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segunda-feira, maio 31, 2004

Portugal, Nação, Pátria, Justiça e Pão 

Continuando as recordações de outros 10 de Junho, lembrei-me das celebrações de 1979.
Nesse ano, em que o Dia de Portugal calhou ao domingo, houve em Lisboa, nomeadamente, uma velada no Mosteiro dos Jerónimos, junto ao túmulo de Camões, que reuniu muitas centenas de pessoas durante a noite de sábado para domingo, e uma missa campal junto à Ermida das Descobertas, em Belém, seguida de desfile até à Torre de Belém, na manhã desse domingo, tudo iniciativas que juntaram muita gente.
No Porto não foi possível efectuar qualquer celebração pública porque o Governo Civil, então nas mãos do socialista Mário Cal Brandão, proibiu todas as iniciativas, alegando que se trataria de manifestações fascistas e invocando como pretexto as desordens ocorridas no ano anterior (desordens praticadas por quem exigia a proibição!).
Mas regressando a Lisboa, durante a tarde realizou-se de novo, no mesmo trajecto dos anos anteriores, a manifestação da juventude, organizada pelo Movimento Nacionalista, com o concurso de outros nacionalistas independentes.
Recordo que no Largo de Camões concentrou-se uma razoável multidão, sobretudo de jovens, e houve breves discursos, falando aí em nome dos promotores o Vítor Luís (declarou que estávamos ali para dirigir "à Nação um abraço de esperança, com toda a força da nossa fidelidade a Portugal e da vontade que nos anima", apelando a todos "os que viveram e vivem sofrendo e lutando para que o futuro de Portugal seja português, de uma Pátria justa, forte, livre e digna").
Seguiu-se depois o desfile pelo Chiado abaixo, desde o Largo das Duas Igrejas, Rua Garrett, Rua do Carmo, Rua 1º de Dezembro, até aos Restauradores, por entre cânticos, palavras de ordem e bandeiras ao vento. "Guerra do povo/aos lacaios de Moscovo", "Portugal/Nação/Libertação", "Portugal Sempre/Livre eternamente"...
Na Praça dos Restauradores, bem junto ao Monumento, discursou o José Luís Andrade, fazendo as proclamações finais ("Queremos para Portugal um regime capaz de ressuscitar a alma nacional. Não queremos o regime injusto e hipócrita que nos destrói" (...) "recordamos os nossos heróis, os nossos mártires, para que o seu sacrifício não tenha sido em vão".
No final cantou-se "A Portuguesa" e dispersou-se - desta vez sem qualquer incidente de maior. Também é verdade que desta vez, dados os acontecimentos do ano anterior, havia polícia por todos os lados.

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Novo reparo aos mecanismos mentais dos "fascistas" domésticos 

Porque será que em se falando em fazer alguma coisa o nosso "fascista" típico logo declara em tom solene que está à espera que desta vez se faça, e que será imperdoável se nada se fizer? (Os outros, claro...)
Porque será que nos automatismos mentais adquiridos o verbo fazer é de imediato associado aos outros, excluindo a conjugação na primeira pessoa?

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Portugal sempre, livre e independente! 


O "Forum Nacional" ultrapassou já os 250 membros inscritos.
É um bom sinal, uma indicação de que afinal há gente, e mais do que por vezes julgamos em momentos de derrotismo.
A insatisfação, o descontentamento e a revolta vão proliferando ao mesmo tempo que o rebanho com que o sistema se compraz.
É preciso agora dar forma política ao mau estar que alastra, traduzir em acção sistemática e organizada a crítica emocional e difusa que nasce dos nossos corações.
Com o sentimento podem fazer-se revoltas, mas só com o pensamento se fazem revoluções.

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De novo ao ataque 

Este blogue, como é visível, não nasceu para ser simpático ou fazer cócegas ternurentas no ego de quem quer que seja.
Aliás, uma das pechas frequentes que sempre notei no meio nacionalista, curiosamente coexistindo com a tendência para a maledicência que apontei no postal anterior, é uma tendência oposta, que consiste na autoexaltação complacente, em intermitentes ataques de autoestima exacerbada.
Explicando melhor: muitos nacionalistas quando não estão a tratar-se de traidores dedicam-se a cultivar de uns para os outros a ideia que são todos excelentes, magníficos, geniais, um escol de virtudes em contraste com o mundo conspurcado em que têm de viver.
Evidentemente que tão perigosa e falsa é essa tendência para a todos tratar de patifes e traidores como esse vício oposto de, em doce ilusão, achar que são todos umas criaturas de eleição.
Não é verdade: há de tudo, com todos os defeitos que se encontram na terra.
Dito isto, e reiterada a minha mania de ser incómodo e mesmo desagradável, torno a insistir em perguntas anteriores: o que é que cada um já fez hoje pela causa em que diz acreditar e a que diz dedicar-se?
Concretamente: o que vai fazer-se para assinalar o Dia de Portugal? E quanto à campanha na blogosfera (o meu sonhado "bloguistão nacional") o que é que cada um pensa fazer? Nem um bloguezinho de campanha em defesa das vossas ideias?

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Abandonos e conta corrente 

Acontece frequentemente falar-se de alguém que em tempos alcançou plano de destaque e protagonismo no meio nacionalista e entretanto desapareceu das lides militantes.
E logo surge severa e implacável condenação por parte de indignados julgadores, ardendo em zelo e intransigência.
Quase sempre fico em silêncio a meditar sobre os casos que conheci e conheço, sopesando os méritos dos que desistiram e abandonaram e os daqueles que inapelavelmente condenam.
E quase sempre chego a amarga conclusão: os que automaticamente emitem sentenças de cega condenação têm em geral mais culpas nessas desistências e abandonos do que os próprios que, chegado um momento das suas vidas, fartos de remar sozinhos (ou puxar sozinhos a carroça, sendo certo que não nasceram para burros), acabaram por pôr um ponto final na sua militância activa.
Muitas e muitas vezes isso acontece quando os desistentes atingiram a exaustão total, e sofreram já danos enormes e irreversíveis na sua vida própria, nos planos pessoal, familiar, profissional ou outros.
Os implacáveis condenadores, embora tivessem iguais obrigações, nada sofreram: limitaram-se a deixá-los sozinhos, a observar indiferentes, ou a criticar, quando eles faziam esforços para mobilizar e chamar gente para as tarefas que eram de todos.
Os que abandonaram, e resolveram seguir as suas vidas, fizeram-no muitas vezes cansados da solidão e do abandono, da chocante falta de solidariedade, a que se sentiam votados pelos seus implacáveis críticos, ou seus antecessores.
Estes, os severos julgadores, as mais das vezes nunca abandonaram coisa nenhuma, porque nem sequer começaram.
De maneira que tenho para mim como princípio de justiça e prudência que é melhor avaliar cada um pelo que dá ou deu, numa espécie de contabilidade pessoal. Levemos em conta os créditos a que cada um tem direito. E só pode criticar quem tiver reunido mais créditos a seu favor.

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domingo, maio 30, 2004

Ninguém cala a nossa voz, o futuro somos nós! 

No ano de 1978, e na sequência de um ano intenso de trabalho político, as comemorações do 10 de Junho promovidas pela juventude nacionalista viriam a estar rodeadas de um ambiente bem diferente.
Largamente conhecidas com antecedência, as duas manifestações previstas, e legalizadas, em Lisboa e no Porto, atingiram um clima de tensão e violência que em muito poucas outras ocasiões tiveram semelhante em Portugal.
As forças de extrema-esquerda, essencialmente a UDP, mobilizaram todas as suas energias para boicotar e impedir as manifestações. O caso de Lisboa é mais conhecido, dadas as trágicas consequências da batalha que se travou no Largo de Camões, Largo do Calhariz e zonas adjacentes, da qual resultaram dezenas de feridos, uns mais ligeiros e outros mais graves, e veio a resultar também a morte do estudante de Medicina José Jorge Morais, que fazia parte de uma das brigadas da UDP que atacaram a concentração, e ainda a paralisia de outro dos menbros do comando atacante, Jorge Falcato Simões, então com 24 anos,que ficou para sempre a viver em cadeira de rodas. Os dois foram atingidos por balas da PSP, quando os poucos elementos desta ali destacados tentaram intervir para separar os contendores, atirando gás lacrimogéneo e disparando as armas que possuíam (segundo tudo leva a crer as balas que fizeram esses danos pessoais fizeram ricochete no Arco da Rua da Rosa, isto para os que se souberem localizar).
A manifestação reorganizou-se e acabou por efectuar a marcha prevista, finda que foi a batalha campal, culminando nos Restauradores, com discursos junto ao monumento.
Mas entretanto o MN tinha ganho protagonismo também no Porto. A concentração era na Praça D. João I, às 17 horas, e desde antes, pelo menos desde as 16 horas, o ambiente escaldava, com os manifestantes rodeados por contramanifestantes covocados para ali pela UDP e por um comunicado da DORN do PCP. Aqui as consequências seriam menos graves que em Lisboa por desde o princípio haver sido colocado um dispositivo policial maior, bastante para reduzir os confrontos a um mínimo, que mesmo assim se traduziu em alguns feridos.
O comício na Praça D. João I, com umas centenas de jovens manifestantes, onde discursaram António José Santos Silva, Armando Rosa Azevedo, Maria Lages, João Miranda, José Vieira e Carlos Santarém, em frente ao Palácio do Atlântico, no varandim mais elevado da Praça, decorreu sempre sob os insultos, as palavras de ordem e mesmo os apedrejamentos dos contramanifestantes que se aglomeravam na área envolvente (ruas de Sá da Bandeira, Bonjardim, Magalhães Lemos, Rodrigues Sampaio e Passos Manuel).
Por entre correrias e confrontos (a ilustre jornalista Fátima Torres viria a queixar-se depois que também levou, o que não foi nada de mais atenta a sua atitude) os jovens nacionalistas conseguiram organizar-se em cortejo e sair da Praça, desfilando pela Rua de Passos Manuel, Rua de Santa Catarina, Rua de Gonçalo Cristóvão, até ao Quartel-General da Região Militar do Porto, ond foi entregue uma moção.
Pelo caminho, e mesmo no largo frente ao Quartel-General, ainda houve outras refregas e zaragatas, com uns desmandos e uns estragos. Mas fez-se!

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Portugal não recua, a juventude está na rua! 

Os anos de 1977, 1978 e 1979 puderam assistir à irrupção de uma militância juvenil nacionalista, com presença ostensiva nas ruas.
O primeiro grande episódio dessa presença foi a manifestação do 10 de Junho de 1977 em Lisboa, desde o Largo Camões aos Restauradores, que se consumou sem quaisquer incidentes - julgo que por ter apanhado de surpresa as forças contestatárias.
Era um dia de sol e calor, com o país nas praias, e a manifestação surpresa, feita sobretudo a partir dos liceus de Lisboa, mais uns pequenos núcleos universitários, apanhou desprevenido o conjunto das forças políticas.
Foi um êxito, e a primeira grande afirmação pública do Movimento Nacionalista, organização política de juventude que desde Abril de 1977 se apresentava como a grande força juvenil anti-sistema. Sublinho que, embora formalmente apresentado nessa altura, o MN tinha raízes mais antigas, tendo o seu núcleo fundamental iniciado actividade política antes do 25 de Abril. Só que sobreveio depois o período de confusão e dispersão e apenas nesses primeiros meses de 1977 foi acordado entre vários grupos e pessoas avançar com esse nome e uma organização formal, dando seguimento ao que até ali tinha apenas existência informal. Desapareceram então outras designações, como o Movimento Nacional-Revolucionário, a Juventude Nacional-Revolucionária, ou o Movimento Solidarista.
Por este motivo existem textos de propaganda do MN, datados mais ou menos da mesma época, em que nuns se afirma que o Movimento foi constituído em Abril de 1977 e noutros se diz que o Movimento teve o seu início no ano lectivo de 1972/73, nos liceus de Lisboa. As duas afirmações são verdadeiras: guardo ainda um velho texto sobre a consituição do "movimento nacionalista do ensino secundário" em que a expressão "do ensino secundário" foi tracejada no cabeçalho - curiosidade que indica que a ideia inicial foi depois alargada para outra mais ambiciosa, logo em 1973. Mas depois disso vieram as tempestades e a dispersão, as prisões de 1974 e 1975, a colaboração clandestina noutras iniciativas mais alargadas como o Movimento Federalista Português/Partido do Progresso, ou mesmo o MDLP, e só mais tarde, com a normalização da vida de alguns protagonistas, até regressados da prisão ou do exílio, foi possível reatar uma trajectória autónoma.
Nesta fase do Verão de 1977 o trabalho centrava-se ainda na redacção de "A Rua", na Sampaio e Pina, onde estavam empregados o Vítor Luís e o Carlos Jorge Alcântara, para além de outros jovens do movimento, os quais eram uma espécie de pivots por onde passavam todas as actividades.

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Tranquilizante 

Esqueci-me de dizer, mas digo agora para que não haja alarmes injustificados. Está provado cientificamente que o fascismo não se pega com uma simples leitura de um blogue. Podem ler à vontade. Podem mesmo imprimir e dar a ler a outros, que não vou reclamar direitos de autor. Não há riscos de contágio, se o ambiente da leitura não for já favorável.
Se por distracção eu elogiar alguém, que não haja sustos: fascista sou só eu. Sou eu só. Não precisam de ficar em sobressalto,nem tocar os sinos a rebate. Um elogio é só um elogio. Por exemplo, eu gosto da poesia de Camões e da música de Mozart - e não se consta que os homens fossem fascistas. Nem que o fiquem por isso.

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Me ne frego! 

Ao que me dizem o nome deste blogue incomoda muito, e será esse um motivo para que alguns o ostracizem. Será verdade? As palavras proibidas ainda têm esse peso?
Nesse caso, amigos, tenho que insistir: o nome é este mesmo!
As inibições, os constrangimentos, os temores, os condicionamentos mentais, os preconceitos, os medos, as superstições, as ideias feitas, os interditos, as teias de aranha que envolvem a cidade, e protegem a putrefacção bolorenta em que mergulha, são incompatíveis com a atmosfera luminosa do fascismo.
Não gostam do nome? Me ne frego!
Também não seria com outro nome que gostariam da coisa...

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sábado, maio 29, 2004

28 de Maio e 10 de Junho 

Quem souber de quaisquer iniciativas destinadas a assinalar o 28 de Maio, que foi ontem, ou o 10 de Junho, que será daqui a poucos dias, pode fornecer-me essa notícia escrevendo nas caixas de comentários. Ficarei grato, e farei o que puder para divulgar. Obrigado!

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O anti-fascismo dos fascistas 

Os movimentos fascistas dos anos vinte e trinta do século passado ficaram justamente conhecidos pelo seu pioneirismo e mestria no domínio das técnicas de propaganda e comunicação de massas. Uma inovadora preocupação, constante e permanente, com a mensagem e as massas. Daí lhes resultou grande vantagem na luta política, num tempo caracterizado exactamente pela aparição das massas populares no centro da arena política, diferentemente do que tinha acontecido tradicionalmente, em que só as elites eram sujeitos participantes nessa luta.
Com o decurso do tempo, e as evoluções ditadas por múltiplas derrotas, a situação inverteu-se completamente. A esquerda aprendeu globalmente que o importante não é o que se faz, mas o que é transmitido. Um comício falhado, com apenas dez pessoas, será um êxito político se na manhã seguinte os meios de comunicação anunciarem solenemente que uma multidão entusiasmada esteve reunida a aclamar as palavras dos oradores. Não interessa o que realmente foi, o importante é o que "os outros" fiquem a julgar que foi.
Ao contrário, enquanto a esquerda se centrou totalmente no controlo da comunicação e da propaganda, os sucessores das tais correntes que se distinguiram pelo desenvolvimento e aplicação desses conceitos ao campo político passaram a interiorizar uma espécie de culto da clandestinidade e do secretismo. Mesmo que se faça alguma coisa, é só para os amigos e simpatizantes. Não convém que se saiba, isto é só para "os nossos", e porta fechada... não deixem entrar o Sol!
O reflexo está tão enraízado que por vezes o encontramos até nos automatismos dos jovens: um estranho procura aproximar-se do grupo e a reacção não é de acolher e integrar o novato; pelo contrário, há logo uma crispação e uma interrogação no ar ("este é dos nossos?").
Muitas vezes dedica-se um enorme trabalho a uma iniciativa, seja um jantar de convívio, uma sessão de esclarecimento ou uma revista, e todo esse esforço é inutilizado porque não há a menor preocupação na respectiva divulgação - pelo contrário, por vezes há até a preocupação em fazer tudo o mais discretamente possível, para que "os outros" não saibam ("é só para os nossos!")... Como é evidente, esses acontecimentos só seriam uma realidade política e não uma tertúlia de amigos se tivessem a mais ampla repercussão entre "os outros" (este é o cerne da política, de acordo com Carl Schmitt e um mínimo de senso comum).
Mas não: a lógica continua a ser a do amiguismo, do clube juvenil fechado, da desconfiança e hostilidade para o exterior, da ocultação das palavras e das acções, do temor das misturas e das confusões. Já conheci rapaziada extasiada a admirar a beleza de uma cartaz (terá custado imenso trabalho e dinheiro) e que conclui a sua admiração com uma frase definitiva: "- Giríssimo! Vou já afixar no meu quarto!".
A isto podia chamar-se talvez uma "fascismo de garagem" (quando ultrapassa o quarto).
Numa palavra: exactamente o oposto da atitude política. E absolutamente o contrário, uma inversão completa e total, daquilo que distinguiu os fascismos e congéneres há setenta ou oitenta anos.

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sexta-feira, maio 28, 2004

Uma lembrança do país de Abril 

Motivado pela campanha desencadeada por "O Acidental" sobre as torturas praticadas no Portugal pós-revolucionário, dei por mim em recordações desse tempos remotos.
Embora continue com a impressão que os autores da iniciativa não estão verdadeiramente interessados nela (até agora nem um artigozinho publicaram concretizando os tais casos de sevícias e maus tratos... e não lhes seria difícil encontrá-los) vou partilhar uma estória dessa época.
Sublinho que não é propriamente uma estória de tortura; mas parece-me bem significativa do ambiente de então, da arbitrariedade total, da ausência de regras, do desprezo pelos mais elementares princípios do Direito, da perseguição generalizada que então se viveu.
Na noite de 26 para 27 de Setembro de 1974, um bando armado de constituição indefinida tomou de assalto a residência de José Joaquim Arantes Santos, engenheiro de profissão. Ao que parece a finalidade era prender este, e uma vez que ele não se encontrava na casa invadida os responsáveis do grupo, então identificados como militares do COPCON, levaram como refém o cunhado do procurado, o engenheiro António Fuschini Serra, que ali encontraram presente.
Posteriormente, ao saber do que se passara e que o queriam prender, o Eng. Arantes Santos dirigiu-se ao RAL 1, (ainda não era chamado RALIS), julgando resolver a situação, sua e de seu cunhado.
Foi então detido, e de seguida, juntamente com mais dois civis, transportado em camião militar aberto, sob as armas de uma vintena de soldados, dali até ao forte de Caxias, onde deu entrada.
Até aqui nada de invulgar, pois o mesmo se passou com centenas e centenas de portugueses nesses dias, e nomeadamente nessa noite de 26 para 27 e na madrugada seguinte, do dia 28. Tratava-se da "acção preventiva" relacionada com o que depois seria chamado o golpe do 28 de Setembro. Quer dizer, uns prendiam em barda e os outros é que eram autores de uma tentativa de golpe...
Claro que estas prisões não tinham qualquer tipo de cobertura legal, nem um papel justificativo, e a generalidade das pessoas constantes das listas usadas para esse fim, listas que seguiam nas mãos dos militares encarregados desse serviço e dos civis que os acompanhavam, não faziam a menor ideia das razões de tais detenções. E a maior parte continuou a ignorar para sempre tais motivos, ou os critérios seguidos na elaboração das listagens, ou até quem as elaborava, dado que nada lhes foi dito alguma vez.
Mas continuemos. Arantes Santos deu entrada em Caxias no dia 27 de Setembro e levado para uma das celas, onde já se encontravam outras pessoas (a prisão estava cheia como um ovo).
Acontece que o Eng. Arantes Santos, sendo embora homem novo, padecia de grave enfermidade que exigia medicação permanente e adequada, e alimentação específica. Tendo sido inteiramente desprezada essa situação, o seu estado de saúde foi piorando durante as duas semanas que se seguiram, perante o desespero dos companheiros de cela, até que na noite de 10 para 11 de Outubro de 1974 sofreu uma fortissima hemorragia. Naquela situação de emergência, e estando o doente em grande sofrimento, os apelos deste e dos colegas de cela fizeram então com que o comandante (saliente-se que este estava informado por escrito, pelo próprio e pelos outros colegas da cela, da situação em causa) o mandasse ao médico. Este de imediato se pronunciou no sentido de ser indispensável repouso absoluto, a medicação habitual, e leite, por ser o alimento apropriado naquelas circunstâncias.
Julgaram então os companheiros e o próprio que ele seria mandado para casa, ou pelo menos ouvido nesse dia.
Engano crasso: apesar da crítica situação observada, com a hemorragia no estômago constatada pelo clínico, apesar das recomendações deste, Arantes dos Santos continuou ali, sem medicamentos, sem sequer um copo de leite, sem nunca ser interrogado ou informado por alguém sobre as razões da sua prisão, sem voltar a ter contacto com o médico.
Ao fim de mais uma semana, com o seu estado de saúde cada vez mais visivelmente debilitado, decidiram mandá-lo embora, consignando-se então no mandado de soltura (finalmente um papel!) que tal acontecia porque "por agora" era "desnecessário às averiguações".
Ignora-se de todo quais fossem essas averiguações, já que nunca houve qualquer informação a esse respeito, nem no caso é possível depreender o que fosse, já que Arantes Santos nunca na vida tinha tido qualquer actividade política.
Resumindo, o Eng. Arantes Santos veio a ter um período de detenção bem mais curto que os restantes detidos das várias levas desses tempos revolucionários. Três semanas. Recolheu porém a sua casa com o seu problema de saúde irremediavelmente agravado. Apesar de todos os esforços, não foi possível salvá-lo: ainda viveu algum tempo, em condições extremas, mas veio a falecer na madrugada de 3 de Dezembro seguinte.
Nunca se chegou a saber o que esteve na base da sua prisão. Mais tarde, em reacção a diligências da família, o mesmo COPCON, que o tinha prendido, viria a declarar por escrito (Otelo) que tal prisão fora devida "a má fé".

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Comemorar o Dia de Portugal 

Comemorar o Dia de Portugal tem por significado real lembrar que a Pátria Portuguesa tem direito à existência na Soberania, Justiça e Unidade.
Mas mais do que lembrar Portugal o Dia deve servir fundamentalmente para afirmar que a Pátria continua. Mais do que nos deleitarmos na lembrança do passado glorioso ou no presente de tristeza impõe-se aos Portugueses o resgate de um futuro que à glória do passado e à tristeza deste presente oponha a radiosa instauração de uma existência de grandeza, de unidade, de soberania.
Contra a tese materialista e catastrófica com que a burguesia nacional se compraz nas suas piedosas lamentações de que "Portugal já morreu", as gerações vivas de Portugueses, forjadas no combate, na luta, na tempestade da guerra, têm que erguer a despertadora visão de uma Pátria resgatada da ocupação, contra a colonização da Alma pelo colonialismo materialista, ateu e maçónico, contra a colonização do Corpo pelo colonialismo da prostituição, da droga, da inversão e da vilania - contra a colonização de Portugal pelo colonialismo físico, psíquico, mental imposto e mantido pelos imperialismos estrangeiros, os de fora e os de dentro.
Mais do que por saudosismo ou dessorado sentimentalismo poético, comemorar o Dia de Portugal tem que ser uma marca da guerra que os Portugueses já travam para a reconquista da Pátria.
Os Portugueses têm que proclamar altivamente que Portugal existe, continua e triunfará. E que da memória do passado e da opressão do presente surgirá a alegria do Futuro celebrado na Unidade, na Justiça, na Grandeza, na Liberdade. Para que todos os dias dos Portugueses sejam Dias de Portugal!

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Lembrar o 28 de Maio 

No dia 28 de Maio - que nunca foi feriado em Portugal, ao contrário do que já li muitas vezes, exactamente porque Salazar entendia que a revolução não tinha sido feita para isso - passa o aniversário do arranque libertador que, a partir da guarnição de Braga, logo secundada pelas forças militares e civis que pretendiam reagir à decadência e à desordem em que o país se afundava, deu início ao enérgico movimento de reacção nacional que se traduziria algum tempo depois no regime e na obra que ficou conhecida por Estado Novo.
Uma vez que lembrar e estudar o passado, como lição para o presente e para o futuro, é imperativo de racionalidade, apoiamos aqui todas as comemorações e iniciativas que visem manter viva a lembrança do que foi feito de positivo, e incentivar os portugueses ao combate pelo Futuro.
Visto que infelizmente não dispomos de nenhuma rede informativa, nem sequer de uma pequena agência ou portal em linha, e os blogues não têm cumprido em geral função informadora, mesmo os poucos (e valiosos) que existem, solicito aos leitores que tenham conhecimento de qualquer realização com o sentido assinalado que colaborem nos comentários, dando notícia desses acontecimentos, quer antecipada quer posterior. A batalha da informação também é luta política.
A propósito: realiza-se no Porto o tradicional jantar comemorativo da Revolução Nacional?

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quinta-feira, maio 27, 2004

Celebrar o 10 de Junho 

O 10 de Junho é o Dia de Portugal. O 10 de Junho tem de ser, sobretudo, o dia do futuro de Portugal. É o futuro da nação portuguesa que dá sentido às suas glórias passadas, é o sonho desse futuro que no presente nos aponta o caminho árduo para colocarmos as nossas energias ao serviço de uma grande missão.
O 10 de Junho tem de ser o momento de afirmar publicamente que, apesar de todas as fraquezas, abdicações e traições, acreditamos na magia singular de um nome: Portugal.
Faltam só duas semanas. Já começaram a preparar o Dia de Portugal?

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Comentadores, precisam-se! 

A nossa gente é pouco dada a comentários na praça pública. Prefere ler recatadamente e tirar as suas conclusões em sossego, sem dizer nada a ninguém sobre o que está a pensar. E os nossos adversários parecem que não são muito diferentes!!!!
Vem isto a propósito dos repetidos apelos deste blogueiro pedindo aos visitantes que comentem. Pois é o comentas! Quanto mais ele pede comentários mais mudos eles entram e saem. Aqui também noto essa falta de participação. Será que ninguém tem nada a dizer, ou estão de acordo com tudo, ou acham que isto nem merece o trabalho de deixar um comentariozinho?

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Fascista não quebra nem torce! 

O caríssimo ACR, teimoso doutrinador do nacionalismo renovado (ou da reciclagem nacionalista) escreveu um postal onde parece sinceramente preocupado com as decepções aqui do Camisanegra. Descanse o intemerato teorizador do neonacionalismo: sejam quais forem os estados de espírito, um Camisanegra tem que ser uma alma inacessível ao desalento! Vamos em frente!

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quarta-feira, maio 26, 2004

Breve carta a cada militante nacionalista 

Penso que cada um de nós deve fazer algo em que só dependa de si. Assim nunca seremos apanhados em fracassos colectivos, e não pode haver desculpas com as falhas dos outros.
Tu por exemplo devias lançar um blogue. É fácil, é barato, dá um extraordinário treino de escrita, e permite ter um canal de intervenção onde podemos dizer precisamente o que temos para dizer. Acho que neste momento é o instrumento de acção política que está à nossa mão, e que devíamos explorar, com criatividade e insistência. Uma grande rede de blogues que tivessem todos uma orientação da área nacional, em termos culturais e políticos, podia substituir os meios de comunicação de massas a que não temos acesso. E todos têm tempo para isto, se quiserem ter. Cada um terá o ritmo que marcar para si, e que for capaz de aguentar. Evidentemente que é um teste, um teste à força de vontade, à paciência, à perseverança, até às capacidades individuais - capacidade de trabalho, capacidade de comunicação, talento e génio individual. Mas quem tem medo de se pôr à prova?
É preciso começar. É preciso que cada um se consciencialize desta necessidade de chegar aos outros e das potencialidades quase infinitas deste meio, e a seguir se lance na aventura.
Criar um blogue é obra de um minuto, é gratuito, e as nossas palavras podem chegar a uma infinidade de pessoas. Dependerá muito da nossa capacidade para atrair o interesse dos outros. Mais um desafio. Quem há aí que não goste de desafios?
Tenho dito. Já pensaste no nome que darás ao teu blogue?

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Dissidências 

Chega-me a notícia de que Ramon Bau e outros militantes do CEI (Circulo de Estudios Indoeuropeus) da Catalunha foram presos em operação policial. A operação é mais vasta, aguardando-se a detenção dos delegados do CEI noutros locais de Espanha.
Ignora-se qual seja a acusação, mas pelo que se sabe do CEI, e pelas experiências anteriores, parece provável que tudo vá concluir como o recente caso da Livraria Europa, também em Barcelona: depois de prejuízos enormes com o saque da livraria e a prisão prolongada dos seus responsáveis, que ficaram na miséria, as únicas acusações formuladas relacionavam-se com a posse e divulgação de livros e outro material (CDs, bandeiras, cassettes, considerados proibidos.
Aqui deixo a notícia, até porque sei que há bastantes portugueses que nestas últimas décadas tiveram o gosto e o prazer de conhecer e conviver com Ramon Bau, distinto intelectual e militante inconformista, e beneficiaram da sua amizade e colaboração.
Não é verdade, caro A.?

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terça-feira, maio 25, 2004

A nossa candidata em Itália 


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Exame de consciência 

Então como vai essa mobilização? Já praticaram todos as vossas boas acções de hoje? Vejam lá!
Fascista não praticante não vai para o céu...

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Notas matutinas 

Sobre o tema das torturas nas prisões pós-abrileiras é indispensável ler o depoimento de Walter Ventura hoje n"O Diabo". Vale a pena comprar o jornal só por causa deste.
Sobre a minha teimosa insistência na aposta na internet como meio prioritário de acção política, e já, continua a reinar um silêncio de chumbo. Os hábitos antigos são muito difíceis de vencer. Haverá de certeza quem prefira gastar o tempo todo a produzir um custoso boletim com cem exemplares para depois distribuir em mão aos fiéis, e em segredo (vá, toma lá agora que não está ninguém a ver; e não deixes que se saiba!...)
Contra a estupidez os próprios deuses lutam em vão.

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segunda-feira, maio 24, 2004

Um jantar de há 24 anos 

Faz agora 24 anos, em 1980, comemorou-se no Porto o aniversário do 28 de Maio, com um concorrido jantar de confraternização. Mais de trezentos nacionalistas juntaram-se no Restaurante "Casa Branca", em Lavadores, como já vinha sendo tradição.
A grande sala estava completamente cheia, decorada com estandartes da Mocidade Portuguesa, e tendo ao fundo dois enormes retratos de Gomes da Costa e de Salazar.
Na mesa da presidência sentavam-se José Bayolo Pacheco de Amorim, António Pedro Pinto de Mesquita, Albano Magalhães, Fernando de Matos, Miguel Pereira de Abreu e Joaquim Mendes de Vasconcelos.
Muitos jovens marcavam presença. Discursaram António José Santos Silva, pela Frente Nacional Revolucionária, António José de Brito,Goulart Nogueira, Domingos Menéres Pimentel, Albano de Magalhães Filho, Manuel Monteiro, Luís Baião, Rui Manuel de Albuquerque, pelo Movimento Nacionalista, António Sousa Machado, António Monteiro, Miguel Pereira de Abreu e, a encerrar, o Prof. José Pacheco de Amorim.
Durante a sessão foram lidos telegramas de apoio de Manuel Avides Moreira, Blas Piñar e General Silvino Silvério Marques. Entre os presentes destacavam-se ainda Carlos Gonçalves, da Escola de Ciências Biomédicas do Porto, António Salazar de Almeida, do Liceu Alexandre Herculano, e José Pedro Queiroz, da Escola Fontes Pereira de Melo, estudantes que tinham então vencido eleições escolares nos respectivos estabelecimentos de ensino.
Entre os ausentes mereceram especiais saudações e vivas o Manuel Maria Múrias e o Vítor Luís e seu grupo, todos então, embora nesta fase já tardia, recolhidos pela revolução e colocados em repouso a gozar a obra prisional deixada pelo Estado Novo, do lado de dentro da grades.
Zelando infatigável para que tudo corresse bem, multiplicava-se em atenções o José Guilherme Sarsfield Rodrigues. A Adosinda, em pessoa, vigiava a qualidade e a eficiência do serviço.
No final, em apoteose, cantou-se a Marcha da Mocidade, braços e corações ao alto...
Que saudades! Por onde andará toda esta gente?

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Aprender com a experiência 

A minha repetida proposta de privilegiar a criação de uma larga "zona nacional" na rede tem sido largamente ignorada. Julgo que existem vários motivos para isso. Um, sejamos francos, é a preguiça e a pouca vontade: trata-se de um trabalho chato, aborrecido, de continuidade e repetição, na frieza do computador e do teclado, e só pode dar frutos a prazo.
Outro motivo contra é o instinto gregário e o romantismo juvenil, aquele entusiasmo adolescente que sente muito mais o calor da rua, das colagens, dos carros de som, das distribuições de panfletos, dos cartazes, das multidões, das reuniões e assembleias, da exibição pública, do calor da camaradagem em convívio e movimento - ou seja, os meios tradicionais de propaganda política.
Mas depois vêm as frustrações, a experiência de bater com a cabeça nas paredes onde outros já antes bateram com a sua.
Os belos cartazes e as vistosas faixas, que custaram um dinheirão, e gastaram noites de trabalho aturado e dedicado a toda a rapaziada mobilizada, e estavam uma beleza - foram todos facilmente arrancados em poucas horas por uma pequena equipa móvel organizada para isso. As massas não chegaram a ver o fruto do esforço e da militância.
Chegados a qualquer momento relevante, como uma campanha eleitoral, os meios de comunicação tradicionais, televisões, rádios, jornais, etc, salvo alguma distracção cumprirão a directiva de ignorar os nossos esforços.
Os outros terão publicidade de borla e até fartar, serão convidados para os debates e entrevistas, mas nós certamente que não. Os nossos comunicados e iniciativas serão fornecidos às redacções, mas deles não surgirá nem eco nem sinal, e o trabalho esbarrará sempre nos muros de defesa do sistema.
Pode mesmo fazer-se um belo comício com dez vezes mais pessoas do que outro de um partido bem inserido no meio e que até surgiu em destaque no telejornal - mas o nosso não será nem noticiado.
Tudo isto já aconteceu, e muitas vezes. Mas infelizmente cada um só acredita depois de se passar consigo.
Face a tudo isto, que se irá observar e sentir de novo, torna-se mais actual do que nunca a insistência: aproveitem a disponibilidade da rede, enquanto ela existe. Criem uma vasta "zona nacional". A informação, a formação, ou a simples propaganda, que aqui estiver colocada, pode chegar a um número indeterminado de pessoas. Podemos não ter essa sensação física da proximidade, mas as masssas estão aqui, mais numerosas do que no metropolitano à hora de ponta. O nosso trabalho rende, mesmo que não se veja de imediato. Fica. A tarefa do inimigo, de nos anular neste meio, é infinitamente mais complicada do que jogando nos territórios que ele já controla. Pensem, mais com a cabeça do que com o coração ou os instintos. Analisem os custos e as potencialidades de fomentar esta estratégia, e sobretudo comparem-nas com as alternativas - já experimentadas e mais que experimentadas. E actuem em conformidade.

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domingo, maio 23, 2004

O Rei da Festa 

Ainda no congresso das forças governamentais, a grande imprensa destaca o papel de Pedro Santana Lopes, salientando a sua "performance". Não me admira nada, que representar sempre foi o forte dele. Aqui este vosso amigo conheceu-o bem, desde o tempo dos estudos comuns. Quando ele põe aquela cara séria, para fazer afirmações solenes, cá o facho escangalha-se a rir. É como nos "Monty Pithon": quando o actor está com o ar mais sisudo é quando nos dá maior vontade de rir.
Ele foi sempre assim: nos intervalos da sua existência descontraída, sobretudo quando está gente a ver, procura fazer papéis sérios. E até assume compromissos, e faz promessas. Evidentemente que quem o conhece não dá importância a tais comprometimentos; ele também não lhes dá a menor importância. No resto do tempo regressa com naturalidade à sua normal forma de estar.
Um conselho daria aos incautos: se o encontratrem e ele vos pedir dinheiro emprestado, não caiam nessa. Já houve quem caísse.

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Novas do Congresso 

Segundo a grande imprensa, o congresso do partido governamental consagrou uma nova figura, Miguel Relvas, promovido a secretário-geral.
Substituiu José Luís Arnaut, desde sempre conhecido entre os seus pares por "Forrest Gump" (vá lá saber-se porquê, não me perguntem que eu não sei nada de cinema).
Mas este novo hierarca conheço; ou antes, conheci - no tempo em que ele era um jovem estudante. Durante os intervalos das aulas estava ostensivamente a ler "A Bola", durante as aulas estava disfarçadamente a ler "A Bola". Nunca o vi sem "A Bola", e nunca ninguém suspeitou que tivesse outras leituras.
Para dizer a verdade já na altura alguém me advertiu que o rapaz era muito mais importante do que parecia, dada a sua boa inserção na Jota, e que não me deixasse enganar pelas aparências - havia ali largo futuro.
Confesso que me deixei enganar: no jovem estudante ribatejano só reparei naquele ar entre o vesgo e o admirado com que escutava qualquer conversa que excedesse um pouco "A Bola". Nunca o ouvi dizer nada, mas o ar não era dos mais promissores. Talvez fosse da ligeira divergência ocular, os senhores sabem como nos fazem sempre uma certa impressão de incómodo aquelas pessoas que olham para nós parecendo estar a olhar para outro lado.
Nisso fazia lembrar outro personagem já então mais consagrado. Entretanto o tempo foi passando e na realidade confirmou-se o prognóstico optimista, o moço embora ainda nunca tivesse feito nada na vida lá foi navegando de cargo em cargo, tratando da nossa governança.
Agora foi o triunfo: é o secretário-geral, o homem de confiança do Outro.
Não há dúvida: em terra de cegos quem for zarolho é rei.

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De feira em feira até à vitória 

Consultando o jornal de campanha dos neodemocratas fiquei a saber que só nesta semana o Manel e "uma vasta comitiva do PND" irão percorrer nada menos que seis feiras e mercados.
Já estou a ver o novo slogan do promissor agrupamento: "Correr uma feira por dia dá saúde e alegria!".
No fim desta campanha eleitoral o Carlos Amorim vai ficar esbelto como Apolo e o Jorge Ferreira tão simpático como a Princesa Diana.

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Exemplos práticos 

O "Forum Nacional", com um mês de actividade, conseguiu já ultrapassar os duzentos inscritos. É um belo número! E a página do "Partido Nacional Renovador", ultimamente muito mais diversificada e actualizada, alcançou uma notória visibilidade - bem melhor que outros partidos com grandes meios.
São janelas de comunicação que é preciso desenvolver e incrementar. Temos que comunicar com toda a gente, e a internet é o único meio de comunicação aberto e em rápida progressão - com o tempo, há quem diga que pode substituir todos os outros.
Quanto aos outros (televisões, rádios, jornais, etc.) já têm dono, há muito tempo, e se falarem de nós não será para nos ajudar. Não tenham ilusões. Dediquem-se ao possível, e não a miragens inalcançáveis.

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Campanha todos para a rede, já! 

Se o que se quer é reunir pessoal, vamos a isto. Venham daí os amigos, conhecidos e desconhecidos. Instalai-vos, e militai na net. Quem se queixa que tem muito para dizer, e não sabe onde – aqui tem o sítio. Quem se lamenta da repressão e da censura – aproveite que aqui ainda não há. Quem procura ter voz, e não encontra altifalante, lance mão de engenho e arte – e venha prégar na rede.
Dinheiro não é preciso. Público, há mil vezes mais do que se consegue a colar cartazes para que ninguém olha, distribuir panfletos que ninguém lê, espalhar boletins pelos amigos – tudo caríssimo, em trabalho e capital, e sem retorno que se veja.
Camaradas, da cidade e dos campos, das escolas e das oficinas, do Carmo e da Trindade, de Mafra ou de Aveiro, da Feira ou do Porto, de Faro a Bragança, todos para a net, rapidamente e em força!
Ponham-se em rede!

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sábado, maio 22, 2004

Faltam só vinte dias! 

As eleições europeias são já daqui a vinte dias. A campanha ou se faz já ou não se fará nunca. Se cada um fizer o que puder, cumprindo o seu dever, é possível alcançar em Portugal um resutado com significado e peso político. Repare-se que aqui existe uma situação de candidatura única da área nacional, o PNR, com uma estratégia de frente alargada, diferentemente do panorama que existe por exemplo em Espanha, onde de novo surgiram várias candidaturas da zona nacional, em nova manifestação de mesquinhez sectária.
É uma vantagem importante. Se todos contribuirem agora para esse objectivo convergente, um bom resultado nas eleições próximas, também será toda a "área nacional" a beneficiar com a maior visibilidade política que resultará de uma votação-surpresa.
Que ninguém julgue alguma vez lucrar com o insucesso do parceiro que avançou, pensando ficar com os sapatos do defunto. O insucesso da única candidatura de orientação nacional será sempre apresentada pelo sistema como uma derrota de toda a área nacional, e criará efectivamente inibições muito difíceis de ultrapassar para o futuro. Haverá então que recomeçar tudo do zero, outra vez.
Falando claramente: se houvesse um resultado espectacular do PNR isso significaria um impulso importante para toda a área nacional. Se houver uma derrota clamorosa será uma derrota para todos, que levará anos a recuperar.
Mobilizem-se, carago!

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Também assino! 

Os bloguistas d'"O Acidental" resolveram colocar em linha um abaixo-assinado reclamando esclarecimento público e total das questões relativas à tortura e aos maus tratos praticados sobre presos políticos em Portugal nos anos que se seguiram ao 25 de Abril.
Claro que a iniciativa é inconsequente, e a intenção não é das melhores. Os promotores sabem que isto não conduzirá a nada, e o seu propósito é só criar embaraços aos seus irmãos-desavindos do lado esquerdo do sistema, e ao mesmo tempo banalizar as notícias das torturas americanas.
Mas mesmo assim é divertido observar esta reclamação: se fossem mesmo analisados a fundo os acontecimentos, como explicariam os responsáveis a atitude de então de tantos dos actuais gurus da linha em que se situam? Ou ignoram que Pacheco Pereira, João Carlos Espada, Vasco Graça Moura, Durão Barroso, não eram então menos radicais no seu revolucionarismo do que o Major Tomé, o Major Dinis de Almeida, o Miguel Portas ou o Francisco Louçã?
E onde pensam os mimosos liberais d'"O Acidental" que estavam nessa altura personalidades como Freitas do Amaral, Sá Carneiro, Amaro da Costa, e tantos outros?
Pois é, andavam nos gabinetes do poder, uns no Governo, outros na Assembleia, outros no Conselho de Estado.. e garanto que a todos eles recorreram centenas e centenas de pessoas, pessoalmente ou por escrito, comunicando os seus casos ou de familiares e amigos, e implorando uma intervenção.
Se fosse conhecido até onde chegou a indignidade e a cobardia da direita tolerada da época, creio que os promotores da petição se recolheriam envergonhados.
Mas fiquemos por aqui. Na realidade houve nesses tempos milhares e milhares de prisões arbitrárias, houve torturas, houve maus tratos, numa escala e numa dimensão que os rapazes d'"O Acidental" não sonham.
No Regimento de Polícia Militar, no Ralis, no Quartel-General da Região Militar do Porto, em Caxias, até em cárcere avulso e privado.
Por tudo isso, eu assino o abaixo-assinado. Porque os gestos simbólicos também têm sentido. Mas sem confiança nenhuma de que tal iniciativa venha a servir para esclarecer alguma coisa.

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Venham de lá as notícias! 

Então como correu a jantarada no Porto? O pessoal que está por aí espalhado centenas de quilómetros em redor também gosta de saber... Ora escrevam se faz favor.

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sexta-feira, maio 21, 2004

Toque de chamada 

Que fizeste hoje pela causa? Que fizeste hoje pelo teu país?
Estas interrogações têm que estar todos os dias na cabeça de um militante. A nossa honra é a nossa fidelidade. Mas não basta a fidelidade meramente interior, a fidelidade do monge; a hora que passa exige a fidelidade do soldado.
Constantes, firmes, leais, determinados - eis os militantes da Ideia, partindo à conquista da Cidade.
A tarefa maior é da juventude; ela será o futuro, ela tem que ser no presente a ponta da lança das hostes em combate.
Não se pode recusar hoje a dádiva, o sacrifício, que são o preço do amanhã.
Desprezando as conveniências e os acomodamentos, vamos em frente. Todos e cada um no seu posto. Vamos, em arrancada imparável. O futuro, escreveu certo filósofo, há-de ser daqueles que tiverem a mais longa memória. Lembrando tudo, guardando tudo, vamos à conquista de todos. Mobilizemos até ao último. Partamos em atitude alegre e ofensiva. Nem alheamentos, nem votos nulos, nem votos em branco, nem abstenções, nem adiamentos, nem transigências.
Vamos, já.

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Forca Portugal! 

Já está em linha o sítio de campanha da coligação "Forca Portugal".
É comovedor e dramático: declara solenemente que os seus deputados querem ir para Estraburgo e Bruxelas lutar por Portugal.
Nós já tínhamos ouvido falar desses combates heróicos. Até já tínhamos notado as mazelas e cicatrizes com que regressam de lá. Mas não pedíamos tanto: podiam simplesmente lutar por Portugal... aqui em Portugal.

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quinta-feira, maio 20, 2004

Outra página, outro candidato 

Descobri mais uma página na net de um candidato ao Parlamento Europeu nas listas do PNR.
É esta aqui. Fica aqui a ligação, para tomarem contacto com o homem.
Temos que os ajudar na campanha: é preciso divulgar, publicitar, falar incansavelmente.
À clara luz do dia é que esta guerra se trava. As trevas são para os filhos das trevas; quem gosta do escuro e do sigilo são os ratos, as cobras, os maçons, os comunistas e outros filhos do demo.

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Está vivo! 

Este blogue aqui, que cheguei a recear que se tinha finado logo com a estreia, afinal promete continuar... ora ainda bem!

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Eleições 

Segundo uma sondagem feita há tempos, as questões que os eleitores mais gostariam de ver tratadas pelos políticos, por serem aquelas que mais os preocupam, são as relativas à imigração, à criminalidade e segurança, e ao desemprego.
Curiosamente, são estes os temas que os políticos dos partidos tradicionais mais evitam. Tal como acontece com as questões candentes relativas à Constituição Europeia e a Soberania Nacional ou à falada entrada da Turquia na União Europeia. Sempre pelos mesmos motivos, são assuntos de que fogem a sete pés. O que dissessem agora podia comprometê-los no futuro. Ou os comprometia aos olhos dos portugueses ou os comprometia aos olhos dos seus patrões das internacionais mundialistas e globalizantes a que pertencem, e que de nenhum modo podem melindrar.

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Recordar Olivença, e todo o Portugal ocupado 

Neste dia 20 de Maio completam-se 203 anos de ocupação do território de Olivença pela Espanha.
De modo a lembrar a data o Grupo dos Amigos de Olivença organiza uma cerimónia pública pelas 18h45m, no Chiado, em Lisboa, junto à estátua de Fernando Pessoa, convocando todos os apoiantes da Causa de Olivença para participar no acto.
Por nós apoiamos, e lembramos todo o país em estado de ocupação quando não militar pelo menos mental e económica.

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quarta-feira, maio 19, 2004

Ainda eleições europeias 

Esqueci-me que este blogador também é candidato!
A blogosfera está realmente muito bem representada nas listas.

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Espadas ao Sol! 


Cresce o Forum Nacional. É a hora de desembainhar a espada, e descer à arena política.

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Arrancam as europeias 

O PNR dá início formal à sua campanha no Porto, no proximo dia 21, sexta-feira, às 20 horas, com um jantar de confraternização, que servirá para lançar a campanha para as Eleições Europeias no norte do país. Para marcar presença ou solicitar informações, veja-se a página PNR.
Entretanto surgiu em rede um Blogue de campanha.
E um dos candidatos é este ilustre blogador.
E outro candidato é este aqui.

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terça-feira, maio 18, 2004

A Turquia não é Europa! 


Organizem-se! É preciso que uma forte campanha venha acordar toda a gente: a Turquia não é Europa!

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Balanço 

A minha influência no meio nacionalista é uma realidade verdadeiramente devastadora: desde que me empenhei em insistir para que aparecessem mais blogues da área nacional no combate das ideias ainda não suscitei o nascimento de nenhum; em contrapartida no mesmo espaço de tempo mais de uma dúzia já desapareceram ou paralisaram de todo...

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Páginas pessoais 

Há bastantes, algumas de indiscutível originalidade: Ódio, Keppler, Víboras...
Pode ser, pode ser que...

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segunda-feira, maio 17, 2004

Caramba! 

Desde que os desafiei a trabalhar, os meus leitores ficaram mudos e quedos que nem rochas... Nunca esperei efeito tão devastador!
Faz-me lembrar uma anedota que se conta sobre o método usado em Israel para dispersar uma manifestação: começa-se a fazer um peditório...

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www.edicionesnuevarepublica.com 

Por esquecimento imperdoável ainda não tinha destacado aqui a excelente editora e livraria espanhola Ediciones Nueva República.
Está ao nível das melhores, em qualquer parte do mundo. Com um belo lema: "Apague a TV e leia!"
Explorem bem as suas ligações, vejam o catálogo das obras disponíveis. Em conexão com essa editora catalã destaco também o sevilhano Círculo Cultural La Conquista del Estado. Entusiamante, sobretudo para os admiradores de Ramiro Ledesma.
E continuemos: laço a laço se tece uma rede!

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Bis repetita placent: FASCISMO EM REDE! 

Perante o "estado de bovinidade geral" (assim se exprime o "Blasfémias") parece que não há nada a fazer. Mas cá irei insistindo, velho fascista isolado e teimoso remando contra os ventos e as marés. E mesmo, o que é pior, contra a indiferença e a apatia do rebanho resignado e abúlico.
Entendo eu que o principal contributo da nossa época, e desta era cibernética, para a teoria e prática da luta política do fascismo será o que chamo "fascismo em rede". No fundo não é senão um desenvolvimento das teorias gramscianas sobre a captura da sociedade, das suas instituições e trincheiras, e nomeadamente do poder cultural, como antecedente do assalto ao poder.
Mas é um contributo específico, próprio do nosso tempo e dos meios tecnológicos postos à nossa disposição, o estabelecimento dessas redes de comunicação permanente, de mobilização e de informação, aptas a serem accionadas num momento, a constituirem força de pressão militante, sempre em campanha no meio internáutico em que todo o mundo hoje se forma e se informa.
Ainda não vemos esse potencial devidamente explorado em Portugal; esse trabalho poderia ser determinadamente desenvolvido, por exemplo, pela juventude que por aí esbanja as energias em pura perda. O ponto é que se compreenda o alcance e os métodos da ideia.

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domingo, maio 16, 2004

Teimosia 

Estou tão convencido do acerto do meu entusiasmo pela internet como instrumento do combate político que não vou largar as propostas defendidas nas entradas anteriores.
Caramba, eu acho que uma simples lista de endereços (diga-se "mailing-list", para quem prefira o português corrente) a funcionar como deve ser, isto é, aproveitando bem as suas utilidades, constitui uma ferramenta extraordinária, assombrosa, capaz de milagres... No meu tempo não havia nada disso!
Portanto, não largo o assunto. Exijo que as propostas tratadas nos artigos que ficaram aqui atrás sejam objecto da devida atenção e debate.
E repito: um militante=um blogue ... rapidamente e em força, como diria o Velho!

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Persistência 

Repito, e insisto quanto ao que escrevi nos artigos anteriores. Ser nacionalista não pode reduzir-se a uns desabafos sem consequências entre amigos. É preciso assumir responsabilidades, levar-se a sério a si próprio e àquilo que se diz. Apelo a todos, os nacionalistas dispersos e desorganizados, os que simplesmente sentem que é hora de passar à acção, os que já estiveram activos e cessaram desiludidos e desencorajados, os que se empenham nalgum colectivo ou organização, pensando especialmente nos que vejo no PNR e no Forum Nacional e na AN e no PTNS, a todos sem excepção os que partilhem a imagem da nação como supremo valor na ordem política, para que leiam e prestem atenção ao teor desses meus últimos artigos. É um desafio concreto. Seria fácil de vencer com um pouco de vontade e espírito de seviço.

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sábado, maio 15, 2004

De novo em defesa da blogolândia nacional 

Quem quer fazer política realmente nacional não pode dirigir-se apenas ao grupo que pode reunir num jantar em Lisboa, ao núcleo que pode juntar numa reunião no Porto, ou ao conjunto que irá comparecer num "encontro nacional" marcado pelos mesmos e para os mesmos. Naturalmente que todos esses são importantes; são os que já se encontraram numa caminhada comum. Esses estão já conquistados.
Mas fazer política é falar para os outros, para os que ainda não conhecemos, pensar que há alguém em Macedo de Cavaleiros a pensar como nós, um camarada que está sózinho em Idanha, outro isolado em Cabeceiras de Basto, uns tantos em Elvas, não sei quantos dispersos em Almada, em Setúbal ou em Faro... por vezes no prédio ao nosso lado mora alguém em que nunca pensámos, mas até tem as mesmas ideias... em todos os lugares onde haja portugueses pode haver alguém receptivo, e somos nós que temos de arranjar modo de ir ao encontro de todos e tecer os laços e os vínculos que reúnam todos num movimento convergente.
A rede cibernética é hoje um instrumento sem igual.
E acrescento que nos blogues individuais vejo ainda outras virtudes: está automaticamente salvaguardada à partida a autonomia e a individualidade de cada um. Ninguém precisa de prescindir das suas particularidades, das suas diferenças, em nome de alguma estratégia de grupo. Todos têm lugar próprio, como são e tal como são. Só pelo facto de existirem já cumpriam a finalidade de alicerçar esse movimento colectivo, essa blogolândia nacional.

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Mãos à obra! 

Rapazes, não se deixem enganar: a preguiça é muito imaginativa e inventa mil desculpas. Há momentos para discutir e há momentos para realizar: agora é um momento de trabalhar. Trabalhar, sem hesitações nem desculpas, sem pretextos nem alibis para fugir à responsabilidade. Todos os métodos tradicionais de luta e propaganda política são igualmente dignos. Mas pensai um pouco no que proponho: como integrar e colocar em ligação e em tempo real cada nacionalista isolado e perdido nos confins da Beira, de Trás-os-Montes ou do Algarve? Como trabalhar em conjunto e em simultâneo com qualquer nacionalista de qualquer lugar remoto e inacessível? Como realizar uma campanha que possa de igual modo atingir todos os que não fazem parte de um grupo já organizado, que não podem receber panfletos às entradas do Metro nem ver cartazes no Porto ou em Gaia? Há muita gente só, espalhada por aí, desanimada por não sentir o alento e o encorajamento de outros que pensem da mesma maneira.
Para um movimento de ideias que não tem dinheiro para cobrir o país com anúncios na rádio, nos jornais e na televisão, parece-me que a minha proposta de criação de uma espécie de galáxia nacionalista na internet é algo de realista, realizável sem mais demoras nem preparações, e susceptível de ter resultados políticos e criar visibilidade a curto prazo. Não esqueçam que se tem observado como o que num dia se discute na blogosfera no outro dia aparece muitas vezes discutido nos jornais...
A criação de blogues é acessível e gratuita, além de técnicamente ao alcance de qualquer um; daí a minha preferência por esta forma, que não tem mais exigências, como uma página ou um forum. E toda a gente que em Portugal intervém na luta política está hoje atenta à blogosfera; porque não criar uma poderosa vaga de opinião nacionalista? Sei que o combate não se pode esgotar nisto, mas tenho a certeza que isto pode ser importante e está ao alcance da mão. Porque havemos de sonhar sempre com o impossível para em nome deste desprezar o realizável?
Um militante=um blogue, repito - e para já, que se faz tarde.

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Vamos lá conversar a sério 

Ora bem, meus amigos, estimados camaradas: e se a fascistagem toda viesse para a rede em campanha cerrada? Já não é tempo de adiamentos: a causa chama-nos! Se qualquer outro método de combate ideológico pode apresentar-se difícil, moroso, de efeitos duvidosos, este parece-me fácil, rápido, seguro, de consequências imediatas e visíveis. Ao menos que cada militante faça um blogue e o mantenha actualizado; utilize-o para difusão e debate de ideias, iniciativas, aspirações e combates, lance para a rede os seus desabafos, sonhos e vontades.
É fácil, é barato, e não digo que possa dar milhões mas dá desde logo uns largos milhares de leitores... que por outra forma nunca atingiremos (e trata-se dos leitores que socialmente contam mais, porque são de facto a élite social, económica, intelectual e política, goste-se ou não disso).
Um militante=um blogue, já! Para a net rapidamente e em força!

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Eleições daqui a um mês 

Sempre há alguns que se dinamizam com vista a marcar presença nacional nas próximas eleições europeias: veja-se aqui e aqui.

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sexta-feira, maio 14, 2004

Oh Manel ! 

Estes gajos são tramados! Lá temos que fazer este fim de semana mais umas declarações contra a extrema-direita...

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Distracções 

O comentador Buíça veio aqui apontar de dedo esticado os pecados de juventude de Mussolini, porque este começou por ser militante socialista. Pelo tom da crítica, isto será um deslize sem perdão.
Como quem cospe para o ar arrisca-se a que lhe caia em cima, aqui vai: quando o jovem Mussolini foi socialista, o socialismo representava uma esperança nova para toda a juventude daquele tempo. Ainda não se tinha visto nenhuma experiência de socialismo real, ou seja não era conhecida a prática social-comunista, apenas os apelos de justiça e construção de uma sociedade nova que eram próprios dessa ideologia. Assim que começou a ser visível, pela tomada do poder na Rússia, o que significava o "socialismo real", Mussolini afastou-se com toda a energia dessas correntes.
O Fascismo e a sua luta, logo desde 1918 em diante, contra o socialismo e o comunismo, em Itália e no mundo, falam por si.
Sessenta anos depois, quando eram bem notórios os crimes do comunismo no mundo inteiro, representando a mais atroz experiência que a humanidade já conheceu, conheci personalidades que o Buíça hoje idolatra, como Pacheco Pereira ou Durão Barroso, que eram comunistas absolutamente fanáticos. Tem que reconhecer-se que Mussolini caminhou à frente deles pelo menos uns sessenta anos, e sem precisar de ter visto o que nesta altura já era por demais visível da Rússia à China, de Cuba ao Camboja.
Por último, recordo ainda que Mussolini pagou com a vida o seu combate total contra o comunismo. Foi assassinado por combatentes comunistas, que eram aliás aliados, armados, protegidos e incentivados por aqueles que Buíça idolatra.
Quem foi até aos confins da Rússia combater o comunismo foram as centenas de milhares de soldados de Mussolini; quem salvou o comunismo armando-o e apoiando-o então por todos os meios foram os correlegionários de Buíça. Ainda hoje costumam comemorar de braço dado esses combates. Mussolini foi socialista aos vinte anos; os liberais como Buíça andam irmanados com os comunistas no combate anti-fascista já há oitenta e seis anos. Nunca houve nenhum confronto histórico em que não estivessem juntos, no mesmo lado da barricada.
Se o socialismo fosse lepra, o Buíça e os amigos estavam lixados.

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Um dinamismo verdadeiramente fascista 

O mais jovem e remexido dos blogues da "mouvance" fascista e aparentada parece ser este...
Nem deixam cair a bola, é logo pontapé prá frente!
O que tem graça é que estes não querem ser fascistas de maneira nenhuma.
É um violento contraste com a paralisia abúlica de tantos outros, que querem ser mas parecem precocemente tolhidos pela artrose.
Nuns estão as proclamações retóricas, noutros o espírito.

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Saluto al Duce! 


Os fascistas de hoje andam muito apáticos...

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quinta-feira, maio 13, 2004

Ping Pong 

A Aliança Nacional deu-se ao trabalho de responder ao meu pequeno texto "O essencial e o acessório". Agradeço a atenção, que sempre é consolador uma pessoa descobrir que alguém o lê.
A dado passo escreve-se, com referência à necessária destrinça entre o que é essencial e o que é acessório na definição política dos nacionalistas, que:
"Mas estou certo de não temer esse trabalho tanto como "camisanegra" parece temê-lo"; "É que as posições que a AN considera essenciais à definição dum nacionalismo do presente (mas sobretudo do futuro e de futuro) não são dirigidas ao campo que pensa e onde a AN teria causado escusada divisão, com certas tomadas de "posições pessoais"; "O campo a que nos dirigimos não é esse, mas o dos que não sabem que são nacionalistas ou que vêem no nacionalismo qualquer coisa de radical com que não podem estar de acordo e que os não pode conquistar"; "Pretendemos, e não penso que outra coisa valha a pena, que esses, a quem de facto nos dirigimos e que o novo nacionalismo quer "conquistar", compreendam que o nosso nacionalismo não se confunde com os outros nacionalismos".
Ora bem, de novo encontro aqui razões para aplaudir e razões para colocar algumas reticências.
Em primeiro lugar, um protesto pela alusão aos meus temores pessoais: este camisanegra sempre foi um fascista destemido. Portanto, abaixo essa prosápia, que no máximo admito um empate nessa matéria.
Agora quanto às ideias: louvável me parece o espírito aberto e conquistador que é proclamado; um nacionalista parte à conquista de todos, e naturalmente que os destinatários da sua acção devem ser sobretudo aqueles que não são nacionalistas, ou ainda não o são, ou ainda não sabem que o são. Excelente. Não faz sentido querer convencer os que já estão convencidos. Mas esse projecto de conquista do corpo social (óptimo: tudo o que é nacional é nosso!) pressupõe que já esteja definida essa essência que se quer fazer alastrar... E neste ponto pode revelar-se trágico esquecer que para a definição desse continente ideológico é indispensável contar com os que já são, contar com um forte núcleo de onde o movimento se expanda. Partir com essa ilusão de que certas posições próprias podem representar mais que isso mesmo, convicções pessoais, traduz-se normalmente apenas numa aventura pessoal. Essa exclusão de princípio de um campo que não interessa e a que não nos dirigimos em contraposição a outro campo que esse sim interessa e a que nos dirigimos, não prenuncia nada de bom. A afirmação voluntarista de que o nosso nacionalismo é que é bom e o demais não interessa não é de esperar que contribua para o debate franco e despreconceituoso que noutros passos se apregoa.
Em geral essas estratégias resultam simplesmente na alienação voluntária dos que havia, desprezados à partida, sem que se convença ninguém dos outros, que olham desinteressados porque do que lhes é oferecido já têm aquilo que poderiam querer, sem precisar de ir por aí, e do resto não vêem razão para passar a querer. No fim da aventura só resta a descoberta do isolamento completo. O drama de Marcelo.

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Força nas canetas! 

O blogue PNR continua em marcha, por sinal bem disposto e a ritmo razoável.
Fiquei intrigado foi com o Espírito Legionário. Já acabou?

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Net4war - um sítio inesgotável 

Todos os que se interessam por história militar e de defesa, jogos estratégicos, e uma infinidade de temáticas afins, militária, modelismo, livros, revistas, wargames, encontram aqui um portal com um conteúdo quase infinito (são mais de seis mil referências). O primeiro portal em matéria de história militar e jogos de estratégia. Com ligação a mil outros locais de interesse. Dediquem-se ao Net4War.

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Enciclopédia Céltica 

Para quem se interessa por esse universo da cultura céltica, antiga e actual, um sítio recomendável. Conheçam a Enciclopédia Céltica.

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quarta-feira, maio 12, 2004

Factos & Documentos 

Subscrevam a carta de informações confidenciais de Emmanuel Ratier. Consultem a livraria. Vejam as ligações. Encontrarão um excelente sítio, e uma magnífica livraria. Com informação que não será fácil encontrar noutro lado. Faits & Documents.

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Abrangência 

O PND é um partido realmente muito abrangente. Verdadeiramente nacional. Destarte tem entre os seus principais um antigo militante da extrema-esquerda mais radical, o Dr. Luiz Oesterbeek, e um antigo militante da extrema-direita mais radical, o Dr. Pedro Costa Marques. Uma coisa compensa a outra. Equilibram-se. Embora o partido também não pretenda ser centrista: é abrangente, nem de direita, nem de esquerda, nem de centro, é dessas realidades todas e de nenhuma delas em particular, tudo antes pelo contrário.
Está certo: é uma abrangência do tipo galheteiro. O que já não está correcto é que o Dr. Osterbeek não seja candidato e o Dr. Pedro Marques já esteja nas listas para as europeias!

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Um apelativo banner do Partido Nacional 


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Um belo banner do Forum Nacional 


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Ajuda ao Manel 

Como têm reparado os leitores, sigo com especial ternura a aventura eleitoral de Manuel Monteiro e sua gente. Não é por nada, garanto que nenhum deles me pediu, mas parece-me um rapaz simpático e já o encontrei numa feira e foi muito bem falante.
E depois há o Jorge Ferreira, que é um encanto de pessoa, tão bonito e educado. E acresce ainda que nenhum deles é rabeta, tanto quanto se sabe, ao contrário de outros em que estão a pensar.
Então, mesmo de borla e sem ninguém pedir, vou sugerir para a campanha "Diga ó Manel!" umas palavras de ordem que me parecem especialmente inspiradas, e de sucesso garantido nestas europeias. Só duas.
Aproveitando a sorte da colocação no boletim de voto, o partido enchia o país de enormes cartazes com a frase destacada: "Um gajo porreiro, vota no primeiro!".
Quando a campanha fosse mais adiantada, e para o caso de o povinho ainda não ter entendido a mensagem, aproveitava-se a infeliz aposta dos governamentalistas no golfista Prof. Deus Pinheiro e lançava-se outra vaga de cartazes: "Caguem no Pinheiro, votem no Monteiro!"
Ora digam-me lá se não tenho vocação... e andam eles a pagar um dinheirame com profissionais do marketing.

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Treinadores de bancada e nacionalistas de poltrona 

Todos conhecemos os treinadores de bancada. Nunca jogaram futebol, evidentemente. Aliás, corriam o risco de não acertar se tentassem dar um pontapé numa bola. Mas na bancada não falham uma: eles lá estão sempre, severos e opinativos, fustigando impiedosamente todos os que estão em jogo com os seus juízos implacáveis.
Semelhantes a estes são os nacionalistas de poltrona. Estes também nunca vão a jogo. São inteligentes demais para sujar as mãos em tarefas mesquinhas. E aliás trabalhar é bom para os pretos. Preferem ficar a observar de um lugar confortável. Sentado, claro, sempre sentado. De preferência com uma caneca de cerveja e um pratinho de tremoços. São grandes consumidores de cerveja e tremoços. E têm montes de ideias, teorias, tácticas, estratégias. Tudo coisas para os outros executarem, evidentemente, se estes tivessem o esclarecimento necessário para seguir fielmente o que essas mentes brilhantes lhes ditam, a partir da poltrona.
Claro que os que fazem não conseguem acompanhar tais directivas; até seria impossível, pois cada um dos sábios de poltrona tem a sua, quando não fervilha uma de hora a hora, pelo que nunca se podia segui-las todas.
E então os treinadores da poltrona não perdoam: quem faz, age sempre mal. Actua mal no que faz e também mal no que não faz. Quando faz não devia fazer, ou não devia fazer assim, e quando não faz devia estar a fazer, nem se percebe porque é que não faz, coisas tão simples e elementares...
Eles, os nacionalistas de poltrona, é que são infalíveis. Nunca erram, nem nunca se arriscam a errar.

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terça-feira, maio 11, 2004

Novo blogue e campanha eleitoral 

Surgiu um novo blogue na área nacional.
O facto em si já é de louvar, e no caso também é de louvar a iniciativa, o sentido estratégico e o próprio conteúdo.
Com efeito, que haja muitos blogues da zona nacional é óptimo; e que os mesmos sejam bem concebidos e bem escritos, como me parece ser este, ainda é melhor.
De igual modo é de realçar a intuição que revela o autor ao dar-se conta que nesta fase pré-eleitoral o terreno da internet é um território fundamental a ocupar.
E aplaude-se ainda a preocupação de fornecer as ligações para outros locais da área, numa visão acertada do que é fomentar uma comunidade de pensamento e sentimento na rede, sem atitudes mesquinhas e sectárias em relação às diferenças.
O que não me agradou assim tanto é o ar excessivamente partidário, que aliás compromete em demasia o PNR que quer servir.
O partido ficaria melhor servido com uma apresentação mais pessoal do trabalho em causa. E já agora que outros tomassem idêntica iniciativa, também por si e em seu próprio nome. Só a convergência de muitos rios pode fazer um mar.
De qualquer modo, vão lá conhecer o blogue PNR. E comentem, e participem (o melhor era que fizessem também o vosso... dá trabalho, mas na vida não se consegue nada sem trabalho; e quem trabalha também ganha outra autoridade para criticar... não era bom?)

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O essencial e o acessório 

A Aliança Nacional publica hoje um postal inspirado. Este.
O que lá está escrito, sobre o necessário trabalho dos nacionalistas, eu também perfilho e subscrevo. O ponto de discórdia só surge quando se procura definir o que é essencial e definidor daquilo que é meramente acidental e acessório nos posicionamentos políticos dos nacionalistas.
E neste ponto já aconteceu parecer-me que o próprio Aliança Nacional se agarrou exageradamente a posições pessoais que não podem ser vistas como essenciais à definição de um nacionalismo português do presente e com isso causou escusada divisão no campo a que se dirigia.
Mas a doutrina que lá está no postal é a certa.

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Viver é comprometer-se 

Ezra Pound escreveu que se um homem não estiver disposto a morrer pelas suas ideias é porque elas não valem nada ou porque ele não vale nada.
Sem pedir tanto, lanço ainda assim um apelo aos jovens do meu país: comprometam-se! Deixai torres de marfim e jardins secretos!Viver é comprometer-se! Sonhem, mas actuem! E que os vossos sonhos façam tremer o mundo!

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A música podeis encontrá-la aqui.
A coragem e a vontade de partir tereis que encontrá-las dentro de vós.
All'armi!

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segunda-feira, maio 10, 2004

Uns exemplos rápidos
Se vinte ou trinta blogueiros da mesma área política tacitamente conluiados se entretivessem a fazer cada um deles um blogue e sistematicamente a estabelecer ligações e a remeter uns para os outros, nem que fosse em polémicas de conveniência ou em debates simulados, conseguiam na blogosfera portuguesa um efeito de domínio estatístico que seria em si mesmo um acontecimento político de primeira ordem. Bastava trabalho metódico e regular de todos, convergindo para o resultado pretendido - mesmo que em inúmeras outras coisas fossem diferentes.
Se cem ou cento e cinquenta homens decididos se tornassem militantes determinados de uma causa política concreta e trabalhassem de modo sistemático para objectivos comuns, ainda que esquecendo muitas outras divergências, não digo que conquistassem o mundo, mas que conquistassem Portugal ao fim de algum tempo parece-me altamente provável.
Não temos gente? Temos sim senhor. Reparem como em poucos dias e sem praticamente divulgação nenhuma cento e sessenta inscritos se juntaram no "Forum Nacional". Imaginem que metade desses se decidia a trabalhar num mesmo sentido (não digo juntos, porque nem era preciso tanto), num trabalho concretamente político e não na mera diletância de entretenimento entre amigos. Já viram a força política que podia ser? Dois terços, repito, dois terços, das listas que se apresentam às próximas eleições europeias não têm tantos militantes regulares.
Não temos gente? Geralmente não temos é trabalho, trabalho, vontade, mais vontade, objectivos comuns tenazmente perseguidos.

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domingo, maio 09, 2004

Não somos nós que dizemos!
"The photos did not show a few "bad apples" infecting the rest of the barrel, but the application of a policy" (Carl Levin, senador republicano).
Leiam por favor este artigo da BBC.

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Repetindo...
O rápido sucesso de um forum e de vários blogues (os que trabalham, evidentemente) demonstra o acerto do ponto de vista em que venho insistindo: a internet é o terreno privilegiado da luta política no nosso tempo. E é um terreno especialmente favorável para os que não têm acesso aos meios tradicionais de comunicação de massas. Aliás, há naturalmente uma apetência muito grande por estas iniciativas entre aqueles que não se sentem representados no que aí está instalado e dominante.
Inversamente, este é um campo extremamente incómodo para os defensores do sistema, habituados ao conforto de dominar sem contradição.
Burros serão aqueles de entre nós que não aproveitarem a tempo as potencialidades deste meio. Antes que lhe lancem a mão através de mecanismos de controlo que certamente estarão a ser estudados...

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Resposta
A um comentador que me pergunta se os fascistas devem votar: claramente, sim. Como disse uma vez Charles Maurras, contra a democracia todos os meios são legítimos.. até os democráticos. Aliás, o que não estou a ver é nenhum exemplo histórico de fascistas chegarem ao poder sem ser através desse instrumento sacramental das democracias. Nem creio que exista algum teórico, pensador ou filósofo fascista a defender outra atitude que não seja o aproveitamento integral das vias que o sistema proporciona. Isso mesmo defenderam e praticaram Adolf Hitler e Benito Mussolini, por exemplo.
Abstencionista é que um fascista não pode ser, ao contrário do que pensam algumas almas que julgam existir uma espécie de "fascismo interior" e místico. O fascismo é participação activa e revolucionante nas coisas do seu tempo. Como disseram e fizeram os mestres.

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Em Itália também já estão definidas as listas concorrentes nos vários círculos eleitorais. A lista Alternativa Sociale apresenta-se em todo o país. Na mesma área política acabaram por manter-se em liça o que resta da Fiamma Tricolore, tanto a facção dominante de Luca Romagnoli como a facção vencida de Pino Rauti. Mas mesmo assim, com esses divisionismos espúrios, é a primeira vez que se perfila uma tentativa séria de construir um movimento político eleitoralmente credível para substituir o falecido MSI no eleitorado afecto ao campo nacional. Veremos os resultados.

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Treze listas, treze!
A 13 de Junho vamos ter eleições para o parlamento europeu. O que se prevê é uma larga abstenção; eu por mim não sou contra a abstenção, mas a dos outros; que sejam os outros a abster-se... quantos mais deles se abstiverem mais aumentam as possibilidades de se chegar a um resultado aceitável.
Os boletins de voto vão aparecer com a ordem seguinte:

Partido da Nova Democracia (PND)
Partido Popular Monárquico (PPM)
Partido Nacional Renovador (PNR)
"Força Portugal" (PPD- PSD/CDS-PP)
Bloco de Esquerda (BE)
Partido Democrático do Atlântico (PDA)
Partido da Terra (MPT)
Coligação Democrática Unitária (PCP-PEV)
Partido Comunista dos Trabalhadores Portugueses (PCTP/MRPP)
Partido Socialista (PS)
Partido Humanista (PH)
Movimento pelo Doente (MD)
Partido Operário de Unidade Socialista (POUS)

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sábado, maio 08, 2004

Para a História
Para conhecimento geral, como curiosidade histórica e também para estudo de tantos que nada sabem a não ser as vulgaridades da propaganda contrária, fica aqui o texto de um cartaz dos anos trinta em que o então jovem regime procurava sintetizar as suas crenças e doutrina.

"O Decálogo do Estado Novo

1. O ESTADO NOVO representa o acôrdo e a síntese de tudo o que é permanente e de tudo o que é novo, das tradições vivas da Pátria e dos seus impulsos mais avançados. Representa, numa palavra, a VANGUARDA moral, social e política.
2. O ESTADO NOVO é a garantia da independência e unidade da Nação, do equilíbrio de todos os seus valores orgânicos, da fecunda aliança de tôdas as suas energias criadoras.
3. O ESTADO NOVO não se subordina a nenhuma classe. Subordina, porém, tôdas as classes à suprema harmonia do interêsse Nacional.
4. O ESTADO NOVO repudia as velhas fórmulas: "Autoridade sem liberdade, Liberdade sem Autoridade", e substitui-as por esta: Autoridade e liberdades.
5. No ESTADO NOVO o indivíduo existe, socialmente, como fazendo parte dos grupos naturais (famílias), profissionais (corporações), territoriais (municípios ) e é nessa qualidade que lhe são reconhecidos todos os necessários direitos. Para o ESTADO NOVO, não há direitos abstractos do Homem, há direitos concretos dos homens.
6. "Não há Estado Forte onde o Poder Executivo o não é". O Parlamentarismo subordinava o Govêrno à tirania da assembleia política, através da ditadura irresponsável e tumultuária dos partidos. O ESTADO NOVO garante a existência do Estado Forte, pela segurança, independência e continuidade da chefia do Estado e do Govêrno.
7. Dentro do ESTADO NOVO, a representação nacional não é de ficções ou de grupos efémeros. É dos elementos reais e permanentes da vida nacional: famílias, municípios, associações, corporações, etc.
8.Todos os portugueses, têm direito a uma vida livre e digna - mas deve ser atendida, antes de mais nada, em conjunto, o direito de Portugal à mesma vida livre e digna. O bem geral suplanta - e contém - o bem individual. Salazar disse: Temos obrigação de sacrificar tudo por todos: não devemos sacrificar-nos todos por alguns.
9. O ESTADO NOVO quer reintegrar Portugal na sua grandeza histórica, na plenitude da sua civilização universalista de vasto império. Quer voltar a fazer de Portugal uma das maiores potências espirituais do mundo..
10. Os inimigos do ESTADO NOVO são inimigos da Nação. Ao serviço da Nação - isto é: da ordem, do interêsse comum e da justiça para todos - pode e deve ser usada a fôrça, que realiza, neste caso, a legítima defesa da Pátria."

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Um jornal nacionalista-revolucionário e solidarista
Por falar em jornais em linha recordei-me do VOX-NR, e fui ler a última edição.
Excelente. Magnífico. Indispensável. Para ler e reler de ponta a ponta.

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Digam ao Manel!
Aberta a campanha para as europeias, começou a caça ao voto. E quem não tem cão caça com gato! No caso concreto estou a querer dizer que quem não tem dinheiro tem que recorrer à criatividade...
Para já, a lista mais activa na internet, fruto da criatividade de uns tantos militantes destacados (Carlos Abreu Amorim, Jorge Pereira da Silva, João Carvalho Fernandes, Sara Santos Costa, etc. etc.) é a lista encabeçada por Manuel Monteiro.
Repare-se que já tinham um bom sítio partidário (PND) e agora têm um jornal em linha (Demoliberal) e o novo sítio de campanha - Diga ao Manel.
Este representa a ideia mais original e criativa: querem que seja o público a dizer o que quer mudar...
Bom, eu tenho um entendimento muito linear quanto a estes pedidos: é fazer-lhes a vontade! Eles querem que o povinho lhes diga o que quer? Pois o povinho deve dizer, e tornar a dizer, insistir, insistir - pode ser que o Manel ouça... Vão lá, e digam com franqueza ao Manel o que querem...

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sexta-feira, maio 07, 2004

Incongruências
Noticiam hoje alguns meios de comunicação internacionais que foi divulgada uma gravação atribuída a Bin Laden na qual este surge a oferecer uma recompensa em ouro a quem matar o administrador americano do Iraque, Paul Bremer, ou o secretário-geral da ONU, Koffi Annan, e não sei que outras personalidades. O prémio seria de mil gramas (um quilo) em ouro. Por outros mortos menores o famoso Bin Laden daria quinhentos gramas de ouro.
O mais intrigante na notícia é o que ela não diz: o valor actual do quilo de ouro é de cento e vinte e cinco mil dólares. Ora há já dois anos que o governo americano oferece oficialmente vinte e cinco milhões de dólares pela cabeça de Bin Laden. A desproporção é tal ordem que ficamos sem explicação: ou o Bin Laden anda mal de finanças, ou os tais personagens valem mesmo pouco, ou o mercado está desregulado de todo e as cotações desta bolsa andam malucas.

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Michael Moore
O cineasta americano Michael Moore terminou há tempos um novo filme, "Farenheit 9/11". Ao que parece critica Bush....
Veja no site oficial do realizador as controvérsias desencadeadas pelo filme.... cuja distribuição parece estar seriamente comprometida.

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quinta-feira, maio 06, 2004

Palavras de fogo
"There's no escape from those photos. The authorities are wrong. The atrocities at Abu Ghraib prison are not a small footnote to war. They are the war. When Iraq is but a flicker in the memory of an elderly generation, the world will still remember the photographs. That's the history of atrocities and war." (Cleveland News)
The Red Cross accuses: "The photos are shocking, but our reports are worse." The International Committee for the Red Cross (ICRC) has known for a long time that "worse things than what are shown in the photos" have been taking place at the big Abou Ghraib prison. "We don't need the photos to know what's going on and that it's not acceptable," says the ICRC spokesperson, Antonella Notari. According to her, the ICRC had already made several reports and recommendations to the American and British authorities in Iraq "in the first instance" and to their superiors in Washington and London "in the second place". "The photos are certainly shocking, but our reports are worse." (in Smirkingchimp).

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A Europa e a América
Regresso à "questão americana" devido à leitura de novo postal no "Aliança Nacional". Segundo aí se expõe, em breve síntese, os americanos são os herdeiros da Europa e da sua civilização, e portam-se como administradores dessa herança.
Creio que, sem querer, o autor acabou por tocar num ponto crucial, que explica a dificuldade passada, presente e julgo que futura dos europeus em lidar com a potência americana: com efeito, é de esperar que os povos da Europa não fiquem satisfeitos ao dar-se conta dessas notícias. Ninguém gosta de ouvir dizer a terceiros que já morreu e já lhe andam a dispor da herança. Não é normal que alguém aceite bem uma tal novidade.

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Pro ou anti-americanos?
O perguntador-mor, da Aliança Nacional, esclareceu a minha dúvida: quando deixou a pergunta sobre se os nacionalistas podem ser pró-americanos ou anti-americanos quer referir-se aos nacionalistas portugueses.
Ainda bem, digo eu: aos nacionalistas americanos não faz sentido perguntar isso, em princípio serão pro-americanos, por muito que possam discordar das políticas dos seus governos (e muitos discordam muito).
Mas, atrevo-me eu a dizer, perguntar isso a nacionalistas portugueses também faz pouco sentido. Os nacionalistas portugueses têm como referência, apenas, a nação portuguesa. Ora as nações não têm amigos, têm interesses.
O que significa que os nacionalistas portugueses deverão ter em relação à América a mesma atitude de princípio que têm em relação a qualquer outra potência: não somos à partida nem pro nem anti, sejam americanos, russos, hindus ou chineses. Podemos conjunturalmente estar do mesmo lado de uns ou de outros; sempre e somente quando isso servir Portugal. Quando assim não acontecer, que se lixe a América.

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PORTUGAL POSITIVO?
Portugal positivo? - Ai amigo Manel quem me dera, quem nos dera!!!

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quarta-feira, maio 05, 2004


A Librairie Sant-Louis é uma grande livraria do Québec, com um catálogo extraordinário em matéria de literatura católica, tradicionalista e contra-revolucionária.
Fica com dedicatória para A Casa de Sarto.

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Éditions Augustin Barruel
Descubra uma editora inteiramente dedicada a livros sobre a maçonaria, as seitas e as sociedades secretas.
"Le monde est divisé en trois catégories de personnes : un petit groupe qui fait des choses, un groupe un peu plus important qui regarde les choses arriver et une multitude qui ne saura jamais ce qui s'est passé."

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Ora agora perguntas tu, ora agora respondo eu...

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Nada de confusões!

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terça-feira, maio 04, 2004

ECHELON
Um “monumental sistema de violação potencial dos nossos direitos básicos sem controlo judicial e em função dos critérios objectivos definidos na lógica do interesse específico do país que detém esses meios”. Deste modo contundente se refere o eurodeputado Carlos Coelho ao sistema ECHELON. De salientar que o homem sabe do que fala: no âmbito do parlamento europeu foi ele o autor do relatório sobre o dito sistema, aprovado em Setembro de 2001. E depois disso Carlos Coelho publicou um importante livro sobre essa matéria.
Se não fosse o nosso velho hábito de nos entretermos com o sexo dos anjos para fugir a questões embaraçosas estaríamos a prestar atenção a este assunto. Mas aquilo que mais importa geralmente provoca-nos desinteresse e indiferença.

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Ponto fundamental
Caro ACR, a sua pergunta refere-se aos nacionalistas portugueses ou aos nacionalistas americanos?

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segunda-feira, maio 03, 2004

O que se quer é somar!
Quando aqui se recomenda um sítio, ou uma iniciativa, nunca por nunca se age com o intuito de dividir. Pelo contrário: aqui o que se pretende é somar.

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As eleições
Evidentemente a acção política não se esgota nas eleições. Mas estas podem, de um modo que também me parece evidente, ser um momento decisivo. Disto mesmo se aperceberam na sua generalidade os nacionalistas de toda a Europa, que investem fortemente nas próximas eleições europeias.
Em Portugal também. Os nacionalistas devem compreender que em todos os combates em que não marcarem a sua presença outros ocuparão o campo que lhes pertence.
Por conseguinte, acho estimulante e saudável que se alargue a área nacional através de iniciativas múltiplas e variadas, que reflictam diversidade, pluralidade, diferença, riqueza de ideias. Mas que esse respeito pelos particularismos individuais e de grupo seja dirigido efectivamente a alargar a área, abrir o leque, e não para fomentar fraccionismos e sectarismos mesquinhos. Todos diferentes podemos ser, mas que isso não signifique nunca que uns tentam afundar o barco quando outros tentam remar. Quando se trata de remar, temos que remar todos. Quando chegarmos a algum sítio logo nos sentamos para discutir as diferenças.
Não sejam como os sábios de Bizâncio, entretidos na discussão infindável sobre o sexo dos anjos enquanto os turcos atacavam as muralhas da cidade (lembrem-se que nessa ocasião os turcos acabaram por cortar a cabeça a todos, e até hoje não foi possível concluir a discussão).

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domingo, maio 02, 2004

Encontrem-se no Forum!
Alguns blogues parecem estar notoriamente em fase de pouca inspiração, ou de franca paralisia. Ou os bloguistas estão em crise existencial,ou têm pouco para dizer. Assim, à falta de alimento nos blogues, convido a rapaziada a encontrar-se no forum nacional: conversando é que a gente se conhece. O debate de ideias, a troca de opiniões e de informações, sempre foi um excelente instrumento de formação ideológica, e de conhecimento próprio e dos outros. Além disso, aprende-se a escrever escrevendo, aprende-se a ler lendo, aprende-se a pensar pensando. Junte-se isso à alegria da camaradagem, e eis a receita do que é preciso.

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Ainda a Europa
O presidente da Comissão Europeia, Romano Prodi, já expressou a sua preocupação quanto ao referendo que Blair anunciou que se realizará no Reino Unido para aprovação da constituição europeia. Não poderia dizer outra coisa: na verdade a decisão de Blair de realizar o referendo, sobre cujo resultado negativo parece não haver dúvidas, significa uma escolha política de fundo. Repare-se que Blair até agora tinha recusado esse referendo, sendo o mesmo reclamado apenas pelos opositores britânicos à dita constituição europeia. Claramente devido à evolução da situação política internacional, Blair fez uma opção: não haverá nos tempos mais próximos constituição europeia a vincular os britânicos, e poderá dizer-se que assim é porque estes a recusaram. Resta saber se poderá haver constituição europeia sem eles, o que parece duvidoso.
Finalmente, a observação que me parece mais importante: a decisão de Blair representa a opção por outros compromissos que se mostram cada vez mais incompatíveis com esses da constituição europeia. O Reino Unido é o aliado preferencial da América, e pelos vistos quer continuar assim. Dificilmente poderia sê-lo e ao mesmo tempo assumir em plenitude as vinculações e obrigações de sentido europeísta.
O que isto significa a meu ver é que as alianças estratégicas mais importantes no xadrez internacional já não são aquelas de que se fala mais: neste momento os vínculos ditados pelo tratado ECHELLON constituem a mais importante e forte coligação à escala planetária. Como o Iraque, essa pedra de toque reveladora, irá demonstrar cada vez mais: repare-se que os EUA, o Reino Unido e a Austrália anunciaram já o reforço em homens e material da sua presença na zona, em resposta aos problemas que ali enfrentam. E em resposta sobretudo aos outros, os que se sentem enganados nessa história, e que querem sair disso o mais depressa possível, como a Espanha, a Noruega, as Honduras e a República Dominicana, levados como carne para canhão ao serviço de um império que lhes é estranho, já anunciaram publicamente (e certamente outros se preparam para seguir).
Quem puder entender que entenda.

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sábado, maio 01, 2004

Tenham paciência...
Que me perdoe a "direita roncante", sempre zangada com o mundo, mas eu cá sou a favor de um fascismo sorridente....

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Desculpa, ó Buíça!
A ironia anterior era mesmo só ironia: nunca pretendi ofender o estimado Buíça, o liberal mais liberal da blogosfera, mas também o mais aberto e dialogante que alguma vez encontrei.
Portanto, caro Buíça, desculpa qualquer coisinha! E reconheço efectivamente que há razões de suspeita quanto à inteira conformidade com as normas desta privilegiada mioleira que transporto dentro da minha caixa craniana.
Pronto, já passou, nada de ressentimentos: - Buíça amigo, este facho está contigo!

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Pensem, mas com cuidado...
Estava eu aqui lançado nos meus apelos à reflexão e à introspecção analítica, como via para o conhecimento e para a eficácia possível no combate político, e eis que começo a ficar preocupado. É que isso de pensar, às vezes, dá uma destas dores de cabeça... e então a quem não está habituado, nem vos digo nada! Confortável é arranjar fatiota à medida no pronto-a-vestir ideológico...
Olhem, experimentem todos e cada um responder sózinhos, assim como quem faz palavras cruzadas, às perguntas todas do Aliança Nacional... E digam o resultado, se aguentarem até ao fim.
Aquela rapaziada do Forum Nacional já começou... mas acho que alguns vão ficar mais avariados da mioleira do que o famoso Buíça (não, fascista não é de certeza...)
Vão dando notícias, que é bom saber dos resultados das cogitações!

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