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segunda-feira, julho 30, 2007

Mais sobre blogosfera e acção nacionalista 

Tal como tinha feito para anteriores opiniões sobrte o tema, destaco um artigo de Manuel Abrantes, do Estado Novo, que se segue para leitura e análise.

A BLOGOSFERA E A DIFUSÃO DO PENSAMENTO POLITICO NACIONALISTA

O que começou por ser uma forma de expressão de ideias entre um grupo restrito, tipo tertúlia, teve a sua “explosão” no principio do ano passado com o aparecimento de uma série de blogues, muitos deles com mensagens de radicalismos políticos, bebidos e aprendidos nas teorias de figuras políticas estrangeiros. Claro que me refiro ao nacional-socialismo e a outras teorias fascistas ou fascizantes.
Foram blogues que, na sua maioria, desapareceram tão rápido como apareceram.
Também eles se fecharam numa concha porque a sua mensagem se baseava, unicamente, em teorias do absurdo para os dias de hoje. Teorias do absurdo e jamais aceites na sociedade actual. Podem ter sido aceites noutros tempos mas nos tempos actuais são, abertamente, rejeitadas.
Contudo muitos dos blogues, que lhes posso intitular de “referência” e que ainda existem, mantiveram-se com uma mensagem mais intelectualizada e com uma forma revisionista sobre algumas teorias estrangeiras.
São um grupo restrito de amigos e conhecidos – não muito pequeno, diga-se – que criaram um casulo onde albergam a discussão teórica dos pensamentos políticos dos ditos pensadores nacionalistas.
Claro que se discute e se publica textos literários muitas vezes em francês ou, até, em castelhano, lido e comentado pelas hostes intelectuais dessa família nacionalista tradicional. Aquela que adora o círculo restrito de amigos e que gostam de “conspirar” em tertúlias jantaristas.
E, por experiência própria, até posso acrescentar que essas jantaradas pelo menos
trazem novas amizades e, porque não dizê-lo, um beber de novos ensinamentos.
O problema é que não “conspiram” contra nada. Porque a conspiração só possuiu efeitos se as teorias conspirativas chegarem ao povo e – muito especialmente – se esse mesmo povo as aceitar como válidas. Caso contrário, não estamos a conspirar (???) contra nada a não ser contra nós próprios.
O conspirar, aqui, é uma forma figurativa. São temas abertos e discutidos debaixo
do mais livre direito de opinião e de expressão.
E o que se passa nos blogues Nacionalistas é o mesmo. Não lutamos (não quer dizer que o consigamos) por nos abrir às massas que proliferam pela blogoesfera e que procuram algo de novo. Não alimentamos a sede a quem tem sede. Estamos fechados num círculo e não queremos que mais ninguém entre nele. É como se o pensamento Nacionalista fosse uma dádiva da inteligência só acessível a uma casta de iluminados.
No fundo dos fundos – bem lá no fundo – o sentimento nacionalista de alguns resume-se a isso. E não querem, por isso, crescimento nenhum !
Para muitos dos intitulados nacionalistas, o Nacionalismo, não passa de uma filosofia para ser discutida em tertúlias de masturbação política.
As tertúlias são importantes, mas desde que encaminhem as ideias para uma tentativa de discussão pública.
Sem Povo não há ideias nem causas que mereçam lutar por elas.
Porque sem Povo não passamos de um grupo de amigos.
Sou Nacionalista e autor de um blogue. Estou-me nas tintas para as masturbações intelectuais sobre o pensamento de escrevinhadores estrangeiros com pensamentos políticos que nada têm a ver com o meu País.
Luto por um Nacionalismo como pensamento político aberto a todas as classes sociais. Lutar por uma política Nacionalista só tem sentido se houver aceitação popular. E, nos dias actuais, só há uma forma de o fazer: jogando o jogo democrático dentro das regras impostas. Mas, sabendo apresentar alternativas credíveis a essas mesmas regras. E, para apresentar alternativas credíveis, os seus mentores têm de ser homens e mulheres credíveis.
Não é com grupos de intelectuais fechados no seu sectarismo nem com bandos de rapaziada que, mesmo não sendo marginais (alguns), muitos, assemelham-se a isso.
O pensamento Nacionalista ou entra, e de uma vez por todas, nas massas populares ou está condenado ao fracasso. E, nesta fase crucial, ou ganha já esta luta ou não passará de grupinhos com menos de 1 por cento no voto popular. E, podemos ter a certeza, jamais recuperaremos da pequenez a que fomos votados.
Sem Povo não há políticas credíveis. E, sem gente e propostas credíveis, também não haverá o Nacionalismo como alternativa política.
Como pensamento político – isso – existirá sempre nem que seja na cabeça de meia dúzia de militantes mas como alternativa não passará de um sonho desfeito.
A História um dia nos julgará.
Ou não nos julgará porque nem sequer chegamos a fazer parte dela.
Eu não quero nem vou entrar nesse grupo. Luto, e continuarei a lutar, para que o Nacionalismo seja história. Uma história de tolerância onde haja o respeito pelo ser humano e pela suas liberdades individuais. O Nacionalismo é tolerância, é respeito, é amor pela Nação e, muito especialmente, pela comunhão entre governo e governados.
E este o Nacionalismo de hoje. É este o nacionalismo porque luto e em que acredito.

Manuel Abrantes

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2 Comentários
Comments:
o melhor e mais bem escrito texto que alguma vez li na blogosfera dita "Nacional".
Leiam e aprendam...
 
Nós lemos, sim senhor, mas o Nacional-Integralista também podia escrever qualquer coisinha...
 
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