisões, rádios e grandes jornais; o seu método de funcionamento é vertical: a informação parte de um emissor e desce até um receptor.
A internet inverte a relação de forças entre o centro e a periferia. Na Internet cada um é ao mesmo tempo receptor e emissor.
Desta forma, o monopólio da imprensa é quebrado. Jean-Paul Cluzel, presidente da Rádio France, constatou-o: “nos sítios de internet, os internautas, jovens em particular, encontraram uma informação bruta que lhes parece mais objectiva e honesta.”
Diversas características da Internet contribuem para quebrar o monopólio da ideologia única difundida pela hiper-classe mundial:
– Primeiro, a internet permite a expressão da opinião privada que, por natureza, é mais livre que a opinião pública; o uso de pseudónimos pode ainda reforçar essa atitude; e os tabus impostos pela vida quotidiana desvanecem-se na Internet;
– Em seguida, a Internet permite uma propagação viral das mensagens; propagação que pode ser extremamente rápida e que força cada vez mais os meios de comunicação centrais a divulgar informações inicialmente ocultadas.
– Por fim, os motores de busca não têm – ainda – consciência política. São neutros, o que garante a factos e análises não conformes uma boa esperança de vida e de desenvolvimento na Internet."
Jean Yves Le Gallou - excerto de um importante ensaio publicado em POLÉMIA, que nos parece de leitura e estudo obrigatórios:

« Douze thèses pour un Gramscisme technologique »

ou em síntese: Pour un gramscisme technologique

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