quinta-feira, fevereiro 17, 2011
Não nos podemos calar!
Passaram anos desde que Maurice Bardèche, então em Lisboa, apelava às novas gerações para que se comprometessem no combate político. Um empenhamento político consciente e lúcido, realista e inteligente: acentuava que o facto de acreditarmos no futuro das ideias de que somos portadores leva a desejar que a sua apresentação se faça em termos de criar condições de diálogo, numa atitude expansiva e dinâmica. Não certamente à crispação e ao enclausuramento.
Chamava ainda a atenção para que se aprendesse com o inimigo, aproveitando as lições que os seus modelos de actuação nos possam dar. Era notório, então como agora, o imperativo da sedução: conversemos, conquistemos, tornemo-nos sexy como dizia aí há uns tempos um rapaz de um partido do sistema...
Tentemos "encarnar os interesses dos grupos sociais ameaçados ou incompreendidos", como tantos existem nestas horas críticas; "desenvolvamos ou criemos a solidariedade com o que existe", e tanta insatisfação se move neste tempo inquieto e turbulento...
Numa palavra, dizia o velho militante, "procuremos lançar a âncora o mais possível na vida real, na vida local, na vida profissional, na vida sindical, para tecer desde já elos múltiplos e eficazes, pelos quais nos possamos tornar um dia a representação real de uma vaga de opinião pública".
Magnífico programa de acção! Criar laços "múltiplos e eficazes", estender com eles uma rede que nos prenda à vida real, à vida profissional, sindical, local, escolar, etc. etc... Tentar que sejamos nós, um dia, "a representação real de uma vaga de opinião pública"!
Temos a nosso favor uma autoridade que ninguém mais possui: a situação social e política que temos foi a que os nossos adversários construíram, as ideias que fizeram esta sociedade e este tempo são as ideias que sempre combatemos, as injustiças de que todos se queixam são as deles, o impasse e a ausência de soluções foram eles que as trouxeram. O apodrecimento e o amoralismo contra o qual se insurgem tantos não nos são imputáveis; podemos falar com a autoridade de quem esteve sempre contra, e sempre denunciou, e sempre avisou, sem poder evitar. Agora, que tudo nos confirma a razão, não nos podemos calar.
Chamava ainda a atenção para que se aprendesse com o inimigo, aproveitando as lições que os seus modelos de actuação nos possam dar. Era notório, então como agora, o imperativo da sedução: conversemos, conquistemos, tornemo-nos sexy como dizia aí há uns tempos um rapaz de um partido do sistema...
Tentemos "encarnar os interesses dos grupos sociais ameaçados ou incompreendidos", como tantos existem nestas horas críticas; "desenvolvamos ou criemos a solidariedade com o que existe", e tanta insatisfação se move neste tempo inquieto e turbulento...
Numa palavra, dizia o velho militante, "procuremos lançar a âncora o mais possível na vida real, na vida local, na vida profissional, na vida sindical, para tecer desde já elos múltiplos e eficazes, pelos quais nos possamos tornar um dia a representação real de uma vaga de opinião pública".
Magnífico programa de acção! Criar laços "múltiplos e eficazes", estender com eles uma rede que nos prenda à vida real, à vida profissional, sindical, local, escolar, etc. etc... Tentar que sejamos nós, um dia, "a representação real de uma vaga de opinião pública"!
Temos a nosso favor uma autoridade que ninguém mais possui: a situação social e política que temos foi a que os nossos adversários construíram, as ideias que fizeram esta sociedade e este tempo são as ideias que sempre combatemos, as injustiças de que todos se queixam são as deles, o impasse e a ausência de soluções foram eles que as trouxeram. O apodrecimento e o amoralismo contra o qual se insurgem tantos não nos são imputáveis; podemos falar com a autoridade de quem esteve sempre contra, e sempre denunciou, e sempre avisou, sem poder evitar. Agora, que tudo nos confirma a razão, não nos podemos calar.
1 Comentários
Comments:
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Ora aí está! E isso é que os faz corar de vergonha, porque começam a ter consciência disso mesmo, o embaraço faz mais vítimas do que todo o barulho associado à volta.....
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